Minha primeira vez
Me chamo Aline, tenho 26 anos e acabo de me formar em direito pela Universidade Federal do Paraná. Trabalho como trainee em uma agência do Santander. Gosto do que faço e quero direcionar minha carreira para o ramo bancário. Desde menina eu sempre me senti mais atraída pelas mulheres do que pelos homens. Já namorei, mas no segundo relacionamento tive certeza de que eu não daria certo com os homens. Mas apenas há dois anos atrás eu tive minha primeira experiência com uma mulher. E que mulher!
Eu estava no início do quarto ano de meu curso de direito. Minha turma era composta, em sua grande maioria, por mulheres. Mas mesmo juntas durante três anos inteiros, nunca rolou nada com minhas colegas. Gostava muito delas, sentia uma leve atração por algumas, mas nenhuma tinha o mesmo sentimento.
Como sou do interior de Santa Catarina, morava em um apartamento que meu pai comprara para que eu pudesse morar durante meus estudos, e caso eu me estabelecesse definitivamente em Curitiba, poderia ficar com ele. Era meu presente de formatura ele dizia.
No primeiro andar deste edifício, havia uma academia bem grande e conhecida. Sempre prezei pela minha boa forma. Quando mais jovem, adorava balé, o que pratiquei por seis anos. Também gostava muito de vôlei, pois meus 1,72 metros de altura me ajudavam muito neste esporte. Para manter a minha boa forma, resolvi separar um tempo para malhar naquela academia. Estava lá quase todos os dias. Meu instrutor era um descendente de japoneses, conhecido como Takeda. Nunca antes tinha conhecido um instrutor de academia nipônico. Ele era muito divertido e de bem com a vida. Levantava o astral de toda a mulherada. Deu em cima de mim muitas vezes, mas eu não dei chances. O assédio foi tanto que acabei revelando para ele a minha preferência sexual. Rimos muito juntos e ele nem se importou com isso. Continuamos grandes amigos.
Certo dia, em um dia de treino na academia, a recepcionista da academia me avisou que Takeda teve que viajar por uns dias, e que uma instrutora do período da manhã iria substituí-lo. Ela se chamava Carla, e até hoje eu não me esqueço do primeiro momento em que a vi, fiquei apaixonada por ela no primeiro olhar. Ela era mais baixa do que eu, com seus 1,65 metros de altura, mas com um físico avantajado, malhado. Seus seios eram fartos, na medida certa, sem exageros. Seus glúteos uma obra de arte. As coxas deixavam qualquer bailarina de funk no chinelo. Seus olhos azuis e sua pele branquinha formavam uma combinação perfeita com seus cabelos castanhos claros.
Nos apresentamos. Passei para ela todas as séries que estava fazendo. Ela foi super legal comigo, me passou ótimos conselhos e novos exercícios para trabalhar uma gama maior de músculos. Ela também elogiou muito meu físico e me achou bonita. Este elogio repentino e gratuito me deixou com a pulga atrás da orelha. Poderia dar certo eu e ela? Seria ela homossexual como eu? Estas perguntas e muitas fantasias rondavam a minha cabeça. Mas no início, temendo perder a sua amizade, fui com cautela, procurando fazer crescer uma grande amizade e conhecer mais sobre ela.
O meu contato com ela na academia reduziu depois da primeira semana. Ela havia me passado de forma super legal e atenciosa todas as dicas que precisava para usar corretamente todos os aparelhos e halteres da academia. Mas durante todas as minhas séries eu a procurava e observava todos os seus passos na grande sala de musculação. Ela também dava aulas de spinning e participava das aulas de capoeira como auxiliar do professor.
Eu observava cada passo dela, volta e meia ela encontrava ao longe o meu olhar, e sorria para mim. Minhas notas na universidade caíram um pouco, pois estava com Carla na minha cabeça o tempo todo. Meus gastos com absorvente também aumentaram, pois ficava toda molhada sempre que via e me imaginava nossos corpos nus coladinhos, beijando aqueles lindos lábios de Carla e apertando forte as suas poderosas coxas.
Em uma sexta-feira de muito sol e calor, mesmo a noite na academia o calor era grande. Os ventiladores estavam no máximo, mas mesmo assim não davam conta de refrescar o ambiente. Neste dia pude ver mais de perto minha amiga e instrutora Carla. Ela veio malhar no mesmo horário que o meu, pois pela manhã ela não teve tempo. Foi o dia mais excitante da minha vida até aquele momento. Ver Carla malhando me deixou louca de tesão. Eu ajustei minha série para bater com a dela, assim podíamos revezar nos aparelhos. Ali pertinho dela, meu desejo crescia ainda mais, e nem me lembrei que estava sem meu absorvente naquele dia. Minha vagina estava molhada e um pouco disso poderia ser visto já na minha calça de lycra, que era clara. Na hora nem me preocupei com isso.
Seguimos para o leg press, eu comecei minha série de dez repetições com 180 quilos. Quando terminei, Carla deu uma boa olhada em minhas pernas e as elogiou. Fiquei um pouco envergonhada mas no fundo adorei o comentário dela. Senti um tesão incrível quando vi Carla assumindo a máquina e adicionando pesos nela. Foram três séries de 15 repetições com nada menos do que 320 quilos! Como ela era forte. E ela notando a minha expressão de espanto me disse que quando faz o treino puxado ela faz uma série de 10 repetições com 430 quilos. Minha imaginação corria solta em pensar o que Carla poderia fazer com meus 58 quilinhos. Foi no extensor de pernas que Carla notou minha calça molhada. Poderia ter pensado ser suor, mas outro dia ela me confessou do contrário.
Ver Carla com aquele corpão todo suado me deixou completamente perdida. Eu já nem conseguia disfarçar direito. Estava vidrada nela. Meus olhos a “secavam” completamente. Se ela fosse um lago, já teria evaporado!
Terminei minhas séries antes dela e me despedi. Fui até o vestiário tomar uma longa ducha fria. Precisava refrescar um pouco minha mente e meu corpo. Não queria dar uma bola fora e perder a amizade de Carla. Logo na saída me encontrei com ela. Carla estava com um lindo sorriso no rosto e estava linda e perfumada. Usava uma calça fusô branca, uma sandália de salto que me permitiu ver os belos pés 36 dela. Eram lindos e perfeitos. Caído sobre a calça um belo cinto de couro. Para completar uma blusinha curta que deixava parte de seu belo abdômen exposto. Meu coração foi a mil, e mal conseguia falar direito.
- Carla, nossa, quanta produção! Vai encontrar seu gatinho hoje? – brinquei aproveitando para “jogar um verde”.
- Nada disso Aline, estou pensando em dar uma passeado no Shopping Barigui e “pegar” um cineminha, ta a fim de ir comigo?
Aquela expressão “nada disso” fez crescer em 100% as minhas esperanças de ter um relacionamento mais sério com Carla. Será que ela esta gostando de mim? Da forma como eu desejaria? Estas dúvidas latejavam dentro de minha cabeça. Reuni forças para falar sem engasgos, e respondi Carla:
- Claro Carla! Seria ótimo! Qual filme vamos assistir?
- Não sei... Qualquer um. A gente resolve isso na hora.
Pronto. Fiquei alucinada. Ela não sabia qual filme assistir? Era bom demais para ser verdade eu pensei. Será que ela arrumou esta desculpa de ir ao cinema de ultima hora, com o intuito de sair comigo? Que neura!
Enfim, fomos ao shopping, passeamos bastante, fizemos um lanche, conversamos muito, muito mesmo. Eu era muito falante e cheia de assuntos e histórias para contar, e Carla da mesma forma. O clima estava caminhando dentro dos meus desejos e sonhos para com Carla. Só temia em cometer qualquer falha ou abordagem que causasse algum mal estar. Afinal, eu ainda não tinha certeza se ela realmente me olhava com outros olhos que não apenas de amizade. Ainda me preocupava muito o fato de ainda não ter tido nenhuma experiência com outra mulher.
Chegara a hora do filme. Escolhemos o tal de Ladrão de Raios. Nem sabíamos direito do que se tratava, mas era o melhor horário que achamos. Antes do filme começar, ainda nas propagandas e trailers, Carla puxou conversa comigo, e como sou mais alta, escorreguei um pouco na poltrona, e cheguei mais perto, encostando meu ombro no dela, pois estava falando baixo a fim de não atrapalhar os demais. Durante as conversas nossos olhares se encontraram. Muita coisa passou por minha cabeça naquele momento. Desejos, fantasias, sonhos, sexo, beijo. Ela manteve o contato com os olhos, sorriu, chegou mais perto, e me beijou. Eu não consigo me lembrar, mas Carla me disse a pouco tempo que foram pelo menos quinze minutos de um beijo intenso, molhado, sem tréguas. Ela acariciava meu rosto durante este primeiro beijo, e em nenhum momento tocou em meu corpo, me respeitando e aguardando apenas um sinal verde para ir mais além. Eu não sabia o que fazer com minhas mãos, que queriam saltar no corpo dela, tocá-la, acariciá-la. Por vezes levantava minha mão, que logo desistia de ir adiante. Assim que Carla percebeu, em uma dessas levantadas, ela pegou em minha mão e a conduziu para a sua coxa esquerda, e a deixou lá. Os movimentos seguintes foram automáticos. Acariciei suas pernas, do joelho à virilha, apertando seus músculos com força, e ela correspondendo intensificando o beijo e flexionando suas coxas para mim.
Meus desejos estavam sendo realizados naquela sala de cinema. Não me importava com todas as pessoas que ali estavam. Se perceberam nossa cena, se estávamos incomodando ou não. Fiquei envolvida com as “estrelas”, com o colorido que passava dentro de minha mente. Depois do longo beijo, eu não me agüentava mais, sussurrei no ouvido dela para que me tocasse. Ela gentilmente tocou em meu joelho direito e veio subindo até minha virilha, parando ali por um momento. E eu pedi para ela não parar. Então Carla conduziu sua mão para minha vagina. Apesar da calça jeans, pude sentir sua pressão e carícias. Disse a ela que estava toda molhada. Ela sorriu e entramos em mais um longo beijo. Nossas línguas se enrolavam em movimentos deliciosos. Sua carícia era mais deliciosa ainda. Seus beijos em minha orelha estavam acabando comigo. Carla notou que eu estava em uma espécie de transe pré-orgasmo, quando sussurrou em meu ouvido apertando minha vagina com mais força: “Goze agora...”
Gozei, gemi, tremi. Não tenho palavras para descrever aquela sensação incrível que tive naquele cinema, nem consegui deixar escapar um gemido mais forte, que chamou a atenção de algumas pessoas perto de nós. Alguns olharam assustados, outros falavam “chiiii”.
Nesse ponto, já estávamos na metade do filme, e eu dormi ate o final no ombro de Carla. Não me lembro de absolutamente nada sobre o filme, mas posso dizer que foi o melhor filme que vi na vida.