A Última Vez Com Rodrigo

Um conto erótico de João Victor
Categoria: Homossexual
Contém 1230 palavras
Data: 01/05/2009 01:32:05
Última revisão: 01/05/2009 01:42:29
Assuntos: Homossexual, Gay

Continuação dos meus contos anteriores. Para lê-los basta acessar o meu profile. Ah! Já ia me esquecer. Se por acaso não gostou do conto, seja inteligente, não perca seu tempo deixando reviews idiotas, porque eu não perderei o meu tempo lendo-os.

Em Julho fez sete meses que eu estava com Rodrigo. Apesar do tempo, cada vez que eu transava com ele era melhor. Éramos os melhores amigos, apesar dele ter feito outros. Mesmo com tudo indo aparentemente bem, em Maio eu fui surpreendido com uma grande notícia. Meu pai que trabalhava em uma empresa da área de petróleo havia sido transferido para o Espírito Santo.

Logo no começo eu odiei a idéia, fiz birra, disse que não ia aceitar. Finalmente, quando eu estava extremamente feliz, me vem uma notícia dessas. Tentei esquecer o fato e não contei nada para ninguém. Porém com o tempo a data marcada foi ficando cada vez mais próxima. Resolvi contar para Rodrigo que ficou tão chocado quanto eu:

- Você não pode fazer isso comigo, João... Quero dizer, não pode fazer isso conosco. – disse ele assim que soube.

Era uma tarde de terça-feira típica do inverno paulistano. Estávamos na casa dele assistindo à TV quando lhe contei do modo mais casual possível.

- Será que não entende que isto não depende de mim? Tudo o que mais quero é ficar, mas não posso fazer nada.

Ele não aceitou muito bem e eu o compreendia, pois vivia a mesma situação. Infelizmente não havia outra alternativa que não aceitá-la. Mesmo que eu estivesse vivendo um momento ótimo em minha vida, não podia revoltar-me contra meus pais.

Ignoramos o assunto e procuramos fingir que nada acontecia. Durante semanas havia uma enorme tensão entre nós que deixava-me cada vez mais aflito. Na véspera de minha partida, logo após o café da manhã, falei com meus pais que iria me despedir dos meus amigos enquanto eles ficaram na nossa antiga casa resolvendo os últimos detalhes da viagem.

Fui até a casa de Rodrigo sabendo que ele costumava ficar sozinho por estas horas. Toquei a campainha e logo ele apareceu com a cara emburrada.

- O quê você quer? – perguntou em tom grosseiro.

- Eu queria me despedir. Não quero ir ressentido contigo.

Ele me olhou de cima a baixo com um olhar triste.

- Entre.

Sentei no sofá da sala de estar. Ele continuou a me olhar, ou melhor, encarar.

- E então? O quê veio fazer aqui? – perguntou-me.

- Eu já lhe disse! Vim me despedir.

- Ah, claro! Como se você realmente se importasse comigo...

Levantei-me e caminhei até ficarmos próximos.

- Se dependesse de mim isto seria diferente – falei.

- Eu sei... eu sei... – disse ele com bastante sinceridade.

Abracei-lhe com força sentindo todo o calor de seu corpo. Sua mão percorreu minhas costas e então Rodrigo tomou a iniciativa de me beijar.

Senti algo inédito e díficil de explicar. De todos os beijos que havíamos tido, este era completamente diferente. Era molhado e doce ao mesmo tempo.

Apesar do clima não ser o ideal, não podíamos perder a chance de transar pela última vez. Rodrigo já estava um pouco mais contente e conduziu-me até seu quarto.

Ele fechou a persiana e trancou a porta enquanto eu deitei em sua cama.Com um grande apetite, veio para cima de mim ao qual eu tentei corresponder. Rapidamente nos despimos e continuamos a nos beijar.

- O quê você quer fazer? – perguntou-me.

- Aquilo que quiser. Hoje é o seu dia. – respondi com um sorriso na face.

Sem perder mais tempo, sentou-se na cama e levou minha cabeça até seu pênis. Abri a boca e experimentei aquele gosto familiar novamente. Queria ir com calma, para poder lembrar-me deste momento para o resto da minha vida.Por isso controlava o ritmo e dava leves lambidas em sua glande. O cheiro dele misturado com o calor que exalava enchiam-me de tesão. Comecei a brincar com suas bolas enquanto percorria toda a extensão de seu membro que a esta hora já estava duro como uma pedra.

Continuei enquanto ele suplicava para que eu colocasse tudo na boca. Sem perder mais tempo, fiz então sua vontade e o chupei como nunca antes havia feito. Minha boca deslizava com facilidade até encostar em seus pêlos. Engolia tão fundo que podia sentir sua glande chegar na minha garganta. Rodrigo gemia dizendo-me obscenidades, pedindo que eu não parasse, o quê eu adorava.

Passavam-se os minutos sem eu perceber, mas com certeza já estávamos ali há tempos. Meu maxilar doía quando ele pediu que eu descansasse um pouco. Deu-me um beijo suado e me pôs em sua cama de barriga para cima. Levantou minhas pernas e fez com que eu ficasse de “frango assado”.

Olhei para o seu rosto e o vi muito concentrado. Estávamos exaustos mas não queríamos parar. Senti um arrepio quando encostou a cabeça de seu pênis em mim. Tomei fôlego e pedi-lhe que prosseguisse. Ele lubrificou a região para facilitar a penetração. Lentamente seu membro invadiu-me, ocupando o espaço vazio dentro de mim. Era impossível disser o quanto eu gostava de sentir todo aquele volume, que trazia de conforto e tranqüilidade como se nada mais importasse .

Continua a penetrar até que seus pêlos roçaram minha entrada. Ele ficou quieto por alguns momentos para que eu pudesse me acostumar com aquela situação. De qualquer jeito a dor era muito grande, porém a excitação era maior. Disse para ele prosseguir, o quê ele atendeu prontamente.O vai-e-vem começou e eu agora já não podia mais evitar os gemidos. Rodrigo avançava com tudo em meu ânus, que se acostumava com o seu novo dono e não mais doía.

Mudamos de posição e ele agora ficava por cima de mim. Nunca poderia imaginar Rodrigo como um dominador, mas hoje ele parecia tomado em fúria, não descansando por um segundo, cada vez com estocadas mais rápidas e fortes.

Seu hálito quente fazia meus pêlos se arrepiarem fazendo-me derreter enquanto seu corpo grudava no meu. Eu gritava involuntariamente e não sabia mais o quê estava fazendo. Todo o barulho de nosso sexo deixava-me confuso e eu apenas sabia implorar por mais.

Repentinamente ele tirou seu pênis de dentro de mim e pôs-me ajoelhado em sua frente. Punhetou-se por alguns segundos e logo ejaculou seu líquido por todo o meu rosto que ficou coberto de gozo. Ao mesmo tempo em que sentia-me extremamente sujo, estava mais do que satisfeito em cumprir minha missão. Rodrigo tinha uma cara de prazer que parecia não querer desmanchar-se.Puxou-me para si e deu-me um beijo que misturou suor, saliva e sêmen.

- Eu nunca te vi assim antes – falei após recuperar o fôlego perdido.

- Precisava aproveitar este momento. E, afinal, nunca mais nos veremos, certo?

Eu que o encarava nos olhos, do mesmo modo que ela havia feito tempos atrás, desviei minha atenção para o carpete do quarto.

- Certo... Quero dizer... Acho que sim -concordei ainda cabisbaixo.

- Você precisa seguir sua vida, Rodrigo. E eu a minha. Eu nunca vou te esquecer.

Talvez para descontrair um pouco eu ri da última frase que havia dito.

- Isto aqui está parecendo novela mexicana. Fique tranqüilo que eu sei que nós ainda nos encontraremos.

E ele também riu, em um momento isolado de felicidade. No final a tensão já não era mais tão grande e eu sentia-me aliviado.

Parti com a certeza de que aquilo não terminaria com um finalizador “adeus”, mas sim com um breve, rápido e sonoro “tchau”.

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Comentários

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Eu tive um Rodrigo também. E apesar de morarmos na mesma rua, não tivemos a oportunidade de saber que seria a última vez. Fico feliz por vocês terem algo tão lindo. Parabéns. nota 10.

Jefferson Antunes iecege@gmail.com

msn: jefferson_ant@hotmail.com

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