João é o Diabo? (Parte III)

Um conto erótico de Nino
Categoria: Heterossexual
Contém 500 palavras
Data: 24/08/2009 17:28:10

João continuava a cavalgar pelo vilarejo como se nada tivesse acontecedio. Ele até compareceu ao enterro de dona Edinalda. Quase todo o vilarejo compareceu. João, que se sentia melhor em um cemitério do que em uma igreja, posicionou-se logo atrás de Gracinha, a filha mais velha. Mas, enquanto todos choravam a morte daquela senhora, João mantinha um semblante sereno, enquanto massageava a bunda da moça e ela, por sua vez, tocava-lhe uma punheta. João gozou na mão de Gracinha ao som da marcha fúnebre. Saiu sem apresentar seus sentimentos a família.

Dias depois, Gracinha decidiu que já era hora de cobrar um posicionamento de João, pois sentia que já havia ultrapassado todos os limites da insanidade humana. Gracinha pediu para Filó tocar o empório sozinha, alegando precisar resolver uns problemas e foi a procura de João. Não o encontrou em lugar algum, Nem no riacho, nem na sua casa. Ela então imaginou que ele poderia ter ido caçar. João foi caçar, de fato.

Quando Gracinha retornou ao empório esse estava fechado. Gracinha espumou de raiva e pensava e dar uma surra em Filó por essa displicência. Precisou ir para a porta dos fundos do empório onde havia uma chave escondia e entrar pelo armazém onde as mercadorias eram estocadas. Ao abrir a porta escutou um barulho um tanto estranho. Assustou-se imaginando ser um ladrão, mas logo se acalmou quando lembrou que o único crime cometido naquele vilarejo foi de autoria de seu pai. Mais adiante Gracinha avisou João lambuzando o cu de sua irmã com um creme qualquer. Pareceu-lhe creme de milho. Mal podia acreditar no que via. Sua franzina e inocente irmã agüentando uma jeba do quilate de João, que parecia enfeitiçado, pois estava com olhos vermelhos e um sorriso agressivo, quase selvagem. João parecia possuído. Grancinha sentiu com se tivesse levado um tiro no peito ao ouvir João declarar que casaria com Filó enquanto gozava um rio de porra nas costas da rapariga. A mandinga de Filó estava funcionando e Gracinha não admitia perder o Diabo para sua irmã mais nova.

A filha mais velha de seu Tonho sabia onde o pai guardava uma velha espingarda de caça bem próximo de onde ela estava e foi esgueirando-se até o local da arma. Carregou rapidamente a espingarda com dois cartuchos vermelhos e posicionou-se a frente do casal. Filó percebeu a presença da irmã mas quase não conseguia enxergá-la pois seu rosto balança muito devido as estocadas de João. Quando enfim conseguiu, por um instante, fixar os olhos na irmã, reparou que ela lhe apontava uma arma. No instante seguinte recebeu um tiro na testa.

O impacto do disparo foi tão forte que Gracinha foi arremessada para trás e bateu a cabeça na quina de uma caixa de madeira.

As duas filhas de seu Tonho foram sepultadas ao lado a mãe. João voltou a comparecer ao enterro, mas desta vez ficou mais distante. Atrás de uma lápide ao fundo do cemitério, João comia a filha do farmacêutico.

ninogrilo@hotmail.com

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