Femdom Mistress: página de diário.

Um conto erótico de Catherine Lanou
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1052 palavras
Data: 23/07/2009 11:23:37

Agora, neste exato momento? Estou aqui na minha casa, pijama novo, no meu quarto, sob o edredom, quentinha, protegida. Lençol térmico aquecendo meu bumbum. Travesseiros nas costas. Sentada e tomando uma xícara de chocolate quente. Dizem que é bom para a insônia. 1:20 da madrugada, tevê ligada no programa do Jô. Não conheço nenhum dos entrevistados. Mas... Pouco me importam eles, pois a minha mente parece estar ainda muito ligada num dos clientes do dia. Chamara-me muito a atenção. Não sei exatamente o porquê. Talvez pela sua aparência. Lembrança vaga de pai, avô, sei lá! Marcara por celular o encontro para um motel que eu já conhecia. Combinamos horário, preço e tudo. Pediu fantasia de fêmea dominante. Roupa de vinil preta, luvas até quase o ombro. Vai entender o gosto de cada um que aparece? Não dá, não dá. Mas, às vezes, é muito divertido, outras não. A profissão exige que sejamos no mínimo bastante tolerantes e compreensivas. O programa não foi inédito, mas foi estranho, inusitado. Não é à toa que estou aqui pensando no caso. Naquele homem, naquele senhor. No final, ele ficou muito constrangido, frustrado consigo mesmo, completamente sem jeito. Deu-me pena até. Não quis aumentar seu desconforto e apenas agi solidariamente. Repeti várias vezes “tudo bem, tudo bem, acontece”. Afinal, mulher age de um modo, e homem? Vá saber o que se passava na sua cabeça!. Ele tentou se justificar, pediu várias vezes desculpas, que foi sem querer, que foi a primeira vez que acontecia e etcetera e tal. Admitiu também que não foi muito caprichoso no seu asseio, que na próxima vez não iria acontecer. Coisa do organismo mesmo, dissera sem muita certeza e jeito. Agarrou-se na justificativa do estresse do trabalho. Dissera que fazia aquilo por prazer mesmo. Que a sua esposa jamais iria admitir. Era uma mulher muito religiosa, e que, ultimamente, era raro fazerem sexo. Frisou, com ênfase, varias vezes: “não sou gay, não sou gay!”. Falou que era um homem sério, casado, pai de família, dois filhos adultos. Tinha uma vida confortável, emprego estável, casa própria, carro novo. Mas que depois que experimentara uma vez com uma garota de programa, não parou mais. Ficou simpatizante da coisa toda. Dissera que a vida era para ser vivida. “E só temos uma vida, o resto é bobagem!”. Não esqueci esta frase que falara com tanta precisão. E que, desde então, passara a procurar garotas de programa para que lhe dessem aquele prazer que demorara mais de 50 anos para desfrutar. E que se era preciso pagar para ter prazer, pagaria sem remorso. Foi muito simpático e honesto. Eu quis cobrar só a metade, pelo tempo exíguo que a coisa toda durou, mas ele insistiu e pagou integralmente. Não sei também exatamente o porquê, mas aquele homem me lembrava alguém conhecido. Mas até agora não consegui lembrar. Um parente, um ator, uma pessoa famosa, não sei bem. Pois então, quando ele chegou eu já o aguardava, vestida para matar, como costumam dizer. Foi um encontro inicial meio morno. Admito que me decepcionei com seu físico, mas nem tudo são flores na vida. Era um homem de meia idade. 50 e poucos, ou 50 e muitos. Corpo alto, grande, forte, pernas magras num surreal contraste com a generosa barriga peluda. Cabelos ralos e grisalhos, barba por fazer. Exalava um cheiro de loção barata de barbearia, do tipo bozzano, mentolada. Mascava chiclete, mas que não conseguia disfarçar o forte cheiro de sarro de cigarro. Deixou sua pasta de trabalho numa cadeira, onde jogou suas roupas. Eu, para não perder muito tempo, já fui dando ordens. Afinal, a fantasia era de fêmea dominante e teria que, se possível, ensaiar pose autoritária. Mandei e não pedi. Que ele se deitasse no centro da cama. Corpo de lado, pernas levemente dobradas. Observava suas costas com pelos esparsos, sua enorme bunda branca e peluda. Nada excitante. Mas trabalho é trabalho. Lembrei da frase: “pagando bem, que mal tem!”. Mas que era barra, era. Pedi que ele me ajudasse, afastando as nádegas, com o seu braço livre. Ele atendeu prontamente. Com o tubinho de vaselina sólida, lubrifiquei fartamente meus dedos da mão direita. Aproveitei o excesso e passei sobre a sua região anal, era muito pelo. Mas nada que um pouco de esforço não resolva. Com aquela simples passada de mão, ele já começou a gemer, dizendo que eu tinha uma mão de fada. Agradeci o elogio, dizendo que eu era uma fada má, muito má. Ele rio. Pedi que ele ficasse bem calmo e relaxado. Que a partir daquele momento era tudo comigo. Que eu o levaria ao paraíso. Não pude evitar e analisei sua genitália. Um pouco escura, flácida, um pouco oculta entre uma vasta pelagem, prensada entre as pernas. Seu pênis parecia menor que o saco escrotal. Ele estava me obedecendo mesmo, pois estava em completo relaxamento. Até quando, eu não sabia. E parti para o serviço. Massageei seu ânus com relativa força, para ir liberando espaço no esfíncter. E, surpreendentemente, não havia muito obstáculo na introdução dos dedos. Em questão de minutos, eu já tinha quase toda a mão em seu reto. Enquanto fazia, ele parecia rosnar como um animal. Um misto entre mugido de vaca e rosnado de cachorro. Perdoem-me a comparação, mas estou sendo sincera. Disse a ele que estava prestes a conseguir a introdução completa. Até que fiz por completo. Ele gemeu forte. Num urro. Sem querer, observei seu pênis. Ele havia gozado sem nem ao menos ter ereção. Nunca tinha visto aquilo. Fiquei por alguns segundos como estava, apenas girando levemente o punho. Ele então pediu que eu tirasse, pois, como eu havia visto, já tinha gozado. Um dos gozos mais rápidos da história. Mas o pior ainda estava por vir. Ao retirar minha mão, senti o cheiro forte, pois tinha com um pouco de fezes. Controlei-me como pude, pois já sabia que aquilo poderia acontecer. Mas é muito desagradável e, claro, nojento. Ele deixou escapar um: “mas que droga! Odeio quando isso acontece!”. E acontece mesmo. Mas fazer o quê? Quem está na chuva acaba por se molhar um pouco. E é por isso que sempre recomendo aos clientes já na hora que marcamos o encontro: fazer a limpeza intestinal completa e, no mínimo, duas horas antes... (emails para catherine.lanou@gmail.com)

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