Nádia se tornara uma constante no meu dia à dia, me transformara em seu amante. Em troca eu e Ana podíamos transar sempre com a sua ajuda. Geralmente nas tardes enquanto Ana estava em algum curso eu e ela estávamos em algum lugar trepando...algumas tardes no motel, outras no mirante...
No fundo eu não conseguia me desvencilhar dela, sentia falta daquela forma selvagem de transar. Com Ana era diferente...a relação com Nádia era sexo, sexo, sexo...ela pouco falava sobre seu casamento, do porquê de trair o marido sendo ele tão bacana. Muitas vezes tive vontade de saber se ele sabia de nós, com Ana ela se esforçava em não dar bandeira mas com ele...as vezes achava que ela me usava para provoca-lo.
Nádia porém estava estranha...depois de quase cinco meses de putaria ela havia se revelado mais sensível, menos selvagem na cama...havia algo de diferente naquela pantera indomada. Para surpresa de todos e um choque para mim, foi revelado durante um dos churrasco da casa sua gravidez de quatro meses. A comemoração de todos foi geral exceto para Arnaldo e para mim que percebera a situação desastrosa que havia acontecido. Arnaldo era parabenizado por todos mas mantinha um semblante sério, pensativo...Nádia como sempre alegre parecia estar no auge da felicidade...Ana brindava a felicidade da tia provavelmente por desconhecer meu drama... eu estava ali perdido, me sentindo a última das criaturas...
A barriguinha de Nádia já era perceptível...eu não percebera. Me sentia sem chão. O mundo começaria a desabar e eu nem fora comunicado. Na manhã seguinte ao almoço Nádia me esperou na saída da escola. Apesar Ana e eu estudarmos na mesma escola, às segundas eu saía mais cedo. Lá estava ela no carro, com uma roupa que evidenciava a barriga de grávida. Entrei no carro com cara de poucos amigos e fomos para um motel. Ao contrário das outras vezes, Nádia tinha um semblante diferente, transamos como de hábito mas sem muito clima. Na cama a única coisa que queria saber era o motivo dela não haver me contado nada...pela primeira vez Nádia abriu o jogo sobre casamento, marido... Era casada há quase 10 anos, Arnaldo era rico, gente boa, casara por amor iludida com o jeito dele, logo nos primeiros meses após o oba oba ente namoro noivado e lua de mel a decepção veio a galope ao pegar o marido na cama com o jardineiro, era o fim do seu sonho de casamento feliz. Arnaldo não queria a separação e por isso fazia vista grossa ao seus casos. Nádia entretanto confidenciou que jamais havia traído o marido antes de me conhecer, eu era tudo o que ela precisava, estava sempre por perto, proporcionava prazer...e agora lhe dera um filho.
A relação com Nádia tinha ido longe demais...e se alguém soubesse? Ela sabia que eu amava Ana apesar de nossos encontros, e Arnaldo? Era claro que ele sabia. Aquele papo todo me causou uma sensação estranha, ao mesmo tempo que fiquei com raiva olhava para a barriguinha e achava legal...afinal meu leite tinha lhe proporcionado um filho. Pela primeira vez vi o olhar preocupado de Nádia. - Edu ninguém vai saber a não ser eu, você e Arnaldo. Você não tem que esquentar a cabeça com filho, não agora...um dia quem sabe você e a Aninha...o Arnaldo é o pai.
Aquela conversa certamente colocava um ponto final naquela relação. Eu nem tinha 17 anos e já engravidara a tia da minha namorada...o marido corno era gay... tomei uma ducha me troquei e fiquei sentado aguardando que ela se arrumasse...não dissemos mais nada um ao outro. Pelo menos nas próximas semanas.
