Agora que já estou nos 70 anos posso falar de coisas que me aconteceram, das quais nunca contei a ninguém. Eram outros tempos, outras mentalidades.
Nas aulas, sentavamo-nos dois em cada carteira (carteira era a mesa de estudo, tinha um tampo inclinado e a cadeira ficava colada, era uma peça única). O meu parceiro era o melhor aluno da turma e o mais bem comportado. Chamava-se João, era alto, magro, rosto pálido e olhos castanhos. Eu simpatizava com ele, mas fora da sala de aula raramente conviviamos e durante as aulas nunca conversavamos um com o outro pois ele estava sempre muito atento ao professor. Talvez por isso, por ele ser muito sossegado, é que nos puseram na última carteira da última fila junto à parede, do lado contrário onde ficava a secretária do professor.
No último período eu já era mais descontraído, mais desinibido e já estava farto daquelas aulas chatas. Então, como tinha jeito e andava sempre entesoado, desenhava figuras obscenas numa folha. Numa aula de História o João espreitou o meu desenho. Eu, que ficava junto à parede e porque o professor era um gordo que nunca saía da sua mesa, sentia-me à vontade para fazer os meus desenhos porcos pois ninguém os veria, além de mim e do João. Pintava gajas com grandes mamas, homens com pirocos enormes, e olhava disfarçadamente para o entrepernas do João e via o seu pau a crescer. Entusiasmei-me, desenhei só a parte que vai da cintura até aos joelhos, com um pénis grande e teso, um triângulo de pentelhos por cima e um belo saco por baixo, entre umas coxas fortes e bem torneadas. A seguir pintei um braço que saía de outro corpo, a mão a dirigir-se para o pénis para o masturbar. E coloquei legendas: “João” e uma seta a apontar o pénis, e na outra “a minha mão”. Reparei que o João corou, mexeu-se no banco, olhou em frente como se não tivesse visto nada, mas eu notava o formato do seu pénis a apontar para o alto. Continuei a desenhar, agora fiz a mão a envolver o pénis, com a legenda “eu a fazer uma punheta ao João” e aguardei que ele espreitasse. A aula estava quase a acabar, o João estava muito inquieto, tinha as faces coradas. Lutava para só olhar em frente, mas não resistia e acabava sempre por espreitar a folha. Então desenhei outro pénis, realcei bem os contornos da glande em forma de cogumelo, um jato de porra a subir, a subir como um geiser e legendei: “O João a esporrar-se na sala de aula”. E vi a barriga do João encolher, as coxas a apertarem-seuma na outra, a dobrar-se um pouco, a emitir um soluço abafado e a levar a mão direita ao colo, como que quizesse impedir qualquer coisa que saía. A sua face queimava, evitava o meu olhar, mal o professor deu a aula por terminada correu para o quarto de banho. Tenho a certeza que se esporrou todo.
No recreio não tive oportunidade de lhe falar, o Afonso colava-se sempre a mim, perseguia-me para todo o lado. Na aula seguinte escrevi: “Queres que te faça outra?”, mas não deu para continuar pois o professor de Latim não era para brincadeiras.
Noutra aula de História desenhei uns lábios a beijar um pénis e vi os olhos arregalados do João, a olhar de boca aberta. A seguir pintei um pénis dentro de uma boca e o João já apertava os joelhos um contra o outro, mexia-se no banco, acabou por não resistir a fazer massagens no pau, por cima do tecido das calças, a apertá-lo entre o polegar e o dedo médio. Agora já não se preocupava em disfarçar, olhava descaradamente para o desenho. No pénis escrevi “João” e na boca “a minha boca”. Bom, isto deixou-o ainda mais inquieto, senti a sua respiração acelerar. No desenho seguinte fiz um rabo e legendei “o meu cu”. Depois comecei a desenhar um saco, uns pentelhos, um pénis metade de fora, o resto não se via, estava dentro do cu. Vi que o João tentava disfarçadamente massajar o pau, louco por se vir. Pus a legenda: “o João meteu o pénis dentro do meu cu” e fiquei a observá-lo a arfar, as faces afogueadas, a olhar em frente, como se estivesse muito atento à lição. Tenho a certeza que se esporrou novamente.
Na aula seguinte o João escreveu numa folha “sábado ajudas-me na limpeza da sacristia?” e eu fiz sinal que sim. A sacristia era só para os mais velhos, os que ajudavam à missa. A limpeza ficava a cargo dos melhores alunos mais novos, os quais podiam levar um ajudante.
No sábado, antes da hora marcada, esperei por ele à porta da sacristia. Chegou com a chave, entramos e trancou a porta por dentro. Era a primeira vez que eu entrava na sacristia. Como era um sítio que nos estava interdito, eu pensava que era uma sala especial, cheia de mistérios e segredos, mas afinal não passava de um compartimento pequeno, estreito e vulgar. O João disse que eu me podia sentar na única cadeira que lá existia enquanto ele fazia a limpeza. A sua voz tremia e ele estava muito nervoso. Ajudei-o na limpeza e depressa terminamos. O João disse “vamos embora” mas eu não estava disposto a deixar passar a oportunidade, apesar do clima entre nós os dois continuar muito frio. Eramos parceiros de carteira e o ano lectivo estava quase no fim, mas não tinhamos qualquer intimidade, apenas os desenhos dos últimos dias.
Pedi-lhe, mostra-me a tua pila, respondeu não sou capaz, tenho vergonha. Então mostro-te eu a minha, e baixei as calças e as cuecas, queres tocar-lhe? Não sei, acho... acho que é pecado. Então fecha os olhos, disse eu, e desapertei-lhe o cinto, puxei-lhe as calças e as cuecas brancas. Tinha um pau lindo, já teso e espetado. Era branquinho, comprido, todo da mesma espessura, desde a base até à cabeça, fazia lembrar um tubo grosso. O saco era redondo, branquinho e sem nenhum pêlo, os ovos eram grandes e pesados. Os pentelhos eram castanhos e encaracolados. Ajoelhei na sua frente, lambi a verga, meti-a na boca, mamei e chupei. As suas coxas tremiam, as nádegas tremiam, todo ele tremia. Lambi-lhe o saco, afastei-lhe as coxas para lamber até o rego, enfiei a língua no seu buraquinho, voltei a sugar a verga e ele ejaculou na minha boca, a porra engasgou-me na garganta. Tossi e engoli, quando acalmei ele continuava de pé, as calças e as cuecas nos tornozelos, a porra a pingar do tubo. Limpei-o com os meus lábios e a minha língua, sussurrei-lhe para se baixar, para dobrar o corpo e apoiar-se com as mãos na cadeira.
Nas férias da Páscoa eu descobri uma bisnaga de vaselina no quarto dos meus pais e andava sempre com ela no bolso. Besuntei o meu pau, depois pus uma porção no olho do cu do João e meti a minha verga. Magoas-me, isso doi. Calma, calma, relaxa, vais ver como é bom. A cabeça não entrava, ele gemia, gemia. Debrucei-me sobre as suas costas, abracei-o, passei-lhe as mãos pelo peito, apalpei-lhe os tomates, fiz movimentos de vaivem no mastro , ao mesmo tempo empurrava o meu, fazia força para o arrombar. Calma, olha como é bom, só doi no começo, já vai passar. A glande já estava lá dentro, agora era só vencer a última resistência e meter até ao fundo, o meu escroto a bater-lhe nas nádegas. Ele já não gemia e eu meti tudo, bombei, martelei até despejar todo o meu leite bem lá no fundo.
Quando retirei a minha verga, o seu buraco estava largo e escorria esperma e um fio de sangue. Limpei-o com o meu lenço para que ele não visse o sangue. Está-me a arder, parece que ainda tenho qualquer coisa lá dentro, choramingava ele. Eu massajava-lhe o pénis, procurava enrijecê-lo novamente e, quando o consegui, meti um pouco de vaselina no meu cu, debrucei-me sobre a cadeira e disse anda, agora é a tua vez, come o meu cu. Ele demorou um pouco a encontrar o buraco, a tomar posição, mas depois foi rápido, o tubo entrou todo por mim adentro, eu rebolei como uma puta, apertava o esfincter, apertava as nádegas para o aprisionar dentro de mim e ele esporrou-se como um louco, o esperma quente a subir pelo meu cu acima. E foi bom, uma delícia.
Limpamos bem a porcaria que tinhamos feito, saimos para a luz do dia, ele tinha acabado de fechar a sacristia e o Afonso logo apareceu, ansioso que eu voltasse para ele.