A CASA DA NOITE ETERNA - A Recepção

Um conto erótico de Leila de Fátima
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1353 palavras
Data: 21/01/2009 12:24:56
Última revisão: 21/01/2009 11:48:25
Assuntos: Sadomasoquismo

- Quer ver? Tem coragem de assistir uma sessão de SDM?

- Suzana, não sei... Tenho curiosidade, mas não sei se tenho coragem...

- Então está resolvido. Você vai comigo num lugar que poucos sabem que existe. Um local secreto. A Casa da Noite Eterna.

Fechamos nossa despesa e fomos para sua casa. Não dormi praticamente a noite toda!

Acordamos no sábado um pouco tarde. Suzana acordou primeiro que eu e preparou um bom café da manhã. Terminamos, Ela acendeu um de seus cigarros e me disse:

- Venha até a sala...

Ligou para um número, colocou na viva voz...

- Alô... responderam após alguns toques...

- Grande Satã! (essa era a senha para atendimento que era trocada a cada sessão realizada).

- Pois não, Suzana...

- Quero marcar uma sessão. Diga ao mestre, com todo o respeito, que quero uma sessão especial e vou levar uma amiga que quer observarinstante, verei o que posso fazer...

Após alguns instantes...

- Suzana, esteja aqui hoje no início da tarde e terá a sua sessão especial, promessa do mestre. Senha para transporte, disse a voz... Estrela Cadente!

- Obrigada, disse Suzana.

Não entendi nada...

Fomos no carro de Suzana, após ela ter resolvido o seu compromisso, pegando a Régis Bittencourt. Paramos em uma churrascaria perto do Embu e Suzana procurou um cambista de jogo de bicho. Suzana conversou uns minutos com ele, passou-lhe a senha “Estrela Cadente” entregando-lhe as chaves do carro.

O cambista pegou um celular e fez uma ligação...

- Temos que aguardar uns quinze minutos. O transporte já vem, disse-me Suzana.

- Como assim o transporte, Suzana? E o seu carro?

- Meu carro será levado para um local que desconheço. A Casa da Noite Eterna fica em um local, como já disse secreto e, ninguém sabe a identidade do dono... Quem lá freqüenta, só pode chegar até lá no transporte fornecido por eles, a partir daqui.

Resolvi ficar quieta e aguardar os acontecimentos...

Passados uns vinte minutos, encosta uma van preta, vidros escuros.

- Chegou, disse Suzana.

Fomos para a van e um senhor de uns cinqüenta anos, vestido como um monge beneditino desceu da van fazendo uma reverência...

- Wladmir...

- Suzana... É um prazer que tenha vindo para mais uma sessão! Desculpe mas sabe que tenho regras a cumprir... Disse com voz tranqüila, mas de forma que não admitia réplicas...

Entramos na van e um capuz completamente negro foi colocado em nossas cabeças impedindo totalmente nossa visão, com a recomendação de que não fosse retirado em hipótese alguma.

Assustada, procurei a mão de Suzana. Carinhosamente, ela acolheu minha mão e apertou, dizendo:

- Calma, está tudo bem...

Rodamos um tempo relativamente longo em completo silêncio, até que paramos. Meu coração batia aceleradamente! Sem tirar os capuzes, fomos guiadas sem saber para onde, até que Wladmir disse:

- Dispam-se sem tirar os capuzes!

Meu coração acelerou mais ainda! Ficar nua sem saber onde e nem com quem estava...

- Obedeça, sussurrou Suzana em meu ouvido.

Tirei toda a roupa, ouvindo os ruídos de que Suzana também tirava as suas. Completamente nua e estática, sem poder enxergar absolutamente nada, senti que um manto, uma espécie de capa que ia até abaixo dos joelhos era colocada em nossas costas e amarrada aos nossos pescoços!

- O mestre irá recebê-las agora...

Completamente nuas, somente com a capa nas costas encobrindo parte da frente dos nossos corpos, novamente fomos guiadas. Ouvi o ranger de uma porta sendo aberta. Transpassamos a porta e ela foi fechada ás nossas costas. Nossos capuzes foram retirados!

Fiquei ainda alguns minutos sem conseguir enxergar nada! Quando meus olhos foram se acostumando e comecei a divisar alguns contornos, começou a fazer sentido para mim, o porquê de o local ser chamado de A Casa da Noite Eterna! Wladmir postou-se em um local em que a penumbra quase o escondia totalmente. Mantinha a cabeça abaixada como reverência...

Era uma sala ampla, sem nenhuma janela e iluminada completamente à base de velas! Como era feita a ventilação não me perguntem!

As paredes eram pintadas de vermelho, o chão era de pedras negras, muito rústicas, o teto também era negro! No centro da parede para a qual estávamos olhando, havia uma pintura retratando o Demônio! Enorme, com uma riqueza de detalhes impressionante!Também no centro da parede, porém, um pouco recuado em relação à mesma, havia uma espécie de trono. Uma cadeira ampla, espaldar alto e com braços. A estrutura toda em madeira maciça, ricamente trabalhada em motivos da Roma Medieval. Tinha o assento e encosto em veludo vermelho. Tal cadeira, ou trono, estava instalado em uma base que a deixava acima do piso, permitindo que quem lá sentasse, olhasse as pessoas de cima para baixo. Um homem estava sentado nesse trono. Dois enormes cães Rottweiller estavam sentados, um de cada lado!

- Faça tudo o que eu fizer, me disse Suzana, quase que imperceptivelmente...

Ele levantou-se e os cães também se levantaram. Era um homem enorme, descomunal mesmo! Talvez o maior que eu já vi na vida! Quiçá mais de dois metros de altura! Peito largo, braços, pernas e coxas fortes, grossos e musculosos! Usava uma máscara que lhe cobria metade do rosto, deixando apenas a parte abaixo do nariz descoberta o que, revelava um queixo quadrado e grande. Lábios finos, olhos de um cinza que jamais imaginara existir! Em seu corpo, absolutamente nenhum pelo...

Estava envolto por uma longa capa vermelha que descia até seus calcanhares, usava umas botas de couro que chegavam até os joelhos. Em cada punho, uma pulseira larga de couro negro. Uma sunga de couro também negro, muito apertada, era sua roupa, o que deixava à mostra o volume avantajado de seu pênis!

- Suzana... Disse com uma voz gutural, impressionante, que ecoou pela sala toda! Senti sua falta...

Começou a caminhar até nós e os cães vieram juntos! Parou a mais ou menos um metro e meio de distância...

- Lúcifer, Belzebu, sentados!

Os cães imediatamente obedeceram. Deu mais um passo e parou.

Suzana colocou-se de quatro e engatinhou até ele. Tratei de fazer o mesmo. Estava assustada e começava a me excitar com aquela situação.

- Senhor das Dores e do Sofrimento... Suzana disse isso e beijou-lhe as botas, permanecendo com o rosto colado no chão...

Meio constrangida, beijei-lhe também as botas e colei também meu rosto no chão! Minha excitação estranhamente aumentou... Já sentia a vagina ficar umedecida...

Ele deu um passo atrás e Susana retrocedeu um pouco, levantou-se mantendo a cabeça baixa, num sinal de pleno respeito.

Imitei-a e senti mais umidade em minha vagina! Meus mamilos estavam enrijecidos...

- Bom que tenha voltado a nos procurar... Quem é sua amiga?

- Mestre, é uma funcionária minha. Acabamos por nos tornarmos amigas e confidentes. Chama-se Leila...

- Leila... Bonito nome... Tem um belo corpo também... Bem vinda à minha casa. A Casa da Noite Eterna!

Novamente aquela voz incomum me surpreendeu! Parecia que ficava ecoando em meus ouvidos infinitamente! Ouvindo isso, senti um frêmito de volúpia percorrer todo o meu corpo! Senti minha vagina se contraindo e tive um orgasmo involuntário! Que poder emanava daquele homem... Parecia que todo o poder do Universo se concentrava em seu corpo, em suas mãos, em seus gestos, em sua poderosa voz...

Ele olhou-me profundamente, me medindo de cima embaixo e deu um pequeno sorriso! Parecia que adivinhava o que eu pensava e que tinha percebido o meu orgasmo!

Voltando-se para Suzana, disse:

- Agora quer uma sessão especial... Você tem idéia do que quer?

- Sim, meu Mestre e Senhor! Tenho plena consciência! Vim a esse mundo para sofrer e, já que gosto e tenho que sofrer que seja em vossa casa e debaixo do calcanhar de vossa bota, Mestre...

Eu não reconhecia, naquele momento a Suzana que conheci! Nunca a imaginei proferindo aquelas palavras...

- Que assim seja então... Wladmir... Cuide de tudo conforme minhas ordens.

Wladmir curvou-se numa mesura, dizendo:

- Sim, Senhor das Dores e do Sofrimento! Sempre de acordo com sua vontade Mestre...

Sem mais palavras, Ele se virou e caminhou de volta ao seu trono, sentando-se, com um volteio em sua capa. Os cães até então impassíveis, no exato momento em que ele sentou, levantaram-se e voltaram a sentar-se um de cada lado do trono.

Nossos capuzes foram recolocados...

Continua...

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Comentários

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Gente e a segunda parte deste conto muito louco

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fidinha, obrigada por ler meu conto. Leia a primeira parte e a terceira que já postei e você entenderá melho a história toda. Beijos

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Estranho parece contos de historia em quadrinhos!!

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Mas até quando iremos ver o restante, sacanagem estou de olho na Leila

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