CapCoisas estranhas do coração.
Tarine acordou com os raios de sol que passavam pela fresta da cortina em seu rosto, olhou para o lado para ver as horas: 07:30. Olhou para o outro e viu Paula dormindo com um sorriso lindo nos lábios.
- Você é tão linda. – Sussurrou tirando alguns fios de cabelo de seu rosto sereno.
Paula se remexeu debaixo do edredom e suspirou, abriu os olhos e viu um mar negro que a consumiu por inteira, ficou hipnotizada. Abriu um sorriso.
- Bom Dia... – Disse com a voz manhosa.
- Bom dia! – Tarine respondeu dando um beijo em seu rosto.
Paula queria mesmo era um beijo na boca daqueles de tirar o fôlego, mas se contentou.
- Vamos! Levanta, temos que trabalhar. – Disse Tarine tentando afastar aquele sentimento estranho que apossava de seu coração quando viu aquele sorriso lindo de Paula.
Aquela atitude de Tarine estava tirando Paula do sério. Sempre que se amavam ela deixava transparecer que compartilhava do mesmo sentimento, mas ao despertarem era como se nada houvesse acontecido, ela nunca tocava no assunto, era como se na manhã seguinte ela se arrependesse de seus atos. Aquilo acabou com seu bom humor. Seu sorriso se desfez. Levantou se e foi até o banheiro desta vez cobrindo se com o lençol.
Tarine observou seus movimentos. Não entendeu porque ela fechou a cara daquele jeito. A noite foi tão... Não soube dizer.
No Banheiro...
“Paula, você é uma idiota de achar que ela sente algo por você... Arg! Tudo culpa daquelazinha...” “Quer saber... Pra mim chega, se ela acha que vou servir de cobaia pra suas experiências ela ta muito enganada. Chega! Não faço mais...”
Terminou seu banho, saiu do Box para se secar e novamente...
- Tarine... Quando é que você vai aprender que lugar de toalha é no banheiro – Gritou impaciente.
Tarine levou um susto, pegou a toalha que estava no encosto da cadeira no quarto e bateu na porta. Paula abriu... Novamente, nua, na sua frente... Olhou a de cima a baixo sem esconder seu olhar lascivo, devorador. Paula com toda sua raiva puxou com força a toalha da mão de Tarine e bateu a porta.
No Banheiro...
“O que acha que está fazendo? Me olhando des...se... jeito...”. Escorou as costas na parede e suspirou, estava extremamente furiosa... Excitada... “Não vai ser fácil...”
No quarto...
- Mal educada. – Gritou.- “Linda... Gostosaaaa...” “Arg! Te odeio.” – Pensou.
Tarine ajeitou a cama e inconscientemente pegou o travesseiro em que Paula dormiu e apertou contra si, aspirou o perfume, ouviu a porta abrir e atirou o travesseiro sobre a cama com pressa como se o que fazia fosse errado...
- Achei que fosse morar la dentro. – Provocou para disfarçar o que havia feito.
Paula nada disse apenas a olhou dentro dos olhos encarando a irritada.
Tarine entrou no banheiro e trancou a porta. Queria esquecer aquele ocorrido... “Eu to ficando maluca ou o que?” Tomou seu banho demoradamente tentando não pensar em Paula, conseguiu... Pelo menos por alguns segundos, pois esta já estava batendo na porta:
- Tarine porque trancou a porta? Preciso secar meus cabelos. – Gritou do outro lado.
Tarine fingiu não ouvir e para provocar demorou mais que o necessário. Saiu do chuveiro para se enxugar. Não tinha toalha... Ficavam ou guardadas, ou no encosto da cadeira, pela primeira vez se sentiu uma idiota por não deixar pelo menos duas limpas no banheiro. Teria que sair nua... E o pior encarar Paula sem demonstrar desejo. Abriu a porta... Paula a aguardava ainda de toalha, quando a viu nua na sua frente perdeu os sentidos. Não só ela Tarine não conseguia conter as pontadas de desejo em seu intimo. Mas deveria... Puxou a toalha de Paula deixando a despida. Paula ficou atônita, se arrepiou toda, de frio... De tesão... Balançou a cabeça para espantar sabe se lá o que...
- Me empresta a toalha queridinha... – Disse Tarine provocando a se cobrindo com a toalha e se afastando.
Paula respirou fundo, aliviada por não ter que se submeter mais uma vez aquela tentação que era Tarine. Vestiu se rapidamente e foi ao banheiro secar os cabelos. Tarine observava cada movimento, vestiu se também. Ficou observando ela naquela calça jeans apertada da noite anterior. Na blusinha justa que marcava suas curvas. “Arg! Tô ficando maluca mesmo só pode.” Esperou que Paula saísse do banheiro para que entrasse.
Depois de pronta Paula saiu do banheiro juntou suas coisas e bateu a porta do apartamento.
Tarine ouviu a porta bater e ficou em silencio, lágrimas ameaçaram cair dos seus olhos, mas as conteve.
“Porque estou com essa vontade louca de chorar?” Não sabia ao certo... Não entendia o que se passava em seu coração.
No carro...
- Quem ela pensa que é pra brincar comigo desse jeito... – Disse em meio á lágrimas. – Porque você tem que ser tão... Insensível Tarine.
Paula estava sofrendo, não sabia o que fazer... Tinha que se afastar de Tarine, pelo menos até esquecer essa historia de amor... Pensou em Thiago. Devia ter uma noite com ele pra acalmar seus hormônios, e esquecer de vez esse sentimento ridículo que nutria pela amiga. O telefone toca.
- Alô!
- Oi meu amor! Está mais calma hoje?
- Oi! Estou meu bem... Desculpe pelo meu mau humor daquele dia. E ai quando volta?
- Estou na frente do seu prédio te esperando.
- Oh! Sério? Que bom... – Ficou surpresa. – Já estou á caminho, beijos.
- Beijos.
Paula ficou apreensiva, mas precisava estar nos braços do seu homem para acabar de vez com essa loucura. Chegou em seu prédio e avistou Thiago em frente a portaria. Fez sinal para que esperasse e estacionou o carro. Foi até ele e o beijou apaixonadamente, sentiu a acidez de sua língua e admitiu a si mesmo o quanto aquilo seria difícil.
- Vamos subir? Estou morrendo de saudades duas. – Disse Thiago com o desejo estampado nos olhos.
Paula mau abriu a porta e Thiago já estava a prensando contra a parede, beijando a desesperadamente. Pode sentir o volume em sua calça que roçava em sua virilha. Não pode evitar a excitação... Quis acabar com aquilo logo, o empurrou para o quarto arrancando sua camiseta, em seguida a calça. Ele a despiu com o mesmo desespero. Estavam nus... Ele sobre ela preparando se para a penetração... “Seja o que Deus quiser” Pensou Paula e fechou os olhos para se entregar ao homem que a queria possuir.