A tarde mais longa do ano

Um conto erótico de Claré Clemente
Categoria: Heterossexual
Contém 1170 palavras
Data: 21/12/2009 22:27:41

Olhou novamente o relógio e certificou-se que estava no horário. O local era aquele mesmo, tudo certo. Mas estranho, não percebera ninguém, mais precisamente nenhuma mulher, que aparentasse ter as mesmas intenções que ele.

Eram duas horas de uma tarde quente de verão, mas ele não sabia se o calor que sentia era só a temperatura ou da situação que vivia naquele momento. Mal podia esperar o início da sessão. O filme começaria logo, cinco minutos e em seguida ele teria uma das maiores experiências de sua vida.

Conheceu a mulher misteriosa pela Internet, logo ele que não era muito dado a essas tecnologias, muito menos acreditava em encontros com pessoas estranhas, cujos relacionamentos saíam de dentro de um computador.

Rose era a mulher que encontraria dentro do cinema. Mulher inteligente, embora não tivesse muitas informações a seu respeito, tomara todas as providências para que tudo desse certo. Sabia o lugar onde deveria sentar, naquele cinema que dificilmente encontraria alguém conhecido, ainda mais naquele horário. Parecia ser uma vantagem da mulher casada; as mesmas preocupações que ele tinha de encontrar pessoas conhecidas, os lugares, e ainda o fato dele também ser casado, nada disso fora uma preocupação para ele. A mulher que vira em fotos pouco nítidas, parecia ser muito bonita, mas como tudo aconteceu rápido, de forma tão excitante, não tinha nenhuma preocupação com relação ao visual de sua amante. Seria uma Lady Chaterly, uma Bela da tarde? Essas possibilidades, aliadas à espera, aumentavam sua excitação. Sentia-se como um adolescente tendo a possibilidade de sua primeira relação sexual. Amava sua mulher, tinha uma vida boa, era feliz, como falava aos amigos, mas, um dia a caixa-postal de seu email pessoal indicou que uma nova mensagem chegara. Era ela, desconhecida, atrevida, insinuante, despertando muita curiosidade. Três semanas haviam passado até que aquele encontro pudesse acontecer, ela sempre tomando a iniciativa, e ele gostava disso. Sentia-se mal ao chegar em casa, mas “pela Internet não se trai”, dizia ele, tentando confortar sua consciência pesada.

Estava ele ali, sentado no lugar combinado, última fileira de trás, perto da parede, à esquerda da tela. Se estivesse lá para ver o filme, nunca concordaria com um lugar daqueles, queria sempre o centro das salas, mas agora, qualquer que fosse o lugar, pouco importaria. Poucas pessoas estavam naquela sessão, a maioria idosos, e ninguém por perto. O filme ia começar e nada da mulher misteriosa, ninguém ao seu lado. De repente, o lugar fica mais escuro, sinal de que o filme está para começar, ele sente um perfume forte de mulher, quando sutilmente, um braço toca o seu. Sim, esse era o sinal para o início de tudo, a chave que abriria a porta para a realização de seus desejos.

O filme era desses passados em ambientes fechados, o que deixava a sala numa quase permanente escuridão, dificultando que ele pudesse ver o rosto de sua amante. Tocou-lhe o corpo e pode sentir que tinha a seu lado uma mulher de verdade, um corpo macio, seios grandes, coxas gostosas, enfim, agora tinha certeza que a diversão seria completa. Como sempre, Rose tomou a iniciativa passando as mãos pelas pernas dele, subindo até que pudesse perceber o volume que lhe enchia a mão. Sussurrou-lhe no ouvido tudo aquilo que já havia escrito, ele estava à mercê daquela mulher que dominava tudo naquele momento. Beijavam-se, beijavam-se muito, e suas línguas estavam uma em busca da outra, numa luta prazerosa de paixão. Não havia pudor por parte de nenhum dos dois. Ao mesmo tempo em que ela abria o zíper de sua calça, ele tocava-lhe os seios. Seu coração parecia querer sair pela boca, tamanha era a excitação do momento. Ela usava uma calcinha mínima, que àquela altura estava molhada, denunciando o tesão que a mulher também sentia. Seu membro agora estava fora da calça, rígido, pronto para o que aquela mulher quisesse, e ela não o decepcionou. Começou por masturbá-lo, de forma lenta, passando a movimentos ritmados, e ele agora enfiava seu dedo em sua buceta, encharcada, pronta para ser penetrada. De repente os movimentos da masturbação cessaram, sendo seguidos por uma lambida em seu pau. Uma não, várias, até que ela pusesse todo o pênis na boca. Esse movimento, ao mesmo tempo que o deixava em um estado louco de excitação, permitia que ele tivesse mais liberdade com a mão direita, enfiando em sua buceta, mas passando levemente, lentamente pelo seu ânus. Sim, definitivamente aquela mulher sabia como agradar um homem e ele desfrutaria de cada momento disponível. Passou a enfiar-lhe o dedo no cuzinho, e ela passou a rebolar, facilitando mais ainda a entrada. Ele sabia que daquele jeito, dificilmente agüentaria muito tempo mais, e ela percebia pela quantidade de sêmem que lhe vinha à boca. Ela ainda teve tempo de avisar que gozaria, mas ela não deixou de chupar-lhe em nenhum momento, demonstrando que uma das promessas feitas pelo computador seria cumprida já. Não bastasse o tesão, o lugar e a situação, pareciam aumentar ainda mais seu prazer e ele gozou, inundando a boca daquela estranha mulher com seu esperma. Ela não deixou cair uma gota sequer e só largou seu pau quando não havia mais nenhum vestígio de gozo. Em seguida, levantou-se para ir ao banheiro, permitindo que ele se recompusesse.

Minutos depois, ela voltava, o que para ele foi uma surpresa, pois imaginava que ela nunca mais apareceria. Lá estava ela, linda, cheirosa, porém, dessa vez acompanhada de outra mulher, aparentemente tão bonita quanto sua amante. Enquanto Rose sentava do seu lado esquerdo, a outra mulher ocupou a cadeira de seu lado direito e ele pode ver quem era a mulher...Ninguém menos que a sua mulher. Mas como? Pensou... Porém, qualquer pensamento, dúvida ou suposição não tinha lugar naquele momento, pois as mulheres iniciaram o que seria a maior glória de sua vida. Iniciaram um beijo a três, beijavam-se entre elas e ele nem sabia ao certo o que fazer, mas seu pau já estava novamente pronto para mais uma batalha. Estava casado com Samantha havia anos, mas nunca deixaram de se amar, tampouco perderam o tempero que deve ter todas as relações. Ele sabia que se quisesse, ela poderia ser a mulher mais atrevida do mundo, e era o que acontecia ali. Samantha estava sem calcinha, com um microvestido chupando-lhe o pau, como só ela sabia fazer. Ele sabia que estava liberado para tudo e enquanto sua mulher o chupava, ele enfiava seus dedos na buceta de Rose, enquanto trocavam beijos. Como agora quem estava no comando era Samantha, ela sentou-se em sua pica, deixando seu corpo deitar em cima do corpo dele e agora era ela quem beijava a mulher que lhes servia. Gozaram juntos como tantas vezes desde que estavam casados, e a língua de Rose, dentro da boca de Samantha, abafou-lhe os gritos dos vários orgasmos que teve.

Antes que o filme terminasse e alguém percebesse, foram embora, os três de braços dados,rindo e felizes, continuar as aventuras daquela tarde, a tarde mais longa do ano.

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