Uma noite de Escamisada...
Estávamos em finais de Agosto. Era a época da colheita do Milho. Todos os dias via passar Carros de Vacas (Carroças puxadas por Vacas), carregados de milho acabado de colher. Transportavam-no para as Eiras, onde era acumulado ainda em espiga, com as barbas e as camisas. Havia quem enrolasse as barbas de milho em Mortalha de cigarro e as fumasse. Experimentei uma vez e fiquei com tal dor de cabeça que nunca mais tive vontade... Faltava depois retirar as camisas às espigas, para depois, numas máquinas de manivela (debulhadoras) separar os grãos de milho do sabugo a que estavam agarrados.
Este trabalho de retirar as camisas era efectuado à mão e revelava-se terrível para ser feito por uma só pessoa. Assim, era costume organizar um serão festivo, ao qual compareciam muitos amigos e familiares, que formavam uma roda, sentados na eira, a retirar as camisas às espigas – chamavam-se Desfolhadas ou Escamisadas. Ao dono da Escamisada, incumbia dar de comer e beber a todos os amigos e amigas que o vinham ajudar. Conforme iam aparecendo umas Febras e, principalmente à medida que o Garrafão de vinho ia circulando, a roda ia-se animando... Conversas e cantigas provocando algum dos presentes. Quando aparecia uma Espiga de Milho vermelho, o chamado Milho Rei, fazia-se uma festa. Aquele ou aquela a quem tinha saído ia dar um beijo a todos os restantes, do sexo oposto.
Desta vez, lá estava eu a participar na tradição. Eu era um estudante de férias. Mas como me conheciam bem, desde menino pequeno e também conheciam os meus pais e os meus avós, aceitavam-me. Para mim era uma animação fora do usual.
A noite ia avançando. Na minha frente na Roda, estava sentada a Judite. Uma moçoila dos seus vinte e poucos anos, bonitinha e a transbordar saúde pelas maçãs do rosto bem rosadas e pelos olhos grandes e luminosos com que me olhava. Tinha um ar verdadeiramente rural, com o cabelo apanhado e enrolado num sólido carrapito bem no cimo da nuca. Tinha uma voz bonita e um ar simpático. Eu já tinha reparado nela. Era mais novo, ainda não tinha feito dezoito, mas tinha perdido a virgindade há poucos dias e olhava agora as raparigas com outra curiosidade... A festa estava cada vez mais animada. Um dos presentes tocava um Acordeão com o qual acompanhava as cantigas que se iam sucedendo. Às tantas, a Judite levanta-se e exclama exuberante: - Milho Rei!
De seguida, começa a percorrer a roda, distribuindo beijinhos e graçolas. Quando chega ao pé de mim, estiquei a cara, para receber o beijinho da tradição. Não sei muito bem como, mas a verdade é que os lábios dela apanharam em parte a minha cara, mas também o canto da minha boca. Naquela época e na aldeia, um beijo na boca era coisa séria... Fiquei desconcertado e excitado com a situação. Quando Judite regressou ao seu lugar na roda, os nossos olhares encontraram-se e ela esboçou um sorriso que de seguida disfarçou baixando os olhos com um ar comprometido. Fiquei o resto da noite concentrado nela. Quanto mais a observava, mais os detalhes me agradavam. Estava a apaixonar-me.... Assim que percebi que ela estava a preparar-se para ir embora, levantei-me e comecei a despedir-me. Saímos ao mesmo tempo e comecei a caminhar com ela. Quando já estávamos fora da vista dos restantes disse-lhe: Judite, tive pena que não te tivessem saído mais espigas de milho rei. Gostei tanto do teu beijinho. Enquanto dizia isto agarrei-lhe a mão, que ela aceitou prontamente. Respondeu-me com um sorriso: - Também gostei! Dito isto, puxei-a pela cintura e beijei-a longamente. As nossas línguas ficaram a conhecer os detalhes uma da outra. Os nossos corpos tinham-se colado. Eu sentia com excitação crescente a firmeza dos peitos dela e ela deve ter sentido a erecção brutal que já me havia provocado.
Estávamos muito perto da Cibana da casa dela. A Cibana era uma estrutura de madeira, com uma cobertura, destinada a secar a palha. Puxei-a para dentro da Cibana e estendemo-nos na palha. Começamos uma longa sessão de beijos, durante a qual lhe fui desapertando a camisa, enquanto ela me puxava o polo para cima. Quando a camisa dela já estava toda aberta, desapertei-lho o soutien e passei-o para o pescoço, descobrindo umas mamas lindas e firmes, com os mamilos bem duros espetados a provocar um efeito louco em mim. Não esperei nem mais um segundo. Comecei a beijar e a lamber instintivamente aqueles deliciosos mamilos, enquanto a minha mão percorria a parte de dentro das pernas de Judite à procura das cuecas. Quando lá cheguei, puxei e afastei com os dedos a cuequinha, para me deliciar com o contacto dos meus dedos com aquela rachinha toda babada de excitação. Meu Deus, mais um pouco e pingaria...
Lembrei-me dos ensinamentos que D. Matilde me dera dias antes e pedi a Judite que se deitasse para trás num monte mais elevado de palha. Puxei-lhe a frente da saia para cima, destapando a cueca e, afastando de novo o pano para o lado, baixei a cabeça e comecei a lamber. A princípio Judite ficou assustada. Perguntou: Que é isso? Que vais fazer? Mas depressa se calou... começou a gemer de gozo. O clitóris estava tão saliente que parecia querer rebentar. Eu babava-me enquanto o beijava e lambia. Às tantas, ouvi um suspiro mais profundo e senti uma torrente acre a inundar-me a empapar a minha língua. Judite vinha-se abundantemente. Parei e pedi-lhe que tirasse as cuecas. Judite levantou-se, mas em vez de tirar as dela, começou a desapertar o meu cinto e de seguida as minhas calças expondo as minhas cuecas já bem molhadas de excitação. Puxou as minhas cuecas para baixo e segurou com mão firme o meu martelo babado. Sem perder tempo, meteu-o na boca e começou a chupar. Parece-me hoje que nunca o terá feito antes, pois na verdade não sabia bem o que fazer. Eu instintivamente poisei a mão no carrapito dela e empurrei um pouco a cabeça, para que o maroto entrasse mais dentro da boca dela. Mas na verdade, não estava a sentir nenhum orgasmo a aproximar. Decidi então pedir-lhe que se levantasse e tirasse as cuecas. De seguida pedi-lhe que se sentasse em cima do meu colo, como quem monta a cavalo. Sentou-se, ficado logo penetrada até ao fundo. Sentei-me e segurando-a pelos braços, fui dando beijos no pescoço e nos mamilos. Depois, com as mãos tentei que ela iniciasse um movimento de sobe e desce, mas a posição não ajudava e acabou por começar uma dança em que ela escorregava para a frente e para trás sempre totalmente sentada no meu cacete. Percebi pela respiração e pelos suspiros que estava outra vez a entrar em órbita. Eu, pela posição – sentado – estava a adorar a experiência, mas não estava ainda à beira do orgasmo. Às tantas, ao chupar um dos mamilos, senti que ela se estava a entesar. Recostei-me um pouco para ver melhor e, segurando-a pelas nádegas, ajudei a intensificar aquela dança do prazer. Judite atira a cabeça para trás e depois, como que a enterra no meio dos ombros e inclina-a para a frente, ficando quieta. Disse-me, anos mais tarde, que nunca teve outro orgasmo tão grande – longo e intenso. Abracei-a perguntando: - Gostaste? Respondeu-me: - Cala-te!.... Rodei com ela, de modo a ficar por cima e comecei um movimento normal na posição do missionário. Nisto ela diz-me: - Por favor não te venhas lá para dentro! Ainda posso ficar grávida... Tive medo e parei. Eu não sabia bem quando é que saía algo de perigoso. Judite, não me ia deixar ir embora assim. Logo que o tirei, agarrou-o e enquanto sussurrava algumas palavras carinhosas, foi esfregando com determinação. Dizia: - Seu maroto lindo que me fez perder a cabeça... Olha que matacão tão saboroso... De repente, começo a sentir uma espécie de cócegas que me estava a tomar conta do martelo e mais, e mais e.... fiz um movimento ondulado, involuntário, com as costas e ejaculei com uma abundância que nunca antes experimentara (e se eu tinha prática de punheta...). Ela apanhou com uma esguichadela na cara e um pouco no cabelo. Depois desviou o tiro e observou mais duas golfadas projectadas para a palha, que a deixaram com um sorriso de missão cumprida.
Limpámo-nos e sacudimos a palha, para que Judite pudesse enfim entrar em casa sem levantar suspeitas. Eu fui para casa das minhas tias a achar que era finalmente um homem.