E foi isso que eu fiz! – Parte 2

Um conto erótico de Mademoiselle Louise
Categoria: Heterossexual
Contém 1461 palavras
Data: 16/12/2009 17:13:17

O que acontece quando seu corpo não acompanha os seus pensamentos? Quando sua força tende a obedecer seus instintos e não sua razão? Quando sua pele e suas expressões denunciam desejos que você não consegue controlar?

Não foi a primeira vez que me senti como se estivesse sendo protegida de mim mesma. Ao sentir o corpo de Júlio sendo pressionado ao meu, escorreguei por debaixo dos meus pés, ainda molhados. O tombo seria inevitável, mas suspeito que o vacilo do meu equilíbrio tenha sido interpretado como um desmaio se aproximando, o que provocou a mais óbvia das reações: fui apanhada com firmeza em seus braços, conduzida gentilmente pelo quarto até a poltrona, que ficava ao lado da minha cama, sem em nenhum momento, nossos lábios se separarem, nem suas mãos largarem meus quadris. Eram lábios quentes e macios... Sua língua, delicada, explorava os contornos da minha boca, alternado-a com pequenas mordidelas em meu lábio inferior, entre sussurros e gemidos vindos de mim, falhamente contidos... Eu estava sentada, e Júlio encontrava-se ajoelhado diante de mim, com seu corpo pendente sobre o meu... Seus lábios se firmaram em meu pescoço, conduzindo sua língua pela minha orelha delicadamente... As cortinas tremulavam, denunciando a brisa fresca da noite enluarada entrando pela janela, irresponsavelmente aberta. Fui acometida de um arrepio por todo corpo, e me dei conta que estava nua defronte a um magnífico estranho.

Num impulso motivado pela minha timidez, que insistia em me lembrar de sua existência, levantei-me num pulo, correndo por cima dos lençóis e apanhando um dos travesseiros, cobrindo-me. Júlio permaneceu de costas, inerte sobre a poltrona.

...

Silêncio, quebrado apenas pelo arfar de nossas respiraçõesVai me mandar embora? – falou, sem se virar.

- É o que eu tenho que fazer – falei, sem ter certeza se era isso que eu realmente iria fazer.

Ele se movimentou lentamente até minha toalha, pegou-a e entrou no banheiro. Saiu de lá com o roupão de banho, sem levantar os olhos e me encarar novamente. – Vista isso... – falou, esticando o braço em minha direçãoSei que devo... Sei que é o mais sensato a fazer... – falei quase sem força na voz - Mas não sei se quero me vestir...

Nesse momento, por pouco não arranco meu lábio inferior com os dentes. Não abri meus olhos. Tentei visualizar algum pensamento e: nada. Apertei o travesseiro num abraço forte, ainda com a respiração irregular. Senti a cama se movimentando. Continuei sem me mexer. Senti mais uma vez seu hálito aproximar-se de mim... Meu coração disparou... Senti meu rosto corar ...

- Sua pele não está conseguindo esconder o que você está pensando, sabia? – ele falou, num sorriso nervoso. – Será que se eu te tocar como eu quero, como eu tô desejando, você não quebra em mil pedacinhos?

- Eu... vou sobreviver... – falei, ainda confusa, mas abri meus olhos e, num movimento mais preciso, segurei sua nuca e a barra de seu jeans com a outra mão... O trouxe até mim, dessa vez esquecendo da minha nudez ou do travesseiro que nos separava.

Senti que se assim não o fizesse, meu corpo iria explodir. Sem pestanejar, continuamos onde havíamos parado, e dessa vez, eu não lutei contra. Sua língua percorreu meu corpo, suas mãos pousaram nos meus seios, onde deram lugar a pequenas mordiscadas em meus mamilos com sua boca macia. Apertava meus quadris, tão rentes aos seus, que chegava a doer. A penetração ainda não me era urgente... Seu gemido era sôfrego, alternado a um descontrole na respiração, das feições do rosto, e isso sempre me excitou num homem. Os olhos bem fechados, tentando se abrir a cada sensação firmada, as sobrancelhas cerradas a cada impulso de prazer...

Senti que devia uma atitude mais confiante. Ainda com um grande receio de fazer algo que o assustasse, desabotoei suas roupas, e adiantei-me em percorrer seu corpo com meus beijos e minha língua, roçando minhas unhas em suas costas ou coxas, sentindo seu tórax e abdômen arrepiarem com os movimentos... Ele estava me esperando, sem pressa... Olhei seu membro em minha direção, como uma rocha, e ainda procurando me esconder com meus cabelos, o abocanhei sagazmente, arrancando-lhe um gemido, acompanhado de um pequeno espasmo... Ele era macio e quente... Tinha um gosto doce, o mesmo cheiro que ficou em minhas roupas... seus traços ainda guardavam a polidez de um jovem adulto... Mordisquei seu prepúcio, percorrendo toda a extensão de seu membro até acariciar suas... bolas? O nome é indecente, mas é assim que chamam, fazer o que? Minha língua não fazia essa distinção, e me ative em apreciar a movimentação do seu rosto, alternando entre prazer e sofrimento. Ele estava me deixando ensandecida com aquilo...

Enquanto o acariciava, escutava seus sussurros desconexos, suas tentativas de voltar à consciência, justamente como aquele que eu tinha visto na noite anterior, perto da cozinha do hotel-fazenda, possuindo brutalmente outra mulher, dono da situação. Senti-me poderosa... Nem sei como pude ter inveja daquela mulher! Nem sei como desejei estar no lugar dela...

- Eu tô quase gozando! Melhor você parar... – ele anunciou num murmúrio...

- Não quero... – sussurrei baixinho... Eu não parei. Senti que ele lutou para que não acontecesse, mas foi em vão. Ele inundou minha boca. Gemeu e urrou tão alto a cada sucção de seu leite,que esperei alguém bater na porta, acreditando que eu estava matando alguém com requintes de crueldade. Era madrugada já. Como era alta temporada, o hotel devia estar cheio. Mas se alguém ouviu, não denunciou...

Sempre tive receio de como seria fazer isso, e até então escutava minha amigas dizerem que era uma experiência nojenta, que o gosto era horrível, grudava na garganta, ou coisas desse tipo. Com ele não foi assim. Me senti uma louca fazendo isso com quem eu nem bem conhecia, mas tinha sido uma noite louca, não é verdade? Quando eu dei por mim, já havia engolido completamente seu suco adocicado...

Diante da sua inércia após aquele grito de sofrimento, fiquei preocupada.

- Você tá bem? Eu te machuquei, não foi? Desculpa, eu não sabia bem o que eu tava...

- Machucou? - ele falou, com os olhos fechados e com um grande sorriso – Você me levou pra outra dimensão, mulher!

- Oh... – exclamei. “Eu fiz isso?” pensei comigo mesma... me dei conta que ele havia acabado e que eu ainda estava pegando fogo...

- Me faz um favor? – ele perguntou.

- Claro, o que foi?

- Você pode trazer o meu corpo de volta? Sim, por que, com aquele gozo e com o meu grito, eu acho que ele saiu correndo e me deixou aqui!

E ainda era gozador (rá!) o desgraçado!

Mas ele não parou ali. Ele percebeu, depois de um momento imerso nas particularidades de suas sensações, que eu ainda estava ali.

- Agora é a sua vez, moça!

- Espera! – eu falei (porque eu falei para esperar?) – Tudo bem, se você estiver cansado... (eu tava louca? Tudo bem o cacete! Pode colocar esse seu “mocinho” aí em prontidão que eu tô fervendo aqui!) – Você deve ter trabalhado muito hoje e a gente... sei lá, nem deveria... (alguém, por favor, me dá um tiro?)

Ele se aproximou carinhosamente de mim, tocando-me o rosto e consertando meus cabelos, que deveriam estar um terror de emaranhados...

- Louise...

- Humm? – foi a primeira vez que eu o ouvi falando meu nomeCala a boca, sim?! – falou-me de forma gentil.

- Tá...

Recomeçamos, aproveitando o fator saúde desse rapaz, que rapidinho já estava como começou. Dessa vez, ele desenhou todos os contornos do meu corpo com a língua e com os dedos, antes de fazer o que jamais eu deveria ter pedido para parar... A noite foi muito, muito curta! Logo amanheceu e eu fui pro trabalho de manhã cedo (depois de ser novamente premiada com o poder insaciável do rapaz logo no café da manhã) como uma figurante dos filmes do George Romero (Oi, Google?), só que com um sorriso indefectível no rosto. Estava feliz, apesar de exausta. No dia seguinte eu teria que ir embora, mas aproveitei que estavam me devendo uma folga e fiquei mais dois dias. Todas as noites, recebia meu delicioso amante furtivamente pela janela. Não que fosse necessário, mas certamente era mais excitante.

Nos despedimos, sem promessas, antes de eu embarcar de volta, e sem saber o que ainda estava por vir...

CONTINUA!

1ª parte : http://www.casadoscontos.com.br/texto/ª parte: http://www.casadoscontos.com.br/texto/PS: Peço desculpas pelos erros gramaticais e de concordância das duas primeiras partes, mas meu tempo anda muito curto e a revisão é ainda mais sofrida.

PS2: o MADEMOISELLE é porque já tem outra Louise por aqui, viu? Mas o MADAME ainda não se aplica em termos de conotação à minha idade na época dos semi-fictícios acontecimentos aqui descritos... mas em breve, ao contar coisas mais recentes, o Madame se colocará, pode ter certeza...

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Comentários

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Parabéns pra voce, nesta data querida, muitas felicidades e , muitos anos de vida!!!!! Queres matar a gente de ansiedade? Estás conseguindo, em todo caso, feliz Natal, que o Papai Noel esteja de "saco cheio" com voce e um Ano Novo repleto de novos contos e inspirações hilárias, já que com o novo governo, iremos precisar bastante. Abraços!!! Afinal, desististes????

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Depois não adianta pedir desculpas pela demora!!!!

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TAÍ, SEUS CONTOS MERECEM SER COMENTÁDOS, SABE QUE O NEWTONTOMTEM REZÃO? VOCE TEM OS MIOLOS PRIVILEGIADOS, VAI CONTAR BEM LÁ EN CASA, NA MINHA CAMA. A MADAME COSTUMA DESCER DO PEDESTAL? DESCE DAS TAMANCAS DE VEZ EMQUANDO? NUM PONTO TO DE ACORDO COM O NEWTONTO, TÁ DEMORNDO DIMAIS A CONTINUAÇÃO, SI QUIZE UMA FORÇA ADD ME - LEVIANTHERO@HOTMAIL.COM - NOTA 10

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Sou fã dos teus contos, teu talento supera qualquer barreira. Continue escrevendo, por favor!... 10 (tranqüilamente).

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Louise, perdoe me pelos meus procedimentos inconvenientes, não havia dado conta do comportamento psicótico que vinha exercendo até o teu alerta. Doravante terás um admirador de bastidores e não mais a incomodarei com os meus inconvenientes comentários.Tu sabes que os frequentadores assiduos destes sites, tanto escritores como os leitores não são NORMAIS, tem algum desequilibrio de alguma forma, inclusive tu! Eu sou fetichista de carteirinha. Obrigado por me abrires os olhos (quem sabe não sou um nipodescendente). Só para concluir, SUZANA Flag pseudônimo de Nelson Rodrigues conforme comentei no teu conto anterior. Conheces algo da lingua japonesa uma vez que tivestes o Takeshi no teu círculo de amizades, caso contrário jamais terias interpretado o significado do NIHONGÔ. Desejo te muito sucesso nesta tua caminhada de escritora. Abraços!!

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Suzana? Essa eu não entendi... Se for alguma comparação com a Vieira, ela tem idade pra ser minha avó com largura! Mas enfim, meu grande e famigerado leitor Newtonton (que chega as raias da psicopatia ao me perseguir dessa forma... mas eu gosto, fazer o quê?) Obrigado pelas explicações... não conheço a língua japonesa, mal sei a minha, mas valeu a explicação! Já estou trabalhando na continuação desse texto e, tão logo o finalize, espero contar com seu apoio e todos que gostarem! Beijos a você e a todos que me lêem( << não caiu esse acento? whatever...)Até breve!

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Vivaaaa! Voltou a hilária que tanto me encanta. Pois é ¨PODEROSA¨ os teus diálogos, ¨cacos¨de pensamentos e divagações são incríveis e podes ter certeza que te darei um tiro se não continuares os teus contos ¨très rapidement¨.De outra vez em que ameaçares quebrar ou explodir em mil pedaços, vá em frente,sim, tu vais sobreviver, pois lá estarei eu para juntar os caquinhos, a começar pela tua mente. PS-1 Tás vendo como estou ligado em ti, diariamente clicando para ver se te pego na esquina. PS-2 Testículos em ¨nihongô¨ é KINTAMA ou seja bolas de ouro, então são bolas mesmo. PS-3 Obrigado pelo teu PS2 em resposta ao meu comentário, mas prove-me (tu não tens que provar nada!! mas pode tentar) que não és outra Suzana. PS-4 Obrigado por não desanimares. Nota MIR!!

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