Um Desejo Estranho.
Amiga, isto não é ficção, é realidade
Contaste-me em confidência que tiveste pela primeira vez, numa viagem de ônibus, um sentimento diferente: ao ver uma jovem bonita de corpo perfeito e belos seios, sentiste desejo de envolvimento com ela e logo te censuraste. Pois minha amiga, eu também tive um desejo assim e não foi fácil esquecer e, pra dizer a verdade, não esqueci. Gostaria de te contar, com a tua licença e pela confiança que me mereces, como aconteceu esse lance.
Foi por volta de 1970, casado há sete anos. Fui acampar com alguns rapazes do time de nosso bairro, em Taboão da Serra, numa bela chácara à margem de uma lagoa. Éramos uns 15 companheiros, alguns que eu ainda conhecia. Armadas as barracas, disputamos uma pelada e fomos todos tomar banho. Como só havia homens, todos entraram na água completamente nus, inclusive eu. Fazia calor, mas a água estava fria. Saí logo do banho, me enxuguei e fui me deitar na grama à sombra de uma árvore, de frente para a lagoa, nu como estava. De lá podia ver a folia dos rapazes na água e contemplar a paisagem e o azul do céu daquele setembro calorento, enquanto gozava a delícia de estar sem roupa, completamente nu, como poucas vezes pude estar depois de adulto, para sentir aquela sensação de liberdade.
Aos poucos os rapazes foram deixando a lagoa em direção às suas barracas. No banho, restaram apenas três. Quando os outros dois se foram, o terceiro saiu da água e veio correndo em minha direção, com o seu belo membro balançando como um pêndulo. Parou diante de mim, pediu-me emprestado a toalha. Enxugou primeiro o rosto, depois o tórax e em seguida o membro do qual eu não conseguia desviar os olhos. Quando ele me devolveu a toalha, o membro dele estava meio erguido e o meu também. Encabulado, joguei a toalha em cima do meu, enquanto ele se deitava na grama, a meu lado já com o dele totalmente ereto. A visão daquele membro me excitava ao extremo. Eu vivia uma situação inusitada e constrangedora. Felizmente não havia mais ninguém por ali. Pela primeira vez na minha vida, eu sentia algo assim, tão forte e contrário aos meus princípios. Eu estava vidrado no pênis do rapaz, sentia uma vontade enorme de tocar nele, de chupá-lo. Que loucura! O que é que estava acontecendo comigo? Eu era um macho, adorava mulheres. Aquilo não podia estar acontecendo comigo! Decidi me levantar e ir embora, mas meu corpo não me obedecia, a imagem do pênis do rapaz me obcecava, era uma espécie de deslumbramento doentio. Com muito custo, ergui o tórax e me sentei recostado ao tronco da árvore. Tentei desviar a vista, mas era impossível. De repente o rapaz também sentou-se e chegou o corpo mais pra perto do meu perguntando:
- Você também tá com tesão, né?
- Dá pra notar, não?
- Claro! Seu pau não é pequeno, é que nem o meu.
- Pois, é – disse eu - você também tem um belo pau.
Ele ficou em silêncio por uns segundos, chegou mais perto e olhando para os lados:
- Você ficou com tesão só de ver o meu pau, não foi?
Eu tive vontade de dizer que sim, mas resolvi perguntar:
- E você por que ficou assim também?
Ele ficou de joelhos e encostou-se à minha perna com o membro duro voltado para o meu rosto:
- Fiquei assim só de ver você olhando pra ele sem parar – disse ele apontando o membro ereto.
Eu não respondi. Paradoxalmente não era o rapaz que eu queria, mas o seu pênis. O rapaz não me atraia. O que eu queria dentro de mim era o pênis dele. Mas como separar um do outro? Continuei sem responder, ele insistiu:
- Ô cara, eu sei que você tá com vontade de me dar, mas tá com medo... Tem problema, não! Ninguém vai ficar sabendo... A gente vai lá nos Eucaliptos...
Eu continuei calado, fingido não querer, mas meu pênis dizia o contrário, pulsava de tesão, ele notou e insistiu de novo:
- Olha aí, cara, como tá o teu pau... Se tu quiser eu pego nele e até chupo, mas vamos lá... Sem problema, eu ponho devagarzinho...
De repetente reunindo todas as minhas forças, dei um empurrão no rapaz, levantei-me, saí correndo e mergulhei nas águas frias do lago, debatendo-me para expulsar aquele desejo incômodo. O rapaz ainda ficou por algum tempo me observando, mas depois se afastou. Saí das águas e fui para o acampamento. Tomei algumas taças do vinho que trouxera comigo e depois que almoçamos fui para a barraca que dividia com outro companheiro, deitei-me de bruços e sob o efeito da bebida, adormeci e sonhei. Durante o sonho, senti que alguém acariciava minhas costas, ia e vinha da nuca às nádegas, produzindo uns arrepios excitantes. Ergui um poço a cabeça e vi um rapaz ajoelhado a meu lado, sorrindo-me simpaticamente, com o membro ereto. Não era o rapaz da lagoa, era outro, mas o membro era o mesmo que me havia fascinado. Ele continuou me acariciando as costas até chegar à bunda onde as carícias com a ponta dos dedos foram mais leves e mais demoradas, aumentado minha excitação que chegou ao auge quando ele desceu seus dedos por entre minhas as nádegas, roçando-os suavemente na entrada do ânus. A esta altura meu membro latejava de tesão. Instintivamente abri as pernas, estendi o braço e alcancei-lhe o pênis, apertando-o, sentindo nisto um prazer indizível. Ao notar que abri as pernas, ele aproximou o pênis de minha boca. Eu me virei e me pus a chupá-lo. Ao cabo de algumas chupadas, ele pediu que ficasse de bruços novamente e foi se ajeitando em cima de mim, separou minhas nádegas, passou saliva no meu ânus, posicionou a cabeça do membro na entrada e me pediu com delicadeza:
- Relaxa, relaxa que não vai doer. Vou meter devagar, tá?
Ato contínuo, ele deitou o corpo sobre o meu e sua pica foi aos poucos penetrando meu ânus, sem doer. Em pouco tempo ela estava deslizando dentro de meu reto, produzindo uma sensação de preenchimento e uma carícia quente, gostosa, que me dava um prazer até então inusitado, mais prazeroso ainda se tornou quando ele iniciou o vai e vem, a princípio lento e depois mais rápido como estocadas que o fizeram gozar dentro de mim, soltando sua porra quente no meu ânus, o que também me fez chegar ao orgasmo.
O rapaz saiu de cima de mim e quando eu o procurei, no sonho, não o vi mais. Acordei em seguida com o sexo sujo de esperma e a sensação de realidade, sentindo ainda dentro de mim, o contato quente do daquele pênis que me fascinara tanto. Horas mais tarde eu ainda me sentia sendo penetrado por ele. Quando tudo isto passou, um acabrunhamento, uma sensação de algo rompido dentro de minhas estruturas morais, tomou conta de mim. Tudo bem, foi apenas um sonho, eu tentava me convencer, mas sentia como se fosse realidade. Isso me incomodava. Tinha receio, minha amiga, de ter iniciado ali uma fase de vida bissexual; comportamento que fugia aos meus preceitos... Ou seriam preconceitos?
Mais tarde, junto com outros companheiros, fui ajudar a preparar o churrasco. Essa tarefa, a alegria, as conversas e a bebida, afastaram um pouco as minhas preocupações. Não vi mais o rapaz da lagoa. Dois dias depois, tomamos o ônibus de volta. Eu passei a viagem toda recordando o prazer sexual que tive naquele sonho e antegozando os deliciosos momentos de prazer que iria ter com a minha mulher, quando chegasse em casa.