Drama’s Book – Episode 7
- Mãe...eu não sei como te dizer isso, mas não fica brava.
- Filho, o que houve ? Você está me deixando mais preocupada ainda.
Ouvimos meu pai chegando e eu logo disfarço.
- Eu acho que tirei uma nota baixa...
- O quê !? Eu pago uma fortuna no seu colégio para você andar tirando notas baixas ? O que está havendo com você ? Você nunca tira notas baixas !
- Aconteceu algo, querida ? – meu pai perguntou.
- O Dourmen tirou nota baixa.
- Quão baixa ?
- Eu não tenho certeza, mas há possibilidade de eu ter tirado nota baixa.
- Não vamos brigar por uma possibilidade, mas se esforce mais, filho.
- Sinto muito.
Fui ao meu quarto.Meu telefone toca, era Natália. Queria notícias, pois eu não havia ligado para ela antes.Eu disse o que havia acontecido e ela ficou realmente pasma. Disse para que eu fosse a sua casa, mas eu recusei e falei que ia ficar no meu quarto o dia todo.
Liguei o computador e abri uma página na internet. Eu fiquei mais ou menos 15 minutos olhando desfocadamente para a tela do computador. Quando percebi isso, desliguei o computador e fui para a cama.O tempo, estranhamente, passou muito rápido. Minha cabeça estava em outro lugar: um lugar onde eu poderia ser quem eu era...
No outro dia, me preparando para ir ao colégio, notei um papel no bolso da minha calça do dia passado. Havia um número e eu não lembrava de onde era esse número. Liguei para ele e quem atendeu foi Alexandre.
- Ah, você pegou meu número! Pensei que nunca fosse perceber o número.
- Você me assustou. Como que enfia um bilhete no meu bolso sem eu saber.
- Eu meio que entrei no seu quarto, enquanto você dormia...
- Por quê ?!
- Eu fui te olhar um pouco e aproveitei para te dar meu número.
- Entendo. Escuta, vou me arrumar. – falei, me despedindo.
- Ok, então. Beijo...
- Beijo.
- Ei...
- Oi ?
- Não esquece que eu te quero, tá ?
- Tá certo.
Desligamos.Eu espirrei meu melhor perfume e me arrumei de um jeito especial. Tentei ligar meu carro, mas não ligou. Liguei pedindo que meu pai me levasse ao colégio. Esperei sua chegada e, enquanto isso, lia uma revista. Meu pai chegou e me levou ao colégio.No caminho, parei para comprar um par de anéis prateados e os guardei em uma caixinha.
Chegando ao colégio, Rebeca estava conversando com Pedro. Eles me chamaram para discutir sobre o assunto. Eu terminei de falar com eles e fui guardar meu lugar na sala. Meu telefone tremeu, sinal de mensagem, e eu a li. “Encontre-me na sala 08. Alexandre.”. Eu, logicamente, atendi ao pedido.
Ele estava incrivelmente belo. Seu cabelo estava espetado e ele estava usando um bracelete muito estiloso. Ele me abraçou e perguntou se eu estava bem. Eu afirmei que sim.
- Sabe, quando eu te vi dormir, me segurei para não deitar contigo. Não pense que estou falando no sentido sexual, eu só quero estar com você.
- Eu não sei se você realmente me ama.
- D. , amo sim. Eu quero te dar uma coisa.
Ele esticou o a mão para mim e me entregou uma ametista, onde tinha ‘escrito’ “D+A”. Eu o encarei e ele me deu um sorriso.
- Escuta, eu estava pensando sobre nós, como você pediu antes.
- Sim.
- Olha, eu acho que estou pronto para algo sério.
- Não me diga que...
- Alexandre, você quer me namorar comigo ?
- Sim, sim ! É tudo que eu mais quero, tudo.
- Então, você aceita uma oficialização ?
- Não entendi...
- Usemos essas ‘alianças’ de compromisso.
- Certo, claro.
Eu retirei os anéis da caixa e coloquei um no seu dedo e um no meu. Ele olhou para mim e disse :
- Bom, agora que estamos namorando, devemos fazer coisas de namorados, sabe?
- Entendo.
Eu o abracei mais ternamente. Ao término do abraço, ele falou “ isso não é suficiente.” , me puxou para perto de si e me deu um beijo. O gosto era estranhamente perfeito. Eu sempre imaginei o beijo como simplesmente duas partes do corpo se tocando, cruamente.Vi que estava enganado. Era gostoso e delicado. Simples e complexo. Era perfeito. Seu hálito fresco e sua língua macia me deixava extremamente contente com aquele momento.
- Alexandre...
- D. , eu te amo.
Ele me deu mais um beijo.
[continua]
