O PAI
Este conto já foi publicado sob outro pseudônimo; ocorre que o verdadeiro titular do nome não gostou de vê-lo associado à temática deste site e solicitou, gentilmente, que fosse retirada toda e qualquer referência a sua pessoa, razão pela qual eu passarei a republicar todos os meus escritos, sob a alcunha de Walfredo Wladislau (WW).
Aos 32 anos de idade eu voltei dos Estados Unidos, depois de viver nas terras do Tio Sam por quase 15 anos. Foi lá que eu me formei, trabalhei e enriqueci. Mas pouca coisa me desafiava no exterior, e quis voltar para a minha terra, para o meu idioma, para o meu Rio Grande, e, especialmente, para o meu Grêmio, a quem eu acompanhava com aplicação mesmo antes de existir a internet.
Apesar de sozinho, comprei uma casa grande, próxima à casa dos meus pais. Comprei também um escritório, para tratar dos meus investimentos pessoais e de alguma atividade que eu viesse a fazer. Em pouco tempo refiz meu círculo de amizades, namorei algumas socialites – que mal sabiam foder direito – mas eu gostava mesmo era das festas privê que eu promovia na minha casa, em que eu convidava um amigo ou dois, e umas quatro ou cinco putas. Mesmo com puta eu sou fiel. Só ficava com a Ana, uma moreninha de cabelo comprido liso, jeito de índia, magrinha, peituda, e de unha comprida. Ela escolhia e convidava as outras meninas, fazia as honras da casa, e sabia foder como mulher que gosta de sexo, esquecendo-se que era profissional (ao menos, era a impressão que ela me passava)l. Como eu só fodo quem eu tenho certeza que gosta de mim, eu só comia ela, mesmo quando ela chamava outra menina para nossa cama.
O melhor de conviver com as putas, fora do ambiente do puteiro, é o alto astral, e as histórias que elas têm para contar. Eu ria mais numa festinha dessas do que tinha rido durante um ano todo, quando morava no Grande Satã do Norte.
Eu vivia feliz! Sem preocupações, com amigos, com dinheiro (aliás, todo o dinheiro que eu e minhas próximas gerações pudéssemos gastar em toda vida, caso fossemos perdulários. Tinha até restabelecido a relação com a minha mãe, depois de tantos anos que não nos falávamos, já nem lembro direito por quais motivos. Até que - sempre há um “até que” para que a nossa vida ganhe sentido e emoção - recebi um telefonema de uma menina, de nome Cláudia – minha xará, pois me chamo Cláudio – dizendo que precisava conversar comigo. Eu sugeri o Press Café, perto da calçada da fama, na rua do meu escritório. Marcamos o encontro no mesmo dia, já que a curiosidade me impelia.
Cheguei ao café um pouco mais cedo, e escolhi uma mesa ao fundo, de onde divisava com facilidade a entrada e a vidraça que separa a parte interna da varanda. Exatamente às 16 horas entrou uma menina, buscando com os olhos alguém no interior do bar, me viu e seguiu resolvida em direção a minha mesa. A menina, melhor dizendo, a mulher, na verdade era tudo o que a Beyonce queria ser quando era adolescente. Era alta, talvez 1,75, não pesava mais de 60 kg, cor jambo claro, como a pele da cantora texana. Cabelos compridos, volumosos, bem cuidados.
Cláudia se apresentou, disse que tinha 17 anos, e sem nenhum rodeio, como é próprio dessa juventude que cresceu conectada em banda larga de alta velocidade, disse numa rajada de metralhadora:
- Tô te procurando porque tu é meu pai; eu sei que tu não tem culpa, e nem sabia da minha existência, mas tu e minha mãe tiveram um romance quando tu era mais novo que eu...
- Tu tem certeza? Faz tanto tempo que eu moro fora, não seria um engano? – eu retruquei sem fazer as contas...
- Lembra da Janice? Empregada da tua mãe? Trabalhou na tua casa. Eu sou filha dela! E tua, é claro!
Evidente que eu me lembrei da Janice. Eu tinha de 15 para 16 anos, ela uns 30 e poucos. Negra tipo a globeleza, trabalhava e dormia na casa dos meus pais. Numa tarde ela fora humilhada pela minha mãe, que a chamara de “negra imunda”, porque ela havia deixado cair e quebrar uma taça de cristal dentre as tantas que havia lá em casa. Indignado com a injustiça, eu discuti com a minha mãe:
- Velha filha da puta! Dondoca de merda! – eu estava sendo sincero, porque era isso o que eu sempre pensei daquela madamezinha que me pariu – ou tu pede desculpas agora, ou eu acabo de quebrar essa porra de copo de cristal.
- Tu nem é louco em fazer isso, Cláudio! Deixa de ser criança que este assunto não é teu. Não vou pedir desculpa pra empregada nenhuma.
Eu quebrei a primeira taça, depois a segunda, depois a terceira, e segurava na mão a quarta e a quinta, dando a entender que eu estava disposto a jogar no chão toda a cristaleira se fosse preciso. A dor de se perder seus ricos cristais foi mais forte que a humilhação de se retratar, e mamãe - como eu não a chamava - foi falsa e direta:
- Você me desculpa, minha querida, eu fiquei nervosa! Por favor não leva a mal. – Enquanto dizia isso, docemente, me fuzilava com os olhos.
- Não tem do que se desculpar, Dona Ivone. A culpa foi minha. – respondeu Janice, humilde.
Mais tarde, Janice bateu no meu quarto, para agradecer, dizendo que eu havia salvado o emprego dela. Eu disse que era eu quem devia agradecê-la, e pedir-lhe desculpas. Disse que odiava minha mãe:
- Vou me casar com uma negra, só pra foder com aquela velha racista.
- Se tu vai casar com uma negra só pra sacanear a tua mãe, tu também tá sendo racista ...
- Desculpa, não quis dizer isso. Eu casaria com uma negra de qualquer maneira... – disse eu, sem muita convicção.
- Tu casaria comigo? – perguntou a negra.
- Agora mesmo! - eu respondi, percebendo que a conversa teria outra conotação.
- Duvido! – Provocou Janice.
- E tu, casaria com um branco? – perguntei eu, querendo inverter as posições.
- Só se fosse novinho, bonitinho e valente como tu. – Provocou Janice, mostrando ao que viera – a única coisa que eu posso fazer por ti, em troca do que tu fez por mim, é que nunca vou te esquecer.
Lembro que parti para cima, abracei, beijei e tirei a roupa dela com muita velocidade. Janice foi minha primeira mulher, e durante quase sete meses, dormimos quase todas as noites juntos. Ela se recolhia ao meu quarto, depois que a casa ficava em silêncio, e acordava cedo, antes que a casa despertasse. Nossa mansão era grande, e meu quarto afastado do de meus pais, quase sempre ausentes da minha vida, de forma que vivemos como marido e mulher por esse tempo todo.
Fomos dedurados por outra empregada: Janice e eu, deitados na minha cama de solteiro, sua pele em contraste com a minha – side by side in my piano, como diria Paul, em Ebony & Evory – fomos despertados pela minha mãe, meu pai e meu irmão mais velho, que invadiram o quarto. As famílias ricas resolvem seus problemas da forma mais simples, com dinheiro. Janice foi demitida, e eu nunca mais soube dela, até aquele encontro com Cláudia. Eu fui mandando para os EUA, para completar a High School”, continuei por lá até bem pouco tempo.
Eu quis saber de Janice, se estava bem, se tinha casado, se tinha outros filhos. Cláudia explicou que Janice casara, mas o marido já falecera. Não tiveram outros filhos. Estavam todos bem, já que minha mãe e Janice acertaram uma pensão mensal confortável, e um bônus anual, sempre que passasse um ano sem que a notícia da existência de Cláudia chegasse aos meus ouvidos.
Essa era minha mãe. A mesma filha da puta de sempre!
- Bom, minha filha... – comecei, e fui interrompido pela risada de Cláudia.
- É tão estranho tu me chamar de filha; vamos combinar que eu sou Cláudia e tu é Cláudio?
- Ok, Ok. – concordei – eu só queria te dizer que não sabia de nada. Se soubesse, eu não ia negar um pai a minha filha, ainda mais a filha de Janice, por quem eu tenho muito carinho. Tô muito envergonhado por isso.
- Calma, não esquenta. Minha mãe sempre falou bem de ti, ela tem muito carinho por ti, não queria que eu te encontrasse, pra não te atrapalhar, mas se eu sou filha, eu queria saber quem era meu pai ...
- Tu é meu presente. A gente não recupera o tempo perdido, mas daqui em diante vou ter prazer em ser teu pai e estar junto de ti. Quando é o teu aniversário?
- Faço 18 anos em maio, daqui a 40 dias.
Continuamos falando da vida, perguntei qual faculdade ela queria, ela respondeu direito ou administração, eu concordei, perguntei dos seus sonhos, ela disse que queria viajar, Disney, mas que estava realizada em ter um pai tão legal. Eu ofereci uma viagem de presente de aniversário, e ela aceitou, mas não logo, porque queria ficar mais tempo comigo. Propus que a gente viajasse junto, ela adorou a idéia. Escolheu a Disney, primeiro um Cruzeiro Temático pelo Caribe, depois uns parques em Orlando e umas compras em Miami
Encontrei Cláudia ainda outras vezes, para combinar detalhes da viagem - passaporte, visto americano – para jantar, cinema, só tomar chimarrão no Parcão e, é claro, ir ao jogos do Grêmio. Em todas as vezes perguntei por Janice, insisti para vê-la, mas ela nunca pôde, e eu respeitei.
No dia da viagem meus pais me levaram ao aeroporto. Aguardávamos na fila do check-in quando Cláudia chegou radiante, absolutamente maravilhosa, de jeans, camiseta e uma maquiagem leve, mais parecendo uma übber-model internacional em traje casual. Aproximou-se de nós, abriu um largo sorriso, e percebendo minha aflição, abraçou-me com entusiasmo e me deu um selinho. Voltando-se para meus pais, apresentou-se:
- A senhora é Dona Ivone? Bem mais linda que o Cláudio havia dito. Prazer em conhecê-la, meu nome é Cláudia, e eu sou a namorada do Cláudio.
Imediatamente eu entendi que o papel de namorada que ela estava representando era a melhor alternativa ao caos, caso ela se apresentasse como neta. Minha mãe estendeu a mão, assustada, mas Cláudia ignorou a tentativa de manter distância, abraçou-a e beijou-a no rosto, como se já fossem íntimas. Cumprimentou meu pai da mesma forma, e enquanto eu me refazia do susto, ela disse sorrindo:
- Amor, vou tomar um café com a tua mãe, enquanto os meninos – eu e meu pai – fazem o check-in. Em seguida me deu mais um selinho na boca, e saiu de braços com minha mãe, que ficou sem reação à simpatia da nova “nora”. Meu pai me deu os parabéns pela escolha, concordou que eu estava certo em procurar uma mulher mais nova, e comentou:
- Tua mãe ta encantada com ela. Tua namorada vai conseguir dobrar aquela velha ...
- Puta que pariu! – poderei, em seguida me filiando à farsa: - achei que ela não fosse gostar ...
- Olha lá as duas conversando ...
Feito o despacho das bagagens, fomos ao encontro das duas, que conversavam como se fossem íntimas. Apressado, eu disse:
- Vamos que ainda tem Polícia Federal e essa merda toda.
Despedimos-nos, as duas se abraçaram com disposição e trocaram alguns cochichos finais. Longe dos “sogros”, mas ainda segurando a minha mão, Cláudia se desculpou:
- Acho que fiz merda, mas foi o que ocorreu na hora. Eu não sabia que eles vinham, e não queria cena de família antes da viagem ...
- Tu fez bem. Eu que te peço desculpas por não ter resolvido isso antes. Não devia ter deixado eles virem ...
- Agora fudeu! Pra ela a gente ta namorando!
- Não fala palavrão! – eu repreendi, brincando.
- Tu ta falando como pai ou como namorado? – ela perguntou, rindo.
- Eu to adorando ser teu namorado – retruquei, já arrependido com a merda que eu estava dizendo.
As longas horas da viagem foram tranqüilas. Estou acostumado a aviões, e descanso tranqüilo quando vôo, ainda mais na classe executiva, cujas poltronas são largas e espaçosas. Acordei no meio da noite, com o braço dormente, e só então me dei conta de que Cláudia havia também dormido recostando a cabeça no meu ombro. Não ousei acordá-la, e suportar o desconforto da dormência no braço era quase nada, comparado à sensação de tê-la ao meu lado. Comecei a policiar meus pensamentos, que a desejavam.
A chegada em Miami foi também tranqüila, do aeroporto fomos direto ao hotel, pois nosso cruzeiro partiria na manhã seguinte. Cláudia não demonstrou cansaço pela viagem, e imediatamente quis partir para o que todo o turista faz na capital dos latinos: compras! Observei-a durante as compras, e vi que, apesar da pouca idade, e de pertencer a uma classe econômica diferente da minha, não era deslumbrada. Fazia escolhas adequadas, preferindo as peças de boas marcas e de boa qualidade, só comprava quando o preço era adequado, rechaçava as roupas produzidas em série. Diferente do que eu previa, o dia de compras foi altamente prazeroso.
Na volta ao hotel, caímos duros na cama, cada um na sua.
No dia seguinte, embarcamos no Disney Cruiser, cruzeiro temátido da Disney, fomos recebidos como recém-casados. Eu havia preferido uma suíte maior, com sacada e vista externa, em lugar de dois quartos de solteiro. Como eu temia, só havia cama de casal, não obstante o pedido que fizera a agência solicitando duas camas de solteiro. Comecei a reclamar ao camareiro que nos acompanhou até a suíte:
- I asked for two single beds; you can see on the voucher … - quando Cláudia interveio, falando um inglês perfeito: - Ok! No problem! I prefer a King Size bed!
Voltando-se para mim, Cláudia explicou:
- Eles pensam que nós somos um casal em lua-de-mel. Deixa assim.
E foi assim que aconteceu o tempo todo. Comportamento de recém-casados. De mãos dadas o tempo todo, os corpos muito próximos passeando pelo barco, uns beijos ocasionais, pouca coisa mais longos que selinhos, que ela me dava. Nunca tomei a iniciativa daqueles beijos, mas cada vez mais ansiava para que ela o fizesse. Chegava a sentir uma dor física nos poucos momentos de separação, quando ela ia ao banheiro, ou dava um mergulho na piscina, ou corria até o deck do barco para apreciar a down-town de Miami que se distanciava. Eu me sentia seduzido, apaixonado, mas ao mesmo tempo impotente de fazer ou dizer qualquer coisa. A barreira do incesto impedia meus movimentos, isolava minhas ações, e eu vivia na expectativa das iniciativas de Cláudia. A viagem já estava sendo um sofrimento que eu suportava porque tinha a certeza que ficar longe dela significava um sofrimento ainda maior.
Cláudia, ao contrário, estava adorando, e não dava mostras de que percebia minha aflição. Tentei disfarçar, olhar as outras mulheres do navio, principalmente umas meninas paulistas, lindas, que passavam o tempo todo rindo e seduzindo os demais passageiros. Isto Cláudia percebeu, e sem esconder o ciúme, fechou a cara. Quando uma das paulistas passou pela frente da nossa cadeira, me lançou um sorriso, e se atirou na piscina, levantei e fui atrás, pensando ter encontrado a solução para o embaraço emocional em que estava envolvido.
Engano meu; acabei precipitando tudo. Cláudia me seguiu, entrou na piscina, e de frente para mim, me olhando firme e séria, segurando algumas lágrimas que rolavam do olho, reclamou:
- Porque tu ta fazendo isso? Eu não sou mulher suficiente pra ti? Tu quer outras?
- Mas tu é minha filha, eu não sei como agir ...
- Filha o caralho. Tu não vê que eu to apaixonada. Que to fazendo de tudo pra tu me notar, pra tu tomar uma iniciativa, mas tu passa o tempo todo com essa cara de bobo, como se eu te constrangesse. Mas se tu quiser fica a vontade, fica com essa loirinha, que só falta esfregar a buceta na tua cara.
Ficar sem palavras quando esperam de você uma atitude é uma das piores sensações do mundo. Puxei-a para junto de mim, e a beijei como havia sonhado desde aquele dia no Press Café. Não sei quantos minutos se passaram com nossos lábios colados.
Cláudia estava radiante, e eu estava muito feliz.
Na suíte, onde fomos descansar antes do jantar, mais uma vez eu não sabia o que fazer. Cláudia, sentada na cama, me olhava como se dissesse: - vem e me come.
Minha última tentativa, talvez para limpar minha consciência do que estava por vir, foi uma frase infeliz:
- Pensa bem; a partir de agora o que a gente fizer vai ditar o futuro das nossas vidas.
- Já pensei demais; faz anos que eu penso nisso. Eu me guardei pra ti desde o dia em que eu me dei conta de que era mulher ...
Lembrei da cena com a mãe dela, anos atrás, que agora se repetia. Ambas fêmeas haviam lançado ao ar os humores do acasalamento, e como a mãe fizera no meu quarto, Cláudia agora aguardava o macho que a cobriria. Foi o que fiz. A notícia de que ela ainda era virgem aumentou minha atenção, mas não diminuiu minha libido. Demoramos demais nas preliminares, que ela fazia com competência, a despeito da sua inexperiência, como se tivesse estudado o assunto. Ela estava vidrada no meu pau, e sempre que podia, o tocava e o beijava. Eu me dedicava completamente a ela, percorrendo seu corpo com minha boca, tocando-lhe em todos os lugares com minhas mãos. Quando percebi que ela havia atingido o clímax, e que os toques e beijos não a excitariam mais que já estava, foi que decidi dar ensejo ao que estava evitando.
- Vem por cima, devagar, tu controla. To muito feliz de estar aqui contigo, eu te amo como nunca amei ninguém – disse eu, falando a verdade, deitado, esperando que ela sentasse em mim.
- Amor, vai doer? – perguntou ela, acocorada sobre mim, com a cabeça do meu pau tocando seus lábios vaginais.
- Talvez doa um pouco, mas vai valer a pena, prometo.
Ela continuou sentando, lentamente, esperando que o hímen rompesse com a pressão. Eu a fazia parar, esfregava meu pau na buceta dela para mantê-la excitada. Sem avisar, ela sentou com força, senti a pele se fragmentando, uma golfada de sangue quente escorrendo, um gemido forte de dor, e as unhas de Cláudia cravando nas minhas nádegas. Ela gemia, de prazer e de dor, e na medida em que um era mais intenso que outra, acelerava seus movimentos. Cláudia gozou a primeira vez, e eu me deleitava vendo seu rosto se contorcendo; gozou a segunda vez poucos minutos depois, e eu me segurei. Quando, exausta, ela deitou seu corpo sobre o meu e me beijou, gozamos os dois juntos, eu de forma muito intensa.
Deitei-a ao meu lado, deixei-a descansar, e com cuidado, antes que secasse, com uma toalha úmida limpei a mistura de sangue e sêmen que ficara sobre o corpo dela. Naquela noite, e na manha seguinte, não fizemos amor: ela estava dolorida, e eu temeroso de machucá-la. Mas os carinhos que trocamos foram tão intensos, e as palavras de amor que dissemos fora tão profundas, que vi meu futuro preso ao dela, com a certeza de que nada nos afastaria. Cicatrizada a buceta, fizemos sexo quase que de hora em hora. E assim transcorreu nosso cruzeiro, e os dias em Orlando. Cláudia era parte de mim, e era muito duro sobreviver nos poucos instantes em que ela se afastava para as necessidades básicas. Quase findos nossos dias nos EUA, eu fiz a pergunta inevitável:
- E se tu engravidar? A gente não usou preservativo!
- Nem esquenta, faz anos que eu tomo pílula, pra regular minha menstruação.
- Ufa. E em Porto Alegre, quando a gente voltar? Tu vai morar comigo?
- Eu tava só esperando que tu convidasse. Claro que eu vou. Eu sou tua mulher, afinal ...
- E a Janice, o que ela vai pensar?
- Eu já falei pra ela; Liguei pro Brasil e contei pra ela tudo o que tava acontecendo com a gente. Ela ta feliz por nós ...
- Tu quer casar comigo? - Eu propus.
- Claro que quero, mas a gente pode?
- Liguei pro meu advogado no Brasil, Dr. Immanuel. Ele disse que oficialmente tu não é minha filha, e que, na medida em que nem eu nem tu fomos notificados de forma oficial, não estamos entre aqueles impedidos legalmente de casar. – Não contei a ela, porque não interessava, que como esposa, seus direitos de herdeira seriam menores que os de filha, mas eu não pretendia morrer tão cedo, ainda mais agora que eu era tão feliz
- Então vamos a Las Vegas - continuei -lá dá pra casar em qualquer capela, a qualquer hora. Depois é só reconhecer a certidão de casamento no consulado e registrar no Brasil. A gente volta casado e ninguém nos enche o saco.
- Casar como a Britney? Tu é mesmo louco – ela respondeu, concordando.
- Só que a Britney ficou casado por 24 horas, e eu te quero pra todo a vida.
E fomos à capital do jogo na manhã seguinte. A viagem demorou quatro horas, mas a diferença fuso horário fez com que a decolagem e o desembarque ocorressem no mesmo horário. Hospedamos no Venice, aquele dos tigres albinos. Compramos as alianças na Tiffany´s, e antes de descer ao cassino, ainda naquela manhã, pedimos à concernege do hotel que nos indicasse a melhor e mais rápida capela de casamentos. Indicaram uma chappel na própria Strip, não muito distante do hotel, que também colocou uma Limo a nossa disposição. Na própria Chappel alugamos, experimentamos e vestimos nossos trajes de casamento, ela um lindo vestido de seda cor marfim, eu um fraque com casaca. Casamos, trocamos alianças, posamos para as fotos. Cláudia ligou para a avó, aliás, sua sogra, e contou, radiante:
- Ivone, tu nem imagina onde a gente ta agora. Em Las Vegas, casados, saindo de uma capela. Eu to tão feliz ... pode deixar que eu te mando as fotos por email assim que chegar no hotel ... o Cláudio ta feliz também, te mandando um abraço... amo vocês também.
- Ela adorou a notícia! – contou ela. Que talento tem essa menina para apaixonar as pessoas, eu pensei.
Eu e minha mulher, ainda vestidos de noivos (as roupas seriam entregues pelo hotel no dia seguinte) transamos dentro da Limo, que passeava sob o calor insuportável do deserto de Nevada. Despidos, fiquei excitado novamente ao ver aquele corpo moreno. Ela ajoelhou, e chupou meu pau com competência. estava quase gozando quando ela interrompeu:
- Não goza! Fode o meu cu, que tu ainda não comeu - ao meu olhar de espanto, ela completou: - Se não sou eu a te pedir, tu nunca ia tentar.
Diferente do que eu pensava, meu pau entrou fácil no cu dela, e logo enterrei tudo. Foi uma transa rápida, porque eu estava excitado demais, e ela gozava a cada centímetro que eu avançava dentro dela.
Dormimos um pouco, acordamos, transamos sem pressa, e, sem nem saber que horas seriam, descemos para o Cassino. Ela não jogava, mas sua presença ao meu lado me dava sorte. Mesmo ganhando, por puro ciúme, saí rápido da mesa de Bacará, porque os homens à minha volta esperavam a indicação que ela me fazia para apostar no ponto ou na banca. Ela sempre acertava, e eu não gostava de ver aqueles jogadores ganharem dinheiro apostando nas dicas da minha mulher.
Por essa mesa razão, nossa passagem pela mesa de dados foi meteórica, apesar das contínuas vitórias sempre que ela lançava os dados. Estava orgulhoso, mas me incomodava que ela fosse tão popular. Fomos para o BlackJack, onde pude jogar o meu jogo com calma. Ganhando mais que perdendo, perceboi que a atenção de Cláudia se voltava para as putas do Cassino, que zanzavam de mesa em mesa, atrás de apostadores incautos. Uma loira em particular atraia mais sua atenção, e era uma senhora loira. A beldade do sul sentou-se a nossa mesa, e em lugar de seduzir o caipira que jogava alto, perdia muito e bebia todas, começou a conversar animadamente com Cláudia, para meu espanto. Cláudia disse ao meu ouvido:
- Espera ai que eu só vou tomar um refri com a Jennifer ali no bar e já volto.
Esperei, jogando menos, só para passar o tempo, e em poucos minutos ela voltou confessando:
- Queria alguma coisa diferente. Que tu acha da gente levar a Jennifer para nossa suíte. Eu achei ela tão gostosa, e ela ta tri a fim ...
Transar com duas mulheres, este é o sonho de todo o marido. A curiosidade venceu a surpresa, e eu assenti recolhendo minhas fichas e saindo em direção a elas. No elevador, Cláudia permaneceu quieta, segurando minha mão, quase que sem trocar olhares com Jennifer. Lá pelo vigésimo andar, quando ficamos só os três, as duas se abraçam e se beijam, prenunciando a festa que começaríamos em breve. E foi o que fizemos. Passamos a noite bebendo Don Perdngnon, nos beijando e fudendo. Apesar de ter beijado e chupado a puta americana, eu não a penetrei. Sempre que meu pau ficava duro, eu aproveitava para comer minha mulher, de novo. Cláudia se deliciava com ela, como uma atriz pornô, e ela devotava toda sua energia á Cláudia, como uma lésbica apaixonada.
Adormeci, exausto, e elas continuaram. Acordei, com alguma ressaca, com meu braço envolto pelos braços de Cláudia, enquanto a Jennifer, deitada de lado, a abraçava.
Pedimos o desjejum no quarto, e ao final tentei pagar a puta com duas fichas retangulares pretas, de U$ 1 mil cada uma, que eu havia ganhado do próprio Cassino. Ela recusou, dizendo-se muito feliz naquela noite, como não havia sido há muito tempo, e que era ela quem devia pagar pelo carinho dos amigos brasileiros.
O fato é que ficamos mais duas noites naquela orgia sem fim, visitando outros cassinos, ganhando no jogo, e voltando para o nosso quarto, para fuder e descansar. Mesmo com todo esse fetiche no ar, mantive intacta a minha fidelidade, e só comi a minha mulher, por mais que as duas insistissem para que eu penetrasse a Jennifer.
Já é hora de acabar a viagem, mas tenho que contar que na volta de Las Vegas ao Brasil paramos em Miami por mais uma noite. Chegamos a tarde e nosso vôo era na noite do dia seguinte. Descansados e felizes, propus que fôssemos conhecer a vida noturna da cidade, bastante agitada, especialmente em Miami Beach, com os prédios art decô e as boates com as pessoas mais diferentes possíveis. Mais uma vez o talento de Cláudia em fazer amizades e em me surpreender apareceu, quando ela me apresentou uma jamaicana, linda, de nome Barbra. A negra era enorme, corpo perfeito, dizia ter 40 anos, mas se dissesse que tinha menos de 30 eu acreditaria.
- Essa eu vou comer! – disse para Cláudia, que riu, e reproduziu meu comentário ouvido da conterrânea dos Marley. Ela veio até onde eu estava, me deu um beijo na boca, do tipo estalado que todos na volta ouviram,e sentenciou:
- And so ... let´s funk! You´re my guest to go to my place. But it´s better your hotel suit.
Chegamos no hotel, e Barbra teve que registrar-se em outro quarto, porque aquele tipo de sacanagem não era permitido em um lugar tão distinto. Desta vez não me mantive fiel, e eu e Cláudia comemos a jamaicana de todas as formas que sabíamos e ela sempre me dava mais tesão ainda. Na manhã seguinte, a pedido de Cláudia, adiei nossa volta por mais dois dias em que pouco saímos do quarto e em que eu pouco comi minha mulher .
De volta ao Brasil, meus pais me esperavam no aeroporto, e receberam Cláudia de uma forma tão efusiva quanto estivessem recebendo uma neta que vinha de uma longa viagem do exterior.
Já em casa, Janice veio nos visitar e felicitar pelo casamento. Cláudia nos deixou a sós, dizendo que iria para o quarto, pois estava realmente cansada. O tempo fizera muito bem para Janice, que continuava linda, apesar de estar se aproximando dos 50 de idade. Na cozinha, tomando café, eu comecei me desculpando, dizendo que não tivera como conter o que eu sentia pela Cláudia, e que incesto era uma palavra que me incomodada, ao que ela retrucou:
- Estou feliz por vocês. Tu seria muito bom pai, mas tenho certeza que vai ser um ótimo marido. Já que tu não pode ser meu, vai ser da minha filha...
- Tu ainda me ama? – perguntei, já arrependido de ter perguntado.
- Te amei por todos os dias da minha vida, desde aquele dia que tu me defendeu. Ainda de te amo e te desejo, disse ela envolvendo seus braços no meu pescoço.
- Só que agora eu to casado, com a tua filha, e a gente não pode mais ficar junto ...
- A Cláudia sabe que eu te quero, sabe que eu to aqui, e sabe que eu quero te levar pra cama – dizendo isso nos beijamos, e transamos ali mesmo na sala. Exausto, fui dormir, e Janice, sem ser convidada, veio junto para nossa cama. Até hoje mãe e filha moram comigo, elas acertam entre si os dias de uma e de outra. Já falamos em transar os três juntos, Janice diz que aceita, mas na hora “h” sempre recua. Estou tranqüilo,por que sei que isso vai acabar acontecendo.
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