Agora que já estou nos 70 anos posso falar de coisas que me aconteceram, das quais nunca contei a ninguém. Eram outros tempos, outras mentalidades.
Nesse dia, quando nos encontramos no esconderijo junto ao muro, ninguém falou sobre o que se passara durante a noite, mas tanto o Rui como o Manuel me olhavam e tratavam de outra forma, com interesse e carinho, como se fossemos aqueles amigos especiais de longa data, e notei que o Jaime parecia aborrecido e com ciúmes. Antes de dispersarmos, o Afonso quis saber se aquela noite seria a vez dele e eu respondi que sim, mas reparei que o Rodrigo não ficou nada satisfeito. O Rodrigo era o mais alto, o mais bonito, estava habituado a ser o líder do grupo, parecia não gostar que eu passasse a ser o centro das atenções.
À noite, cumprido o ritual do costume, logo que as luzes se apagaram, fui para a cama do Afonso. Ele também já estava todo nu, abraçou-me com prazer, apalpamo-nos e fizemos um longo linguado. O seu corpo era muito macio, tinha um cheiro agradável, e nós encaixavamos perfeitamente um no outro pois eramos da mesma altura e do mesmo tamanho. E a sua pele era sedosa, tinha umas nádegas boas e o pau era maravilhoso. Ainda murcho, ficava todo dentro da pele e era muito agradável apalpar os contornos da glande e sentir o pau a inchar, a crescer e a encher aquela pele fofa, e depois a cabeça a chegar cá fora e eu a puxar a pele para a destapar . Deslizei para debaixo dos cobertores, meti-a na boca, lambi-lhe os ovos e as coxas, as suas mãos acariciavam a minha cabeça, as minhas apertavam-lhe as nádegas, acariciavam-lhe os escassos pentelhinhos e o saco liso e macio, empurravam a sua piroca para dentro da minha boca. Mamei-o até sentir as suas coxas retesadas e preparei-me para receber o seu leite na minha boca. As nádegas apertaram-se, o mastro pulsou e os meus lábios aprisionaram bem a glande para não deixar escapar uma gota de esperma. Ainda hoje me lembro do seu sabor. Fiquei viciado na porra do Afonso. Adorava aquele gosto, muito diferente de todos os outros que provei.
Estava bom demais, o Afonso era o máximo do tesão e eu apaixonei-me por ele. Ele também me chupou, e de uma forma que me deixou louco. Tudo o que ele fazia era demais, as suas mãos pareciam especiais e, quando ele me tocava eu ficava arrepiado, sentia um prazer enorme.
Ele ficou de costas para mim, preparado para eu o penetrar. Dobrei-lhe as pernas, na posição de cadeira, pus-lhe muita manteiga de cacau no orifício, meti um dedo para se acostumar, untei bem o meu pau, encostei a minha glande e fiz força. O Afonso contraiu-se, apertou o buraco. Fiz uma pausa, acariciei-lhe o pau, beijei-lhe o pescoço para o relaxar, sussurrei-lhe ao ouvido para não apertar, para fazer força para fora, para fazer de conta que estava a cagar e resultou, consegui meter toda a glande. Depois foi só esperar um pouco, mais umas carícias, uns beijos, ele voltou a fazer força e o pau enterrou todo. Era tão bom, tão delicioso estar dentro dele! Eu mexia-me devagarinho, em câmara lenta, queria que aquilo durasse toda a noite. Ele relaxara completamente, esticava a mão para trás para me acariciar. Lambia-lhe as costas e o pescoço, apalpava-lhe todo o corpo, prolonguei a foda ao máximo, sentia que estava a ser bom para os dois, até que me vim, jorrei o meu leite nas suas entranhas, foi uma sensação maravilhosa, não me importava de ter morrido naquele instante pois estava muito feliz.
Voltou-se para mim, beijamo-nos de língua, sussurrei-lhe ao ouvido que queria que ele me furasse, que me fodesse com força, não se preocupasse se me magoava ou não, eu queria era que ele me fodesse a noite inteira, que me matasse de prazer. E voltei-lhe as costas, lubrifiquei o meu cu e passei um pouco no seu pau. Ele procurou o buraco desajeitadamente, agarrei-lhe o pénis e apontei-o no sítio certo, preparei-me para o receber. A cabeça começou a forçar, a empurrar, ele estava a exagerar mas eu deixei-o, era a sua primeira vez e eu queria que ele tivesse todo o prazer, sem nenhuma proibição. A glande dele era larga, mais desenvolvida que a minha, e o pau também era mais grosso. Em pouco tempo ele entrou, meteu tudo bem lá dentro, ficou um bocado parado e de repente desatou num vai e vem apressado, senti o pau a inchar e ele a morder-me a nuca, a punhetear o meu pénis, senti o seu esperma quente dentro de mim e logo de seguida soltei o meu nos seus dedos que apertavam a minha glande.
Voltamo-nos a abraçar e a beijar. Ele estava exausto e adormeceu. Eu não saí mais da cama dele. Naquele momento, estava-me a marimbar se fosse apanhado ou não. Eu queria era estar junto daquele corpo, sentir o seu hálito, ouvir-lhe a respiração. E adormeci feliz.
De manhã, quando a luz acendeu, os outros apanharam-nos abraçados e nus. Pensei que o Rodrigo nos iria bater, tal foi a forma como nos olhou. Mas tudo correu bem. Quando se vive num meio opressivo como era aquele do seminário as pessoas tendem a se ajudar, a perdoar e a encobrir umas âs outras .
E quando nos reunimos os seis no nosso esconderijo, apenas o Jaime se mostrou um pouco triste e o Rodrigo disse que não precisava que eu lhe explicasse nada e para mim foi um alívio pois não me sentia nada atraído pelo Rodrigo.
E a partir desse dia eu não escondia deles a minha paixão pelo Afonso. No esconderijo ficavamos de mãos dadas, abraçavamo-nos e beijavamo-nos e o Rui e o Manuel começaram a imitar-nos. Mais tarde, o Rodrigo também conseguiu convencer o Jaime, e, de manhã, já ninguém se escondia, eu acordava na cama do Afonso, o Rodrigo na do Jaime e o Rui na do Manuel.