Felicidade e Culpa

Um conto erótico de Grilo
Categoria: Heterossexual
Contém 1287 palavras
Data: 20/04/2009 16:05:09

Ana mora no apartamento ao lado. Tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Seu marido é meu companheiro de copo. Fazemos um happy hour com amigos todas as sextas no bar do Maneco. Conversamos sobre tudo, mas quando ele resolve falar da sua mulher eu faço de tudo para mudar de assunto. Há muito troco olhares com Ana. Quase não consigo disfarçar meu tesão toda vez que meço aquele mulherão, milímetro por milímetro. Morena jambo, cabelos cacheados, sorriso angelical, peitos durinhos e apontados para mim, como armas prestes a desferir seus tiros certeiros. Não consigo achar defeito naquele corpo magnífico. Minha cobiça só não é maior que minha vergonha por desejar a mulher do amigo. Na última sexta-feira, ao chegar do serviço, cruzo com Ana no elevador. Ela estava levando o cachorro para passear. Novamente aquela cúmplice troca de olhares. Nossos corpos se acusavam. O volume da minha calça assim como as erupções na sua blusa delatavam o desejo mútuo. Me aproximei sob o pretexto de acariciar o pequeno cão, fiz-lhe uns agrados ali mesmo ajoelhado. Levantei-me esfregando meu corpo ao de Ana. Estávamos ali com os corpos colados. Minha boca a milímetros da de Ana. Sentia seu coração acelerado, sua respiração ofegante. Segurei sua mão gelada e senti que ambos tremíamos. O elevador parou, era o nosso andar. Saímos do transe que havia tomado conta das nossas mentes. Não me despedi. Entrei no meu apartamento sem sequer olhar para trás. Tomei um banho pensando em Ana. Gozei sem sequer tocar no meu pau. Corri para o bar, comprimentei meus amigos. Hesitei em comprimentar o marido de Ana. Depois tomei meu copo de cerveja num gole só, arrancando aplausos da galera. Olhei para o meu amigo e me deu vontade de lhe contar a verdade. Bebi mais um gole de cerveja e fiquei calado. Não tirava Ana da cabeça e não conseguia olhar para o meu amigo. Meu celular tocou duas vezes e depois parou. Chequei a chamada...era Ana. Não sei porque mas acreditei ser uma espécie de código e às pressas me despedi do pessoal sob o protesto de todos. Aleguei problemas no trabalho e que eu precisava retornar. Os rapazes disseram para eu voltar assim que terminar, pois não iam sair dali tão cedo. Acenei concordando e em poucos minutos estava de frente para o elevador. Adentrei e apertei o botão do décimo andar. Cada andar no painel do elevador parecia uma viagem eterna. Nesse interminável intervalo de tempo eu não conseguia pensar em mais nada a não ser imaginar se aquela ligação era mesmo uma senha. Mas, e se não fosse? --Só me fiz essa pergunta quando já havia tocado a campainha do apartamento de Ana. Tarde demais. A porta abriu e o cachorro saltou nas minhas pernas. Por um instante aquele pequeno animal me distraiu ao ponto de não perceber que Ana já segurava minha mão e me puxava para dentro afim de não chamar a atenção dos outros vizinhos. A porta fechou e quando ficamos cara a cara não pronunciamos uma só palavra. Meus olhos estavam fixos nos dela e novamente nossos corpos se acusavam. Agarrei Ana pelos peitos e a empurrei contra a parede. Beijei-lhe o pescoço e depois a boca. Nossas línguas entrelaçavam-se de forma descompassada e com uma voracidade que me fez imaginar que iríamos nos engolir ali mesmo. Tirei seu vestido azul e deparei com a mais bela visão que a vida poderia me proporcionar. Ana não estava usando nada por baixo. Há tempos eu sonhava com aquele corpo. Desci minhas mãos para aquele par de mamilos grandes,durinhos e com aureolas amendoadas. Apalpei, apertei e os marquei como um animal marca seu território. Território esse que não era meu, era território alheio, era o território do meu amigo. Minha língua já doía de tanto dançar com a de Ana, então desci até aqueles melões que a essa altura já apontavam para o céu e os beijei e chupei como um bezerro errante e faminto. Ana se agarrou nos meus cabelos e me sufocava dentre os peitos e foi assim, agarrada aos meus cabelos, que Ana me empurrou para baixo e eu passeava minha língua pelo seu corpo até que, ajoelhado, senti o odor da sua vagina. Esfreguei meu rosto naqueles pêlos geometricamente depilados como um pequeno triângulo ou uma seta que apontava para a perdição. Ainda ajoelhado, segurei a bunda de Ana com as duas mãos e enfiei minha língua naquela gruta molhada para solver o doce néctar que já abundava daquela flor ensandecida. Ana tremia encurralada na parede. Apertava-me como se quisesse me enfiar vagina adentro. Percebi que Ana chorava e quando fiz menção de parar de chupá-la, ela me apertou ainda mais e disse: Me chupa, não para, me chupa. Eu continuei, não queria parar nunca mais. Aproveitei minhas mãos cravadas em sua bunda e introduzi um dos meus dedos no seu cu. Ana enlouqueceu, perdeu totalmente o controle e, aos gritos, rebolava entre meu rosto e meu dedo como se imaginasse sendo penetrada duplamente Até que Ana estremeceu em um espasmo alucinante e anunciou, como se fosse necessário, que havia gozado. Ela me soltou e me deixei cair no chão da sala extasiado e com o rosto lambuzado que denunciava toda a excitação de Ana. E ela não perdeu tempo e arrancou minha bermuda com uma velocidade incrível e se pôs a chupar meu pau que já estava latejando de tanto tesão. Ana o fez com maestria, hora chupava meu pau, hora minhas bolas enquanto subia e descia sua delicada mão no meu membro, me punhetando em sincronia. Apoiei-me sobre os cotovelos só para apreciar a performance daquela Deusa que me olhava fixamente enquanto executava o boquete à perfeição. Não resisti por muito tempo. Anunciei que ia gozar, mas Ana não parou. Em vez disso acelerou ainda mais o vai e vem sua boca no meu pau e recebeu toda a minha porra garganta adentro. Eu poderia morrer naquele momento, não me importava. Mas não morri e logo já estávamos atracados novamente. Enquanto nos beijávamos loucamente, Ana acariciava meu pau que já se mostrava pronto novamente. Ergui-a do chão, virei-a de costas para mim e a fiz colocar seus braços sobre a mesa de jantar. Lá estava ela, estendida na mesa com aquela bunda redonda a minha inteira disposição. Ana pediu: Me come, vem. Não titubeei, segurei as ancas de Ana e penetrei bem devagar e comecei a estocar suavemente enquanto movimentava para frente e para trás. Ana rebolava e forçava a bunda para trás a cada investida. Aquela sincronia de movimentos foi intensificando-se e nossa respiração foi ficando cada vez mais ofegante. Soltei as ancas de Ana e me agarrei em seus cabelos e a puxei para cima para, com a outra mão, agarrar e apertar os seus mamilos. As estocas agora eram violentas e eu tentava me segurar para não gozar. Ana estremeceu umas duas vezes denunciando seus orgasmos. Até que não pude mais controlar e inundei aquela gruta encharcada de gozo. Quase não é possível descrever a sensação daquela trepada e a magia daquele momento. O cheiro de sexo pairava no ar. Estávamos ambos ali estirados sobre a mesa, ainda engatados e em silêncio. Minha consciência começava a pesar. Saí de cima de Ana, ajudei-a a levantar e a abracei com carinho. Dei-lhe um beijo tenro e procurei minha bermuda para poder sair daquele lugar o mais rápido possível. Ao abrir a porta, me virei para trocar um ultimo olhar. Ana chorava envergonhada e cobria seus seios e seu sexo com as mãos.

Distanciei-me dos meus amigos e nunca mais fui ao bar do Maneco. Quando penso naquele dia, sinto um misto de felicidade e culpa.

ninogrilo@hotmail.com

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Comentários

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Excelente conto. Nos brinde com mais... Nota mil.

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Meu camarada, você foi mais uma vítima da virose tesão! hahahaha Parabéns!

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Tem razão "nana.love". Meu texto original continha parágrafos. Não sei o que aconteceu.

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Tem razão "nana.love". Meu texto original continha com parágrafos, não sei o que aconteceu.

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Gostei do conto, mas senti falta dos parágrafos. Assim fica muito cansativo para ler. Mas o conteúto está muito bom

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