A Vendedora Parte 1

Um conto erótico de Tom Raven
Categoria: Heterossexual
Contém 1350 palavras
Data: 24/09/2009 12:05:00

Era sábado, o céu estava azul e limpo.

Tom estava sentado na escrivaninha de seu apartamento com o notebook ligado, de costas para a janela e olhando para sua amada.

O sol estava quase alcançando seu ponto mais alto e a garota, mesmo assim, continuava dormindo como se a lua reinasse no céu. O edredom negro não a cobria mais por inteiro fazendo com que ficassem expostas algumas partes do seu lindo corpo.

Tom era escritor. Todas as suas histórias e contos eram baseados em suas experiências, sonhos e desejos. Raramente conseguia publicar algum trabalho, pois nunca houve até então algum escritor que se comparasse ao seu estilo, sombrio, profundo, intenso... carnal.

Um dia lindo, sua amada nua na sua frente, vinho no copo, uma musica boa no rádio, clima perfeito para Tom e sua inspiração fluírem e preencherem diversas páginas.

Ele tinha um ritual, sempre ao escrever deixava ao seu alcance uma garrafa de vinho e um maço de cigarros, sentava frente ao notebook e não saia dali até que parisse alguma coisa que ele julgasse decente.

Escreveu algumas linhas, deu um trago no seu cigarro e inclinou-se para pegar a garrafa e encher seu cálice, nesse momento, deixou livre a passagem para que os raios solares acariciassem o rosto de Carla, que quase instantaneamente acordou.

Cabelo ruivo, olhos azuis, os seios descobertos e uma expressão de pureza e inocência no rosto, fizeram Tom abandonar seu trabalho e ir pra cama com ela.

Ela era linda, e, além disso, era uma das poucas garotas na cidade que tinha alguma coisa a oferecer além de uma noite de sexo em troca de algum de drogas ou dinheiro. Vinda de uma família boa e tradicional na cidade, Carla era um exemplo de educação e etiqueta, andava sempre muito bem vestida, e tinha uma simpatia que encantava a todos. Apesar de todas essas características, o que mais envolveu Tom, foi o fato dela amar a noite tanto quanto ele. A noite ela se transforma, deixa de lado toda sua pureza e inocência e passa a exalar toda sua perversão, toda sua sensualidade, sua sede por sexo e aventuras, e foi com esse pensamento e com as lembranças da noite passada que Tom deitou ao seu lado e a beijou. Ela acordou, abraçou-o e correspondeu ao beijo. Tinham uma química muito forte e um tesão enorme um pelo outro, por tanto, a transa foi inevitável.

Algumas horas depois, Carla fazia o almoço enquanto Tom havia voltado a trabalhar, eles conversavam sobre um show gótico que teria em breve na cidade e se animaram muito com a idéia de juntar a turma novamente para curtir a noite em World of Glass.

Almoçavam e conversavam:

- O que vamos fazer hoje à tarde amor? – perguntou Carla.

- Não sei, o que sugere? – respondeu Tom.

- Estou pensando em comprar uma roupa nova pra ir ao show, e mais algumas coisas que estão faltando para o meu altar. – disse Carla.

- Tudo bem, troco de roupa e saímos. – disse Tom.

- Ok, enquanto isso eu ajeito as coisas por aqui. – disse Carla.

- Certo. – disse Tom dando um último gole em sua bebida.

Ele tomou um banho, vestiu-se e apareceu novamente à sala:

- Estou pronto.

- Então vamos!

Saíram. Tom morava no centro da cidade e tinha tudo que precisava na vizinhança. Lojas, supermercado, farmácias, bares, enfim, todas as coisas necessárias para viver bem e com certo conforto.

Eles caminharam um pouco até chegar à rua principal onde ficavam as lojas preferidas de Carla. Ela era muito objetiva e já sabia exatamente o que queria e aonde encontrar, uma loja de artigos góticos, para a sorte dele pois não tinha muita paciência para compras.

Ao chegarem à loja, como de costume, Tom sentou-se e ficou esperando.

Algum tempo havia se passado, Tom já estava de saco cheio e nesse momento, ela apareceu cheia de sacolas e com um sorriso no rosto dizendo:

- Pronto meu amor, já tenho tudo que preciso, agora só falta o seu presente.

- Não... não precisa, vamos pra casa, quero terminar meu trabalho! – disse Tom.

- Não! Quero comprar algo pra ti. – insistiu Carla.

- ...certo.

Ele sabia que não adiantaria discutir, só iria se estressar mais e provavelmente iria acabar estragando o final de semana, e por outro lado quando Carla resolvia presenteá-lo sempre valia a pena. Então pegou as sacolas de sua mão e seguiu-a.

Andaram alguns minutos até chegarem em uma loja de produtos de bruxaria que Carla costumava ir. “E a filha da mãe ainda tem coragem de dizer que vai comprar algo pra mim...” – pensou Tom com certa ironia.

Ao entrarem Tom disse:

- Carla, vamos embora eu não quero presente..por favor!!

- Calma, vai ser rapidinho! – respondeu ela indo em direção à prateleira de incensos.

Neste momento surgiu uma vendedora

- Posso ajudar ? – perguntou ela olhando para Tom.

Tom apontou para Carla que logo disse:

- Sim, estou procurando um presente para ele!

A vendedora nem se quer olhou para ela e disse para Tom:

- E o senhor tem alguma preferencia?

- Sim.. tenho preferência por ir para minha casa continuar meu trabalho...- respondeu ele nervoso.

- Carla, vamos embora...por favor!!!

- Nossa, mas num final de semana? O senhor trabalha com o que? – disse a vendedora intervindo a resposta de Carla e tentando chamar a atenção de Tom.

Tom era um rapaz de beleza tão atraente que sempre causava esse tipo de reação com as mulheres, principalmente em World of Glass onde a maior parte dos homens eram sujos e bêbados a maior parte do tempo. Ele conseguia tudo o que queria com aqueles olhos negros e misteriosos, era como se todas as mulheres se encantassem e quisessem desvendar tamanho mistério.

E antes que Tom pudesse mais uma vez chamar Carla para irem para casa ela disse:

- Pronto meu amor, já achei o que quero dar a você... só vou pagar! - disse ela com um tom de malícia nos olhos.

Quando Tom olhou para o caixa lá estava a vendedora separando e embrulhando as coisas que Carla havia comprado, ela era tão sexy! Como Tom não tinha notado?? Seus lábios vermelhos e carnudos que faziam Tom salivar, seus cabelos negros e os olhos azuis, usava muitas correntes com pingentes e pulseiras , “ deve ser bruxa também...” pensou ele. Enquanto admirava aquelas curvas a vendedora terminou de empacotar tudo e entregou a sacola à Carla, que não havia percebido que a garota colocada um cartão e uma outra coisa que ele não conseguiu ver o que era, pois estava se controlando pra não olhar na direção da garota e pro seu decote enquanto pensava “Eu preciso disso!”

-Vamos agora, Tom ? - disse Carla interrompendo seus pensamentos.

-Sim.. até que enfim... – disse ele ainda em devaneio.

Ao saírem da loja novamente os pensamentos de Tom foram interrompidos por Carla que dizia:

- Aquela vadiazinha estava se jogando todinha pra cima de você...

- Calma.. ela só estava querendo vender! Todas elas fazem isso pra vender as coisas... – respondeu Tom tentando acabar com a conversa

- Vender não ? Acha que eu não percebi que ela se abriu toda quando te viu... puta que pariu e você ainda deu bola...

Nesta mesma hora, antes que Carla percebesse Tom a encostou na parede e a beijou tão intensamente que sua calcinha ficou toda molhada na hora.

- Sabe que te amo.. poxa! - disse Tom.

Carla ainda estremecida por causa do beijo apenas deu um sorriso envergonhado e continuou andando.

Tom era muito apaixonado por Carla, sempre fora. Eles se conheciam há muito tempo, sempre foram muito amigos e a partir daí começaram a namorar, se davam muito bem, quase nunca discutiam, ele vivia no mundo dele e ela flutuava no paraíso imaginário dela, e vez ou outra eles invertiam esses mundos ou fundiam os dois. Era um casal perfeito e se amavam.

Porém, Tom tinha um sério problema com suas vontades, se ele visse algo que queria muito ele ia atrás e conseguia independente do que fosse, no vocabulário popular isso é chamado de traição, no dele... só ele sabia o que significava, e foi isso que ocorreu com a vendedora, ele viu, se apaixonou e a quis para ele.

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Comentários

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Muito bem escrito seu conto,vou dar nota 9,pois vou ver a 2 parte!

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