Apesar desse texto parecer ter alguma conotação homossexual, sou hetero, mas não resisti à vontade de contar algo que aconteceu comigo quatro anos atrás, quando eu tinha 14 anos.
Tenho, até hoje, uma amiga muito íntima, a Thaty(15 anos), aquele tipo de melhor amiga a quem se conta tudo, primeiro beijo, etc. Tinhamos nos conhecido na escola e nessa época, éramos amigas há mais ou menos um ano e meio. Ela era muito expansiva e alegre, fazia amizade muito fácil e todos os garotos queriam ficar perto dela. Eu tinha uma admiração enorme por ela e, admito, um pouco de ciúmes, pois queria que as atenções dela se voltassem somente para mim.
Um dia, ela me convidou pra ir na sua casa à tarde, pois seus pais iam sair e ela tinha medo de ficar sozinha em casa. Lisonjeada em passar mais tempo com minha amiga, fui. Chegando lá, ela disse que tinha alugado um filme. Não lembro muito bem o nome, só sei que tinha uma cena de sexo entre duas mulheres. Nessa hora, ficamos um pouco constrangidas e olhamos disfarçadamente uma pra outra, mas nada além disso.
-Ai, tô cansada.. Posso deitar no seu colo?- ela pediu
-Claro..- estava um pouco ansiosa, aquela cena do filme tinha despertado algumas sensações esquisitas em mim, mas coloquei um travesseiro no colo pra que ela pudesse se ajeitar melhor.
A sala estava escura, e o filme estava quase no fim. De repente, sinto algo deslizando delicadamente por minha coxa, levo um susto ao perceber que era a mão dela. Fiquei tensa e excitada, pensando se eu estava imaginando demais ou se ela queria realmente me tocar. A mão começou a subir mais ainda, até quase chegar na virilha. Ela mantinha os olhos fixos na tela da tevê, fingindo que nada acontecia. Eu, por instinto, começei a passar a mão na nuca dela, enfiando os dedos nos seus cabeos lisos e macios. Senti que ela se excitou na hora, pois a mão subiu mais ainda, já tocando a renda da minha calcinha. Com um gemido abafado, abri mais as pernas. O carinho na nuca dela continuava, e comecei a ofegar de tesão. Não sabia o porquê daquilo, mas estava adorando. A mão enlouquecedora colocou minha calcinha de lado e começou a esfregar meu clitóris. Não aguentei e comecei a gemer freneticamente, estava louca de tesão, queria dar a ela o mesmo prazer que ela me dava. Ela começou a massagear mais forte, até que eu a levantei e aproximeu sua boca ofegante a centímetros da minha. Olhamos fundo uma nos olhos da outra, mas não dissemos nada. Fui apenas aproximando aquela boca macia e gostosa na minha, não aguentava mais de vontade de beija-la.
O beijo foi delicado a princípio, as mãos dela estavam na minha cintura, e as minhas continuavam na nuca, descendo devagar pelo seu pescoço até chegar nos peitos durinhos dela. O seu beijo era quente e eu estava extasiada de prazer, suas mãos procuravam minha calcinha, até que ela começou a me tocar novamente.
A essa altura eu já estava molhadinha de tesão, ela percebeu e começou a massagear mais forte. Não tinha mais fôlego pra continuar o beijo e inclinei minha cabeça pro encosto do sofá, com os olhos fechados. Foi aí que senti sua língua quente deslizando pelo meu pescoço, o que me arrepiou inteira. Comecei a beijá-la novamente, dessa vez colocando ela no meu colo e segurando na sua cintura. Eu sentia o cheiro dela e algo dentro de mim ia crescendo, me deixando cada vez mais maluca. Ela era linda, mais linda mesmo. Não acreditava que estava ali, fazendo o que estava fazendo com ela. Só sabia que queria continuar, e ia continuar. Ainda beijando-a, tirei sua blusa e comecei a passar a mão pelas suas costas, fazendo seu corpo se inclinar em direção ao meu. A mão dela ainda estava no meio das minhas coxas, me fazendo gemer baixinho contra seus lábios, até que senti que iria gozar. Senti algo crescendo dentro do meu corpo, que vinha chegando, chegando´... aí a campainha tocou.
Assustadas, olhamos uma pra outra e disfarçamos o máximo possível. Eram os pais dela que tinham voltado. O filme já tinha acabado e eu, atordoada e sem olhar nos olhos dela com vergonha, decidi ir pra casa. Nos despedimos com um "tchau" sem graça.
Já em casa, não parei de pensar no que tinha acontecido um minuto sequer. Eu pensava: "Será que ela vai fingir que nada aconteceu? Devo fingir também? Não sei..." Dormi cheia de dúvidas aquele dia, mas ainda morrendo de tesão. Sentir aquelas mãos deliciosas me acariciando e sua boca derretendo-se na minha tinha sido maravilhoso. Eu queria de novo.
Dia seguinte, na escola. Ela me tratou como todos os dias tratava, e não deu uma amostra sequer de que algo de diferente tinha acontecido. Segui seu exemplo, mas estava frustrada. Fiquei distante e só falava com ela quando ela começava o assunto. Acho que ela percebeu e, na sala, me passou um bilhetinho que dizia mais ou menos assim:
"Eu sei, desculpa. Me liga hoje depois da escola pra gente combinar uma coisa."
Meu coração acelerou quando eu li, mas concordei. Cheguei em casa e fui correndo para o telefone ligar pra ela.
- Dorme aqui em casa no sábado. Minha mãe vai ter que ir pra casa da minha tia. -ela disse.
-Mas.. e seu pai?- perguntei já com segundas intenções
- Eu dou um jeito nele...
Os dias passaram rápido com minha ansiedade e tratávamo-nos o mais normal possível na escola, até que chegou o dia tão esperado, sábado. Arrumei minhas coisas, me despedi da minha mãe, e fui, pulsante e ansiosa. Ela abriu a porta e me olhou vagarosamente, até que abriu um sorriso lindo e me disse pra entrar. Assim que eu entrei na sala e deixei minhas coisas no sofá ela chegou bem perto de mim e começou a me beijar. Parecia que eu ia explodir. Tinha esperado por aquele beijo a semana inteira e agora estava lá, de novo, com ela. Parei o beijo e sussurrei:
-Não tem ninguém em casa?
Ela negou com a cabeça lentamente e passou a mão pelo meu pescoço, descendo pelo ombro até chegar na cintura.
-Vem- ela simplesmente disse.
Subimos a escada que dá para o segundo andar de mãos dadas, ela me levou até o quarto dela e fechou a porta. Me encostou na parede e começou a tirar minha roupa bem rapido,me deixando só de calcinha. Também tirei sua roupa, e a joguei na cama. abri suas pernas e comecei a tocá-la desde o tornozelo e ia subindo, subindo, até minha mão sentir ela toda molhada... se inclinando pra mim. Fiquei completamente louca e fiquei por cima , chupando seus biquinhos deliciosos até eles ficarem durinhos e enfiando o dedo nela. Ela gemia, e o gemido dela me enlouquecia mais ainda. Continuei mais rápido até ouvir ela gritar que ia gozar. Isso me excitou tanto que enfiei mais forte ainda, sentindo ela me molhando toda com seu prazer. Ela inverteu as posições e ficou por cima, mas eu ainda estava de calcinha.. Tirou ela com os dentes e começou a me chupar de cima até embaixo, suas mãos apertando minhas coxas contra ela. Nunca ninguém tinha me tocado daquele jeito,e eu me sentia completamente diferente de quem eu era até então. Ela chupava, me lambendo toda, comecei a tremer e gritar, pedindo pra que ela não parasse, que ia gozar. E ela não parou. Gozei pela primeira vez na vida, longa e deliciosamente inédito.
Naquela noite fizemos muitas loucuras, uma descobrindo o corpo da outra, com a delicadeza e a sensualidade que apenas as mulheres sabem como. Esse foi nosso segredo por muito tempo, mas nunca mais repetimos a dose. Logo em seguida ela começou a namorar e eu também. Nossa amizade continuou, firme e forte.Ela não me chamou pra dormir mais na casa dela, e parecia que tudo tinha voltado realmente ao normal.
Nunca, mas nunca mais mesmo tocamos no assunto. Não sei se hoje, 4 anos depois, ela esqueceu ou simplesmente finge que esqueceu o que houve, mas às vezes ela ainda me olha com um brilho diferente no olhar, talvez lembrando da loucura que fizemos, ou quem sabe... Até hoje espero ansiosa pra que ela me convide pra dormir na sua casa de novo...
