As fantasias sexuais de Marcelo

Um conto erótico de Carla
Categoria: Heterossexual
Contém 1038 palavras
Data: 20/09/2009 04:00:15

Marcelo e eu estávamos deitados no sofá. Na penumbra do cômodo ele falava sobre as fantasias eróticas que tinha e como era difícil satisfazê-las. Sempre quisera uma mulher que usasse muitas anáguas — ele deitaria por baixo dela e olharia para cima. Lembrava-se de que fizera isso com sua primeira babá, e, fingindo brincar, olhara por baixo de suas saias. Essa primeira sensação erótica permanecera com ele. Eu me ofereci:

— Farei isso para você. Faremos todas as coisas que sempre desejamos fazer ou que quisemos que fizessem conosco. Temos a noite toda. Há tantos objetos aqui que podemos usar! Você também tem as fantasias. Vou me vestir para você.

— É mesmo? — disse Marcelo.

— Farei qualquer coisa que você quiser, tudo o que me pedir.

— Primeiro me dê as fantasias. Você tem saias de camponesa. Começaremos com os seus caprichos. E não vamos parar enquanto não tivermos realizado todos. Agora deixe que eu me vista.

Fui até o outro cômodo e vesti as saias que ele trouxera da Grécia e da Espanha, uma em cima da outra. Marcelo estava deitado no chão. Voltei. Ele corou de prazer quando me viu. Sentei-me na beirada da cama.

— Agora se levante — disse Marcelo.

Eu me levantei. Deitado no chão, ele olhou por entre minhas pernas, por baixo das saias. Separei-as um pouco e fiquei quieta, com as pernas afastadas. Marcelo olhava para mim, deitado; isso me excitou, de modo que comecei a dançar, muito lentamente, do jeito que vira as mulheres árabes dançarem, sacudindo devagar os quadris, para que ele pudesse ver meu sexo se mover entre as saias. Dancei e me mexi e girei, e ele continuou olhando, ofegante de prazer. Depois não conseguiu mais se conter, puxou-me e começou a me morder e a me beijar. Eu o detive após algum tempo.

— Não me faça gozar, espere.

Deixei-o e, para atender à sua fantasia seguinte, voltei nua, usando apenas botas pretas de feltro. Depois Marcelo quis que eu fosse cruel.

— Por favor, seja cruel — implorou.

Completamente nua, com as pernas metidas nas botas pretas de cano alto, comecei a mandar que ele fizesse coisas humilhantes. Eu lhe disse:

— Saia e traga para mim um homem bonito. Quero que ele me possua na sua frente.

— Isso eu não vou fazer — retrucou Marcelo.

— Eu ordeno que você o faça. Disse que faria tudo que eu mandasse.

Marcelo se levantou e desceu. Voltou cerca de meia hora depois com um vizinho, um negro muito bonito. Marcelo estava pálido; pôde ver que gostei do russo. Marcelo explicou o que estávamos fazendo. O negro olhou para mim e sorriu. Não tive necessidade de excitá-lo. Ao se aproximar de mim, ele se excitou com as botas pretas e com minha nudez. Não apenas me entreguei ao russo, como murmurei:

— Faça com que seja demorado, por favor, faça bem devagar.

Marcelo sofria. Eu estava gozando com o negro, que era grande, forte e capaz de se conter por muito tempo. Enquanto Marcelo nos observava, tirou o pênis ereto para fora das calças. Quando senti que o orgasmo estava se aproximando, junto com o do negro, Marcelo quis colocar seu pênis em minha boca, mas não deixei. Disse para ele:

— Você deve se guardar para depois, Marcelo. Tenho outras coisas para lhe pedir. Não vou deixar que goze!

O negro estava se aproveitando. Depois de gozar, permaneceu dentro de mim e quis mais, porem eu me afastei.

— Então eu quero que vocês me deixem olhar — disse ele.

Marcel não concordou. Mandamos o negro embora. Ele me agradeceu, irônica e febrilmente. Por sua vontade teria ficado conosco.

Marcelo caiu aos meus pés.

— Isso foi cruel. Você sabe que a amo. Isso foi muito cruel.

— Mas isso o excitou muito, não foi? Deixou você exaltado.

— Sim, mas também me magoou. Eu não teria feito uma coisa dessas com você.

— Eu não lhe pedi que fosse cruel comigo, pedi? Quando as pessoas são cruéis comigo, me deixam fria. Mas você quis, isso o excitou.

— O que você quer agora?

— Quero que você me possua enquanto fico olhando pela janela — respondi. — Enquanto outras pessoas estiverem me vendo. Quero que você me possua por trás, e não quero que ninguém seja capaz de perceber o que estivermos fazendo.

Gosto da atmosfera de segredo que envolve essa cena. Fiquei de pé diante da janela. Podiam me ver das outras casas e Marcelo me possuiu assim, parada. Não fiz qualquer gesto que denunciasse minha excitação, mas estava gostando. Ele arfava e mal podia se controlar, enquanto eu repetia:

— Calma, Marcelo, faça de modo que ninguém saiba.

Muita gente nos viu, mas devem ter pensado que estávamos a janela contemplando a rua. Na verdade, estávamos gozando, como acontece à noite em toda a cidade de São Paulo com os casais sob as pontes e protegidos pelos portais.

Estávamos cansados. Fechamos a janela. Descansamos por algum tempo. Começamos a conversar no escuro, sonhando e recordando.

— Poucas horas atrás, Marcelo, entrei no metrô na hora de maior movimento, coisa que raramente faço. Empurrada por aquela massa de gente, fiquei apertada em um canto. De

repente me lembrei de uma aventura no metrô que Luiza me contou, quando estava convencida de que Carlos se aproveitava da aglomeração para acariciar as mulheres.

Nesse exato momento senti uma mão tocar muito de leve no meu vestido, como se fosse por acaso. Meu casaco estava aberto, minha roupa era fina, e aquela mão me acariciava de leve exatamente no meu sexo. Não me afastei. O homem que se achava à minha frente era tão alto que eu não conseguia ver seu rosto. Não tinha certeza de se era ele, não queria saber quem era. A mão acariciou o vestido, depois aumentou a pressão imperceptivelmente, procurando meu sexo. Fiz um ligeiro movimento para ajudá-lo, colocando-o entre seus dedos, que ganharam firmeza e seguiram habilmente a forma dos lábios, bem de leve. Senti uma onda de prazer. Quando um sacolejão do trem nos aproximou, eu me apertei de encontro à mão. Ela pareceu sentir o que se passava comigo e continuou me acariciando até eu gozar. O orgasmo sacudiu todo o meu corpo. O metrô parou e uma onda de gente saltou. O homem desapareceu.

E depois tomei uma cerveja com Marcelo e fui embora.

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Comentários

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legal muito lega só que tem dois autores desse conto queria descobrier quem é o real

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