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<tt><center>Minha filha, mãe de minha filha</center></tt>
<center><strong><b> PARA O RESTO DE NOSSAS VIDAS </b></strong></Center>
<center><tt><b>Domingo, 26 de dezembro de 2006</b></tt></center>
<blockquote>Poderia continuar contando a vida toda depois daquela noite quando ficaram sabendo da gravidez de Isabel, de que ela não era filha natural de Amarildo e das complicações de uma gravidez de risco, mas já falamos demais sobre a vida dessa família que aprendeu o verdadeiro significado do termo amar. Por isso vamos apenas relatar alguns fatos relevantes para o entendimento geral de tudo.
Dia 29 de junho de 2000, no Hospital São Domingos, nasceu Ana Maria filha de Isabel e, conforme o registro no hospital, de pai desconhecido. Nem a gravidez ou a maternidade precoce tirou a vontade de estudar. Em março de 2001 Isabel assistiu a primeira aula do curso de Administração na Universidade Estadual do Maranhão UEMA e, no mesmo dia Cíntia começou cursar Direito na Universidade Federal do Maranhão UFMA. Em 2004 foi a vez da sempre sapeca Roberta sentar no banco da faculdade de Medicina da UFMA e, em 2005, Janice prestou vestibular para Administração no CEUMA.</blockquote>
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Amarildo nunca voltou para a crença e hoje, ainda metido entre montanhas de papeis, continua administrando a firma de importação e exportação e é membro atuante na paróquia do São Doraco. Doralice continua prestando serviços de consultoria empresarial e vale colocar que em janeiro de 1999, depois daquela noite, Amarildo se submeteu a cirurgia de vasectomia sem o conhecimento prévio da família por não querer correr o risco de ver uma de suas outras três filhas passarem por uma gravidez indesejada.
Berenice tornou casar e mora em Goiás com o marido e uma filha do casamento. Vive bem com Ronaldo, um pecuarista que a ama como ela não pensou vir a ser amada. As filhas novas Cíntia e Janice foram adotadas, receberam a guarda definitiva um dia antes da chegada de Ana Maria.
E, por falar de Ana Maria, cabe aqui a recontagem de uma passagem que demonstra a inteligência da loirinha ela é loira como o pai, e tão sapeca como a tia Roberta, sua madrinha de batismo.
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Garota precoce, Ana Maria aprendeu a ler antes de andar e escreve com caligrafia bem cuidada desde muito cedo e, por isso mesmo, pulou etapas até chegar, aos cinco anos, na primeira série do primeiro grau no colégio onde a mãe e irmãs estudaram.
Quem costuma levá-la para a escola é a avó que não cansa de mimá-la, mas numa ocasião Amarildo foi buscá-la e a encontrou sentada na secretaria conversando com as tias.
Seu avô chegou Aninha! a tia professora viu Amarildo encostado na porta olhando a garotinha conversando sobre ecologia e dos cuidados que tinha com as plantas do quintal de casa.
A garota se virou e abriu os braços sorridente.
Papai! correu pra ele Tava conversando com as tias... puxou pelo braço Essa é a tia Cristina, essa é a tia Carol...
As tias olharam para ele e para a garota.
Mas o senhor não é avô dela? tia Cristina falou espantada.
Ana Maria olhou com um sorriso moleque no rosto e piscou para ele.
É... O papai também é meu avô... deu tchau para todo mundo e puxou a mão do pai.
Amarildo ainda se voltou para vê-las, e elas continuaram olhando os dois correndo como fossem dois alunos traquinas.
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<blockquote><b><i>Esta é parte de minha vida, a parte mais importante dentre todas as importâncias que vivi. Hoje sou um homem realizado como nunca imaginei ser possível.
Amo de verdade as mulheres que fazem de minha vida um eterno descobrir; descobrir como é fácil ser feliz, descobrir como um sorriso, um afago ou um beijo podem ser mais importante que a própria importância.
O que você leu não é nem um milionésimo de minha vida. Escolhi esses momentos que achei importantes e que possibilitam uma visão ampla desse meu aprendizado eterno, mas outros e muitos outros momentos aconteceram e, o somatório de todos, é resultado do que vivi e vivo.
Poderia escrever outro tanto de relatos e nunca chegaria ao fim, pois o fim só existe com a morte e estou vivo!
Talvez um dia eu venha escrever novamente e novamente permitir que milhares de estranhos tomem conhecimento de minha individualidade, de minha intimidade com Dora, com Isabel, com Roberta, com Cíntia ou com Janice e, quem sabe, venham conhecer as estripulias de um anjo de luz chamado Ana Maria. E saibam que muito tem acontecido...
</i></b></blockquote>
<center><strong><b>F I M ?</b></strong></Center>
<tt><center>Não! Aqui não é o fim, é apenas uma pausa...</center></tt>
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<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>
<blockquote><tt> 01: E não era eu</tt>
<tt> 02: No Apart-Hotel</tt>
<tt> 03: Em uma festa de Réveilon</tt>
<tt> 04: E ela quis outra vez</tt>
<tt> 05: Isabel dormia do lado</tt>
<tt> 06: Era sábado bem cedinho</tt>
<tt> 07: Antes de domingo amanhecer</tt>
<tt> 08: De novo um passado</tt>
<tt> 09: Surpresas e festa</tt>
<tt> 10: E a decoradora fez que não viu</tt>
<tt> 11: Uma estava linda, a outra cheia de outras intenções</tt>
<tt> 12: Banhos em noite sem lua</tt>
<tt> 13: Noite escura, mar agitado de desejos</tt>
<tt> 14: Cíntia e Janice vão ao apartamento</tt>
<tt> 15: Cíntia, hora de dormir e ter desejos</tt>
<tt> 16: Encontros e conversas</tt>
<tt> 17: Festa surpresa para papai</tt>
<tt> 18: Cíntia, Isabel e a pequena Janice</tt>
<tt> 19: Janice, a dor que não dói</tt>
<tt> 20: Surpresas e alegrias de Roberta</tt>
<tt> 21: Um jantar, duas surpresas</tt>
<tt> 22: Brincadeiras de Roberta</tt>
<tt> 23: Janice, afoita e perigosa</tt>
<tt> 24: Anjinho de Natal</tt>
<tt> 25: Dora descobre tudo</tt>
<tt> 26: Dora e uma outra realidade nova</tt>
<tt> 27: A viajem e as armações das garotas</tt>
<tt> 28: Desconfianças e verdades</tt>
<tt> 29: Verdades e esperanças</tt>
<tt> 30: <u>Para o resto de nossas vidas</u> ◄</tt></blockquote>