<center><tt>18 ■■■■■■■■■■■■■■■■■□ 18</tt></center>
<tt><Center>Simone, uma história de amor 01.13</Center></tt>
<center><strong><b> SIMONE </b></strong></Center>
<blockquote><b> E aquele final de semana foi decisivo...
Tentaram tudo para parecer normal, mesmo depois de Rosângela saber. Regis e Sheila bem que tentaram quebrar o clima tenso, mas o que já era difícil se tornou impossível.</b></blockquote>
<Center><tt><b> Terça-feira, 10 de agosto de 2004</b></tt></center>
O celular não parou de tocar, Simone chorou várias vezes sem saber o que fazer. A mãe tinha decidido levá-la de volta para Copaíba, Lira ainda tentou retomar as conversas com Seu Manoel e dona Benta, mas o clima tenso lhe afastou de vez da casa que foi durante esses anos todos, a sua outra casa.
Ela quer falar com o senhor... Raimunda se esgueirou pelas prateleiras É pro senhor dar um jeito de ir lá...
Esperou que desse sete horas antes de tomar coragem, entrou no carro decidido dar um rumo para o nó apertado. O celular tocou e novamente era ela.
Não vem aqui... sussurrou Mamãe está doida... Não vem...
Estou de saída... respondeu ligando o carro Não pode continuar assim...
Não amor, te peço... Não vem escutou gritos Não vem... Depois te ligo...
<center>● ● ● ● ● ●</center>
Era quase dez horas, o celular tocou.
Abre a porta... ouviu a voz da garota Estou no canto... Deixa a porta encostada... desligou.
Respirou fundo e correu para a porta, abriu e espiou. A rua deserta, não a viu e voltou, sentou no peitoril e esperou. Quase cinco minutos, uma eternidade esperando, as porta abriu, ela entrou e correu para ele.
Não vou te perder... Não vou te perder...
Um beijo carregado parecia o ultimo, as línguas se tocaram, salivas pularam de boca e as mãos nervosas apertavam, passavam nas costas.
Tu não vais me perder nunca... sussurrou Vou conversar com tua mãe...
Não!... Ela ta doida amor, não vai falar contigo...
Tornaram colar as bocas e ela abriu o vestido, deixou cair aos pés, estava nua. Ele suspirou, passeou a mão pelo corpo, seguiu as curvas, tocou nos seios.
Vamos... puxou a mão dele Vamos pro quarto...
Deitou na cama sempre alinhada, sentiu o frescor da colcha, suspirou e abriu as pernas.
Vem amor, vem...
Tirou a bermuda e deitou entre as pernas, ela olhou para ele e sorriu, não pensavam em nada além deles dois, as mãos passaram nas pernas, brincou com o buraco do umbigo e tocou nos seios. Aproximou o rosto e sentiu o perfume almíscar exalando da vagina depilada, lisa e macia e ela gemeu ao toque da língua, sentiu o desejo que tinha desejado anos seguidos, sonhados em noites sem fim.
Não Lira... Vem logo, come... Mete logo... Vem...
Não havia tempo dentro do tempo que lhes restava e a voz rancorosa de Rosângela martelava na cabeça, ameaças gritadas, promessas ditas de fazer e não fazer.
Olharam dentro dos olhos, um mundo a parte no brilho do desejo. Ficou olhando e ela desceu a mão, segurou o pau, estava duro.
Não quero te perder amor... sussurrou no medo ds lembranças recentes Não quero...
Colocou na entrada, sentiu o toque da glande entre os lábios sedosos, sentia escorrer a gosma do desejo.
Mete amor, mete... pediu sussurrando Come tua oncinha...
<blockquote><i> Um riso sem rir no rosto sereno sedento de desejos. Segurou a cintura dele e puxou, ele se deixou puxar e o desejo de ser pareceu dilatar o canal, sentiu que estava entrando, fechou os olhos e guardou o sentir dos primeiro instante. Lira pressionou, escorregou para dentro, percorreu livre como se os corpos, os sexos, já se conhecessem, não parecia ser a primeira vez e nem ela sentia o incomodo que lhe fazia ter medo. Não sentiu dor, não aquela que tinha sentido na pracinha, apenas um incomodo e um leve arder. Os corpos colados.</i></blockquote>
Sou tua... Sou toda tua... murmurou.
Ele levantou o tronco, olhou nos olhos e descobriu que eram um do outro, que sempre foram. Baixou a cabeça e se beijaram enquanto os movimentos cadenciados arrancavam prazeres. Se amaram como nunca pensaram ser possível, sentiram os sexos unidos, ela gemeu, agatanhou as costas varada de sensações sem descrição.
<center>● ● ● ● ● ●</center>
O telefone tocava endoidecido, abriu os olhos sonolentos da noite sem dormir. Não estava cansado e nem ela que dormia abraçada ao travesseiro. Passou a mão em seu rosto sem acreditar que realmente tinha acontecido. O telefone tocava sem parar.
Levantou, olhou o relógio, seis horas. Desconfiou que deveria ser, voltou para o quartto, beijou os lábios entreabertos, ela abriu os olhos e sorriu.
O telefone não pára de tocar... falou baixinho, ela espreguiçou, abriu as pernas e olhou uma mancha rubra maculando a pele Devem ser teus pais...
Não quero falar com ninguém... puxou a cabeça e beijos os lábios Estou dormindo com meu marido...
Tinha de atender, suspirou, lambeu o biquinho do peito e saiu.
Ela está contigo? era Regis.
Está....
Escutou o silencio pesado, não falou nada, ficou ouvindo a respiração.
Rosângela saiu para a delegacia... Vai dar queixa contra ti.... calou, ouviu sons ao lado Vocês... Ela está perto?
Não... Está dormindo... mentiu, Simone estava do lado Tu queres falar com ela?
Quero... Tu tens advogado? outro silencio Liga para o Marcos, vais precisar...
Olhei para Simone, ela balançou a cabeça dizendo que não queria falar, pensava que era a mãe, tapei o monofone e disse que era o pai, ela respirou e atendeu.
<blockquote><b> Naquele mesmo dia Rosângela levou Simone para Copaíba. Fui à delegacia ao receber a intimação, não levei Marcos e duas semanas depois recebi em AR postal intimação para comparecer ao Fórum de Copaíba. Rosangela me processou por assédio sexual a menor com cópula não consentida.
No dia 23 de novembro de 2004 compareci perante o juiz para a audiência preliminar, dessa vez Marcos estava comigo de posse de hábeas corpos preventivo expedido pelo tribunal pleno. Rosangela não olhou para mim, ficou o tempo todo desviando o olhar enquanto o juiz lia as acusações cheia de figuras de linguagens e de termos jurídicos. Chamou Simone, ela me olhou e sorriu morrendo de vontade de me abraçar, foi o primeiro momento que Rosangela me olhou de frente. O juiz perguntou para Simone se eram verdadeiras as alegações contidas no auto, ela negou. Marcos foi autorizado a falar e negou todas as acusações informando que haviam testemunhas que poderiam depor em minha defesa. O juiz consultou a advogada de Rosângela que não via motivos para tais procedimentos visto que a filha de sua cliente era menor de idade e que fora deflorada pelo acusado, porem o juiz levou em consideração a negação da vítima e permitiu que as duas testemunhas falassem. Rosângela ficou lívida quando Sheila e Regis entraram.
Reginaldo contou quase toda a vida de Simone, falou do carinho com o qual sempre a tratei e que sabia do envolvimento da filha, que sempre apoiou e confiou em Simone e que sabia que, na ultima noite, a filha ia dormir em minha casa. Sheila confirmou tudo. O processo foi encerrado por insuficiência de prova e por ser, a vítima, maior de dezesseis anos com consentimento do pai.
Foi a ultima vez que vi Rosângela. Uma semana depois da audiência Reginaldo se separou da mulher.
Hoje Simone mora em Teresina, capital do Piauí, na casa de um tio da mãe. É segundo anista de Direito. Eu mudei de Colinas e hoje moro na capital, mas meus finais de semana e feriados têm um único destino: Teresina.</b></blockquote>
<Center>─────────────────────────────────────────────────────</Center>
<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>
<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>
<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>
<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt>
<tt>Episódio 04: Simone vai ao mato</tt>
<tt>Episódio 05: Desencontros</tt>
<tt>Episódio 06: Encontros e surpresas</tt>
<tt>Episódio 07: Uma noite para Sheila</tt>
<tt>Episódio 08: Sonhos e prazer para Sheila</tt>
<tt>Episódio 09: Maria, vida sem vida</tt>
<tt>Episódio 10: Isaurinha</tt>
<tt>Episódio 11: Desejos e planos</tt>
<tt>Episódio 12: Jogos de sedução</tt>
<tt>Episódio 13: Muriçoca gelada</tt>
<tt>Episódio 14: Na toca do leão</tt>
<tt>Episódio 15: Casamento da roça</tt>
<tt>Episódio 16: Riacho dos Macacos</tt>
<tt>Episódio 17: Uma noite ao sereno</tt>
<tt><b><u>Episódio 18: Simone</u></b></tt></blockquote>