Estela, a esposa do executivo

Um conto erótico de Grilo
Categoria: Heterossexual
Contém 2139 palavras
Data: 27/04/2009 08:40:14

Esse conto pode ser lido como uma estória individual, que tem início e final. Entretanto, esse é o segundo conto de uma trilogia. Se quiser acompanhar a saga toda, sugiro que leia antes o conto publicado no último dia 22 (se não me engano) e cujo título é “Minha nova Secretária”.

Estela era casada com Mário, executivo de uma grande multinacional. Eleito por uma revista especializada como o melhor do ano por duas vezes. Porém, Mário já não ligava a mínima para a esposa. O filho do casal havia acabado de entrar em uma faculdade de agronomia no interior do estado e, por conta disso, morava em uma república por lá mesmo. Pobre Estela, solitária e desprezada pelo marido. Não trabalhava porque não precisava. Tinha tudo e não tinha nada. Bateu-lhe a depressão, daquelas que dá vontade de morrer. Procurou um médico que aconselhou-a a fazer alguma atividade afim de distrair a mente, já que cabeça vazia vira oficina do diabo.

Estela seguiu o conselho médico, mas nada do que se aventurava a fazer lhe aliviava o quadro depressivo. Tentou academia de ginástica, natação, tai chi chuan, culinária, auto-ajuda. Sem resultado algum. Então, resolveu ser drástica. Tentaria pára-quedismo. Pensou que se ainda assim não desse certo bastaria não puxar a cordinha no próximo salto.

Inscreveu-se num curso lá para as bandas do campo de marte. Chamou-lhe a atenção o instrutor de saltos. Moreno de cabelos cortados à máquina dois, traços rigorosos, voz grave como um trovão, autoritário como um coronel da aeronáutica. Atendia pelo nome de Emiliano Pardal. Estela, depois de muito tempo infeliz, se pegou sorrindo ao lembrar-se do filme “O Auto da Compadecida”, onde uma personagem vivia dizendo “Aiii, eu gosto é de homem brabo”. Ao fim do primeiro dia de aula, Estela chegou em casa num estado de espírito como há muito não se encontrava. Beijou o marido e este não demonstrou nenhuma reação. Ela não ligou, estava contente demais para isso.

Durante os dias de aulas teóricas ela fez o que pôde para chamar a atenção do instrutor. Usava vestidos provocantes, fazia caras, bocas e trejeitos sensuais. O instrutor percebera e passaram a trocar olhares de cumplicidade e sorrisos melosos. Estela o chamava de “fessor Pardal” e ele a chamava de “stelinha”. Certo dia Estela armou uma arapuca para tentar aprisionar aquele pardal de traços rigorosos e voz grave. Foi sem carro para aula e pediu-lhe uma carona no final. Prontamente atendida, lá estavam a cruzar o trânsito caótico da capital paulista. Estela sugeriu um lanche. Foram ao drive-thru de um McDonald’s qualquer e pararam o carro num estacionamento de super mercado para degustar os sanduíches. Não foi preciso muito tempo para que os dois iniciassem a troca de carícias. Beijos melados para cá, peitinhos amassados para lá. Estela tirou o passarinho do seu professor para fora e se pôs a chupá-lo com tanta sofreguidão que o rapaz temeu pela integridade física do seu instrumento. O homem autoritário logo sucumbiu às habilidades sugadoras da aluninha aplicada e, em pouco tempo, melecou todo o rosto de Estela. Limparam-se com os guardanapos do lanche e seguiram seu trajeto. Estela chegou em casa e beijou seu marido na boca. Ele estranhou, mas também nem ligou. Sequer perguntou onde ela esteve. Aliás, Mário nem sabia que a esposa andava as voltas com um curso de pára-quedismo. Entretanto, o marido informou que o filho ligara para avisar que estaria em casa no domingo para contar uma novidade. Estela mal ouviu o recado e pensou: Acabei de chupar um cara e depois te beijei. Chupou pau por tabela seu corno do caralho.

Uma das normas do curso impedia que Estela executasse seu primeiro salto sozinha. Deveria saltar sob o mesmo pára-quedas do seu instrutor. E assim foi. No avião, mal o equipamento foi montado e os dois literalmente engatados já se bolinavam em um canto qualquer do avião. Saltaram. Estela não se continha de medo e ao mesmo tempo lhe dominava uma emoção sem tamanho ao contemplar as nuvens tão de perto e sentir aquele ar gelado a invadir o seu corpo. A aluna em queda livre de braços e pernas bem abertos, conforme lhe foi ensinado. O instrutor, se aproveitando da situação apertava os seios da aluna com uma das mãos enquanto que com a outra atochava-lhe a boceta. A aluna, com a adrenalina literalmente nas alturas estava adorando a situação.

Chegaram ao solo e trataram de se livrar do equipamento. Pardal ordenou que seus subordinados guardassem os paramentos. Os dois correram de mãos dadas para o vestiário. Um dos subordinados comentou de soslaio com o outro: “O filho da puta vai pegar mais uma”. Pardal trancou a porta. Ao virar-se já deparou com Estela sentada em um banco, completamente nua. Pardal correu em sua direção, ajoelhou entre suas coxas e mergulhou de língua na vagina já ensopada por conta da bolinagem em pleno ar. Estela gemia de prazer enquanto Pardal mordiscava-lhe o grêlo e usava sua língua como se essa fosse a hélice de um avião. Estela que há pouco estava nas alturas, voltou para lá. Experimentava, depois de tanto tempo, o prazer dos múltiplos orgasmos. Pardal, então, levantou-se para se livrar do macacão e liberou seu membro que já apontava para o céu como um avião em decolagem e, como um coronel autoritário, ordenou que ela o chupasse imediatamente. Estela se lembrou do “homem brabo” e caiu de boca no pardalzinho do “fessor”. Desta vez Pardal não queria gozar na boca de Estela, então, deu-lhe um empurrão tão forte que ela caiu estendia sobre o banco. Ele agarrou-se aos seus cabelos e a puxou para cima. Assustada e ao mesmo tempo excitada, Estela foi se deixando levar pelas carícias grosseiras de seu instrutor. Pardal colocou Estela de pé apoiada em um dos vários armários de aço do vestiário. Envolveu-lhe a cintura com um dos braços e com a outra mão segurou seu membro duro. Cuspiu na cabeça do seu pau e enterrou sem aviso prévio na boceta escancarada de Estela que acabou batendo com a testa no armário. Pardal socava forte enquanto mantinha o rosto de Estela grudado no armário. Na condução daquela violenta trepada, Pardal começou a proferir um palavreado exageradamente chulo para os padrões da esposa de um executivo. “Toma rola sua puta sem vergonha”. “É disso que a putinha gosta, né?”. Aquela altura os pensamentos de Estela eram um misto de horror e excitação. Pardal gozou com um grito horrendo. Tal como um animal que vence uma batalha com seu semelhante afim de obter o controle do grupo. Estela caiu ajoelhada e com a testa ferida. Pardal, ofegante, expunha um sorriso vitorioso.

Em uma sexta-feira ensolarada aconteceu o segundo salto. Estela já o fez sozinha e logo tratou de puxar a bendita cordinha para não correr riscos. A sensação era indescritível. Deveria ser a mesma que um pássaro sente, pensou ela. Ao longe ela avistou seu instrutor e, com o perdão do trocadilho, logo se imaginou brincando novamente com seu passarinho quando chegassem lá embaixo. E assim foi.

Vestiário com porta trancada novamente. Desta vez Pardal arrastou um dos bancos até a proximidade do armário e ordenou que Estela ajoelhasse no banco e colocasse suas mãos no armário. Ela obedeceu tal qual uma escrava. Pardal, nu, membro em riste, repetiu o gesto de cuspir na cabeça de seu pau. Entretanto, direcionou o passarinho para o cu de Estela. Segurou-lhe as ancas e, sem dó, enterrou-lhe por completo com um só movimento. Estela gritou de dor e, por pouco, não desmaia. Pardal lhe proferiu frases semelhantes ao coito anterior. “Toma pica no cu sua vadia”, “Eu sei que é disso que tu gostas”, “Teu marido é um corno frouxo que não sabe como tratar uma vadia como você”. Pardal foi acelerando os movimentos e Estela já não esboçava qualquer reação, a não ser a de chorar baixinho. Ele interrompeu o ato sem gozar. Largou Estela que caiu sentada no chão. Abriu seu armário particular e sacou uma máquina fotográfica. Clicou Estela no chão algumas vezes e depois mandou que ela chupasse seu pau mal cheiroso por conta da relação anal. Estela só fazia obedecer e chupou-lhe enquanto ele clicava sua câmera. Gozou no rosto de Estela, clicou mais algumas vezes e guardou a máquina. Ajudou Estela a se levantar e a tomar um banho. Estela chorou de dor quando a água tocou-lhe a bunda.

Ao chegar em casa, exausta e humilhada, só pensou em deitar e desanuviar a mente afim de colocar as idéias em ordem. No quarto deparou com o marido deitado, todo coberto e gripado. Sua consciência ordenou-lhe que fosse fazer um chá. O casamento não andava nada bem, mas o dever de esposa há de imperar sempre. Feito o chá, caiu na cama e não conseguiu dormir devido às dores do sexo e ao peso da consciência.

No final de semana o filho apareceu em casa acompanhado de uma garotinha linda, de olhos amendoados, voz doce e dona de um sorriso inebriante. Estela só não gostou muito daqueles cabelos tingidos de loiro. O filho perguntou pelo pai. Estela avisou que ele estava de cama devido a uma forte gripe. O rapaz, preocupado, subiu para vê-lo. Os dois ficaram conversando no quarto enquanto Estela fazia sala para a simpática garota. Não tardou para o filho chamar as duas ao quarto e, para surpresa dos pais, anunciar o noivado. Estela se emocionou com a notícia, mas ficou preocupada com o marido que parecia não ter assimilado muito bem o ocorrido, já que começou a passar mal após a entrada da moça no quarto.

Situação contornada, o almoço transcorreu quase normalmente, a não ser pelo fato da futura nora não ter pronunciado uma só palavra e o marido ter feito a refeição na cama.

No dia seguinte Estela recebe uma ligação. Era o instrutor com a voz apavorada. Pardal mal conseguia falar dado o desespero que se encontrava. Não podia falar ao telefone e marcaram encontro em um motel. Quando lá chegaram, Pardal aos prantos, disse que o centro de pára-quedismo fora assaltado nesse último final de semana e levaram seus pertences do armário. Estela, a principio não viu motivos para tamanho desespero. Nada que não pudesse ser contornado. Se ele precisasse de dinheiro para repor as perdas ela o emprestaria sem problemas. Pardal lembrou-lhe da máquina fotográfica e, só então, a ficha caiu para Estela. Ainda assim ela não viu motivos para pânico, afinal o ladrão não os conhecia e, talvez, nem saberia lidar com uma máquina digital. Pardal foi se acalmando com os afagos de Estela e os dois acabaram se beijando e começaram a se bolinar. Pardal parecia outro homem, pois estava tratando Estela com carinho dessa vez. Tirou o seu vestido com ternura e beijou-lhe os seios de um jeito tenro. Abaixou até a vagina , introduziu a língua bem devagar e mordeu o seu clitóris. Permaneceram nesse ritual até Estela gozar contemplando sua própria felicidade através do espelho no teto. Estela quis retribuir o prazer e montou em cima de Pardal. Apoiou suas mãos no peito do instrutor e iniciou um delicioso rebolado. O instrutor, como fez Estela, contemplava o rebolado da aluna através do espelho no teto. Estela decidiu ousar e, ainda engatada em Pardal, apoiou-se sobre os pés e iniciou a cavalgada tal como fazem as amazonas. Pardal foi à loucura e Estela caprichou ainda mais no rebolado até que os dois, aos gritos e numa experiência inédita para Estela, gozaram juntos.

Mais um dia ensolarado em São Paulo. Era dia de salto e Estela saiu bem mais cedo de casa, pois decidira passar antes em um shopping afim de comprar um presente para a futura nora. Já no shopping, Estela parou diante de uma televisão exposta na vitrine de uma loja, para acompanhar, atônita, a notícia de um escândalo envolvendo um famoso executivo e as fotos de sua esposa em cenas pornográficas com outro homem que vazaram através da Internet. Naquele exato instante o porta voz da multinacional anunciava a demissão do executivo.

Pobre Estela, não sentia as pernas, seu coração dilacerado comprimia-se de desolação. A angústia foi lhe dominando o corpo e seus pensamentos lhe abandonaram. Ao invés de ir para casa e tentar se explicar para o marido seguiu hipnotizada rumo ao centro de pára-quedismo. Aparentemente ninguém sabia do escândalo ainda. Estela vestiu seu paramento normalmente. Seguiram todos para o avião e lá em cima foram saltando um a um. Não havia nuvens no céu. Aquela imensidão azul e o vento forte sobre o seu rosto, libertaram Estela de seu transe e devolveram-lhe os pensamentos. Pensava no marido, no filho e na futura nora. Pensava na sua vida vazia e em todo o mal que causou. Colocou as mãos no rosto e tirou seu óculos protetor.

Desta vez Estela não puxou a cordinha.

ninogrilo@hotmail.com

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Comentários

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Para um conto que tentava surpreender, foi narrado de forma muito previsivel.

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Ah seu Pardal, a partir do momento que tirou as fotografias, estavas mal intencionado. Pra que? Pergunto eu, tirar fotografias que possam comprometer pessoas algum dia e isto vale para os incautos que fotografam ou se deixam fotografar em situações comprometedoras. Aprendam meninos e meninas. Quanto aos contos, muito bem relatados, apesar do final trágico, merecem nota MIR!

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O_O... pobre pardal... nuss... tah perfeita a triologia até agora... vamos ver como continua a historia agora!... NOTA 10

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