Janela indiscreta
Escrever não é a mais fácil das tarefas, e principalmente transformar em palavras, coisas que muitas vezes preferíamos manter escondidas na memória...Porém, vejo-me deliciada com a idéia de adentrar neste mundo interessante, o do voyerismo literário, em ter nossas fantasias,ou histórias reais transformadas em contos, gerando as mais variadas sensações, é o que me instiga a escrever, mesmo sabendo que preciso melhorar e muito, não desisto, pois isso mostrou-se mais que um desafio, é um ato de puro prazer.
Não conseguia parar de pensar no medo que sentia, aquela hora da noite e sozinha, sabia que não deveria ter ficado na rua até tão tarde, burrice de adolescente, fazer o que, agora o jeito era subir pela árvore da casa do meu visinho.
Eu morava num beco super escuro, tinha medo de passar lá, dei a volta e como imaginava tudo trancado. Bom resolvi dar uma de alpinista, escalei a árvore, e quando já estava pronta para passar para a janela do meu quarto, fiquei estática, não acreditava, no que estava vendo.Meu vizinho, o Alex, que até então eu considerava um perfeito idiota, estava mandando ver numa punheta fenomenal, quase caí da árvore de tanto tesão que senti na hora.
Discretamente cheguei ao meu quarto, e continuei deliciando-me com aquela sena, suas mãos demonstravam ser ágeis, e vigorosas, uma infinidade de pensamentos loucos, invadiram minha cabeça, dali em diante passei a ser freqüentadora assídua da minha janela.
Não sei se ele sabia que era observado, mas parecia fazer questão de exibir seu generoso membro (e como era generoso), imaginava como seria tê-lo dentro de mim, saciando meus desejos mais insanos. Não resistindo ao calor do momento comecei a me masturbar também, aquela onda de prazer incendiava meu corpo, gritei, foi então que percebi que ele também me olhava.
Decidimos então aumentar as provocações, eu me tocava, e ele reagia vigorosamente, aumenta o ritmo do vai e vem em suas mãos, deslizei minhas mãos por todo meu corpo, ele gozou muito, queria sentir aquele líquido quente dentro de mim, me inundando, transbordando por entre minhas pernas.
Continuamos durante dias com aquela tortura deliciosa, mas uma bela noite pronta para mais uma seção da minha janela indiscreta, percebi com pesar que meu querido vizinho não estava em casa. Fui dormir mais cedo e muito indignada, como ele pudera fazer aquilo comigo, deixou-me na vontade....fazer o que, o jeito foi dormir mesmo.
De repente um barulho estranho, alguém estava no meu quarto, pronta para gritar, senti uma mão em minha boca. – Não grita sou eu, o Alex. Ha quanta felicidade, era bom demais para ser verdade, ele bem ali na minha frente, e o melhor de tudo na minha cama.....
De uma reles observadora, passei a protagonista da história! Alex sabia como conduzir a situação, conhecia o corpo feminino como ninguém, desvendava cada canto do meu corpo com aquelas mãos nada bobas, e a sua boca mostrou-me o verdadeiro significado da palavra paraíso.
Não queria apenas receber, sentia-me no dever de retribuir tamanho o prazer que ele me proporcionava, boca com boca, nossos corpos num ritmo alucinado, cavalguei lentamente aquele homem delicioso, sentia que estava extremamente excitado, aumentava o ritmo do rebolado, ele urrava tamanho o tesão que sentia, foi um gozo sem limite, ele não agüentando me pegou de quatro, quase desfaleci com a violência do orgasmo.
Ficamos um ao lado do outro, ele adormeceu nos meus braços, podia ouvir seu coração acelerado, a respiração normalizando, e então pude contemplar a beleza daquele corpo que se aninhava ao meu, o que senti foi muito mais do que excitação. Sentia- me completa. E aquele que outrora fora o meu então considerado tapado visinho, tornou-se um amante constante e insaciável, e as nossas aventuras enveredaram, por portas, janelas, mesas e por onde mais pudéssemos saciar nossos desejos.