Às vezes me afasto de tudo.
Até de você.
Vez por outra tenho alguma expedição pelas florestas da vida. Certas ocasiões, as agruras dos tempos atuais me forçam a uma retirada estratégica.
Pode até te parecer que eu esteja ausente. Mas, você nem imagina, na verdade subi ao topo de minha colina para divisar o mundo. Para planejar um novo ataque.
Dali, do meu posto de observação, sei tudo de você.
De lá te vejo. Acompanho cada movimento teu, cada meneio de teu corpo. Quando você caminha sem imaginar que vejo cada oscilação de teus quadris, cada balançar de teus seios.
De lá percebo quando algum pensamento ousado te toma. Você nada esconde de mim. Vejo quando morde os lábios registrando alguma ousadia que em segredo tua mente imagina.
Aqui do alto sinto quando o vento me trás teus feromônios...
Quando desapareço, talvez você chegue a duvidar da minha existência. Pode até pensar que sou apenas mais um desses entes virtuais da internet.
Não, querida...
Sou todo real. Em pensamentos, palavras, ações.
E sem qualquer censura...
Quando menos espera, reapareço.
Com ordens para te disciplinar, mãos para executar essa disciplina. Para tornar tuas carnes macias, fazendo tua bunda vibrar rubra na aplicação da energia que te vai moldando como minha devassa.
Com uma boca para te beijar e percorrer teu corpo todo nesse beijo.
Com lábios para sugar teus seios.
Com uma língua ávida, para te lamber inteira e degustar o sabor quente da tua buceta.
Com dedos para te explorar, te abrir, te preparar.
Com um pau duro, para primeiro alimentar da minha essência masculina a volúpia em tua boca.
Para depois te tomar, fazer das entradas de teu corpo minha residência.
Para aceitar tua rendição plena, tua entrega completa.
Para te penetrar fundo, na tua buceta, no teu cuzinho.
Sim, querida: eu existo.
E quem sabe, mais cedo ou mais tarde um destes ventos me leve até você.
Para te fazer toda minha.
Para ser todo teu...
LOBO
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