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<tt><Center>Simone, uma história de amor 01.13 Episódio 4</Center></tt>
<center><strong><b>SIMONE VAI AO MATO</b></strong></Center>
<blockquote><b> Sábado cedo pulou da cama e arrumou a mochila verde. Colocou rede, lençol, toalha, roupa limpa e arrumou a cerveja no isopor. Pegou o uísque e a lanterna. Tomou um café rápido, fechou a casa e saiu em direção à casa de Sr. Manoel. Raimunda estava varrendo o terraço.</b></blockquote>
Oi, seu Lira? se alegrou vendo-o chegar Já tomou café?
Falou que sim e perguntou pelo Regis.
Saiu cedo, acho que foi na feira... espiou para o corredor pouco iluminado Simone a-inda não levantou...
Tinha quase certeza que a garota ainda não estaria acordada. Fez um carinho na cabeça da mulata e entrou direto para a copa. Seu Manoel com D. Benta estavam tomando café.
Senta aí, Lira! convidaram O Regis foi pegar a carne. Já está pronto?
Sentou e serviu-se de café com cuscuz de milho.
O senhor vai também? continuou degustando o cuscuz embebido no leite de coco com açú-car, seu Manoel falou que não O senhor deveria sair um pouco, a senhora também!
Continuaram conversando sobre o sítio e política nacional. Seu Manoel estava preocupado com o novo governo, não cria que Lula fizesse um bom governo.
Acho que não! respondeu aceitando outra fatia de cuscuz Ele tem o dever de fazer o melhor governo dos últimos cinqüenta anos... O PT tem bons economistas e administradores competentes que desmistificarão esse pavor que Fernando Henrique disseminou durante a cam-panha do Serra... É hora do povo mostrar que tem valor!
É, Lira! Tomara que eu esteja errado... No fundo estou torcendo para dar certo...
Dona Benta escutava sem se manifestar, não gostava muito de política e desaprovava o marido por ter aceito o emprego do município, mas isso são outros quinhentos.
Terminou o café, levantou para por a louça suja na pia antes de voltar a sentar-se para continuar a conversa, adorava conversar com o amigo de cabelos pintados branco pelo tempo.
Bom dia, seu chato! Lira virou-se e via Simone chegando ainda vestida com a roupa de dormir Bença vô! Bença vó! farfalhou o cabelo de Lira.
Que é isso, menina? Dona Benta fechou a cara Isso é jeito de andar pela casa? ra-lhou com a neta Vai te vestir, despudorada! Não vê que o Lira está aqui?
Ela riu da avó, seu Manoel e ele se voltaram para ela.
Besteira, vó! O Lira é da família e não liga pressas besteiras, né nesmo chato!
Não ligou para a carolice da avó e sentou-se ao lado de Lira.
Deixa, Benta! Seu Manoel acudiu a neta O Lira não vai se importar com mais essa de-la...
Dona Benta continuou resmungando, para contentamento da neta que não perdia a oportunidade em atazanar a vida da velha senhora.
E aí, Simone? Lira sentiu o aroma da pele da garota enchendo suas narinas Você também vai pro sítio?
Sei não! Até queria ir, mas agora estou em dúvidas... se debruçou na mesa para pegar o bule com café e, pela cava da gola, Lira viu o par de peitinhos pontiagudos.
Que foi dessa vez? Dona Benta estranhou a mudança da neta que tinha arrumado a mochila na noite anterior.
Ora vó! Esse chato também vai...
Lira balançou a cabeça como que estranhando.
Não seja por isso... Se é assim, não vou! falou sério, morrendo de vontade de cheirar o cangote da garota Não vou estragar o final de semana da família!
Fez menção de levantar-se, Simone beliscou sua costa.
Deixa de besteira, Lira! Dona Benta saiu em sua defesa Se essa peste não quiser ir, que fique!
Por debaixo da mesa a mão da garota acariciava a coxa de Lira que ficou preocupado com a ereção.
Pode ser que dessa vez eu vá! continuou atazanando a pobre avó Mas vou logo avisando que não vou querer papo contigo, seu chato!
Dona Benta perdeu a paciência e saiu da cozinha, logo seguida pelo marido que tentava demo-ver a esposa dizendo ser brincadeira da neta.
Sonhei contigo... Simone cochichou A gente tava na maior putaria dentro do rio... deu um risinho maroto e segurou o cacete de Lira Puxa cara! Cada dia ta maior?
Deixa de chatear tua avó, amada! desceu o braço e acariciou a coxa da garota Tu sabes que ela é assim, não custa nada dar um refresco de vez em quando!
<blockquote><i> Passeou a mão na perna dela até tocar na xoxota, ela abriu as pernas dei-xando a mão correr livre e ele meteu a mão dentro da bermudinha de algodão até sentir as beiradas da boceta da garota. Simone fechou os olhos e suspirou baixinho quando sentiu o dedo roçando a vagina depilada.</i></blockquote>
Gostoso... Ai!... Tá gostoso... sussurrou mordendo o lábio inferior.
Lira tirou a mão e levou o dedo até a boca, lambeu e chupou sentindo o sabor agridoce se espalhando no hálito.
Saiu ontem? perguntou e Simone também largou o cacete.
Não! Sim!... gaguejou.
Não ou sim? brincou entendendo o por que da atrapalhação da garota.
Papai nos levou na pizzaria antes de levarmos mamãe para a rodoviária... E tu?
Fiquem em casa... Descansando para hoje! brincou Quero só ver no que vai dar...
Estancou o que falaria ao escutar passos, Reginaldo entrou com a sacola abarrotada de car-ne.
E aí, velho? perguntou jovial Já tomou café?
Respondeu que sim.
Como é? Ta tudo pronto? desembrulhou as carnes e levou para a bancada onde começou tra-tar Simone está preparada desde ontem! Virou para a filha Tua mãe ligou?
Não, não tinha ligado ainda. Simone terminou o café, levou as louças para a pia e abraçou o pai pelas costas arrebitando a bunda para que Lira visse que tinha metido o pijama na rega-da. Virou apressada quando notou que a avó estava voltando.
Manda essa menina se vestir, Reginaldo! ainda estava séria Onde já se viu ficar assim na frente de visita?
Regis sorriu pra filha.
Faz o que tua avó tá dizendo, filha... olhou para o amigo O Lira deve estar agonia-do... deu um tapinha na bunda da filha e, antes que ela saísse, puxou o pijama que entrou na regada.
Ai! Pai... Assim tu me marca toda! massageou a bunda e saiu requebrando a cintura para atazanar a avó O que é bonito não deve se esconder, vózinha! segurou o queixo da avó e correu para o quarto.
Dona Benta fez menção de reclamar, mas o genro riu e ela só balançou a cabeça.
Reginaldo cortou as porções, arrumou em sacos separados, guardou uma parte na geladeira e entregou outras para que o amigo colocasse no isopor. Depois de tudo preparado, saíram para pegar as mochilas.
Velho, acho que Marluce também vai! Regis falou enquanto socava a rede e o cobertor na mochila.
Simone sabe? Lira perguntou sabendo que a garota não simpatizava com a loira.
Não! terminou a arrumação, trancou o quarto e saíram para o terraço Tu vai ter que me dar cobertura...
Mais uma complicação, não seria mesmo um final de semana tranqüilo.
Seja o que Deus quiser! falou baixinho quando Simone saiu com a mochila nas costas Como vai ser? perguntou sussurrando.
Reginaldo arrumou as coisas no banco de trás.
Faz o seguinte! falou baixinho para que a filha não escutasse Leva teu carro e convi-da Simone para ir contigo. A gente passa no supermercado, faz as compras e tu vai na frente e me espera depois da ponte do Tião... Vou pensar em uma desculpa.
2b
Assim foi, mas Simone desconfiou que o pai estava armando alguma e não ficou nem um pouco espantada quando ele chegou com Marluce.
Porra, pai! É só a mãe sair que tu botas a garra pra fora... reclamou quando Regis des-ceu do carro e se debruçou na janela do de Lira Se eu soubesse que tu ias fazer isso, não teria vindo!
Deixa de besteira, Simone... Que tem eu trazer uma amiga, tu tens o... olhou pra ela arrependido de quase ter falado Vamos logo... olhou para a filha Você não vai apron-tar. Vai?
Simone não respondeu e Lira ligou o carro.
Pôxa amor? Lira resolver interceder Deixa o Regis ficar com Lucy...
E a mamãe? encarou séria Ela pensa que ele é o maior santo dessa vida!
Tu conheces teu pai melhor que eu... Dá suas escapadinhas, mas é de tua mãe que ele real-mente gosta! fez carinho na perna da garota Não vai aprontar um drama, por favor!
Ele vai ver o que é bom pra tosse! falou amuada.
Olha...? Lira sentiu um arrepio na espinha Se for pra ter baixaria, volto daqui mes-mo!
A garota calou. Não iria armar para cima da amiga do pai, pensava em armar para cima do pai e Lira seria a arma, tinha decidido.
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<blockquote><i> O sítio, à beira de um riacho, ainda precisava ser muito trabalhado antes de poder ser chamado de sítio: era mais um terreno agreste com uma casa de palha e densas capoeiras de mata serrada.
Lucy ficou maravilhada com o lugar, com as plantas e aves que pululavam nos galhos das ár-vores gigantescas, o riacho. Não menos formoso, enchia o lugar com o som da água correndo entre pedras que formava uma pequena cachoeira ladeada por árvores frondosas que emprestava uma sombra refrescante.
Simone, ao contrário da loira, não demonstrou ter ficado satisfeita e permaneceu, emburra-da, encostada no capô do carro.</i></blockquote>
Como é filha? Gostou? também não estava à vontade vendo a filha daquele jeito Tu já foi na cascata?
Ela ignorou o pai e fez ouvido de mercador. Lira, agoniado com a situação, começara a se arrepender em ter ido.
Aos poucos as coisas foram se abrandando e Simone com tudo já planejado, foi se soltando e se maravilhando com a beleza do lugar.
Lira! chamou Tu tens coragem?
Lira voltou a ficar preocupado sabendo a pergunta tinha dúbio sentido.
Olha lá o que tu vais fazer! falou enquanto descarregava o material Vamos curtir o final de semana numa boa!
Simone olhou para ele e sorriu.
Arrumaram as coisas e Regis foi buscar lenha, Lira improvisou um fogão à lenha enquanto Lucy e Simone enchiam as vasilhas dágua e arrumaram as coisas na choupana. Parecia que tu-do ia correr bem, sem incidentes mais graves que a animosidade da garota.
Regis acendeu a fogueira e Lira tirou espetos para o churrasco do almoço enquanto as meni-nas arrumaram salada e farofa. Devoram a carne fogueada, salada crua e farofa salgada ga-lhofando um do outro bebendo cerveja gelada.
Depois do almoço armaram redes pro cochilo, Regis estava meio cabreiro com as coisas que pensou ter escutado, ou pensou ter notado.
Simone... parou com a rede de Marluce no braço Você não quer conversar?
O que?... Deixa pra lá, pai... Vai te deitar com tua loura... Regis começou a se arre-pender de verdade de ter levado a loira Faz o seguinte... virou e encarou o pai Faz de contas que não sou tua filha, vamos nos divertir...
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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>
<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>
<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>
<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt></blockquote>