Simone, 17 - Uma noite ao sereno

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 3474 palavras
Data: 09/02/2009 01:30:52
Última revisão: 09/02/2009 00:35:06

<center><tt>17 ■■■■■■■■■■■■■■■■□ 17</tt></center>

<tt><Center>Simone, uma história de amor – 01.13</Center></tt>

<center><strong><b> UMA NOITE AO SERENO </b></strong></Center>

<blockquote><b> Olhei para Raimunda antes de entrar no carro, também não estava agüentando a vontade de rir.</b></blockquote>

— Sinto pena de dona Benta amor... – segurei sua mão – Ela fica toda aperreada...

— É fácil resolver isso... – encostou em mim – Só depende de você...

<blockquote><i> Nem mesmo eu sabia o motivo de não querer que soubessem de nosso caso, talvez a diferença de idade ou por causa de Rosângela, o certo é que aquela brincadeira estava indo longe demais e não via a hora de ter coragem em dizer para Regis do meu amor por Simone.

Não é longe o local que Regis gostava de pescar, mas a estrada estreita, quase uma picada,e animais na pista fizeram demorar quase meia hora naquele percurso que bastaria seis ou sete minutos para chegar.</i></blockquote>

— Pensei que não vinham hoje veio! – Regis abriu a porta para a filha descer – Que foi, te enrolou no mato?

Falei sobre o pneu e que vim devagar por causa dos animais, Simone voltou a representar o de sempre e fechou a cara. Rosângela estava desconfiada de que tudo era fingimento. Segui regis para o pesqueiro, o litro de cachaça da roça já quase pela metade.

— E aí? – sentou e acendeu um cigarro – Tua oncinha não te azunhou?

Balancei a cabeça, não ia mesmo adiantar falar mentiras. Nos conhecemos há muito tempo para nos deixarmos enganar.

— Fica cabreiro veio que Ângela ta de mutuca ligada...

Verificamos as iscas dos espinhéis e a rede de engancho antes de voltarmos para o abrigo, Simone conversava com a mãe e Sheila não parava de reclamar dos mosquitos.

— E aí pai, pegou algum?

Era cedo, naquela hora só peixes pequenos pinicavam a isca, uns quatro já tinham devolvido para a água, só nos interessava os médios e, se tivéssemos sorte, algum graúdo.

— Vai armar tua rede onde veio? – Regis perguntou – A patroa não quer relento, prefere não olhar as estrelas...

Riu e abraçou a esposa, Simone olhava de rabo de olho e tive certeza de que aquele final de semana seria decisivo.

— Vou pro lugar de sempre... – peguei minha rede e a cobertura de nylon – Tem espaço para ficar a vontade... E você oncinha, vai ficar espremida aqui?

— Não fala comigo, já te falei... Chato... – levantou e ficou atras da mãe.

Regis olhou para ela e deu um sorriso irônico, levantou e acendeu o lampião a querosene.

— Vamos lá chato! – brincou – Vamos armar tua baladeira... Deixa essa onça braba aí senão termina te agadanhando...

Atei a rede entre dois troncos de araçá, estendi a coberta de nylon para proteger do orvalho ou mesmo de chuva na madrugada, o céu estrelado não era passaporte contra chuvas repentinas comuns naquelas época.

— Pega leve Lira... – sentamos encostados no tronco – Esse teatrinho não está mais colando...

— Não é o que tu deves imaginar – tomei um gole de cachaça com uva.

— Te conheço de longas datas véio, sei das tuas armações... – pegou o copo e bebeu, ficamos em silencio por quase dois longos minutos – Simone é uma menina especial... Tu és meu melhor e talvez único e verdadeiro amigo, não sou contra teu namoro com ela...

— Está bem Regis... Não vou mentir que gosto muito dela, sempre gostei... – acendi um cigarro e deu uma tragada forte – Mas é muito nova...

— E o que isso tem Lira, isso é besteira véio... – riu – Abre os olhos irmão, os tempos são outros... Conheço pelo menos uns dez coroas casados com menininhas mau saídas do cueiro... - parou e segurou meu braço – Só te peço que não faça minha filha sofrer...

— Se fosse verdade... Nunca ia fazer Simone sofrer...

— Te conheço... Já vi muitas chorarem por tua causa, pega leve velho, pega leve...

Voltamos, Rosângela conversava com Sheila, as duas arrependidas de terem ido e Simone estava no carro escutando música.

— Pô cara! Ia esquecendo... Tem umas geladinhas no isopor!

— Sabia que tu não ia esquecer... – passou o braço em meu pescoço e olhou de relance para Rosângela – Tu és o genro que pedi a Deus, vai buscar home!

Sheila riu e Rosângela fechou a cara.

— Vou dormir contigo... – Simone sussurrou – Só vou deixar eles dormirem, me espera...

Fingi que tirava o isopor e rocei a bica nos seios, ela riu e levantou a camisa.

— To doidinha Lira, não agüento mais... – segurou minha cabeça e lambi os biquinhos – Tu deixa doida cara... – puxou minha cabeça e nos beijamos, a mão segurava meu pau duro – Quero esse negócio... – riu – Mas não na bunda, viu?

Respirei e me afastei, ela segurou os seios e apertou os mamilos, voltei escondendo o volume com o isopor. Havia uma mesa de talos que fizemos da ultima vez e Rosangela tinha improvisado uma toalha, o lampião a gás jogava luz forte clareando a escuridão.

Abri uma garrafa e servi em copos descartáveis, Regis avivou o braseiro e colocou carne para assar. Sentamos nos bancos de campo e Sheila pegou o baralho para mais uma interminável partida de buraco.

— E o som, tu esqueceu? – perguntei para Regis.

Gritou para a filha e pediu que tirasse da mala do carro.

<blockquote><i> Ficamos jogando até quase dez horas, o silencio da noite e o soar das águas só era quebrado por uma ou outra brincadeira, Simone se encarregou da carne e da bebida, toda vez que passava por mim roçava de propósito, os pais pareciam não notar, mas a tia me olhava nervosa.</i></blockquote>

— Vou ver os anzóis... – levantei, quatro traíras estavam presas no engancho e um piau de vara preso pela cauda em um anzol – Vai ser noite de peixe! – mostrei a despesca.

Retornamos ao jogo até que Rosângela falou que estava com sono, terminamos e voltei com Regis para ver se tinha mais, duas traíras e três corrós.

— Quer café pai? - Simone estava parada com duas canecas na mão – A tia passou...

Ia voltar, Regis puxou o braço.

— Fica um pouco... – olhou para mim – Teu marido deve estar com saudades...

— Esse traste não é... – olhou para mim e eu sorri.

— Esse teu joguinho não cola mais danadinha... – deu um puxão mais forte e ela sentou no seu colo – Sei desde o sítio... Tu nunca me enganou Simone...

Ela olhou espantada para o pai e depois para mim.

— Conheço esse cabra desde que a gente vivia correndo atrás de jumenta... – riu e abraçou a filha – Já bati um papo com Lira... – segurou a cintura da filha e colocou em meu colo – Não tenho nada contra esse rolo de vocês... O véio ta preocupado por causa da idade... – levantou – Fiquem aí, vou buscar cigarro...

Esperou que o pai subisse a ribanceira.

— Tu contou?

— Não... – abracei e beijei o cangote – Foi ele que falou, não neguei... Falta só a onça mãe...

<blockquote><i> Naquela noite Simone não foi para minha rede.</i></blockquote>

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<Center><tt><b> Acordei mais cedo que todos, passei café e esquentei os pães, olhei para a rede de Simone louco de vontade de acordá-la com beijos, mas tinha certeza de que Rosângela jamais aceitaria como Regis aceitou.

Não choveu na noite, mas o frio foi muito forte, ainda fazia frio quando Simone levantou vestida em duas calças jeans, três camisas e enrolada no cobertor de lã.</b></tt></center>

— Puta merda! Quase morro de frio...

— Te esperei, a rede estava quentinha... – sussurrei.

— Não deu, mamãe acordou várias vezes de noite... – respondeu baixinho – Sonhou comigo?

— A noite toda...

Calamos e ela se afastou ligeiro, Rosângela tinha acordado.

— Gostou da noite ao relento? – brinquei.

— Nunca mais vocês me pegam novamente... – sentou na rede, também estava vestida com várias roupas – Fui pro carro e lá mesmo é que parecia uma geladeira...

— A pesca foi boa Ângela... – mostrei os peixes – Já tirei os espinhéis e o engancho...

Reginaldo pulou da rede e correu para o mato, Simone acocorada ainda sentindo frio me olhava conversando com a mãe arrependida pela noite perdida. Tomamos rindo das piadas de Regis.

— Tu não sente frio Lira? – Rosangela olhou para mim – Tava um frio de lascar e tu só de bermuda...

— Sentir ele sente... – Regis atalhou – Mas deve ter sonhado com alguma moleca e esquentou, né véio?

Simone riu baixinho, senti frio correndo na espinha.

— Quem foi essa Lira? – Simone falou.

— E ele vai dizer? – Regis deu um murro de brincadeira em meu braço – O bom é o segredinho... E tu Simone, sonhou com algum príncipe encantado?

— A noite toda!.. – desviou o olhar para não trair a vontade – E tu tia? Sonhou como amado?

Continuamos conversando animados, Rosângela estranhou a filha não me alfinetar. Pescar e viver no mato é para quem gosta e as três estavam inquietas de não ter nada para fazer a não ser escutar os piados dos pássaros, ouvir o zoar das águas, se deliciar com o nada fazer e beber.

— Elas não estão gostando nem um pouco... – falei para ele.

— Deixa Lira, pelo menos aqui elas pensam e deixam de falar da vida alheia... – riu e correu para o rio.

Quando o sol abriu Simone tirou as calças com que tinha dormido, Rosângela e a irmã reavivaram o braseiro, eu estava no meu canto de dormir desatando a rede e a cobertura.

— Vamos banhar amor? – senti a mão macia da garota em minhas costas.

Não virei, continuei fazendo o que fazia tendo quase certeza de que as duas nos olhavam.

— Olha tua mãe maluca! – murmurei sentindo prazer pelo toque.

Ela riu e voltou para junto das duas.

— Tu estais muito carinhosa com o Lira hoje, que foi que aconteceu? – a mãe segurou o braço das filha – Tu nunca foi assim?

Simone suspirou e riu, sentiu vontade de dizer a verdade, mas não era o momento.

— Ah! Mãe, gosto dele... Faço aquilo só pra chatear...

Rosângela não entendia desde quando tinha começado aquilo, lembrava de Lira brincando com Simone ainda criança...

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<i>— O tio chegou mãe! – correu alegre e se jogou nos braços dele.

Era um domingo cedo em 1994, os avós ainda não tinham voltado da missa e iam passar o dia no Riacho do Padre.

— Acordou cedo hoje piabinha? – abraçou a garota e entrou para a cozinha, o amigo tomava café – E aí buchudo, ta tudo arrumado?

Sentou e aceitou a xícara que a negrinha colocou na sua frente, Rosângela conhecia o amigo do metido desde que não passavam de moleques soltando pipa ou metidos em alguma confusão, o que não era difícil. Conversaram sobre alguns projetos comuns.

— Vai trocar de roupa filha... – Regis falou e voltou conversar com a esposa e o amigo.

Simone desceu do colo do tio e correu para o quarto, a camisola de dormir farfalhava atrapalhando o andar.

— Não vá cair piabinha! – olhou sorridente para a garota.

— Pulou cedo da cama hoje... – Rosângela olhou a filha correndo – Não fala outra coisa senão das brincadeiras que vai fazer.

Foi um dia gostoso, brincaram e beberam até se esbaldar. Simone e Raimunda inventaram mil brincadeiras que o tio acompanhava como se fosse nos tempos de criança. Estavam conversando a sombra do oitizeiro.

— Que é isso Simone, vai te vestir menina! – Simone tinha tirado a roupa de banho – Respeita teu tio menina, vai!

Sorriu com a cara limpa e sentou escancarada no colo do tio.

— Ele não tem vergonha de mim, né tio?</i>

<blockquote><i><b> Olhou a filha conversando com Sheila e sentiu uma pontada de saudades dos tempos de antigamente quando tinha certeza que o marido gostava de verdade dela. Agora tinha dúvidas, Regis vivia as voltas com romances às escondidas, fazia de contas que não sabia com medo de perder de vez o restinho de carinho que ainda sabia existir.

Lembrou do aniversário de treze anos da filha... </i></b></blockquote>

<i>— Não quero festa mãe... – levantou e debruçou na janela – Vou só convidar uns amigos, o pai faz um churrasco e pronto...

Olhou para a filha, o corpo de mulher e cabeça de criança, vivia às voltas com um mundo criado na cabeça e passava horas sentada no quintal lendo os livros que o tio sempre trazia das viagens.

— Só amigos? – deu vontade de brincar com ela – E o Lira?

Simone fechou os olhos sentindo o corpo formigar. Não tinha certeza de sentir algo, mas gostava muito mais da presença do tio que do próprio pai.

— Se ele tiver na cidade tu convida ele... – virou e ficou encostada na parede – Tem vez que penso que é ele o meu pai e não o papai...

Rosângela riu e levantou, abraçou a filha.

— Te conhece desde os primeiros suspiros... – sentiu os braços da filha lhe envolvendo – Tava na maternidade esperando, teu pai tinha ido para Patos quando senti dores... Foi ele quem nos levou para a maternidade...

Apenas uns dez colegas estavam no churrasco, o pai metido em um avental branco cuidava da carne, Simone estava inquieta, olhava ansiosa para a porta querendo ver o tio entrar gritando como sempre fazia.

— Tu falou pra ele mãe? – se aconchegou.

— Falei filha... Deve ter viajado, você sabe que Lira não pára nunca...

Tentou entrar na brincadeira, até sorriu das potocas do pai e ouviu uma ou outra fofoca, mas a atenção era sempre na porta.

— Cheguei!

Ouviu o grito alegre, o corpo pareceu arrepiar e as pernas ficaram bambas.

— Taí filha, teu tio maluco chegou! – Rosangela empurrou a filha.

Estava ainda sujo de poeira, tinha passado o dia todo envolvido com problemas da empresa, o presente guardado no carro desde o dia anterior.

— Não precisava tio!... – sentiu o abraço de forma diferente, sorriu e correu para o quarto morrendo de alegria.

Raimunda olhou desconfiada para Rosângela quando puxou o braço dele.

— Simone ta lhe chamando... – sussurrou.

Ainda esperou alguns instantes contando dos problemas do dia para Regis antes de entrar na casa. Rosângela olhou o amigo e desconfiou que era coisa da filha, esperou um pouco antes de seguir. Mas não viu o que lhe traria insatisfação.

— Que tal, fiquei bonita? – tirou a toalha e rodopiou.

Lira suspirou vendo o corpo da ex-piabinha, vestia o conjunto de lingerie que lhe tinha comprado. A cintura não mais era reta, os seios despontando e as pernas bem torneadas.

— Não é mais minhas piabinha, agora é princesa!

Simone puxou a mão dele e ficou abraçada, gostava cada vez mais dele.

— Obrigado tio... Gostei de montão do presente... – ouviram uma batida no telhado e ela riu, correu e vestiu apressada a roupa – Raimunda ia jogar uma pedra pra avisar se viesse alguém.</i>

<blockquote><i><b> Quando Rosângela abriu aporta ela estava sentada comportada na cama e ele no chão...</b></i></blockquote>

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Gostava de pensar na vida que tinha vivido, guardava detalhes pequenos que passavam despercebidos. Suspirou, Reginaldo e Lira conversavam animados sentados dentro do rio, Simone e Sheila não paravam de cochichar.

— E ele?

Simone olhou para os dois conversando e riu.

— Deve ter sido engraçado... Lira morria de medo do pai saber... – ficou séria – Mas com mamãe vai ser diferente...

— Tu te preocupa com tudo Simone... – segurou a mão da sobrinha –Tu já tens dezessete anos garota, deixa Rosângela de mão...

Suspirou, queria que fosse tão simples como a tia pensava, conhecia muito bem amãe, nunca ia aceitar o namoro com ele.

— Mas ele é quase vinte e três anos mais velho... – era aquele o medo de Lira, a idade – Me viu nascer...

— Isso é frescura Simone, não nada a ver esse negócio de idade, basta gostar de verdade - segurou o queixo das sobrinha – O Regis não aceitou?

Mas era diferente, o pai tinha lá seu rabo preso pelas coisas que Lira sabia, a mãe era diferente mesmo nos tempos que não tinha nada entre os dois.

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<i>— Toma jeito de moça Simone! – ralhou com a filha – O Lira tem idade de ser teu pai...

Riu da preocupação da mãe, tinha notado que ele olhava para suas pernas abertas, calcinha quase transparente aparecendo.

— Deixa de ser chata mãe... – brincou – A senhora mesmo disse que tem idade de ser meu pai... – lembrou ter sentido um fogo na vagina ao notar que ele olhava – Nem tava prestando atenção... – mas não era verdade, observava pelo canto do olho e abriu mais as pernas para ele ver melhor...

— Teu avô viu... Todo mundo viu... – parou e respirou – E tinha de passar a mão lá embaixo na frente de todo mundo?

Era uma terça-feira e como sempre fazia Lira tinha passado para trocar prosa com o pai e os avós, ela estava sentada em uma cadeira de macarrão, pernas cruzadas pensando no mundo. A mãe foi a única que viu, se o avô tivesse visto tinha falado na hora.

— Tava coçando... – teve vontade de rir – Nem notei..</i>

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<blockquote><i><b> Subiu no pé de faveira e pulou do galho, sentiu o baque na água e afundou ate tocar a ponta dos pés no leito arenoso, deu impulso e voltou para átona. Respirou e nadou para a margem sentindo como se ainda fosse a piabinha de outros tempos.</b></i></blockquote>

Regis e Rosângela estavam sentados conversando sobre a vida, a música “Vai dar namoro” enchia a vastidão de poesia barata. Simone notou algo estranho, sentia os seios livres e a alça do biquíni balançar ao sabor das águas preso ao braço direito. Sheila também viu e imaginou que a sobrinha tinha soltado de propósito, olhou para a irmã conservando.

— Arruma aqui amor... – Simone ficou de frente para ele – Deve ter aberto quando pulei...

Lira sorriu e tocou no biquinho intumescido, ela gemeu e fechou os olhos sem se lembrar que a mãe estava há poucos metros.

— Que é isso Simone?! – Rosângela gelou ao ver a filha sem a parte de cima – Te veste menina! – ia levantar quando Regis segurou seu ombro, olhou para ele e depois para a filha – Solta Regis...

— Ele ta arrumando Ângela!... – Sheila temeu o pior – Soltou quando ela pulos na água...

Não parecia que os dois estavam ali, sentiam como se o mundo fosse deles e que ninguém poderia mudar o destino. O grito de Rosângela lhes ouxou pelos pés, voltaram, ele tirou a mão e Simone sorriu.

— Ela tem de saber um dia... – pensou puxar a mão dele e botar de novo nos seios, suspirou e tirou de vez a peça quebrada.

— Veste Simone... – ele sussurrou – Aqui não é o momento certo...

Simone olhou para ele, para o pai e para a mãe. Não tinha medo ou receio, estava decidida a por um termo naquilo. Pegou a mão fria de Lira e caminhou com um sorriso de vitória no rosto, Rosângela olha para ela.

— Mãe! Não adianta a senhora não querer... – Regis sorriu, a filha tinha tutano – A gente namora... Gosto... Amo Lira e ele me ama...

Rosângela piscava nervosa, as narinas dilatadas, os olhos pegando fogo sem acreditar no que já desconfiava.

— Regis?! Tu não... – olhou para o marido.

— Simone não é criança... – suspirou e levantou – Já é quase maior de idade e tem o direito de escolher... – olhou para o amigo lívido parado sem falar nada – Te vira véio, tu arrumou sarna pra se coçar...

Correu para o rio e se atirou de ponta cabeça, Sheila também fugiu.

— Tu tens idade de ser pai dela Lira?

— Mas não é! – Simone passou o braço pela cintura dele – Não meu pai mãe, é meu homem... – Rosângela sentiu o chão se abrir quando a filha se virou para ele e beijou em sua boca – Foi ele mãe, sempre foi ele que eu quis...

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>

<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>

<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt>

<tt>Episódio 04: Simone vai ao mato</tt>

<tt>Episódio 05: Desencontros</tt>

<tt>Episódio 06: Encontros e surpresas</tt>

<tt>Episódio 07: Uma noite para Sheila</tt>

<tt>Episódio 08: Sonhos e prazer para Sheila</tt>

<tt>Episódio 09: Maria, vida sem vida</tt>

<tt>Episódio 10: Isaurinha</tt>

<tt>Episódio 11: Desejos e planos</tt>

<tt>Episódio 12: Jogos de sedução</tt>

<tt>Episódio 13: Muriçoca gelada</tt>

<tt>Episódio 14: Na toca do leão</tt>

<tt>Episódio 15: Casamento da roça</tt>

<tt>Episódio 16: Riacho dos Macacos</tt></blockquote>

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