Senti o coração martelar no momento em que Bruno sentou ao meu lado. Ele usava uma camiseta salmão que deixava expostos os braços brancos e definidos. Seu sorriso estava radiante e os olhos negros cintilavam de felicidade.
— Nem acredito que conseguimos! — Ele exclamou enquanto bagunçava meus cabelos de forma amigável.
— Nós merecemos. — Eu disse. — Nossa turma teve o melhor desempenho durante o ano... Seria uma grande injustiça se não tivéssemos ganhado a viagem!
— Seria mesmo! — Bruno concordou, olhando nos meus olhos por um rápido segundo.
Nada podia descrever o tamanho de minha alegria. Nossa turma inteira estava naquele ônibus. Havíamos vencido a gincana que acontecia na escola e agora éramos presenteados com um final de semana em um hotel de praia. Mas o melhor não era isso. O melhor de tudo era saber que Bruno estava ali comigo. Eu o tinha conhecido no início daquele ano, mas parecia que nossa amizade durava séculos. Éramos parecidos em tudo, gostávamos praticamente de tudo que o outro gostava e quando estávamos juntos, meu corpo inteiro ardia. A química entre nós dois era única.
— Seus olhos ficam bem claros no sol, ficam castanho-mel. — Ele falou quando o ônibus começou a se movimentar. Os gritos dos outros alunos foram diminuindo, sendo substituídos por conversas mais discretas, porém não menos entusiasmadas.
— Eu já notei. — Sorri. — Sabia que, quando me perguntam, nunca sei dizer exatamente qual é a cor deles?
— Eu acho isso legal. — Bruno continuou me fitando. — Toda vez que eu te vejo eles estão diferentes, ao contrário dos meus, que são sempre assim, do mesmo jeito.
— Não fala besteira! — Foi a minha vez de bagunçar o cabelo dele. — Eu acho que os teus olhos são bem mais bonitos que os meus. Pra dizer a verdade, você é mil vezes mais bonito que eu!
— Não! Você não pode estar falando sério! — Ele rebateu em um tom surpreso, exibindo o meio sorriso que eu adorava ver. — Eu te acho muito mais! Se houvesse uma eleição na sala inteira você ganhava de forma unânime.
Retribuí o elogio com uma risada constrangida. Não consegui falar absolutamente nada, meu coração a ponto de explodir.
— Quer biscoito?! — Ele ofereceu, mudando de assunto. — Eu trouxe um monte para a viagem!
— Quero sim! — Eu ri alto, percebendo que até no modo de agir ele me deixava feliz.
Meia hora depois o ônibus havia chegado. Todos desceram rapidamente e depois, já na recepção do hotel, nos dividimos em duplas com o auxílio dos professores tutores e, cada dupla, ficou com um quarto específico.
*
— Não devia ter duas camas? — Eu murmurei. Bruno estava ao meu lado e sua expressão também era surpresa. Nós havíamos combinado de dormir no mesmo quarto, mas não esperávamos por aquele imprevisto.
— Acho que nos colocaram no quarto errado! — Ele disse.
— Bem... Vou voltar na recepção para dizer o que aconteceu! — Eu avisei determinado, já me preparando para deixar o local.
— Espera! — Bruno me chamou. — Tem certeza que precisa disso?! Pra mim não tem problema nenhum.
Minhas pernas vacilaram enquanto eu tentava processar a informação. Ele queria que nós dormíssemos ali? Na cama de casal?
— E então? — Ele continuou, aguardando minha resposta. — Tudo bem pra você?
— Ok! — Quando percebi já havia concordado.
— Legal! — Bruno colocou nossas malas em cima da cama. — Vamos logo pra piscina! A galera toda já está indo! — Ele tirou a camisa rapidamente e começou a desabotoar o short.
O corpo dele era lindo. Ele era lindo. Parei de olhar e comecei a tirar a roupa também.
— Você tá malhando?! — Ele perguntou curioso.
— Estou... — Reparei no grande espelho que refletia nossa imagem, ambos estávamos de sunga. Minha pele era um pouco mais bronzeada que a dele e juntas, formavam uma ótima combinação. Apesar de ainda termos quinze anos, nós dois possuíamos um belo físico.
— Tá bonitão, hein! — Bruno brincou, passando o braço pela minha cintura e me jogando na cama, sobre as malas. Eu empurrei todas as coisas no chão e o puxei pela cabeça, trazendo-o para cima de mim. Estava fazendo um esforço árduo para não ficar excitado com aquela proximidade exagerada. Era a primeira vez que nos divertíamos daquela forma.
— O que você vai fazer agora?! — Ele havia prendido minhas duas mãos e seu corpo planava sobre o meu, fazendo com que o volume de nossas sungas estivesse quase se encostando.
— Acho que não tenho saída! — Eu finalmente consegui controlar o ataque de risos.
— Eu poderia te beijar agora! — Ele ameaçou sorridente.
— Você não teria coragem! — Eu retruquei incrédulo.
— E você?!
— Eu o quê? — Tentei desconversar.
— Você teria coragem de me beijar?! — O rosto dele se aproximou bastante. Seus lábios se mantinham a poucos centímetros dos meus. O silêncio tornou-se incômodo, apenas nossas respirações eram audíveis naquele instante.
Então eu gargalhei e ele também. Nós rolamos pela cama e caímos atracados no chão. Saímos correndo pelo corredor do hotel e momentos depois, estávamos mergulhando na água, junto com os nossos outros amigos.
*
Já havia entardecido. Eu resolvera voltar mais cedo da piscina e agora a água do chuveiro caia sobre meus cabelos. A imagem de Bruno cruzou meus pensamentos, fazendo minha pulsação aumentar quase que imediatamente. Agora eu tinha certeza absoluta que o amava. Desliguei o chuveiro, enrolei a toalha na cintura e saí. Bruno estava sentando na cama, encharcado e ainda de sunga.
— Nem vi você deixar a piscina! — Ele falou em um tom cansado. — Se você tivesse me chamado eu teria vindo também!
— Pra quê?! Você queria continuar a brincadeira? — Eu zombei.
— Queria! — Ele manteve o tom brincalhão. — Ainda estou interessado em saber se você é capaz de me beijar!
— Sinceramente, eu não vejo problema algum! — Resolvi entrar no jogo.
— Eu também não! — Bruno exclamou levantando os ombros, como se aquilo não importasse para ele. — Eu beijaria você numa boa! Mas só se fosse você!
Senti meu pau querendo crescer em baixo da toalha. Sentei na cama, ao lado dele, para tentar disfarçar.
— Bôra experimentar?! — Ele propôs com um meio sorriso, virando o rosto para poder me encarar. Meu coração gelou automaticamente e mesmo sentando, minhas pernas vacilaram.
Silêncio. Ele aproximou o rosto, mas tomou um curso diferente. Seus lábios beijaram carinhosamente meu pescoço e meu corpo inteiro se arrepiou. Nós rimos. Ele retornou à antiga posição e sustentou meu olhar por alguns segundos.
— Isso não foi um beijo! — Eu ri.
— Claro que foi! — Bruno sorriu com afeto. — Eu não tinha especificado qual seria o local!
Não falei nada.
— Tudo bem... Já que você discorda da validade do meu beijo porque não me mostra como se faz?
— Ok — Mantive o semblante sério e encostei meus lábios nos dele. — Aprendeu?!
— Você é um péssimo professor! — Ele murmurou. Colocou as mãos nos meus ombros e me beijou de verdade, com intensidade. Aquilo não podia ser real. Nossos lábios se movimentando rapidamente, nossas salivas se misturando... Ele encostou o corpo no meu. Nossos tórax mantinham-se colados.
— Eu te amo... — Ele falou no meu ouvido. Sua mão encontrou minha barriga e depois foi descendo para poder tirar minha toalha. Meu pau estava extremamente duro e agora, totalmente exposto.
Bruno me empurrou com carinho até a cama e tirou a sunga. Meu corpo ardeu. Pela primeira vez eu estava lhe vendo nu. Seu pênis estava ereto. Ele deitou sobre mim e continuou me beijando. Meus braços o envolveram, tremendo de tanto prazer. A pele dele estava quente, aquecia-me, lembrava-me que ele estava ali e era todo meu. Meu.
Ele começou a ofegar no meu ouvido enquanto nossos corpos suados se esfregavam. Nossos membros roçavam um no outro, os pêlos pubianos dele unindo-se aos meus. Ele foi abaixando a cabeça. Beijou meu queixo, meu pescoço... Continuou descendo até chegar aos meus mamilos. Eu gemi. Ele começou a lambê-los, movimentando todo o corpo pra cima e pra baixo. Com esse movimento o pau dele ficava roçando na minha coxa, cada vez mais rápido, cada vez mais duro.
Ele voltou a descer. Beijou meu umbigo... Desceu mais. Senti um choque percorrer meu corpo devido à intensidade do prazer. Minha glande já estava dentro da boca dele, sendo acariciada por uma língua quentinha. Amassei os lençóis com as mãos, tentando sufocar outro gemido.
Ele voltou a me beijar. Retribui com mais intensidade ainda e repeti o que ele fizera comigo. Sentir o pau dele na minha boca foi maravilhoso. Passava a língua lentamente enquanto ouvia-o ofegar.
Voltei e deitei ao lado de Bruno. Passamos a nos masturbar com vontade, muita vontade. Ele gozou primeiro. O jato de sêmen melando a minha coxa.
— Eu te amo... — Ele disse por fim.
— Eu te amo mais! — Murmurei, exibindo um sorriso após gozar no peito dele.
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