Simone, 16 - Riacho dos Macacos

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1401 palavras
Data: 09/02/2009 01:12:06

<center><tt>16 ■■■■■■■■■■■■■■■□ 16</tt></center>

<tt><Center>Simone, uma história de amor – 01.13 – Episódio 16</Center></tt>

<center><strong><b> RIACHO DOS MACACOS </b></strong></Center>

<Center><tt><b> Sexta-feira, 30 de julho de 2004 </b></tt></center>

<blockquote><b> Todos estranharam quando Rosângela aceitou a sugestão de pescarem no riacho dos Maçados, mas a alegria de Sheila lhe fez ficar empolgada e queria também ficar um pouco mais tempo com o marido.</b></blockquote>

— A Simone também vai? – perguntou para Reginaldo.

Era uma das coisas que mais gostava, pescar e passar bastante tempo embrenhado nas matas do lugar. Na infância não perdia oportunidade de sair com os colegas para passarinhar ou pescar nas ribanceiras do rio.

— Sei não... – parou de fazer o que fazia – O Lira vai...

Rosângela sabia e foi por isso que tinha perguntado.

— Como eles estão? – Rosângela estava curiosa.

Tinha chegado na quarta-feira e o amigo estava viajando, soube o casório da fogueira e que os dois pareciam terem deixado de se engalfinharem.

— Tua filha é complicada demais Rô... – olhou para a porta temendo que a filha os estivessem ouvindo – Tem dia que se tratam muito bem e em outros parecem cão e gato... Onça e gato, para dizer como ele diz...

— Tu tem ficado de olho nos dois? – ela não tirava aquela impressão da cabeça.

— Tem nada não mulher! – mas ele tinha quase certeza de haver algo a mais – Ele nem liga pra ela...

— Amor... – Simone estava na praça telefonando – Se tu vieres a gente vai pescar com eles...

Lira estava em Mirador.

— Vou sim... Mas tua mãe...

— Sou maior de idade... – ela não entendia o medo dele em escancarar – Te quero e pronto!

Saíram antes do por do sol, tinham de baixar acampamento com o dia ainda claro. Lira não tinha ainda chegado, mas estava a caminho.

— Depois ele vai... – Sheila falou baixinho – Tu podes ficar pra esperar ele...

— E aí a mãe vai ter um troço... – Simone riu – Já pensou tia?

— Deixa que dou um jeito na Rô... – viu que o pai estava chegando – Espera, vou falar com papai.

Seu Manoel entrou carregado de sacolas e as duas correram para ajudá-lo.

— Esse teu pai é meio maluco... – falou ao chegarem na cozinha – Aí tem carne pra um batalhão...

Mas sabiam muito bem que carne não poderia faltar nas pescarias de Reginaldo.

— Na minha época a gente só levava o material de pesca, sal e farinha – sentou cansado – Comíamos o que pescávamos ou caçava...

Sheila começou limpar as carnes e Simone disse que ia pro quarto terminar de arrumar as bagagens. Rosângela e Reginaldo ainda estavam nas compras pelas quitandas da feira, só voltaram quando ele se deu por satisfeito.

— O Lira ainda não chegou? – perguntou para o sogro que disse não – Ele vai atrasar tudo... – olhou pro quarto da filha e a viu atulhando a mochila com roupas – Vai pra festa filha?

Sabia que Simone sempre exagerava

— Pai! – Simone criou coragem – Se ele não chegar até a hora da saída... Vou... Eu... Eu poso ficar pra... Pra ir com ele?

Reginaldo olhou para a filha.

— Tua tia pode esperar... Ia pedir que ela esperasse... – deu vontade de rir – Vai esperar o maridinho?

Simone riu a baixou a cabeça, desde o tal casamento maneirara nas chateações.

— Posso ficar esperando ele?

— Fala com tua mãe... Por mim não tem bicho...

<blockquote><i> Lira só chegou perto de seis e meia, tinha furada um pneu do carro. Pensou que ia perder o final de semana, mas mesmo assim resolveu passar pela casa do amigo.</i></blockquote>

— Já foram? – perguntou para seu Manoel e dona Benta que conversavam na porta da rua.

— Já... Mas tua onça ficou pra ir contigo... – seu Manoel riu – O Regis deve ter dado uma dura nela...

Desceu do carro com o coração batucando forte.

— Furou um pneu, tinha umas pedras pontiagudas na estrada e não vi... – olhou para dentro da casa – Quase não consigo trocar... – as mãos ainda sujas – Vou lavar as mãos...

— Aproveita e fala pra ela que já chegou... – dona Benta falou – Ela deve estar conversando com Raimunda...

Entrou, não estava conversando com a morena.

— Demorou muito seu Lira... – Raimunda o viu entrando – Ela ta no quarto, vou chamar...

— Não! – pediu – Deixa que eu vou...

Lavou as mãos, Raimunda sorriu.

— Ela pode estar pelada... – riu sabendo que ele já a tinha visto muitas vezes nua – Vou pra porta... Preocupa não que não deixo os velhos entrarem...

Raimunda passou por ele e ele deu um cheiro nos cabelos melecados de alisante.

— Ta melado seu Lira... – se afastou – Dona Sheila me deu um creme pra amansar a juba... – saiu rindo.

Esperou um pouco antes de ir para o quarto que estava com a porta no trinco, olhou para o corredor, Raimunda conversava com o casal de amigos. Não bateu, apenas entrou. O quarto meio escuro, a lâmpada apagada e ela deitada de bruços parecendo dormir.

— Oncinha! – chamou – Ta dormindo?

Ela tinha perdia esperança, na certa aconteceu alguma coisa pensou quando deitou imaginando como faria para driblar a mãe, dormiu com aqueles pensamentos na cabeça.

— Amor! Simone... – sentou na ponta da cama e viu que a vestido de algodão estava levantado, sorriu – Oncinha...

A mão pousada na perna, a pele macia, ela ressonou. Levantou e fechou a porta, Raimunda dava jeito de avisar se Benta ou Manoel entrassem. Estava cansado, o dia inteiro no sol,poeira fina que entranha nos poros, suspirou e levou a mão para a calcinha enterrada do rego, meteu o dedo, tirou, ela se mexeu, esticou as pernas envolta nas brumas dos sonhos, sentimentos que tinha aprendido gostar desde que descobrira aquele gostar por ele.

— Acorda amor... – passeou a mão na barriga e olhava para os olhos fechados, boca entreaberta – Simone...

Escutou o nome de longe, não era sonho do sono, era a voz dele. Sorriu antes mesmo de abrir os olhos.

— Tu demorou... – piscou, não era sonho, era ele – Pensei que tu ia me dar bolo... – se espreguiçou – Tava sonhando contigo...

— Vamos, tua mãe deve estar uma arara comigo... – parou, não tinha atinado ainda – Como você conseguiu?

Ela sorriu e sentou, as pernas abertas, a calcinha aparecendo.

— Pra ficar contigo movo o mundo... – se jogou em cima dele – Que horas é essa?

— Pouco mais de seis... – tirou a mecha de cabelo caída na testa – Vamos senão escurece muito...

Preferia ficar com ele ali no quarto, a mãe longe e o pai brincalhão torcendo para ser verdade. Beijou a boca, sentiu o hálito forte, um gosto longe de álcool.

— Tu tava bebendo safado... – sussurrou e tornou beijar – Queria ficar o tempo todo contigo na cama... – olhou para ele e riu – Mas não dou mais minha bundinha... Tem de ser na cheirosa...

Ficaram conversando, o tempo passava, escurecia.

— Vamos filha, assim fica muito tarde...

Ela olhou para ele e riu.

— Paínho manda...

Na porta o casal de avós conversava com Dondoca, uma vizinha faladeira.

— Não ta muito darde Lira? – Manoel olhou para eles – Tu sabes onde iam ficar?

Simone afastou, fechou a cara.

— Esse chato tinha de atrasar... Arre! – passou pela fofoqueira pisando forte – Tu me atrapalha até nisso, não sei onde estava com a cabeça que aceitei te esperar...

Raimunda abaixou a cabeça para não rir.

— Vamos logo seu chato... – olhou para os avós –Bença vô, bença vó...

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>

<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>

<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt>

<tt>Episódio 04: Simone vai ao mato</tt>

<tt>Episódio 05: Desencontros</tt>

<tt>Episódio 06: Encontros e surpresas</tt>

<tt>Episódio 07: Uma noite para Sheila</tt>

<tt>Episódio 08: Sonhos e prazer para Sheila</tt>

<tt>Episódio 09: Maria, vida sem vida</tt>

<tt>Episódio 10: Isaurinha</tt>

<tt>Episódio 11: Desejos e planos</tt>

<tt>Episódio 12: Jogos de sedução</tt>

<tt>Episódio 13: Muriçoca gelada</tt>

<tt>Episódio 14: Na toca do leão</tt>

<tt>Episódio 15: Casamento da roça</tt></blockquote>

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