Valeska

Um conto erótico de Tininho
Categoria: Heterossexual
Contém 1613 palavras
Data: 05/06/2009 16:42:15
Assuntos: Heterossexual, Sexo

Valeska era monitora e eu estava no segundo período da faculdade no final da década de 80 e ela era já era veterana, do quarto período. O professor era uma figura adequada ao tema, ele próprio uma pilha de livros velhos e empoeirados, movendo-se como as eras nas quais ele era especialista, devagar, muito devagar. Cabeleira grande, grisalha, barba grande, grisalha, óculos apoiados na ponta do nariz, parecia uma foto antiga de Marx, apesar de não ser seu seguidor. Valeska era o oposto disto, como uma jóia reluzindo em meio aos tesouros das dinastias egípcias ou às bordas dos livros religiosos que os monges desenhavam toda a vida nos monastérios. Ela se destacava, iluminava. Cabelo curto, tipo rapaz, partido de lado, ruivo, liso. Olhos enormes, sempre vivos, abertos, chegavam muito antes que ela, imobilizando seu interlocutor. A boca seguia os olhos, também grande, desenhada como que por um cartunista, traços finos, perfeita. Era magra, falsa magra, dessas que os homens olham e sabem que por baixo da aparente falta de curvas, da bundinha discretamente arrebitada, está um corpo quase perfeito, quase porque a perfeição não foi criada, em se tratando da beleza das mulheres a perfeição é uma meta perseguimos desde sempre, vendo a a natureza aprimora-las a cada dia. Carnívoros definiram mulheres assim como mignons, que seja.

Com o tempo Valeska se aproximou daquele que era o meu grupo na sala, Silvinha, Maurilio, Cris, Carlinhos. Foram muitas dessas identidades não ditas explicitamente que nos reuniu, nos fez um grupo e acabou magnetizando-a também.

Com o tempo passamos a sair juntos de vez em quando e como não poderia deixar de ser, com o tempo também passei a percebê-la com muito mais atenção e interesse.

Na vida há momentos nítidos em que você transita de um estado afetivo a outro. Mas, mesmo antes da transição eles estão ali, sendo preparados, acumulando emoções, desejos, sonhos, idealizando. Um comentário de passagem de Valeska numa pequena festa na casa de alguém, comentário malicioso, seguido de um sorriso também malicioso me levou ao outro lado. Eu era um jovem, de 25 ano, não conseguia ainda distinguir exatamente o que era aquele comportamento, que depois acompanhei nas mulheres por toda a minha vida, de lançar iscas, mostrarem-se sedutoras, donas e depois recuarem, para novamente se movimentarem e ao final se mostrarem tão confusas quanto as vítimas de suas atitudes.

O encanto assumiu uma nova dimensão. E a partir daquele dia comecei a sonhar com ela, acordado. A falar sobre ela com minhas amigas e amigos e a contar com eles para tentar criar momentos onde eu pudesse desvendá-la melhor e a querer saber o que ela pensava a meu respeito.

Os retornos foram bons. Saímos. Conversamos e ela sorria e ria, risos e sorrisos devoradores. Entre dois desses sorrisos me atrevi a fazer aquele gesto ofensivo de tão vulgar, que é colocar a mão no joelho de uma mulher, para testá-la. É claro que na hora achei que estava sendo discreto, charmoso, hoje acho que não. De todo modo, ela acho que sim naquele momento e deixou, moveu a perna ligeiramente em sinal de aceitação e não de recusa.

O beijo foi avassalador. A boca enorme deixava minha língua deslizar, mover-se, molhar-se, fartar-se dentro. Havia espaço para todo meu desejo e o dela. Mas, ficamos ali.

- Sou noiva, é melhor ficarmos por aqui, não quero encrenca – disse ela ao nos despedirmos.

Encrenca. Era tudo que eu queria. Era o que iria me acompanhar por toda a vida em se tratando de mulheres.

Claro que depois daquele beijo Valeska passou a ocupar todo o tempo livre dos meus pensamentos. Artimanhas, estratégias, formas variadas de criar circunstâncias em que estivéssemos juntos, mas, nenhum beijo novo.

Até que num boteco no Santo Antonio, o carnaval veio à tona e brincando convidei-a para viajar comigo (nem sabia para onde, pois, não planejava viajar). Sem esperar a resposta que recebi tive que improvisar:

- Tô querendo ir de carona prá uma praia no Espírito Santo (ih!!! Espírito Santo...), chamada... (já não me lembro o nome), minha família vai para lá e quero acampar no terreno da casa que eles alugam.

- Que legal, me deixa ver se o “fulano” vem prá cá no carnaval, acho que não vem, se não vier vou com você.

Ela era noiva de um professor de física de uma universidade paulista. Ele não vinha, ela inventou uma desculpa de que iria fazer um grupo de estudo numa fazenda no interior durante o carnaval e lá fomos nós pegar carona na estrada BH-Vitória. Hoje já não consigo me lembrar do que sentia vivendo aquela situação inesperada, Valeska, na beira da estrada pedindo carona a carros e caminhões para viajarmos os 500 kilometros até a praia.

Chegamos no mesmo dia, demos sorte com a seqüência de caronas, certamente atraídas pela figura luminosa de Valeska. Na viagem pudemos nos conhecer mais, cada um percebendo as qualidades do outro (que é o que se percebe nesses momentos), os conhecimentos metódicos dela, meus conhecimentos empíricos, nos permitiram para além do interesse provocado pela beleza dela e por sei lá o que ela vira em mim, nos atrair mais um ao outro.

Chegamos, montamos barraca e fomos para o desconhecido. Nossa primeira noite juntos, sem sequer termos trocado mais do que alguns beijos e uma boa quantidade de conversa.

Nenhum dos dois se fez de rogado ou tentou passar ao outro a idéia de que não queria o queria. Logo que deitamos nos abraçamos e retomamos aquele beijo de tempos atrás, onde quase me afoguei em sua boca e ela quase sufocou em minha língua. O beijo foi novamente quente, com permissões maiores.

Fui me certificando que ela era uma falsa magra, os seios pequenos enchiam minha mão e à medida que eu apertava seus mamilos sentia Valeska gemer fundo, suspirar e morder minha boca. Por longo tempo nos beijamos, apertamos nossos corpos e minhas mãos deslizaram pelo dela. Primeiro longas carícias nas costas. Depois na barriga, fazendo ela se encolher de tesão, como se suas tripas se enrolassem de desejo. Subia, alisava entre seus dois peitinhos e começa a acariciar cada um deles. Ela deitada de costas, olhos fechados e boca sempre à espera do beijo.

Depois as coxas, os joelhos, tirava risinhos contidos dela quando alisava com a ponta dos dedos os seus joelhos e subia somente com um deles até circular em volta de sua boceta, protegida por uma calcinha, que se não fosse a penumbra da barraca, fracamente iluminada pela luz da rua, eu asseguraria que já começava a ficar molhada.

Depois de muito beijá-la na boca comecei a descer. Beijei o pescoço, seu colo, e comecei a chupar alternadamente seus dois peitinhos. Nessa hora ela já se enroscará em mim esfregava com força o meio das pernas nas minas coxas. Eu estava curvado sobre ela, descendo, num anúncio de que em breve beijaria seus outros lábios e ela ansiava por isto. Empurrava cada vez com mais vontade minha cabeça em direção ao meio das suas pernas. Eu a torturei de prazer por um tempo (e a mim também que como nunca desejava sentir o sabor dela). Coloquei-me de joelhos entre suas pernas e comecei a beijar em volta de sua boceta. Lambia suas coxas por dentro, enfiava a mão debaixo e apertava sua bundinha arrebitada. Aos poucos fui reduzindo os círculos e finalmente dei uma lambida completa, de baixo ao alto de sua boceta, ela se curvou toda, enfiava minha cabeça entre as pernas e eu circulava minha língua no seu grelo, na sua boceta inteira, enfiava a língua e o nariz dentro dela, abrindo-a preparando-a para meter. Não houve qualquer esforço. Ela estava ensopada, meu pau, grosso, sua boceta estreita, deslizou, escorregou, entrou todo de uma vez só e a única resistência que teve foi um suspiro dela. O gozo dela foi silencioso, algumas metidas, enquanto eu chupava seus peitos e ela começou a se debater e a falar entre os dentes, tentando conter os gemidos e não despertar os vizinhos:

- Vou gozar! Vou gozar! Aiiiii!!! Vou gozar!

E gozou. Senti meu pau ser aquecido por ela, que se molhava ainda mais. Sem pressa, continue pondo e tirando o pau de dentro dela, quase desfalecida, como se se deixasse usar, sem vontade. Aos poucos ela foi se recobrando, ajudada pela excitação que me dava meter nela naquele jeito lânguido, misto de êxtase e exaustão. Então ela me empurrou com jeito, sem nenhuma intenção de se desfazer de mim, como se dissesse “agora eu assumo”.

Me deitou de costas e começou a me chupar. Sua boca grande engolia meu pau e seus olhos grandes olhavam minha reação. Eu não sabia se fechava os olhos ou se admirava o trabalho dela, era perfeito. Sem segurar no meu pau, subia e descia a boca, como se me masturbasse com uma mão invisível, escondida dentro da boca. Foi fazendo com mais intensidade, queria que eu esporrasse em sua boca e foi o que eu fiz, sem conseguir me conter. Me curvei, segurei sua cabeça e esporrei. Senti minha porra enchendo sua boca, espalhando sobre o meu próprio cacete e ela continuava se movendo, bebendo tudo, lambendo, era a primeira vez que uma mulher engolia minha porra com tanta desenvoltura, sem devolver nada, só um pouquinho que escorrera. Limpou meu pau com a língua, gota por gota, me olhou como se dissesse: estamos quites e se deitou ao meu lado.

Mas, não durou. Algumas semanas depois, quando percebeu que eu me envolvera Valeska se foi. Eu cometera o erro de me declarar antes que ela estivesse na mesma sintonia que eu. Preferiu a segurança de um professor centenas de quilômetros de distância. Hoje eu entendo

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