Era fevereiro, o céu como de costume ficara cor de chumbo nessa época do ano, a chuva caia em verdadeiros dilúvios por sobre a cidade de Fortaleza, deixando as ruas molhadas e tristes. A maioria das pessoas havia abandonado a cidade para brincar o carnaval nas praias, e só reapareceriam depois da quarta-feira de cinzas cansadas da folia e indo para o trabalho como se tivessem acordado de um sonho bom, tendo que encarar a realidade do torvelinho cotidiano de uma grande metrópole com seu trânsito congestionado e a confusão de pessoas indo e voltando de seus empregos. Para mim não era diferente, também era uma dessas que vivem no corre-corre para ganhar o pão de cada dia, trabalhava em uma empresa de publicidade e voltava para casa só à tardinha. Nesse carnaval decidi não viajar, não estava com cabeça para folia, na realidade nunca gostei muito de carnaval, resolvi ficar em casa e mergulhar de cabeça no trabalho.
Moro na praia de Iracema, um lugar que até pouco tempo atrás era muito bem frequentado, mas que hoje virou reduto de putas e viciados. Todas as tardes saía de casa às cinco horas para fazer a minha caminhada, pegava meu mp3 player, calçava meus tênis e saia na rua. Nesse fatídico dia, era um sábado de carnaval, já tinha analisado vários projetos de anúncios e tinha me dado por satisfeita, já estava louca de estar dentro de casa e saí para caminhar, as ruas estavam completamente desertas. Fortaleza parecia uma cidade fantasma daquelas de filmes de faroeste, mas na hora nem pensei nisso, e segui meu caminho, cruzando ruas e avenidas sem medo de ser atropelada, estava sentindo-me magnificamente bem naquele dia.
Resolvi fazer um percurso totalmente diferente do que eu fazia habitualmente, em vez de seguir pela beira mar, que estava repleta de foliões adeptos do carnaval à moda antiga, e que tinha um movimento considerável, fui em direção ao centro para exatamente fugir do burburinho do carnaval, imprudentemente dirigi-me para a praça da estação, com esperanças de lá na frente, dar a volta pela Avenida Leste Oeste e regressar para minha casa. Mas o caminho era muito estranho, eu estava pedindo para ser roubada e nem me dei conta disso, quando noto vindo em direção contrária um homem de aspecto medonho. Era branco, usava um calção surrado e sujo com uma camisa de botão aberta até a barriga, um pouco calvo e braços muito fortes, puxava um carrinho de geladeira. Na hora tentei agir naturalmente apesar do medo que se apossou de mim, baixei a cabeça e continuei andando, com aquele pressentimento que as coisas não iam sair muito bem, a rua era repleta de armazéns todos de portas fechadas, não adiantava nem voltar correndo, não tinha onde me refugiar, uma sensação de pânico tomou conta de mim.
O miserável soltou o carrinho e correu em minha direção, me acuando junto a parede, em sua mão surgiu uma velha faca muito enferrujada por sinal, que me fez gelar. “- Não reaja, senão eu sou capaz de lhe furar e deixar você sangrando aqui para morrer. Me dá logo esse negócio que tu tem aí nos ouvido pra cá.” Imediatamente dei meu mp3, ele pegou com uma das mãos e jogou dentro do carrinho. “– cadê a carteira, passa logo pra cá, anda...” eu disse pra ele que não tinha carteira, pois tinha saído apenas para caminhar e levava comigo só minha carteira de identidade. Então ele começou a me revistar, passando as mãos na minha cintura, por entre minhas pernas, nos meus seios, até que encontrou meu documento e dez reais que trazia para alguma eventualidade dentro de meu soutien, colocou o dinheiro no bolso e com ar de indignação começou a dizer que eu tinha mentido, dizendo que eu era uma vagabunda que tinha dinheiro e não tinha dito. “Me mostra os peitos que eu quero ver direito, vai me mostra logo...” Tentei argumentar com ele dizendo que tinha dado tudo que tinha, e pedi com lagrimas nos olhos que me deixasse ir embora. O homem já sem paciência me encostou na parede, deixando a faca cair no chão, e apressadamente levantou minha blusa e meu sutiã deixando meus seios expostos. “ É parece que você não tem mais dinheiro, mas tem um belo par de peitos...” e sem escrúpulo algum começou a chupa-los ali no meio da rua, sugava e apertava os meus seios como se agora eu fosse propriedade dele, eu olhava para os dois lados da rua na esperança de vir algum carro, algum policial para me livrar daquele vexame, mas nada apareceu, pedia insistentemente para que ele parasse, perguntei se ele não tinha vergonha, ai ele me deu um tapa com muita força que me fez ficar em silêncio e com os olhos cheios de lágrimas, o céu estava nublado, e começava a cair uma fina neblina, ele se abaixou, pegou a faca e pressionou a ponta em minha barriga, me dizendo para entrar no carrinho, eu disse que nem morta. De súbito ele pegou minha mão e a feriu com aquela lâmina que embora estivesse enferrujada estava muito afiada, fazendo um corte que me fez gritar de dor, vi que ele não estava de brincadeira e com as pernas tremendo fui entrando no carrinho de geladeira aos soluços, pois não via outra opção, naquele momento temi pela minha vida, ele disse “deita ai...” e saiu puxando o carrinho. Eu fiquei deitada em meio a sacos de latinha, tentei levantar a cabeça para saber onde ele estava me levando, e recebi um murro no alto da cabeça, fiquei abaixada para não levar outro, não acreditava na precariedade daquele sequestro, estava sendo raptada dentro de um carrinho de catador de lixo em pleno centro da cidade.
Algumas quadras depois senti que o carrinho começava a sacolejar mais, estávamos entrando em um terreno meio acidentado, o carrinho parou e ele disse: “ Sai daí, depressa...” ao sair reconheci o lugar, era um terreno baldio que ficava ao lado da Santa Casa de Misericórdia, cercado por um muro que tinha uma parte desmoronada, o mato dentro do muro era muito alto, era um perfeito esconderijo para todo tipo de bandido que agia ali pelo centro, fui conduzida aos empurrões para o meio do matagal, fiquei surpresa ao constatar a presença de dois outros homens e uma mulher, todos com aspecto de moradores de rua. No local havia um sofá com o estofamento todo pra fora, coberto com uma espécie de manta, no chão tinha um colchão imundo todo rasgado.
O catador de lixo com a faca na mão mandou que eu tirasse a roupa, os outros dois monstros no mesmo instante abriram um sorriso sem dentes que me encheu de nojo. O catador de lixo tirou os meus tênis e jogou dentro do carrinho. A mulher que estava lá perguntou: “– Posso ficar com as roupas dela?” “– Sim” respondeu o catador de lixo. “– Mas você tem que vigiar a entrada do terreno, enquanto eu faço meu carnaval aqui com essa princesa.” E baixou meu short e tirou minha blusa deixando-me só de calcinha. “Ooooolha, de fio dental hein gostosa, saiu preparada de casa hein princesa.” E como um cachorro começou a cheirar o meu bumbum enquanto a mulher levava minhas roupas embora. Ajoelhou-me no colchão de forma que fiquei com o busto apoiado no assento do sofá e com o traseiro livre para ser abusado. Com a faca ele cortou minha calcinha deixando-a em farrapos, depois enfiou os dedos na minha vagina até senti-la melada. tirou seu calção e ficou a passar a cabeça de seu pau na entrada do meu sexo. Os outros dois mendigos observavam o espetáculo com muita atenção, e esperavam também de sua parte usufruir dos meus dotes, pois naquela época eu tinha apenas vinte e quatro anos e um corpo voluptuoso que atraia muitos olhares.
O catador de lixo me penetrou e ficou a me comer com muito gosto, parecia um animal em sua gana por sexo, parecia que queria aproveitar cada segundo, cada parte do meu corpo como se eu fosse uma iguaria proibida a pessoas como ele e que agora tinha caído em suas calejadas mãos. “ Diz que tá gostando... vai princesa, diz que tá gostando.....” permaneci calada, só minha respiração estava um pouco alterada, mas ele encostou a faca nas minhas costas e disse para mim responder, eu o atendi, e comecei a falar “ – tá gostoso, tá gostoso, me come, me come...” e não sei se por auto sugestão ou coisa parecida, uma onda de prazer percorreu minha espinha naquele momento e comecei a gemer. “aahhiinn...aahhiinn...aahhiinn..” fazendo o catador de lixo delirar de prazer e derramar o seu esperma todo em minha buceta. Os outros dois homens se manifestaram reclamado sua vez comigo, o catador de lixo se opôs à investida dos maltrapilhos e disse: “ Essa beleza aqui é carne de primeira, e não é pra chupa latas que nem vocês, vão embora daqui...” ordenou com um ar de superioridade, os homens contrariados se retiraram para o outro lado do matagal, o catador de lixo sabia impor moral. Levantei-me com as faces coradas meio que agradecida por ele ter dispensado os outros dois homens, meu sangue ainda fervia, fiquei com medo que ele me abandonasse ali e os outros homens me pegassem, para vocês verem aqui ponto chegou minha situação de vítima. Pedi humildemente, como se minha salvação dependesse disso, que aquele catador me tirasse daquele antro. Ele foi em seu carrinho, tirou de lá um vestido de chita sujo e mandou que eu me vestisse, sai do terreno acompanhando o catador de lixo, ele me acompanhou umas duas quadras, eu estava parecendo uma mendiga que poderia passar facilmente por mulher dele, em determinado ponto ele deu uma apertada em meu bumbum e deu meia volta, desaparecendo nas ruas do centro. Eu voltei pra casa suja, sentindo o liquido viscoso do catador escorrendo pelas minhas pernas, quando caiu uma grossa chuva banhando todo o meu corpo como que para aliviar a dor que eu estava sentindo, e segui meu caminho tentando manter a dignidade depois de ter sido violada.