O fã-clube - Parte I

Um conto erótico de Carter
Categoria: Heterossexual
Contém 4067 palavras
Data: 25/02/2010 17:04:35
Última revisão: 12/03/2010 16:36:05
Assuntos: Heterossexual

Parte I de 6

Eram 3 horas da manhã e Carter ainda não tinha ido dormir. Estava completamente sem sono. Desde que chegou do seu trabalho, estava a folhear páginas de diversas pastas contendo recortes de revistas e jornais, fotos e artigos retirados da internet.

Todo o dia vasculhava jornais, revistas e sites da internet em busca de mais informações sobre Ana Clara Leffers, uma renomada modelo fotográfica de fama internacional. Carter tinha certa idolatria por Ana Clara, e acompanhava sua trajetória desde a primeira pequena nota em um jornal, até sua explosão no mundo da moda.

Adam Carter é um homem de 29 anos, alto, com mais de 1,90 metros, cerca de 95 kg. Não musculoso, não magrelo. Seria um homem normal se não fosse pela altura. Cabelos castanhos claros, curtos. Olhos verdes... Um homem até que bem afeiçoado. Solteiro, vive num pequeno apartamento num conjunto habitacional de baixa renda na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais.

Ganha a vida dividido em duas atividades profissionais: a primeira, como escritor, publicando pequenos artigos em jornais, revistas e sites de pequena expressão. Carter considera a profissão de escritor sua atividade principal, mas é fato que isto não lhe rende quase nada, e seu sustento advém mesmo é de uma atividade por ele considerada secundária, a de repositor de mercadorias nas prateleiras de um mercado próximo de sua casa.

Carter trabalha neste mercado das 8:00 às 18:00 horas, e ganha cerca de R$ 800,00 por mês. Consegue juntar cerca de outros R$ 200,00 com os trabalhos de escritor. A maior parte de sua renda é aplicada na compra dos jornais e revistas que contenham algo sobre Ana Clara Leffers, que alimentam sua obsessão por esta musa das passarelas.

Ana Clara veio ainda criança da Holanda para o Brasil. Aos 16 anos de idade, ingressou numa conceituada agência de modelos, sendo rapidamente reconhecida como talento nato. Um ano após, seus pais voltaram novamente para a Holanda, e a jovem Ana Clara, já consolidada modelo, ficou morando no Brasil sozinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Carter era completamente apaixonado por Ana Clara. Enchia-se de ódio quando lia alguma nota em que Ana Clara tinha um novo affair. Quando encontrava alguma foto de um namorado ou acompanhante de Ana Clara, rasgava-a em profundo sentimento de raiva.

Carter era incansável em ler declarações de Ana Clara, de que a mídia a deixava exposta de sobremaneira, e que qualquer relacionamento era ovacionado, e que sua dor vendia jornais e revistas. Almejava sim um homem comum, fora do círculo dos famosos, para poder ser amada de verdade...

Por diversas vezes Carter tentou se aproximar de Ana Clara, mas seu forte esquema de segurança nos eventos não permitia que anônimos se aproximassem.

Esquematizou um plano para tirar Ana Clara do meio em que vivia e levá-la para um lugar isolado, onde poderiam ter a chance de se conhecer, e que ela pudesse encontrar nele o amor que tanto esperava. Mas o plano era falho, precisa de mais pessoas, mais estruturas... Em quem confiar para planejar o seqüestro de uma modelo de fama internacional?

Por estes e por outros motivos, Carter optou por um amor platônico.

De fato, Ana Clara Leffers era uma mulher muito atraente. Com 1,77m de altura, 58 kg bem distribuídos, pele branca, cabelos naturalmente loiros, cintura fina, quadris levemente largos, abdômen livre de qualquer imperfeição, olhos verdes, lábios grossos, seios enrijecidos e um pouco acima de médios. Aos 20 anos era um símbolo de beleza e sexualidade nas capas de revistas e passarelas de todo o mundo.

A garrafa de uísque de Carter estava quase seca. Olhou para a velha estante buscado encontrar outra garrafa onde pudesse saciar sua vontade de beber enquanto olhava seus arquivos, e nada encontrou. 3 horas da manhã, não havia nada aberto próximo de sua casa, então, apanhou um casaco e decidiu procurar um bar para beber até que lhe desse sono.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Antônio Silva, popularmente conhecido como “Tony”, é um homem de 33 anos. Cerca de 1,85m, bronzeado, cabelos negros, sobrancelhas grossas. Pele entre branca e morena, lembra bastante um muçulmano. Magro, ao ponto de lhe aparecer bem as feições do rosto, estas, relativamente fortes. Apesar deste prote físico, possui braços fortes, em função de sua profissão.

Tony veio migrante do norte do Paraná para Belo Horizonte. Como não dispunha de experiência em outro setor senão o plantio daquela região, não lhe restou muitas oportunidades de trabalho senão de ajudante de pedreiro.

Tony trabalhava junto com o Sr. Cícero, mestre de obras, construindo e reformando casa de classe média alta nos bairros mais nobres de Belo Horizonte. Atualmente, reformavam alguns cômodos da casa da família Mendes, sendo que o Sr. Mendes era um senhor de cinqüenta e poucos anos, industrial, casado com uma jovem e bonita senhora de aproximadamente 30 anos.

Amanda Mendes, a esposa do Sr. Mendes, é branca, cabelos negros à altura do ombro, seios médios, cintura fina, quadris levemente largos, pernas não tão grossas. O que encanta em Amanda não é o seu corpo ou seu rosto, mas sim sua classe num simples andar, falar, se dirigir as pessoas.

Amanda fez algumas perguntas a Tony sobre o andamento das reformas. Tony não poderia deixar de notar o jeito como ela lhe olhava. Pensava se o velho Mendes conseguia satisfazer aquela mulher em uma cama, e se entre quatro paredes, no ápice do prazer ela mantinha toda aquela pompa e classe.

Em ouvir como Amanda lhe dirigia a palavra, Tony ficava profundamente excitado. Havia ali um mestre de obras, o porquê aquela doce mulher haveria de consultar um reles ajudante? Tony sabia que havia mexido com aquela mulher. Tinha certeza de que Amanda estava é dando o golpe no velho Mendes. Sentia que aquela mulher estava desejosa por ele e queria ser possuída por um proletário.

Quase todos os dias, Amanda se dirigia até Tony para questioná-lo sobre o andamento da obra. Tony ficava cada vez mais excitado com as constantes visitas de Amanda.

Numa sexta-feira, Tony, propositalmente iniciou suas atividades num cômodo mais afastado da propriedade. Esperava que Amanda fosse lhe questionar novamente, e na certeza de que sozinhos, poderia tomar uma iniciativa.

Enquanto fingia trabalhar, Tony não parava de pensar naquela jovem mulher, e como queria possuí-la. Desde suas primeiras investidas, Tony havia fantasiado muitas coisas, e estava a ponto de realizá-las.

Amanda se aproximava do cômodo, com toda sua classe e elegância. Cumprimentou Tony de forma educada e logo foi perguntando sobre o andamento da obra. Tony, ascendendo um cigarro, dirigiu-se a ela sendo bastante relativo, e espalhando seu charme de garanhão para cima da moça.

Amanda ficou parada a frente de Tony, enquanto ele se aproximava mais e mais, até tocar em sua cintura, trazendo-a em direção ao seu corpo e tascando-lhe um beijo.

Amanda empurrou Tony rapidamente, perguntando se ele era louco ou coisa parecida. Tony respondeu que sabia o que ela queria, e que estava disposto a fazer ela gemer como nunca havia gemido antes. Que havia notado desde o primeiro olhar até as constantes visitas de que ela estava desejosa por ele.

Amanda novamente chamou-o de louco, desvairado. Referia-se a si como uma mulher elegante, rica, de classe e que nunca sentiria desejo algum por um servente de pedreiro fedendo a suor. Perguntava a ele todos os dias sobre o andamento da obra, pois queria que eles, pedreiros fedidos, fossem embora o mais breve possível de sua casa.

Ainda disse que faria uma recomendação formal ao Seu Cícero, patrão de Tony, para que ele fosse demitido.

Tony encheu-se de raiva. Como poderia ter se enganado? Ele nunca havia se enganado! Aquela mulher estava mesmo afim, só que era muito orgulhosa para admitir, pensava ele.

Logo Seu Cícero chegou até ele, extremamente nervoso com a situação que dona Amanda acabara de lhe passar. “Você é louco Tony? Você acha que uma mulher daquela vai dar bola para um pé-rapado, fedorento como você? Se liga homem, se está com tesão, vai atrás de uma puta!”, disse Cícero.

Tony precisava do emprego. Cícero pagava pouco, mas lhe dava um lugar onde morar.

Ao sair da obra, Tony foi até sua humilde residência, olhando ao redor, e tendo a triste certeza de que Dona Amanda não era para seu bico. Ficou extremamente inconformado de saber que barreiras sociais impediam um homem e uma mulher de ter um velho e bom sexo.

Tomou um banho, vestiu sua melhor roupa, e decidiu procurar um bar distante onde pudesse beber sossegado, afogar as mágoas.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Leonardo Brunner tem 56 anos. Com 1,62 de altura tem 76 quilos. É baixinho e barrigudo. A idade fez com que perdesse alguns cabelos, e sofria de calvície. É daqueles homens que só tem cabelos nas laterais da cabela. Cabelos grisalhos pintados “novamente” de preto. Usa óculos. Óculos de metal, um pouco grandes, antiquados. Trabalha como contador, geralmente usa ternos... ternos já velhos, de cores não mais na moda... O tempo passou, e Leo Brunner só existiu...

Formou-se na Universidade Federal, mas sua carreira não decolou. Depois de mais de 30 anos de profissão, continuava com um escritório medíocre na periferia de Belo Horizonte.

Tinha como clientes pequenos comerciantes, autônomos, alguns profissionais liberais e um prostíbulo.

Uma vez por semana ia até o salão onde funcionava o prostíbulo, fazer a contabilidade do cafetão. Ficava numa sala num segundo piso, tipo uma penumbra, de onde haviam vidros espelhados que davam visão ao salão onde as meretrizes se concentravam em angariar clientes. Mas ninguém de baixo podia ver quem os observava.

Enquanto se concentrava nos números, Leo Brunner podia ver as diversas mulheres, vestidas em trajes sensuais seduzindo homens de diversas classes sociais para um programa.

Nada de diferente de todas as outras semanas que estava ali.

Mas naquele dia, algo de diferente ocorreu.

Estava na sala com o Jamanta, cafetão do prostíbulo, quando um assistente o avisou que havia três candidatas para a vaga deixada por uma meretriz que decidiu trocar de ponto. Jamanta pediu que as três subissem e que ficassem paradas uma ao lado da outra para uma “entrevista”.

As três moças, muito bonitas ficaram paradas esperando a decisão de Jamanta.

Jamanta, em tom seco, ordenou que as três tirassem a roupa, ali, o que foi prontamente obedecido.

Leo não se acreditava! O velho Leo ficou excitado ao ver aquelas três garotas se despindo sem se incomodar com a presença dele ali. Para elas, ele não existia.

Jamanta examinou as três. Tocou-lhes as partes íntimas, mas acabou optando pela morena, que tinha seios largos e bunda empinada.

Jamanta e as garotas saíram da sala deixando Leo sozinho. Leo olhou para sua calça, e havia uma mancha... Sim! O pobre velho havia gozado só de ver aquelas garotas se despindo em sua frente...

Era um homem casado há 37 anos com a mesma mulher. Durante esse tempo teve alguns casos enquanto era jovem. Há muito vivia apenas com sua esposa, e o sexo não era nada mais nada menos que uma obrigação mensal.

Leo foi até o banheiro da sala de Jamanta e pegou lenços de papel e fez o possível para enxugar sua calça. Vestiu seu surrado paletó que de tão longo, lhe cobria tal região, e preparava-se para ir embora.

Antes, do telefone do prostíbulo, ligou para sua esposa avisando que havia terminado, mas que estava com vontade de beber um pouco e iria procurar um bar aberto, e que ela não se preocupasse.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Toca o telefone.

“Quem fala? Sr Roger? É o senhor que está vendendo aquela casa no bairro Horizonte Azul? Podemos visitá-la?”.

Roger Stroik, corretor de imóveis.

Descendente de poloneses, 41 anos. 1,80m de altura, 103 quilos. Um homem gordo. Branco, sobrancelhas e cabelos ruivos, muitas pintas pelo corpo. Tem olhos castanhos, bastante pelos...

É casado com Rita, tem dois filhos, sendo uma garota de 16 e um garoto de 14.

Um corretor de imóveis que vive numa casa de um plano de habitação, que paga há mais de 15 anos.

As vendas não andam muito bem... A empresa que trabalha, B & H Imóveis, já o comunicou que se suas vendas não melhorarem, será demitido.

A casa do bairro Horizonte Azul é sua única esperança. Vendê-la lhe dará uma boa comissão, e poderá quitar algumas dívidas e poderá viajar com sua família para a praia, como a tanto planejam.

Roger entrou na sua velha Belina 79, e rumou até o bairro Horizonte Azul para apresentar o imóvel ao casal interessado.

Ao chegar no citado imóvel, lá estava um casal de simpáticos senhores ao lado de sua BMW admirando a propriedade pelo lado de fora. Roger se apresentou e logo foi abrindo a casa para que eles olhassem.

O casal adorou a casa. “Vamos fechar querida?”, dizia o homem.

Mas, o proprietário da casa que queria vender havia reajustado o preço, de R$,00 para atuais R$,00 e agora, diante deste novo fato, o casal interessado já mostrava interesse em outra propriedade, de outro corredor.

Roger estava perplexo! Estava a ponto de perder 3% da venda, ou seja: R$ 16.500,00

O casal interessado disse que pensaria a respeito, e que daria a resposta posteriormente. Roger foi para casa.

Chegando em casa, sentou-se na velha poltrona para assistir TV, enquanto Rita lhe servia um copo de vodka com gelo.

Os filhos de Roger estavam numa discussão, para variar, por motivo fútil. Roger estava aos nervos, e sentiu que em breve estouraria diante daquela discussão sem sentido.

Disse a Rita, que já que não havia sossego para ficar em casa, iria beber em outro lugar. Saiu de casa, entrou em sua Belina, e rumou a procura de um sossegado bar para beber.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Adam Carter pegou um ônibus, e rumou para o terminal de Belo Horizonte. Madrugada, ônibus quase vazio, rapidamente chegou até o terminal.

Algumas quadras após o terminal havia um bar chamado “Ganton”. Ambiente exclusivamente de homens, executivos ou não, que se encontravam após o trabalho.

Algumas mesas, e um enorme balcão com diversos bancos. Havia uma TV de 50 polegadas que veiculava o jornal local, e em dias de jogo, transmitia os clássicos do futebol mineiro e nacional.

Carter buscou um lugar ao fundo, escuro, onde pediu uma dose de uísque e anotava alguma coisa no seu bloco de notas.

Algum tempo depois entrou um homem a passos fortes, e pediu uma cerveja. Ele era magro e de feições fortes, parecia um muçulmano. Pediu uma cerveja e nada falou depois disso.

Logo após um senhor baixinho, de aparentemente 55, 60 anos entrou e também sentou no balcão. Usava um terno comprido, azul claro, meio cafona. Carregava uma pasta preta. Parecia um vendedor, contador... Pediu um copo de run.

A porta se abriu novamente, e um homem de meia idade, gordo e ruivo adentrou ao recinto, também sentando ao balcão. Estava de calça social, camisa de mangas curtas. Tinha muitos pelos no braço, de pele branca: típico polaco.

Adam Carter tomava seu uísque enquanto observava os três últimos ocupantes do bar, que tomavam suas bebidas e vez ou outra trocavam algumas palavras sobre o assunto da televisão.

Num dos blocos do jornal, falava-se de uma semana de moda que iria tomar conta de Belo Horizonte, e o destaque seria a modelo Ana Clara Leffers.

O mais exaltado e falador dos três homens, o magro parecido com um muçulmano, manifestou sua opinião sobre a modelo:

“Esta é uma mulher gostosa! O que eu não faria para ter uma mulher dessa uma só noite? Mas caras como eu, pobres, não podem nem sonhar com uma gostosa dessa!”

O ruivo gordo concordou: “O material é mesmo bom. Não é aquela coisa que eu tenho lá em casa não”, seguido de risos dos três homens.

O baixinho careca, que quase não falava, abriu a boca: “Eu não consigo nem sonhar com uma mulher destas. Dá de dez a zero nas putas do Jamanta”.

Adam Carter ficou observando estes e outros elogios que aqueles três homens faziam a imagem de Ana Clara Leffers. Levantou-se vagarosamente e foi na direção deles, apresentando-se:

“Olá, sou Adam Carter, e não pude notar as declarações de vocês sobre a senhorita Leffers. Gostaria de convidá-los a sentar em minha mesa para conversar sobre esta maravilhosa mulher, vocês aceitam?”

Todos prontamente aceitaram...

Tendo os quatro homens reabastecido seus copos, se apresentaram. O magro, de cabelos pretos era Antônio Silva, vulgo “Tony”, ajudante de pedreiro. O ruivo gordo era Roger Stroik, corretor de Imóveis. O baixinho careca era Leo Brunner, contador.

Durante boa parte da madrugada beberam e conversaram sobre Ana Clara Leffers. Carter demonstrava exímio conhecimento sobre a vida desta mulher, e há altas horas, um pouco embriagados pela bebida, Carter dá a informação:

“E se eu falasse a vocês que Ana Clara Leffers é uma mulher que anseia por homens como nós? E se eu falar que ela não gosta dos homens do meio em que vivem, pois são superficiais e só se aproveitam dela para se promoverem na mídia? Meus amigos, Ana Clara anseia por homens comuns, capazes de fazer uma loucura, tirando-a deste meio que vive para intensas noites de sexo!”

“Tenho muito material sobre esta mulher em anos de pesquisa. Se algum de vocês quiser, podemos marcar de ir até meu apartamento para olharmos de perto tal material, e vocês terão a certeza que eu tenho”.

Carter foi interrompido por Tony:

“Espera aí. Você diz que a Ana Clara gostosa quer que a gente pegue ela a força e faça sexo selvagem, e que ela vai gostar?”

“Sim, é mais ou menos isso”, disse Carter.

“Porque você não vai tomar no meio do seu cú, seu filho da puta?”, replicou Tony. “Estou perdendo meu tempo aqui, porque um punheteiro tem fantasias com a modelo da TV, e agora quer seqüestrar a moça? Olha cara, hoje eu cheguei na dona da casa que to reformando, e a vagabunda disse que não estava se insinuando pra cima de mim. O galhudo do meu patrão quase me botou pra rua por causa daquela vagabunda. Agora você acha que eu vou entrar nessa loucura que você ta falando? Eu vou sair fora, que ganho mais...”

Por fim, os três homens pegaram seu rumo, e Carter ficou sozinho na mesa...

Carter tomou o ônibus de volta, e como já era de manhã, foi direto ao mercado onde trabalhava.

Como todos os dias, Carter não tinha pensamentos para outra coisa senão Ana Clara. A cada utensílio reposto no mercado, só pensava em Ana Clara.

Os dias se passaram...

Até que, num jornal exposto no mercado, havia a manchete de que Ana Clara estaria naquela noite no coquetel da Semana de Moda de Belo Horizonte. Carter vibrou com esta notícia! Era a chance de ver Ana Clara de perto, pela primeira vez. Será que de fato ela era tudo aquilo que a televisão mostrava?

Carter aprontou-se para ir ao local onde Ana Clara estaria. Chegando lá, havia centenas de pessoas, entre curiosos, fotógrafos, jornalistas. Carter posicionou-se de um ponto que pudesse ver Ana Clara passar.

Enquanto concentrava-se em olhar, sentiu um tapa nas costas. Olhou para trás, era Tony, que também não havia tirado Ana Clara da cabeça, e tinha vindo conferir com os próprios olhos. Ambos ficaram ali, observando... até que no meio da multidão reconheceram Roger e Leo, que por extrema coincidência estavam também ali para ver Ana Clara.

Todos acharam engraçada a coincidência de se encontrarem ali, e confessaram que não deixaram de pensar em Ana Clara, e vieram ali para ver se ela era tudo aquilo que viram na televisão do bar Ganton.

Ana Clara passou...

Deslumbrante em um vestido preto, decotado e de costas abertas... Tinha um “rasgo” na lateral de seu vestido que a casa passo lhes permitia ver suas lindas pernas desfilando pelo tapete vermelho que dava acesso ao local do evento.

Tendo Ana Clara passado, todos mataram a curiosidade, e o evento não dispunha de mais graça alguma. Tony tocou no assunto do material que Carter tinha em seu apartamento, e Carter refez o convite para que todos pudessem ver.

Acomodados na Belina de Roger, rumaram à periferia para o apartamento de Carter.

O apartamento era simples. Formado por sala, cozinha, um banheiro e dois pequenos quartos. Ficava no quarto andar de um prédio de quatro andares sem elevador. Tinha carpetes marrom escuro no chão e paredes brancas já maltratadas pelo tempo. Os móveis eram precários. O sofá era velho e com rasgos. A estante era de madeira de pinus, e abrigava um bar com porta de vidro e uma velha TV Sharp de 20 polegadas.

Na cozinha de pequenos azulejos brancos, havia um velho fogão, uma geladeira enferrujada e uma mesa com duas cadeiras. Um dos quartos havia uma cama de casal e um antigo guarda-roupas. No outro quarto havia uma mesa de escritório com um computador sobre ela, e algumas estantes de metal com livros, revistas e muitas pastas.

Carter serviu seus convidados Uísque, e se apressou a entrar no quarto dos livros para pegar suas pastas e mostrar o conteúdo delas.

Realmente, os rapazes ficaram boquiabertos com o material de Carter sobre Ana Clara. Num dos recortes dizia:

(Repórter) “Que tipo de homem Ana Clara deseja?”

(Ana Clara) “Apesar de famosa, sou uma mulher como todas as outras. Quero um homem que faça loucuras por mim. Que seja capaz de me surpreender com uma grande prova de que me quer, não por dinheiro, não por fama, mas por mim mesma, como mulher”

Outro trecho:

(Repórter) “Porque não deu certo seu affair com aquele modelo italiano?”.

(Ana Clara) “Porque ele me via como modelo, e não como mulher. Se for para me envolver com homens que me vejam como top model, pura e simplesmente, não quero mais. Quero ser desejada pelo que sou!”

Em outra matéria:

(Ana Clara) “Eu me sinto sozinha sim. Eu me sinto carente. As pessoas se aproximam de mim só por minha fama. As vezes tenho vontade de largar tudo, de fugir, de me entocar para viver um grande amor”.

(Ana Clara) “É claro que sexo é fundamental. Adoro sexo, e gosto de homens selvagens. Não precisa de frescuras não... é só fazer como manda o manual”.

Todos ficaram perplexos. Realmente Carter tinha razão, Ana Clara Leffers estava presa àquela vida contra sua vontade... e nas entrelinhas de suas palavras, clamava por homens de verdade, que fizessem loucuras por ela, fazendo-a se sentir mulher desejada.

Tony, quebrando o gelo, perguntou a Carter:

“Qual é o seu plano Adam? Você tem um plano? Você está me convencendo...”

Carter mostrou alguns outros papéis.

“Esta é a planta da casa de Ana Clara. Consegui numa revista de arquitetura. Ela vive sozinha, acompanhada apenas por um pequeno cão. Há 300 metros da casa até o portão. Todas as manhãs Ana caminha essa distância, ida e volta, por dez vezes, totalizando seis quilômetros. Começa as sete da manhã. Sete e meia abre o portão para a governanta, que prepara seu café da manhã enquanto caminha mais meia hora. Depois do café da manhã chegam seu maquiador, sua estilista, seu empresário, e a casa fica cheia de gente”.

“Continue Carter”, disse Roger.

“Meu plano inicial envolvia pegá-la depois que a governanta chegasse, nos últimos trinta minutos de caminhada, antes que o empresário chegasse. Mas me faltou estrutura, pessoas...”

“O plano é bom”, disse Tony, “mas tem que ser amadurecido. Bem, eu não sei vocês, mas se esta pequena quer sexo longe de tudo e de todos, é o que ela vai ter. Eu estou com Carter, e vocês?”

Roger e Leo prestavam atenção a todo instante, e com o chamado de Tony, balançaram a cabeça em sinal positivo. A partir daquele momento, Carter, Tony, Roger e Leo davam início a uma conspiração para fazer o que qualquer homem comum sonharia em fazer: seqüestrar sua musa e ter intensas noites de prazer com ela.

Beberam muito em brindes ao plano... Selaram suas bocas quanto ao segredo deste projeto, e dentre muitas sugestões, escolheram um nome:

“O FÃ-CLUBE”.

Continua...

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(Conto escrito por Adam Carter - Leiam outros contos publicados clicando no nome do autor)

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Comentários

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ha ha ha Eu já li, O fã-clube, mas vou adorar ler o seu...

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Apesar de longa, essa foi uma bela introdução. As fantasias sobre o que pode acontecer com ana clara coemçam a povoa minha cabeça...

Que venha a próxima parte!

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