Minha filha..., 28 - Desconfianças e verdades

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 2122 palavras
Data: 10/02/2009 12:27:49

<center><tt>28</tt> ●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●●○●● <tt>30>/tt></center>

<tt><center>Minha filha, mãe de minha filha</center></tt>

<center><strong><b> DESCONFIANÇAS E VERDADES </b></strong></Center>

<center><tt><b>Domingo, 9 de janeiro de 2000</b></tt></center>

<blockquote><b>O dia amanheceu chuvoso igual ao dia anterior quando choveu o dia todo, Cíntia foi quem primeiro acordou e passou o café. Só lá pelas nove horas é que Dora saiu do quarto.</b></blockquote>

— Vamos lá molecas! – abriu a porta do quarto das meninas e puxou as pernas de Bel e Berta – Tá na hora de donas de casa pegarem no batente.

Roberta chiou, mas levantou e entro no banheiro. Isabel continuou na cama curtindo a preguiça costumeira. Janice também já tinha acordado e ajudava a irmã na cozinha.

— Bom dia meus amores! – Doralice abraçou e beijou as sobrinhas-filhas – Parece que o café tá uma gostosura...

Amarildo sentou na mesa, Janice serviu o cuscuz de milho e tomaram café traçando planos para o dia chuvoso.

— Cadê Bel? – notou que a morena não apareceu para tomar café.

— Ora cadê? – Dora brincou – Tá curtindo a preguiça de sempre...

Terminaram o café e foram para a sala, Amarildo foi para o quarto tentar acordar a primogênita.

<center>● ● ● ● ● ●</center>

— E aí moleca? Vai ficar deitada o dia todo?

Ela se virou e olhou para ele.

— Não tô me sentindo bem paizinho... – colocou a cabeça no colo dele – Tô enjoada...

— Vai ver foi a juçara da noite... – se deitou colada a ela e puxou o lençol – Mas se você tomar um banho gostoso vai melhorar...

Isabel passou a perna em cima do corpo dele e se aninhou.

— Você tá sentindo o que?

Ela sentia ânsias de vômito, tinha levantado duas vezes na madrugada para vomitar no vaso sanitário.

— Tá um bolo no meu estômago... E... – engulhou e se levantou ligeira.

<blockquote><b><i>Segui minha filha até o banheiro e segurei seu corpo enquanto ela vomitava uma baba gosmenta. Esperei que ela terminasse e coloquei debaixo do chuveiro para um banho com água fria. Depois a peguei nos braços e carreguei de volta para a cama e a enxuguei com carinho.</i></b></blockquote>

— Vista uma roupa que vou te levar num pronto-socorro – beijou o biquinho do peito direito, ela ficou arrepiada.

— Não é nada não papai... – segurou sua cabeça e deu um beijinho nos lábios – Isso passa logo.

— É melhor prevenir do que remediar – foi ao guarda-roupa e escolheu uma calcinha, bermuda e camisa de meia – Se vista...

Saiu do quarto e chamou a mulher.

— Acho que Bel pegou uma infecção estomacal... – andaram para o quarto abraçados – Vê se ela toma um leite ou um suco que vou pegar minha carteira... Vou levá-la na UDI...

Foi trocar de roupa e pegar os documentos, Dora entrou no quarto para ver como estava a filha.

— O que você está sentindo filhinha?

Bel estava vestindo a roupa que o pai escolhera, Dora ajudou a vestir a camisa.

— Tô com um bolo no estomago... – sentou na cama sentindo vontade de vomitar – Deve ter sido a juçara com camarão seco que comemos ontem de noite...

Se levantou e correu para o banheiro onde tornou a vomitar. Dora a seguiu e, depois, foram para a copa onde Isabel tomou um copo de suco de cajazinho.

Roberta se aproximou e falou que a irmã tinha vomitado a noite toda.

— Seu pai vai levá-la num medico, mas não deve ser nada...

Acharam melhor irem apenas os dois, Dora ficou em casa arrumando a carne para o churrasquinho que decidiram fazer mesmo com a chuva.

Voltaram depois de pouco mais de uma hora, Isabel estava melhor, tinha tomado uma injeção no hospital para debelar o enjoou e comprado os medicamentos receitados.

— E aí amor, o que é? – Dora esperou que Isabel entrasse no quarto para tirar a roupa.

Amarildo estava tenso.

— Conversei com a médica de plantão... Receitou uns medicamentos contra enjoou e... – sentou no sofá e acendeu um cigarro, Doralice notou que estava nervoso.

— E?

Ele respirou fundo, deu uma tragada forte e encarou a mulher.

— Pediu exame de urina... Acha que... Que é gravidez!

Doralice teve de sentar para não desabar.

— Mas... Mas ela menstruou esse mês... Ficou boa há pouco? – piscou nervosa – Não... Não pode ser gravidez!

Ficaram em silencio, ele fumou calado, estava arrasado sem saber o que fazer.

— E se for? – olhou para a mulher – E se minha filha estiver esperando um filho meu?

— Não pode amor... Isso é só o estomago.. Logo passa...

Calaram quando Bel entrou na sala, estava de calcinha e camisa curta. Doralice pregou o olho no ventre da filha como querendo ter visão de raio x para poder ver o útero dela. Amarildo também olhou, mas não dava para perceber nada de anormal, era a barriga bonita de sempre.

— Que foi? – Isabel estranhou os dois olhando para sua barriga.

— Nada filha... – ele se levantou – Vamos cair na piscina?

Doralice olhou para ele e para a filha sabendo que finalmente teria de falar tudo, mas teve esperança de que era só um susto, um susto a mais dentre tantos que vinha tendo nos últimos tempos.

— Vamos lá! – deu um pulo e ficou em pé – Quem chegar por ultimo é mulher do sapo...

Saiu correndo com os dois a seu encalço. Janice e Roberta já estavam dentro da piscina e Cíntia estava acendendo a churrasqueira.

<center><tt><b>Quarta-feira, 12 de janeiro de 2000 – 17h52m.</b></tt></center>

<blockquote><b><i>Cheguei com o envelope do exame ainda lacrado, não tive coragem de abrir. Dora e Cíntia estavam conversando na sala e as outras duas assistiam filme da televisão.</i></b></blockquote>

— Oi amor? – se beijaram – Chegou cedo hoje?

Cíntia também abraçou e beijou o tio, notou que ele estava tenso.

— Fui pegar o exame... – entregou o envelope – Não tive coragem de abrir.

Doralice recebeu o envelope e colou no peito pedindo a Deus que fosse apenas desconfiança infundada. Cíntia, que já sabia de tudo, segurou a mão da tia.

— Abre mãe! – se espantou em chamar a tia de mãe, mas saiu sem que ela percebesse, mas tanto Dora quanto Amarildo ouviram e gostaram – Tu vai ver que é só besteira da gente.

Amarildo sentou, Cíntia sentou no seu colo e ficaram esperando que Dora abrisse o envelope. Foram os minutos mais longos de suas vidas.

— E aí? – ele estava ansioso por saber se era verdade a desconfiança da médica.

Dora leu e releu várias vezes, pela cabeça passaram anos e anos, voltou à juventude, reviu os pais, o parto da primeira filha, a alegria do marido. Foi como um filme.

— Fala logo mamãe... Tia... – consertou.

Dora olhou para ela com os olhos cheio de lágrimas e Cíntia soube que era verdade, a prima e irmã estava grávida.

— E agora pai... – quis consertar, mas Dora não deu tempo.

— Agora é esperar os seis meses e... – começou chorar baixinho, o rosto ficou lavado de lágrimas.

Nem ele ou Cíntia falaram nada, ficaram calados e cada um, a seu modo, pensava mil coisas.

— Esperar os seis meses e criar uma coisinha linda... – olhou para o marido – Tu vai ser pai amor... Tu vai ser pai e eu... – enxugou as lágrimas – Eu... Vou ser avó!

Nem Cíntia nem ele entenderam o que Dora tinha falado. Não era possível que aquilo viesse a acontecer, tinham que providenciar um aborto o mais urgente possível.

— Como pode mãe... Pai! – olhou para ele e viu que não tinha sangue no rosto, estava branco.

— Tua mãe não sabe o que está falando filha...

Ficaram em silencio, Doralice chorava baixinho, o corpo estremecia.

— Dora... Eu...

— Não diz nada não amor... Não diz nada ainda...

Se jogou nos braços dele e chorou copiosamente. Cíntia ficou espremida entre os dois, também começou chorar baixinho.

— Filha... – passou a mão na cabeça de Cíntia – Preciso conversar com teu... – olhou para ele – Pai...

Cíntia se levantou e ia indo para o quarto.

— Não conta nada ainda Cíntia – Dora limpou o rosto com a ponta da camisa – Ou melhor... Fica... Não!... – se levantou – Vamos conversar lá no quarto, vem com a gente, vem Cíntia...

Foram para o quarto e Dora fechou a porta com chave.

— Senta amor... Você também filha...

Os dois sentaram na cama sem saber o porquê de Dora querer falar a sós com eles.

— Olha amor... – respirou fundo, puxou a cadeira de embalo que mantinham no quarto e sentou – Eu devia ter tido essa conversa contigo há anos, mas sempre tive medo...

Cíntia não entendia nada, mas Amarildo tinha e sempre teve uma certa desconfiança.

— A gente se reencontrou depois de muitos anos... Você foi estudar no Ceará e eu... Eu fiquei aqui mesmo... – riu de nervoso – Quando você voltou e a gente começou ficar junto... Eu não sabia... Juro que não sabia... Que tava grávida...

Amarildo não demonstrou qualquer emoção, mas Cíntia ficou zonza e ia ficar mais ainda depois que ouvisse toda a história.

— Isabel é filha... – olhou para a sobrinha – Isabel é tua irmã... Teu pai... Florisvaldo... Me... Me estrupou...

— Mãe?! – Cíntia deu um gritinho e se abraçou com o tio.

Amarildo se levantou e puxou Dora pelo braço e abraçou ela.

— Nunca falei isso pra ninguém... E nunca ia falar se isso tudo não tivesse acontecendo... Tu me perdoa amor... – olhou para ele, a boca tremia, escorria catarro das narinas e os olhos minados de água – Diz que me perdoa, diz!

— Ei? Não tenho nada que perdoar amor... Pai é quem cria e ama... E Belzinha é nossa filha viu?

Doralice não acreditava que estava ouvindo aquilo, sempre teve o maior pavor dele saber e não querer mais ela. A segunda separação foi motivada por isso, por temer que ele descobrisse, mas ele nunca soube e nunca demonstrou qualquer desconfiança de que ela tivesse traído ele.

— Puta merda! – Cíntia lembrou das sandices que o pai fazia com ela e com a irmã e ficou com mais raiva, ódio dele – Aquele meu... Meu pai era mesmo um filho da puta! Já foi tarde o sacana...

Doralice se abraçou no marido com ânsia, tinha tirado um peso enorme da consciência e se sentia leve.

— Quero trepar contigo... Agora... – falou baixinho.

<blockquote><b><i>Arranquei a roupa dela quase que com raiva, mas não era raiva em saber que Isabel não era minha filha, era raiva de estarem ainda vestidos. Ela também arrancou minhas roupas com movimentos bruscos, chegou a rasgar a camisa e arrancou os botões da braguilha com um puxavão que rasgaria até o mais forte tecido. Nos jogamos na cama, quase deitamos sobre Cíntia que continuava olhando.</i></b></blockquote>

— Mãe!... – se levantou para sair.

— Não filha... – segurou o braço dela – Fica aqui com a gente... Fode com teu pai... Vem... Deita...

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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt> 01: E não era eu</tt>

<tt> 02: No Apart-Hotel</tt>

<tt> 03: Em uma festa de Réveilon</tt>

<tt> 04: E ela quis outra vez</tt>

<tt> 05: Isabel dormia do lado</tt>

<tt> 06: Era sábado bem cedinho</tt>

<tt> 07: Antes de domingo amanhecer</tt>

<tt> 08: De novo um passado</tt>

<tt> 09: Surpresas e festa</tt>

<tt> 10: E a decoradora fez que não viu</tt>

<tt> 11: Uma estava linda, a outra cheia de outras intenções</tt>

<tt> 12: Banhos em noite sem lua</tt>

<tt> 13: Noite escura, mar agitado de desejos</tt>

<tt> 14: Cíntia e Janice vão ao apartamento</tt>

<tt> 15: Cíntia, hora de dormir e ter desejos</tt>

<tt> 16: Encontros e conversas</tt>

<tt> 17: Festa surpresa para papai</tt>

<tt> 18: Cíntia, Isabel e a pequena Janice</tt>

<tt> 19: Janice, a dor que não dói</tt>

<tt> 20: Surpresas e alegrias de Roberta</tt>

<tt> 21: Um jantar, duas surpresas</tt>

<tt> 22: Brincadeiras de Roberta</tt>

<tt> 23: Janice, afoita e perigosa</tt>

<tt> 24: Anjinho de Natal</tt>

<tt> 25: Dora descobre tudo</tt>

<tt> 26: Dora e uma outra realidade nova</tt>

<tt> 27: A viajem e as armações das garotas</tt>

<tt> 28: <u>Desconfianças e verdades</u> ◄</tt>

<tt> 29: Verdades e esperanças</tt>

<tt> 30: Para o resto de nossas vidas</tt></blockquote>

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Série MARAVILHOSA... Li e reli muitas muitas vezes... 10 10 10 ....

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