Francisco
Tava morto de tesão. Não sei por que eu estava assim, normalmente fico um pouquinho quente, nada que uma punheta não resolva, mas naquele dia, não sei se por causa do calor, eu estava com tesão. O pau não estava duro dentro das calças, mas estava inchadão, fazendo com que eu a toda hora tivesse que ajeitar ele dentro da cueca. Aliás, já que falei nele vai aí a descrição, dele e do resto. Me chamo Rafael, tenho 22 anos, 1,82 de altura, 75 quilos, sou liso, salvos nos lugares em que todos tem pelos, fora disso mais nada. Meu pau hoje tem 16 cm, 17 se contar a pele da frente. Não sou malhado (detesto academia) mas meus músculos são definidos por força da natação que eu faço desde moleque. Não sou nenhuma beleza, mas escroto eu não sou não. Desde moleque pequeno que eu sei que curto homem. No princípio isso me incomodava mas depois, quando eu descobri que conseguia ficar de pau duro também com as meninas, o grilo passou. Aliás para deixar bem claro: eu sempre usei as meninas para disfarçar e ninguém saber que eu era gay, mas gostar mesmo eu jamais gostei, preferia os caras, a pele deles, a textura dos músculos e, principalmente, o pau. Aquele cilindrozinho pendurado na frente das bolas sempre me deixou doido. A mesma coisa acontece com as bundas. Uma bunda bonita, empinada e durinha me rende incontáveis punhetas. E um cu cabeludinho. Não digo aqueles cus que ostentam uma cabeleira, gosto é de cu mais para o liso, só com uns cabelinhos em volta (o meu é assim). Apesar de estar falando assim desse jeito, contando tudo na maior segurança, o fato é que na vida real eu sou super tímido e cagão. Tenho medo de tudo. Com os poucos caras com quem eu fiz sacanagem a coisa sempre partiu deles porque nunca tive coragem de me aproximar de nenhum. Na transa eu topo tudo. Já comi gente e já fui comido. Prefiro comer, mas se o cara insiste eu deixo ele meter em mim (menos se ele tem pica muito grande porque dói pra caramba). Mas transei muito pouco. Em criança aquele papo de bater punheta junto os amigos e que evoluiu para umas chupadinhas. Depois começaram a rolar coisas mais sérias e completas. Já adolescentão cheguei a transar com caras mais velhos, mas eu não gostei deles. Enfim, como vocês já devem ter sacado, eu sou um merda sexualmente falando.
Tem um tempo que eu descobri um cara (por sinal o cara mais afeminado que eu já vi) que me arranja uns michés que vêm em casa. Sempre peço passivos, bem moços, sempre com a ressalva de que tenham mais de dezoito anos e que tragam Carteira de Identidade mostrando a idade. É aquela foda com miché. Chega, tira a roupa, toma banho (não dispenso banho porque odeio cara fedido), o cara me chupa, eu chupo o cara, ele vira o rabo, eu meto e gozo. Acabada a “transa” eu pago e o cara se larga.
Assim, naquela tarde eu liguei para a bichona. Ele disse que ia mandar um cara chamado Francisco que era um tesão. Ia ser um pouco mais caro, mas garantia que valia a pena. Explicou também que o cara não era só de dar, comia também, mas que ia fazer o que eu mandasse, sem grilo. Tudo bem. Combinei a hora e o preço. Fui pra casa (moro sozinho desde os dezoito anos) e fiquei esperando. Na hora marcada o cara chamou pelo interfone e eu mandei ele subir. Eu estava pelado, somente com uma tolha em volta da cintura. Abri a porta e vi o Francisco. Deus do Céu! Ali na minha frente estava o ser humano mais bonito que eu já tinha visto na minha vida. Não era gordo nem magro, tinha um corpo (naquela hora era adivinhação porque ele estava vestindo bermuda e camiseta) perfeito. Era alto, mais alto um pouco do que eu. A cara era linda. Ele mandou um ‘boa noite Rafael’ acompanhado de um sorriso que deixava ver uns dentes brancos perfeitos. Tinha os cabelos e os olhos castanhos claros. Mandei ele entrar. Eu estava doido só de ver a cara dele. Fora do habitual perguntei se ele queria beber alguma coisa. Ele respondeu que se tivesse uma Coca seria legal. Fui buscar. Quando voltei da cozinha ele tinha sentado no sofá. Sentei do lado dele. Queria começar uma conversa mas nada me vinha na cabeça. Assim mesmo mandei, olhando ele no olho: “Cara, voce é bonito pra caramba!” Ele riu aquele sorriso lindo. Eu aí me aproximei e colei os meus lábios nos dele. Ficamos assim um tempão. Só lábio no lábio, sem língua (ainda). O carinha tinha um hálito fresco, gostoso. Ao mesmo tempo fiquei alisando as costas dele, descendo a mão. Enfiei a mão dentro da bermuda e da cueca e meti o dedo na racha da bunda dele, procurando o buraquinho mas não consegui. Afastei o corpo e cheirei o dedo. Ele riu e disse: “Fica frio que não está fedido porque tomei um super banho antes de vir.” Eu ri também e mandei: “Assim mesmo vamos tomar um banho. Vai tirando a roupa.” Ele se levantou e tirou a camisa, depois a bermuda, a cueca, descalçou o tênis e ficou ali pelado na minha frente. O corpo do Francisco era um espetáculo: nada fora do lugar, sem um pingo de gordura. Absolutamente liso. Tinha uns pentelhos fartos, castanhos como o cabelo da cabeça, do meio dos quais saiam os culhões dele. O saco era grandinho, mas o pau era pequeno, muito pequeno. Acho que fiquei olhando com insistência porque ele deu uma gargalhada dizendo: “Fica frio porque quando ele endurecer vai ficar normal. Eu tenho isso: mole é pequeno, mas quando endurece dobra de tamanho.” Eu ri: “Então vamos dar um jeito dele crescer, detesto piroquinha porque parece que eu sou pedófilo transando com uma criancinha.” Ele riu. Além do pentelho ele tinha aquele corredorzinho de pelo que ia até o umbigo. Pedi que ele se virasse para eu ver a bunda dele. Ele virou e eu vi aquele acontecimento. Que bunda linda! Dura e empinhadinha. Afastei as nádegas. Puta que pariu, o cara era perfeito. O cuzinho era cor de rosa e cercado de pelinhos. Não resisti e aproximei a cara e dei um beijinho. De fato ele cheirava bem, um cheirinho de sabonete. Mesmo assim encaminhei ele para o banheiro, enquanto que no caminho soltei a toalha ficando peladão. Quando chegamos ele me olhou e disse: “Sabia que voce não é de se jogar fora? Quantos anos voce tem?” Eu respondi: “Tenho 22 e voce?” Ele mandou: “19, fiz no mês passado” Eu mandei para sacanear: “Teve bolinho? Voce apagou velinha?” A resposta dele foi seca: “Não.” Liguei o chuveiro e empurrei ele para dentro do box. Ele entrou mas deu um pulo para trás: “Caralho! Ta quente pra caramba!” Eu aumentei a água fria e entrei também. Deixei a água escorrer sobre os nossos corpos enquanto abraçava o Francisco e mandava um beijão, enfiando a minha língua na boca do cara. Ele tinha um gosto parecido com hortelã na boca. Ele enroscou a língua na minha. Ficamos nos beijando. Eu sentia na minha barriga o pau dele crescer. O meu já estava quase duro. Peguei o sabonete e a esponja e comecei a ensaboá-lo. Fiz a maior espuma nos pentelhos dele e aproveitando a espuma peguei na pica dele, puxei a pele para trás (uma pele super comprida, diga-se de passagem) e dei uma punhetada bem vagarosa e me agachando aproximei o rosto e meti a cabeça na boca. Ele deu um suspiro. Foi rapidinho, o suficiente para que ele ficasse de pau inteiramente duro. Realmente tinha crescido e muito, estava com a piroca praticamente do tamanho da minha. Virei ele de costas para mim. Ensaboei as costas dele e fui descendo e meti a mão na racha e enfiei a ponta o dedo no cuzinho dele. Outro suspiro. Aí me abracei com ele. É uma coisa que eu gosto pra caramba: sentir o corpo ensaboado, escorregando. Encaixei a minha pica na racha. Não tentei enfiar, só encaixei. Fiquei assim um pouco. Depois afastei o corpo para que a água tirasse o sabão todo. Saí do box e puxei ele pela mão: “Não se seca, vamos molhados para o quarto.” E ele: “Vai molhar tudo!” E eu: “Sem grilo, depois eu mudo o lençol. Eu quero sentir voce molhado, a sua pele friazinha.” Deitamos, ele por baixo e eu por cima. Ficamos abraçados movimentando os nossos corpos, sentido os nossos caralhos roçando um no outro. Numa hora eu falei: “Me chupa!” Eu me deitei de costas. Ele começou me dando um beijo, de língua, tesudo pra caramba, completamente diferente de qualquer outro beijo que eu tivesse recebido. Não sei como ele fazia aquilo. Veio descendo me lambendo todo. Beijou o meu pescoço, lambeu a minha orelha, chupou o meu queixo. Isso tudo bem devagarzinho, completamente diferente das outras fodas com miché que fazem tudo rapidinho para acabar logo e se largarem. Continuou descendo. Chegou nos meus peitinhos. Levantou o corpo e ficou passando o dedo nos biquinhos, até eles ficarem durinhos. Aí falou: “Seu peitinho é uma graça. Ainda é inchadinho como se voce fosse adolescente.” Aí caiu de boca e ficou chupando e lambendo um e mexendo no outro com o dedo. Depois trocava. Já tinham chupado os meus peitos, e eu sinto muito tesão neles, mas o Francisco fez de uma forma que me deixou doido. Eu sentia um arrepio que se refletia no saco. Comecei a gemer. Ele deu uma parada: “Ta gostando? Ta legal?” Eu só mandei: “Não para!” Ele continuou, só que de vez em quando largava do peito e ia me lambendo até o umbigo, no qual ele enfiava a língua ou ficava lambendo em volta. Eu estava alucinado. Nunca tinha sentido aquelas coisas na intensidade que eu estava sentido agora. Ele não parava. Aí foi descendo e enfiou a cara nos meus pentelhos. Eu sentia a respiração forte e quente dele. O meu pau parecia que ia estourar de tão duro. Saia melação direto. Ele numa hora levantou a cabeça e falou: “Cara, voce mela pra caramba!” E deu uma lambidinha na ponta do meu caralho. Mas continuou lambendo. Dos pentelhos ele foi na virilha que lambeu um tempão enquanto segurava os meus ovos dando uns apertinhos muito leves. Da virilha meteu a língua por detrás do meu saco, onde ficou lambendo bem de levinho. Depois subiu pelo saco, seguiu com a língua o comprimento do meu pau e meteu ele na boca, sugando com força. Puxou a pele para trás com toda a delicadeza e começou a fazer um vai vem, hora depressa, hora bem devagarzinho, enfiando o meu pau até a garganta. Eu já nem conseguia pensar direito. Numa hora eu falei: “Cara, para um pouco porque eu estou com medo de gozar!” E ele deu uma risadinha, olhando para minha cara: “E desde quando gozar é ruim?” Eu respondi: “Não é ruim, mas eu queria gozar dentro de voce, apertando voce.” Ele retrucou: “Voce quer gozar agora?” Eu respondi num sussurro: “Quero. Quero muito!” E ele: “De que jeito voce quer?” Eu respondi: “Queria voce de quatro para eu poder ver minha pica entrando no seu cuzinho.” Ele se ergueu e ficou de quatro na cama. Eu peguei uma camisinha das várias que estavam espalhadas na cama, coloquei no pau, mandei o lubrificante, no meu pau e na bunda dele, enfiando o dedo no anel dele. Sentia ele relaxado. Afastei as nádegas dele para ver aquele cu absolutamente divino. Encostei a minha pica na porta e forcei. Custou um pouquinho, mas logo ele relaxou e o pau entrou. Não enfiei tudo, pouco mais que a cabeça e fiz um pequeno vai e vem. Ele deu um gemidinho. Enfiei mais um pouco, segurando ele pela virilha para firmar. Comecei um vai e vem forte, indo cada vez mais fundo. Vi que ele se punhetava. Eu nem sei por que pedi que ele mostrasse a palma da mão que eu lubrifiquei também. Fiquei fazendo o vai e vem. O cu dele era super quente. Tinha hora que eu enfiava tudo e abraçava as costas dele e beijava ele na nuca. Eu sentia aquele corpo forte e macio ao mesmo tempo. Eu estava absolutamente encaixado nele, éramos um corpo só. De vez em quando ele balançava a bunda. Meu pau entrava e saía. Eu estava absolutamente alucinado de tesão. Numa hora ele falou bem baixinho: “Eu queria meter em voce. Deixa?” Eu queria muito sentir o Francisco dentro de mim. Só respondi: “Vem.” Saí do cu dele e me pus de quatro. Ele falou: “Não queria assim. Queria de frango para poder olhar na sua cara e beijar voce.” Dei uma risadinha e deitei de costas levantando bem as pernas que pus nos ombros dele. Ele vestiu uma camisinha e lubrificou bastante. Encostou a ponta do cacete no meu cu e forçou. Eu tranquei o cu, de medo da dor. Ele falou: “Relaxa que não vai doer muito, eu sei como fazer, faz como se voce fosse cagar. Confia em mim.” Eu fiz como ele mandou. Ele conseguiu enfiar a cabeça. Doeu e eu disse um ‘ai”. Ele parou para eu me acostumar. Depois enfiou mais um pouquinho. Outro ‘ai’ e outra parada. Ele apoiou um braço na cama e com a outra mão ficou passando o dedo no meu peitinho. Ora num, ora no outro. Enfiou mais um pouco e disse. “Ta tudo dentro.” Eu sentia o caralho dele dentro de mim. Parecia que ia até o meu intestino. Ele começou a fazer um vai e vem bem devagar e dobrando o corpo procurou a minha boca, me dando um beijo alucinante. Eu perguntei: “Voce vai gozar?” Ele muito serio respondeu: “Não. Aqui quem goza é só voce que está pagando.” E imediatamente tirou o pau de dentro de mim e disse: “Agora vem e acaba em mim. Como voce quer?” Eu falei: “De frango, como voce fez.” Ele deitou e levantou as pernas, enquanto que com as mãos separava as nádegas. Eu dessa vez, louco de tesão, nem pensei muito, nem fui delicado. Enfiei tudo de vez e comecei um vai e vem furioso. Ele tinha tirado a camisinha e se punhetava direto. Senti que o gozo vinha e falei alto: “Vou gozar!” Ele continuava se punhetando. Eu falei: “Continua a punheta e goza também.” Eu estava de corpo levantado para poder enfiar mais, até o fundo. Ele levantava a bunda para facilitar. Numa hora ele deu um gemido alto e começou a gozar. Acreditem ou não, ele lançou seis ou sete jatos, fortes, que melaram a cara e os ombros dele. Quando ele gozou apertou o cu. Foi o suficiente para que o meu gozo chegasse. Foi um gozo forte, longo, que parecia que não ia acabar nunca. Uma verdadeira delicia. Eu gemia alto. Naquele momento eu senti uma coisa que nunca tinha sentido na minha vida toda. Eu senti amor pelo cara. Eu me senti dono dele, me senti um com ele. Finalmente o gozo acabou. Eu dobrei o corpo e beijei o Francisco. Naquele beijo eu estava todo, me dando e pegando. Ele correspondeu. Aí abracei ele e enfiei a cara no pescoço dele. Fiquei paradinho, um tempão. Ele me apertava com força. Eu senti que o meu pau continuava duro como se eu não tivesse gozado. Eu sentia o dele duro também na minha barriga. Finalmente eu fiquei de lado, tirando o cacete de dentro dele. Mas continuei abraçando o Francisco. Ele encostou a cabeça no meu peito. Eu beijava o cabelo dele que cheirava a sabonete barato. Numa hora ele fez menção de se levantar. Eu pedi, quase implorando: “Não sai não. Fica mais um pouco.” Ele relaxou o corpo. Numa hora eu falei: “Cara, eu queria gozar de novo. Não grila que eu pago outra foda.” Ele levantou o corpo e falou: “Tudo bem. Mas o pagamento não vai ser dinheiro.” Eu fiz cara de intrigado: “Não saquei.” Ele riu gostoso e disse: “O pagamento vai ser voce deixar eu gozar em voce.” Eu disse: “Tudo bem. Faz como voce quiser, comanda tudo.” Ele respondeu de uma forma esquisita: “Sem essa de comandar. Nós vamos foder. Cada um vai fazer com o outro o que quiser, na hora que quiser. Olha, cara, para mim foda gay é foda de homem. A gente é macho fodendo um ao outro como macho. E não vai ser foda de miché porque agora eu não sou mais miché, sou o cara que quer foder voce e quer ser fodido por voce.” Eu ri da sacada dele. E começamos a foder. Fizemos de tudo. Coisas que eu nunca imaginei que faria algum dia ou que deixasse alguém fazer comigo. Finalmente acabamos. Exaustos, satisfeitos. Eu pelo menos nunca tinha me sentido tão completo, tão feliz. Fomos para o banheiro tomar uma chuveirada porque estávamos ambos completamente melados de porra. Ensaboei o Francisco e ele me ensaboou. Nos abraçamos. Absolutamente sem pensar acabamos punhetando um ao outro. Ele gozou na minha cara e eu gozei na cara dele. Lambemos as nossas porras. Imagina a loucura, eu lambendo a porra de um miché. Mas não quis nem saber. Lambi o esperma dele que eu achei uma delicia. Nunca tinha experimentado porra. Nem a minha. Finalmente saímos do banho e nos secamos. Ele se vestiu e eu continuei pelado. Dei a grana na mão dele que ele enfiou no bolso da bermuda sem contar. Se encaminhou para a porta. Eu segurei ele pelo braço e falei: “Francisco, eu quero mais.” Ele arregalou os olhos: “Hoje? Ainda quer foder mais? Tem ainda tesão para isso?” Eu ri: “Não. Hoje não, eu sou um cara normal. O meu tesão passou.” E aí, de um jeito que eu nem sei explicar direito, mandei para ele: “O tesão sim mas o sentimento não.” Ele me olhou sério e falou: “Eu também senti troços que eu não sentia há muito tempo. Olha, Rafael, voce nunca mais vai pagar por mim. Vai ser difícil porque eu quase nunca tenho tempo porque eu fodo todas as noites, às vezes de tarde e até de manhã porque é assim que eu sobrevivo. Mas toma nota do meu celular. Me chama quando voce quiser. Se eu vou poder eu não sei, mas se conseguir dar um jeito eu virei quando voce chamar.” Eu dei um risinho e respondi: “Anota aí o numero do meu, caso voce sinta falta de mim.” Ele anotou e se largou.
Uma semana se passou. Eu estava doido para encontrar o Francisco, mas foi uma semana de trabalho foda, eu ralando o dia inteiro e chegando em casa absolutamente morto de cansaço. Mesmo assim não dormi uma só noite sem bater uma punheta pensando no Francisco. Passei um fim de semana foda sentindo falta do garoto. Aquilo já estava me grilando. Claro que eu podia ter telefonado para o Adílio (a bicha cafetona) e pedido um cara, mas eu queria o Francisco, aliás só queria o Francisco. Imaginava ele entrando em casa com aquele sorrisinho lindo. Imaginava ele tirando a roupa devagarzinho, imaginava tudo e mais alguma coisa. E tome punheta. Na segunda feira o meu celular tocou. Eu não reconheci a voz: “Oi Rafael, tudo bem?” E eu: “Quem está falando?” E eu ouvi: “Um cara que não consegue tirar voce da cabeça. Aliás das cabeças, e do resto do corpo.” Aí caiu a ficha e eu quase dei um berro (aliás o maior mico porque eu estava na minha sala de trabalho, cheio de gente em volta.): “Francisco! É voce?” E ele, rindo, mandou: “Sim. Sou eu. To livre hoje de noite porque o cara que tinha marcado transa comigo pegou a maior gripe. De propósito não falei nada para o Adílio para poder ficar livre e encontrar voce.” Eu nem pensei: “Fechado. Às oito na minha casa. Olha, não janta nem come nada porque eu vou arranjar um lanchinho para nós dois.” E ele: “OK. Às oito então. Um beijo estalado nessa sua bochecha.” E desligou. Eu não consegui trabalhar mais. Fiquei de pau duro um milhão de vezes. Pensei até em dar um pulo no banheiro e dar uma punhetada, mas desisti porque achei que estaria traindo o Francisco. No fim do dia os meus colegas quiseram armar a ida a um bar tomar um chope mas eu não topei. Dei uma desculpa e me larguei. Passei no supermercado. Não sabia o que comprar porque não sabia do que o Francisco gostava. Acabei comprando o básico: um presuntinho, um queijinho, umas torradas e ovos. Ovo quebra qualquer galho. Cheguei em casa pouco antes das oito. Tomei uma chuveirada porque não ia chegar perto do garotão com cheiro de trabalho, logo ele que era todo cheirosinho.
Às oito em ponto tocou o interfone. Era ele. Liberei a porta do prédio e fiquei esperando ele na porta do apartamento. Abriu o elevador e lá estava o Francisco. Lindo, muito mais lindo do que eu me lembrava. Não estava de bermuda. Vestia um jeans e uma camisa de manga enrolada. Sapatos sem meia. Parecia um modelo, desses que a gente vê em foto de desfile de moda. Eu não me contive: “Cara, voce está diferente.” Ele riu (o Francisco ria o tempo todo, até gozar ele gozava rindo): “Essa é a minha roupa comum. Bermuda, camiseta e tênis é só quando eu vou encontrar cliente porque assim eu fico parecendo mais moço do que eu sou e os caras adoram.” E eu: “Entra, carinha, entra.” Ele entrou e ficou parado olhando o meu micro apartamento. Finalmente se dirigiu para o sofá e falou: “É. Não esqueci de nada do seu palácio.” E eu: “Palácio? Essa merda de apartamento é palácio? Ta maluco?” E ele, com uma voz meio sofrida: “Perto do lugar onde eu durmo é palácio sim. E dos grandes.” Eu ri do absurdo. Sentei do lado dele. Não tinha coragem de fazer nada. O meu pau já estava endurecido, me incomodando na cueca. Ele estendeu o braço e pegou na minha mão, entrelaçando os dedos dele nos meus. A mão do Francisco era macia, quente. Eu senti um arrepio. Ele aí falou: “Essa semana toda só pensei na gente. Rememorei tudo o que a gente fez, do jeito que a gente fez. Lembrei, palavra por palavra, o que a gente falou. Nem quando estava fodendo com os caras eu tirei voce da cabeça. Não pensando que estava transando com voce, isso não, mas a sua cara não me saía da cabeça.” Largou a minha mão, aproximou o corpo e me abraçou. Pegou na minha cabeça e aproximou ela da dele. Me deu aquele beijo fantástico que só ele sabia dar. Me apertava o corpo com os braços, forte, com ânsia. Eu enfiei os dedos nos cabelos dele. Senti aquele gosto de hortelã que ele tinha na boca. Ficamos nos beijando um tempo que eu nem sei quanto foi. Depois ele se separou de mim, sentou-se reto no sofá e segurou na minha mão de novo. Aí falou: “Voce foi a única coisa boa que me aconteceu em muito tempo.” Eu completei: “Voce é a única coisa boa que me aconteceu na vida toda.” Nem tinha acabado de falar e ele voou em mim, me apertando, me beijando, me lambendo a cara toda. Eu fiz o mesmo. Com uma mão comecei a desabotoar a camisa dele. Enfiei a mão dentro da camisa e procurei os peitinhos. Estavam durinhos, pareciam duas bolinhas. Fiquei brincando, passando o dedo nos biquinhos. Ele deu uma gemidinha de prazer. Aí se separou de mim e foi desabotoando a camisa e puxando ela para fora do jeans. Aí falou: “Vou ficar pronto para o banho.” Eu retruquei, pela primeira vez na minha vida: “Sem essa de banho. Quero voce como voce é, com os seus cheiros, com a sua pele nua encostando em mim.” Ele tirou a camisa que deixou caída no chão. Imediatamente pegou na minha camiseta e fez eu levantar os braços e tirou ela, como se estivesse despindo um garotinho. Aí empurrou o meu corpo sobre o sofá e me abraçou, ficando por cima de mim. Eu estava de pau duro e sentia o dele duro igual, apesar do tecido grosso do jeans. A pele do peito dele no meu é algo que não dá para descrever. Mas foi ele quem falou, num momento em que ele saiu da minha boca: “Rafael, voce tem a pele mais gostosa que eu já senti. E sentir esse seu peitinho inchadinho roçar em mim me deixa doido.” Eu aí perguntei: “Voce está com tesão?” E ele: “O maior que eu senti em muito tempo.” Eu retruquei: “Mas dá para esperar um pouco antes da gente começar a transar?” Ele respondeu: “Mesmo que não desse eu esperava porque voce está dizendo.” Eu respondi, olhando ele no olho: “Queria namorar mais um pouco com voce e depois queria te olhar todinho, de perto, para saber de cor o seu corpo. Assim se a gente não se ver mais eu vou ter voce na memória para sempre.” Ele reagiu, e com uma voz sofrida pra caramba retrucou: “Não fala da gente não se ver mais.” Fiquei olhando ele, parte por parte. Ficava olhando e depois dava um beijinho onde tinha olhado. Numa hora falei: “Vamos para a cama.” Levantamos do sofá e fomos. Quando entramos no quarto ele ficou olhando para a cama. Em cima dela eu tinha colocado um ursinho de pelúcia que eu tinha comprado no supermercado. Eu expliquei: “Pega ele. É seu. Ele se chama ‘Drew II’ porque é irmão do Drew I que foi o meu irmãozinho quando eu era pequeno. A cena era hilária. O Francisco, completamente pelado, de pau duro espetado para cima, abraçando o ursinho, beijando ele, chorando pra caralho. Numa hora ele se virou e foi saindo do quarto, e falou: “Vou levar ele para sala. O Drew é muito criança para ver foda de homão.” Voltou rapidinho e me abraçando me colocou na cama. Mal tínhamos deitado ele começou a lambeção. Me lambia e me beijava. Numa hora levantou o meu braço e começou a lamber o meu sovaco. Pegava os pelos e puxava com os lábios, bem de leve. Eu estava ficando sem capacidade de pensar. A melação escorria do meu pau. Do dele também mas em menor quantidade. Mas ele não deixava escorrer, ia na cabeça do meu pau e lambia ela. Eu passei a fazer o mesmo com ele. Numa hora ele falou: “Mete em mim.” Eu perguntei: “De que jeito voce quer?” Ele respondeu: “Voce escolhe. Pensa que a gente casou e que essa é a nossa primeira foda.” Eu mandei: “Então vai ser de frango que foi o jeito que voce escolheu para meter em mim no outro dia.” Ele deitou-se de costas e levantou e encolheu as pernas, mostrando aquele cuzinho lindo. Eu nem perguntei nada. Caí de língua. O cuzinho dele cheirava a sabonete mas a suor também. Eu afastava as nádegas dele e enfiava a cara na bunda dele. Lambia e endurecia língua para enfiar no buraquinho. De vez em quando eu enfiava o dedo, aproveitando a lubrificação do cuspe. Ele gemia alto. Numa hora eu parei. Meti a camisinha, reforcei a lubrificação e encostei a minha pica na portinha. Ele levantou um pouco o corpo e me pegou pela bunda me forçando contra ele. O meu pau entrou com facilidade. Ele primeiro levantou a bunda para ajudar, mas depois colocou um travesseiro embaixo dele. Eu comecei o vai e vem. Nessa hora ele gritava, mas não era de dor, era de puro gozo, de puro prazer. E eu metendo. Fui aumentando o ritmo. Não queria que o gozo chegasse. Queria perpetuar aquele momento. Eu sentia que ele apertava o cu, envolvendo o meu pau. Numa hora eu não agüentei mais e num grito mandei: “Vou gozar!” Ele gemendo e gritando mandou: “Goza em mim, Rafael! Mete a sua porra dentro de mim. Me dá aquilo que é seu e que eu vou ter dentro de mim!” E eu gozei. Meu Deus, como eu gozei. Eu sentia a minha porra enchendo a camisinha. Ele estava de cabeça virada para trás, tremendo todo. Quando eu acabei eu relaxei o corpo, mas ele saiu debaixo de mim. Pegou no meu pau com todo o cuidado, tirou a camisinha, pôs ela na boca e apertando ela com os dedos bebeu toda a minha porra. Quando acabou ficou olhando na minha cara, com aquele sorriso dele que me deixava doido. Aí foi em direção ao meu pau e lambeu ele todinho, bebendo as gotas de porra que ainda escorriam. Depois deitou e me abraçou. Não fez nada, só me abraçou. Eu sentia ele tremer todo. Era como se ele tivesse levando uns choquinhos elétricos. Eu aí falei: “Voce está doido de tesão. Eu estou sentindo o tesão atravessar o seu corpo. Vem. Agora é sua vez.” Ele se deitou de costas na cama com o pau durão espetado para cima. Pegou o meu corpo e me fez subir em cima dele, de pernas abertas, uma para cada lado do corpo dele. Inicialmente eu fiquei de costas e ia começar a sentar no cacete dele, mas ele corrigiu: “De costas não. Fica de frente para eu ficar namorando voce.” Foi legal, até porque nós tínhamos esquecido de colocar a camisinha e passar o lubrificante. Coloquei eu mesmo a camisinha nele. Aí me coloquei na posição. Ele mandou: “Larga o corpo, deixa que eu seguro para não entrar tudo de uma vez e machucar voce.” Ele segurou mas não adiantou nada. Doeu pra caramba e entrou tudo quase de uma vez só. Mas eu estava muito a fim de ter o Francisco dentro de mim. Dei um gemido e comecei a mexer o corpo, sentindo o caralho (aquele momento caralhão) dele entrar e sair. No fim quase não doía muito. Ficamos assim um tempo grande e nada do gozo dele vir. Eu acho que ele estava segurando. Numa hora ele falou: “Agora deita e vamos de frango. Essa vai ser a nossa grande foda. Para sempre. Todas as vezes que a gente estiver feliz vai foder de frango.” Eu me posicionei. Ele mandou: “Abre bem as pernas para eu me encaixar bem em voce e poder te beijar até o fim do mundo.” Eu fiz e ele se encaixou. Começou um vai e vem forte. Levantava o corpo e punhetava o meu pau que continuava duro como uma rocha. Depois se curvava e procurava a minha boca. Até que eu senti que o gozo dele estava chegando. Ele gemia alto dizendo ‘obrigado meu Deus”. Eu senti ele tremer forte e enfiar o pau até o talo. Doía mas eu não ligava. Ele deu umas estocadas fortes e de repente parou. Eu nem pensei. Saí dele e peguei o pau dele, tirei a camisinha e bebi a porra dele. A quantidade era assombrosa, tinha enchido a camisinha. Com a boca cheia da porra do Francisco mandei um beijo nele, dividindo com ele o esperma dele. Quando terminamos eu comandei: “Agora banho e depois comer alguma coisa.” Ele riu. Ele ria sempre. Nos demos banho um no outro. Nos ensaboamos, seguramos nos nossos paus, nos beijamos pra caralho. Saímos e eu fui na cozinha pegar as comidinhas. Perguntei: “Vinho ou cerveja?” Ele respondeu: “Nem um nem outro. Prefiro uma Coca se tiver.” Eu peguei uma para ele e outra para mim. Ficamos na sala de mãos dadas. Com a outra ele segurava o Drew. Dava beijinho nele, esfregava a cara no ursinho. Numa hora fez eu beijar também, dizendo: “Drew, dá um beijinho no tio.” E riu pra caralho. Parecia uma criança.
Eu estava gostando pra caramba de ficar ali “namorando” o Francisco. Mas o tesão estava voltando. Como nós estávamos pelados, pude ver que o pau dele estava inchando novamente. Ele olhou para o meu e perguntou: “Tesão ou vontade de mijar?” Eu respondi: “Os dois. E já que voce falou segura aí que eu vou dar um pulinho no banheiro.” Tudo bem que a gente tinha fodido, metido um na bunda do outro, feito um monte de sacanagem, mas eu acho que mijar e cagar é uma coisa muito íntima. Assim levantei e fui sozinho no banheiro. Quando eu voltei levei o maior susto. O Francisco estava segurando o Drew contra o rosto e chorando. Chorando pra caralho. Soluçava forte, as lágrimas escorriam pelo rosto dele. Eu fiquei assustado: “O que foi Francisco? O que aconteceu?” Ele, limpando o rosto com as costas da mão só falou: “Nada. Fiquei com saudade de mim. Só isso.” Eu fiquei calado, esperando que ele me explicasse que porra ele queria dizer com aquilo. Mas ele não disse nada. Olhou para mim, se levantou do sofá e falou: “Vamos voltar para o quarto.” Pegou na minha mão e foi me puxando. Chegamos e eu sentei na beira da cama. Ele ainda de pé se aproximou de mim e encostou o pau dele, ainda meio mole, na minha cara. Eu entendi e abri a boca e meti o cacete dele na boca. Chupei forte. O pau dele foi crescendo na minha boca. Ele aí movimentou o corpo para frente e para trás como estivesse fodendo a minha boca. Agarrou a minha cabeça, meteu as mãos nos meus cabelos e ficou forçando a minha cabeça a fazer um vai e vem. Suspirava forte, fazendo esporro. Eu agarrei na bunda dele e fiquei apertando ela. Numa hora ele afastou o corpo e olhou para o meu pau. Vendo que ele estava duro, empinadão, falou: “Vem me foder. Faz forte, como se o mundo fosse acabar amanhã.” Fiz ele deitar de bruços. Abri as pernas dele e me deitei sobre ele procurando enfiar o cacete no cu dele. Ele virou a mão para trás e encaminhou a ponta para o cu dele. Eu aí me lembrei: “Para, Francisco! Esquecemos da camisinha.” Ele começou: “Não põe e...” E parou. Foi na mesinha de cabeceira, apanhou uma e ele mesmo vestiu ela em mim. Deitou-se novamente na mesma posição. Eu peguei o lubrificante, lambuzei o pau e me deitei em cima dele, como da outra vez. Do mesmo jeito ele virou a mão para trás e encaminhou o meu pau no buraco dele. Quando eu senti que estava no lugar, forcei a minha bunda e comecei a enfiar. Encostei o meu peito nas costas dele e passei os meus braços por sob o sovaco dele. Fiquei assim agarrado, apertando ele com toda a força. Comecei a mexer o meu corpo. Ele falava alto: “Me fode, me fode. Crava o caralho no meu cu!”. Do meu lado eu comecei a falar também: “Estou te fodendo. Estou entrando em voce. Não é só o meu pau. Eu estou inteiro dentro de voce. E não quero mais sair. Nunca mais.” E comecei a aumentar o meu ritmo. De vez em quando eu parava o vai e vem. Tirava o meu pau quase todo e enfiava novamente, só para sentir a cabeça passar pelo anel do garoto. Fui sentindo uma espécie de exaltação que me fazia foder com mais vontade, com mais tesão. Eu estava absolutamente alucinado. O Francisco também estava, ele me sentia dentro dele e queria isso. Gritava umas coisas incoerentes e mexia a bunda, levantando ela para que o meu cacete entrasse até o fim. As minhas bolas batiam na bunda dele. De repente o meu gozo chegou, quase sem aviso, nem tive tempo de dizer que estava começando a gozar. Comecei a esporrar. Sentia que não estava somente esporrando, sentia que estava me esvaindo dentro do Francisco. Nessa hora, sem pensar em nada (quem pensa gozando?) eu dei um grito: “Meu amor, eu te amo, eu te amo, eu te amo, voce é meu, vai ser sempre meu!!!!!” A reação do Francisco me surpreendeu. Numa violência que eu nunca pensei que ele pudesse ter ele torceu o corpo saindo debaixo de mim e levantando-se da cama começou a berrar: “Que me ama porra nenhuma! Aqui ninguém ama ninguém! A gente mete um no cu do outro e pronto! Vai se foder! Vai se foder!!!!!” Eu ainda tentei segurar no braço dele, mas ele me deu um safanão e, pelado como estava, se largou do quarto. Eu fiquei ali parado, sem saber o que fazer ou dizer. Mas imediatamente me levantei e fui atrás dele. Quando cheguei na sala ele já tinha pegado a roupa e ido embora. Só vi a porta do apartamento batendo. Fiquei parado, estático, olhando para a porta. Quando me voltei e olhei para o sofá vi que ele não tinha levado o ursinho. Fui para o banheiro e entrei no chuveiro. Me lavei com força, com raiva. Numa hora vi que ainda estava com a camisinha. Arranquei ela e vi que tinha gozado porque ela estava cheia de porra, mas não me lembrava do gozo. Minha cabeça era uma confusão só, mas me lembrava que tinha falado que amava o Francisco. Disso eu sabia muito bem, assim como da reação violenta dele. Sai do banho e fui para a cama e me deitei. Fiquei parado, incapaz de me mexer. Aí, muito sutilmente comecei a sentir o cheiro do Francisco. No travesseiro tinha ficado aquele cheirinho de sabonete barato do cabelo dele. Aí comecei a chorar. Chorei como nunca na minha vida, horas seguidas. Até que acabei dormindo.
Os dias que se seguiram foram um verdadeiro inferno. Sentia uma falta alucinante do Francisco. Não sabia se era amor ou não porque eu nunca tinha amado ninguém. Tentava recordar tudo o que tinha se passado entre nós. Me lembrava de cada detalhe. Às vezes me confundia e misturava uma foda com a outra. Numa hora eu me lembrava dele me comendo, noutra eu comendo ele. Chegava a sentir as sensações que eu tinha sentido. O merda do garoto não me saía da cabeça, o tempo todo. Trabalhar, fixar a atenção no que eu estava fazendo, era impossível. Quando chegava em casa era ainda pior. Pegava no travesseiro e respirando feito cachorro tentava sentir o cheiro do cara. Claro que era palhaçada até porque a minha faxineira já tinha trocado a roupa de cama. Numa outra noite, pensando nas nossas fodas o meu pau começou a inchar e eu tentei mandar uma punheta. Não só não consegui como tive um ataque de choro que durou quase a noite inteira. A coisa que eu mais queria era ver o Francisco novamente. Na minha cabeça eu não queira nem falar, só ver ele. Os dias foram se passando. Para mim era absolutamente claro que eu amava o Francisco, amava pra caramba. Nem meu pai, nem minha mãe, nem meu irmão mais velho, o cara que até então era a pessoa de quem eu mais gostava no mundo, eu amava tanto. Depois a coisa evoluiu e eu passei a querer falar com ele. Queria saber por que ele tinha ficado puto, com aquela raiva toda. Fantasiei que se ele falasse alguma coisa eu ia mentir para ele, dizendo que não amava de jeito nenhum e coisas nessa linha. Me imaginava dizendo que eu queria só transar, nada mais. Pegava no Drew, o ursinho, e contava toda a conversa para ele. Um dia eu fiz a única coisa que eu já devia ter feito e nem tinha me ocorrido. Telefonei para o Adílio e falei que queria que ele me mandasse um garoto. Ele topou, claro, mas eu disse que queria o Francisco, só me servia ele. A resposta foi terrível porque a bichona me disse simplesmente que era impossível porque o garoto não trabalhava mais para ele. Tinha sumido e ele nem tinha noção de onde ele estava, possivelmente tinha voltado a traficar que foi onde ele tinha encontrado o Francisco pela primeira vez. Eu perguntei onde ele traficava. O Adílio riu e falou que ele ficava numa praça, cheia de outros garotos no sopé de uma favela. Eu perguntei onde era. O Adílio riu e mandou: “Voce ficou com tesão no cara, não é? Vários ficaram, eu estou perdendo um dinheirão com a falta dele.” De qualquer forma me disse onde era a tal favela. Fui até lá, várias vezes, mas nem sombra do Francisco. Eu estava desesperado.
Passou-se um mês e nada. Mais quinze dias e nada. Eu estava uma merda. A falta do sexo me deixava doido, mas o que me destruía mesmo era a falta do Francisco. Comecei a tomar remédio para dormir. Não sei se por isso ou por causa do estado lamentável da minha cabeça o meu pau não subia mais. De manhã, acordava com ele duro de tesão de mijo. Nem mijava e tentava bater uma punheta mas ele amolecia no ato. Tentei ligar para o Francisco no celular, mas dava sempre fora de área e até que um dia disse que o numero não existia mais. Uma tarde, eu estava no meio de uma reunião quando tocou o celular. Atendi, puto comigo mesmo de não ter desligado a porra, quando ouvi aquela voz: “Rafael, preciso falar com voce. Vamos nos encontrar hoje às sete horas na porta do supermercado que tem perto da sua casa.” E desligou. Fiquei olhando para o celular com cara de besta. Todo o mundo notou e eu dei uma explicação merda dizendo que tinha sido minha mãe contando que o meu pai não tinha passado bem. Saí do trabalho e fui direto para o supermercado. Cheguei um pouco antes das sete e fiquei esperando. As sete em ponto vi o Francisco chegando. Vestia aquela mesma roupa que ele tinha usado: calça, camisa e sapato sem meia. Estava meio suja e muito amassada. Ele continuava bonito pra caralho, mas estava magro e abatido e, o pior de tudo, não estava sorrindo. Ele chegou e eu estendi a mão para ele. Ele não correspondeu e foi logo falando: “Rafael, te procurei porque eu queria te pedir desculpas. Fui um grosso e voce sempre foi delicado comigo. Voce não tem nada a ver com os meus grilos. Assim diz que me desculpa, te peço.” E ficou parado me olhando. Eu não conseguia falar. Minha boca estava seca como um deserto. Até que conseguir dizer: “Não esquenta, Francisco. Eu te perdôo de coração.” Ele só disse: “Obrigado.” E ia virando as costas para se largar. Eu quase que berrei: “Espera! Não vai não. Eu preciso falar com voce. Não é por sua causa, é por minha. Será que voce podia fazer esse favor?” Ele parou me olhando nos olhos e disse: “Não vai rolar esse papo de amor?” Eu fui sincero: “Não é papo de amor, muito pelo contrário. Eu queria me livrar desse amor e peço que voce me ajude.” E ele: “Te ajudar como?” Eu fui sincero: “Não tenho a menor idéia. Só sei que sozinho eu não consegui resolver. Mas acho que se a gente conversar um pouquinho pode ser que eu tenha alguma chance.” E ele, com um pouquinho de raiva na voz: “Chance de que? Da gente voltar a foder? Esquece.” Eu retruquei: “Não é foder, se fosse eu tinha dito de cara. É a minha cabeça, quero ter um pouco de paz, só isso.” Ele ficou calado um tempão, até que disse: “Tudo bem. Quer conversar onde?” E eu: “Na minha casa, claro.” E ele, excitado, com raiva: “Lá não, de jeito nenhum!” E eu mandei rapidinho: “Então vamos num restaurante. A gente janta e conversa. Tem um aqui perto que é uma merda e está sempre vazio.” Não sei se ele passou a querer conversar mesmo ou estava com fome (a chance dele estar faminto era grande) o certo é que ele topou. Fomos e nos sentamos. O garçom trouxe o serviço que ele devorou no ato. Eu não sabia como começar a conversa. Mas foi ele quem falou primeiro, entre um pedaço e outro de pão com manteiga: “Como vai o Drew?” Foi a primeira vez que ele sorriu. Eu respondi, sorrindo também: “Está lá tristinho, sentindo falta do irmãozinho dele.” Ele amarrou a cara de novo. Nessa hora me bateu uma idéia e eu mandei: “Na primeira vez que a gente transou voce disse uma coisa que mudou a minha cabeça.” E ele: “O que foi?” Eu respondi: “Voce disse que a transa gay era uma transa de homem. Dois homens transando como machos. Isso mexeu comigo, depois daquilo eu nunca mais tive sentimento de culpa por ser gay.” Ele respondeu: “Ah. Ta.” E continuou calado. Nessa hora o garçom se aproximou. Eu perguntei o que ele queria comer. Ele mandou no ato: “Bife, ovo e batata frita.” Eu pedi um omelete para mim. No estado em que eu estava duvidava muito se iria conseguir engolir alguma coisa. Ele caladão. Não me olhava nos olhos. Nessa hora eu saquei que tinha que resolver a coisa definitivamente. Se ele ficasse puto e se largasse foda-se, depois eu dava um jeito. Assim eu mandei: “Francisco, eu preciso falar. Se voce ficar puto, tudo bem, mas eu só peço que puto ou não voce me ouça até o fim. Se quando eu acabar voce achar que pode me ajudar voce me ajuda e pronto. Só te peço isso.” Ele demorou um pouquinho e disse: “Tudo bem. Fala.” Eu retruquei: “Não é assim. Voce tem que prometer que deixa eu falar até o fim.” E ele: “OK. Prometo. Fala aí.” E eu comecei: “Não tenho duvida que eu te amo, que voce é a criatura que eu mais quero no mundo. Não é foder com voce, o que, de passagem, eu digo que queria muito também. É estar com voce do meu lado. Só isso. Eu te amei desde o primeiro dia que a gente transou. Quando eu gozei em voce na primeira vez eu senti um sentimento que eu nunca tinha sentido antes. Mas não sabia que era amor, simplesmente porque eu nunca tinha amado ninguém. Gostar eu sempre gostei dos meus pais e, acima de tudo, do meu irmão mais velho, mas o sentimento que veio em mim era diferente. Claro que no começo tudo se misturava com o tesão que eu tinha e continuo tendo por voce...” Ele aí ia me interrompendo mas eu mandei: “Voce prometeu que ia deixar eu ir até o fim e eu ainda não acabei.” Ele abaixou a cabeça e mandou: “É. Eu prometi. Segue.” Eu continuei: “Depois eu fui vendo que aquilo é que era o amor. A coisa piorou porque voce, da ultima vez que a gente esteve junto, ficou me namorando. Até riu dizendo que a gente estava namorando, quando ficamos juntos no sofá de mãos entrelaçadas. Eu não pretendia dizer nada para voce até que a gente se conhecesse mais e eu pudesse saber qual o sentimento que voce tinha em relação a mim. Até que a sua reação quando eu te dei o Drew me mostrou que se voce não me amava, pelo menos gostava muito de mim. Aliás eu senti isso quando voce falou que a gente nunca mais ia foder pago. Mas eu estava confuso, Francisco, muito confuso. Eu sou uma merda nessa matéria de sentimentos, aliás sou um merda no sexo também.” Aí ele interrompeu mesmo: “Voce não é uma merda no sexo, voce fode lindo.” Eu continuei, como se não tivesse ouvido o que ele tinha falado: “Não é isso. Eu tenho medo, muito medo do sexo. Nunca pedi que ninguém fodesse ou fizesse sacanagem comigo. A iniciativa sempre foi dos caras.” Ele interrompeu de novo: “Desde quando voce descobriu que era gay?” Eu respondi com a verdade: “Desde que eu me entendo por gente. Sempre adorei os machos. Gostava de olhar para os paus e as bundas. Mas eu ficava na minha, batendo punheta direto. Depois começaram as sacanagens. Nesse ponto eu tinha horror que descobrissem que eu era homossexual. Mas eu descobri que eu conseguia fazer sacanagem com as meninas. Não gostava, mas conseguia, ficava de pau duro com facilidade. Isso era legal porque escondia a minha verdadeira natureza. Namorei várias meninas. Depois parei, quando vim morar sozinho. Aí eu não conhecia ninguém. Até que conheci o Adílio e passei para o sexo pago. Me aliviava e era fácil para mim. Até que voce apareceu. Olha, Francisco, eu não acredito nessa de amor a primeira vista, acho que é papo de romance, mas eu não sei se é essa sua beleza, esse seu sotaque do sul que eu adoro, sei lá. O fato é que voce mexeu comigo de uma forma que nenhum dos garotos que eu tinha comido antes tinha feito. Voce prometeu que a gente ia transar sem ser pago e que me avisava quando voce tivesse tempo. Eu esperei pelo seu telefonema. Demorou uma semana. Uma eternidade. Durante esse tempo todo, pensando que o que eu estava sentindo era apenas tesão, eu bati punheta pensando em voce todas as noites. Quando voce voltou e apareceu vestido com essa roupa que voce está agora, caiu a ficha: eu te amava. Amava mesmo. Queria voce para sempre, para ser o meu companheiro, o cara com quem eu ia dividir tudo da minha vida, as minhas alegrias e as minhas tristezas. Mesmo assim eu tinha resolvido dar um tempo sem dizer nada, sem pedir nada para voce. Mas aconteceu que quando eu estava começando a gozar, com voce preso nos meus braços, eu sentindo voce inteiramente colado em mim o troço escapou. Aquilo era o que eu estava sentindo. Era um troço forte e doce ao mesmo tempo. Aí voce teve a reação que teve. Me odiou. Ficou com raiva de mim e se largou.” Nessa hora o garçom veio trazendo a nossa comida. Interrompi o meu relato, mesmo porque o Francisco atacou o bife com uma sofreguidão de esfomeado. Vi que ele não comia, ou pelo menos não fazia uma refeição completa, há muito tempo. A porra do omelete custava a descer. Só com a ajuda de muita Coca Cola foi que eu consegui. Até que ele acabou. Eu não dei tempo dele falar nada e continuei: “Voce se largou e esse tempo que voce sumiu foi um inferno para mim. Só consigo dormir com remédio. O meu pau não sobe mais, só de manhã quando eu acordo e se eu tento aproveitar para bater uma punheta ele amolece. Já tentei gozar com ele mole mesmo, mas não consegui nada. E voce não me sai da cabeça. Não são as nossas fodas. Aliás elas também porque eu não esqueci de nenhuma. Penso em voce o tempo todo. Lembro de cada pedaço do seu corpo que eu pedi para olhar de perto e decorar. É isso. Assim se voce puder dizer alguma coisa para me ajudar, diz, se não tiver nada para dizer fica na sua.” Dei uma parada. Ele ficou calado também, só que dessa vez me olhando no olho. Pode ser que eu estivesse maluco, mas eu senti uma certa doçura no olhar dele. Eu não me contive e perguntei: “Por que voce me odiou só porque eu disse que te amava?” Ele continuou olhando para mim. Finalmente falou: “Eu não te odiei. Eu odiei o amor, que eu continuo odiando. É um sentimento que só trás sofrimento. Voce está vendo isso por voce mesmo. Voce vivia feliz, na sua, na boa, levando a sua vidinha de uma forma legal. Aí deu de me amar. Desse momento em diante foi só sofrimento. Esse tal de amor é uma merda.” Eu aproveitei a abertura que ele estava me dando e mandei: “O amor já tinha feito voce sofrer antes?” A resposta dele foi foda: “Me destruiu, me fodeu todo, acabou com a minha vida.” Por incrível que pareça aquela exclamação me pareceu que tinha deixado ele aliviado. Senti ele mais solto, vi que os ombros dele tinham relaxado. Resolvi aproveitar o que me pareceu uma oportunidade e perguntei: “Dá para me contar isso? Voce não se importa? Não vai deixar voce infeliz?” Ele deu um risinho. Não aquele bonito que ele estampava na cara. Era um riso de dor, com um certo sarcasmo, e falou: “Vou contar. Não vai me deixar menos fodido do que eu já sou, mas pelo menos voce vai ver que existe muito filho da puta no mundo.” Eu resolvi fazer uma graça para tentar aliviar a tensão: “Se voce quiser fazer concurso de fodido podemos começar. Acho que eu ganho.” Ele retrucou imediatamente: “Ganha nada. Voce está fodido porque voce não vai mais comer um cu de que voce gostou.” Eu aí achei falta de respeito dele e mandei, puto da vida, falando alto: “Deixa de ser escroto, me respeita como eu estou respeitando voce.” Ele se assustou com a reação e começou a contar: “Eu custei a descobrir que gostava dos caras. Até a adolescência isso nunca tinha passado na minha cabeça. Eu sou filho único. Meus pais são super religiosos, de viver dentro de igreja. O meu pai sempre foi muito rigoroso comigo, mas isso não me afetava. Eu era um bom menino, educado, respeitador, estudioso. Enfim um garoto modelo. Estava com treze para quatorze anos quando eu conheci o Guilherme. Esse cara tinha vindo morar na nossa Cidade há pouco tempo. Ele era um garotão um pouco mais velho do que eu, mas freqüentávamos a mesma classe na escola. O Guilherme era simpático pra caralho e logo ficamos amigos. Vivíamos conversando, batendo papo, falando de esporte, ele era doido por futebol. Um dia reparei que quando a gente estava de papo ele ficava me olhando fundo no olho. Fixo mesmo. Aquilo me deixou meio sem jeito mas achei que era apenas uma demonstração de que ele era meu amigo, mais do que os outros colegas. E passei a olhar no olho dele também. Aí descobri uma coisa: o Guilherme tinha uma cara bonita pra caramba. E não era só a cara. O corpo dele era super bonito também. E a coisa foi indo por aí. Nos banhos na escola depois da aula de educação física eu vi que ele tinha muito mais pentelho do que eu. Daí para olhar para a pica dele foi um pulo. O sacana tinha um pau mole muito maior do que o meu. Eu acho que eu dei bobeira porque ele notou que eu ficava olhando muito para ele quando a gente estava pelado. Mas ele não falou nada e a coisa ficou por aí. Um dia eu estava batendo uma punheta, coisa que eu tinha aprendido há pouco tempo com os outros colegas que me contaram como se fazia, quando me veio na cabeça o Guilherme. Ele todo: a cara linda, o corpo e, principalmente, os culhões dele. O resultado é que o gozo veio imediatamente. Eu achei engraçado e na próxima punheta, naquele dia mesmo de noite, antes de dormir, eu resolvi começar pensando no Guilherme. O resultado é que o meu pau endureceu rapidinho e rapidinho também eu gozei. Tão rápido que melei a minha cama toda. Eu gostei pra caramba da experiência. Por outro lado isso trouxe uma mudança em mim. Na próxima vez que a gente estava no banho, quando eu fiquei olhando para ele o meu pau foi querendo ficar duro. Morri de vergonha, me virei de costas para ele. Mas ele notou, tanto que quando a gente estava voltando para casa depois da aula ele me perguntou, me olhando no olho: “Chico, voce tem tesão em mim?” Eu reagi: Ta maluco, Gui? Tesão em voce? Por que voce está dizendo essa besteira?” Ele respondeu muito calmo: “Porque voce vive me olhando durante o banho e hoje o seu pau ia endurecendo. Mas não grila porque eu tenho tesão em voce.” E ficou me olhando. Eu estava morto de vergonha e não respondi nada. Ele insistiu: “Chico, eu acho que a gente está com tesão um no outro. Tem um monte de garoto que é assim. Não tem nada de diferente com a gente. Mas vou te fazer uma proposta. Vamos nos testar. Vamos ficar pelados um na frente do outro, sem tempo para terminar. Se voce me olhando ficar de pau duro e eu também a gente comprova o troço e podemos bater uma, um olhando para o outro.” Eu achei a idéia legal porque se eu batia pensando nele, se batesse uma olhando para ele ia ser muito melhor, sem duvida. Assim é que eu perguntei: “E onde a gente ia fazer isso?” Ele na mesma hora respondeu: “Na minha casa. De dia eu fico sozinho porque os meus pais trabalham fora e o meu irmão mora na faculdade. Aparece lá em casa hoje lá pelas duas da tarde. Fechado?” Eu concordei. Às duas em ponto cheguei na casa dele. Fomos direto para o quarto. Ele imediatamente arriou a bermuda e tirou a camiseta. Eu fiz o mesmo. Não sei se pela tensão da novidade, da vergonha que eu estava sentindo, o fato é que o meu pau não subiu logo. O dele subiu. Ver o pau dele endurecendo me deu tesão e eu senti um puta calor nos culhões. O meu cacete começou a inchar. Ele todo contente mandou: “Viu? Eu sabia. A gente tem tesão um no outro.” E começou a se punhetar. Eu fiz o mesmo. Gozamos quase juntos, cagando o chão todo. Quando acabamos a minha vergonha voltou e eu quase sai correndo. Ele me segurou pelo braço e falou: “Cara, que maravilha! Deus nos deu um puta presente.” Eu não achava que Deus desse esse tipo de presente, mas não falei nada e concordei que a gente tinha que fazer aquilo mais vezes e fui embora. Aí a história de sempre. Da punheta conjunta, passamos a bater um no outro. Rolou beijo, rolou um chupar o outro, rolou troca troca, rolou um experimentar o gosto da porra do outro. Rolou tudo. No fim a gente fodia direto. E rolou que a gente se apaixonou um pelo outro. Paixão mesmo. Eu pensava nele o dia inteiro e ele dizia que o mesmo acontecia com ele. A gente se dava muito bem fodendo. Um comia o outro, mas claramente o Guilherme preferia que eu comesse ele. Até nisso a coisa estava boa. Ficávamos conversando sobre o nosso amor. Fazíamos planos para quando a gente ficasse mais velho. Eu tinha certeza que íamos nos casar e viver juntos para o resto das nossas vidas. Já não fodíamos mais na casa dele somente. Passamos a fazer na minha casa também, aproveitando que o meu pai estava trabalhando e a minha mãe nas obras de caridade na Igreja. Até que um dia, depois de muita chupação e muita sacanagem ele estava me comendo, me chamando de meu amor, quando a porta do meu quarto se abriu e o meu pai entrou. Mandou um berro: “Que pouca vergonha é essa!!!???” E avançou em mim para me dar porrada. O Guilherme se vestiu rapidinho e mandou: “É esse seu filho que é um viadão sem vergonha. A gente estava fazendo o dever de matemática quando ele segurou no meu pau. Aí arriou as calças e mandou eu meter nele. O seu filho é o maior viado, ‘seu’ Clemente, na escola todo o mundo sabe que ele é bicha, ele já deu para um monte de colega.” O meu pai mandou ele embora. Quando a gente estava sozinho ele só falou: “Pega uma mala e põe toda a sua roupa nela. Voce vai embora porque eu não quero pecador aqui em casa.” Eu chorava prá caramba e só perguntei: “Vou embora para onde?” E ele: “Não sei, nem quero saber. Voce hoje morreu. Eu não tenho mais filho. Anda rápido, faz a mala logo.” Eu ainda perguntei: “E a mãe?” Ele respondeu: “Voce vai sair antes dela chegar. Eu sei que ela pensa do mesmo jeito do que eu.” Eu estava destruído. Peguei as minhas coisas e me larguei. Da rua tentei telefonar para o Guilherme, pedindo para falar com ele, dizendo que era o Chico. A resposta, acho que da mãe dele, foi que o Guilherme não conhecia nenhum Chico, e desligou o telefone. Eu fiquei ali, sem saber o que fazer. Felizmente eu tinha um dinheirinho comigo, presente de aniversário do meu avô. Ia esquecendo. Eu tinha acabado de fazer dezesseis anos. Assim me virei naquela noite numa pensão. Para encurtar, conheci uns caras que vendiam tóxico e entrei para turma. Foi aí que eu conheci o Adílio que me pôs de miché. Nunca mais vi o Guilherme, mas passou um tempo enorme antes que o meu amor por ele acabasse. O amor e o ressentimento da sacanagem que ele tinha feito comigo. Por isso que eu odeio o amor.” O Francisco acabou o relato. Ele não estava emocionado. Eu sentia alguma raiva nele, mas os olhos dele estavam secos. A cara dele crispada, os lábios eram um fio que quase não se via. Ele estava quase feio. Feio mesmo não porque a beleza dele era a beleza do mundo. Eu chorava como uma porca. O maior mico porque as pessoas das outras mesas começaram a olhar pra gente. Por isso eu nem respondi nada. Pedi a conta e nos largamos. Na rua eu parei e olhando ele no olho falei: “E por isso voce me culpou de eu amar voce. Acha justo? Me responde só isso. Acha justo?” Ele me respondeu seco: “Quero foder. Vamos pra sua casa.” Eu nem pensei duas vezes e mandei um vamos. Não sabia o que ia acontecer, não sabia o que ia ser a minha vida a partir daquele momento. Claro que a foda, se é que ia rolar, ia ser uma foda resultado de grilo. Mas para mim tudo bem. Na pior das hipóteses eu ia ter o Francisco comigo, na minha casa. Quando entramos ele olhou para o sofá. O ursinho estava lá. Ele pegou no bichinho feito um doido. Dava beijo nele, dizia: “Meu filhinho, o papai voltou.” Eu paradão. Numa hora ele falou: “Quero tomar banho.” Eu respondi: “Que banho. Voce sabe que com voce banho não rola.” Ele respondeu: “Preciso tomar um banho. Eu estou fedido porque não tomo banho tem dois dias. Mas queria pedir que eu fosse para o banheiro sozinho. Rola?” Eu respondi: “Claro. Pode ir que eu espero voce aqui na sala. Lá no banheiro tem tudo. Pode usar. Usa o meu aparelho de barba, o xampu, o que voce quiser. Me passa o Drew.” Ele se largou. Demorou pra cacete. O que foi ótimo porque eu aproveitei para pensar e fiquei lá chorando, agarrado no ursinho.
Numa hora ele voltou, enrolado na toalha de banho. Olhou para mim e falou: “Vamos?” Eu respondi, seco: “Não.” E ele, assombrado com a minha resposta: “Não? Voce não quer foder comigo? Não tem tesão em mim?” Eu respondi: “Tenho o maior tesão do mundo, voce sabe disso, mas não vou foder com voce. Não vai ser o meu pau na sua bunda, nem o seu na minha que vai resolver o meu caso. O nosso caso, se voce quiser. A gente precisa conversar antes. Eu amo voce, como nunca amei ninguém igual. Voce me ama, isso ficou claro. Então a gente tem de conversar. Falar um para o outro tudo o que os nossos corações mandarem. Com ressentimento e com grilo a coisa não vai funcionar. Aliás se voce não estiver disposto a me dar uma chance e, principalmente, uma chance para voce, fala logo. Aí eu te dou umas roupas limpas e voce se larga. Vou sofrer pra caralho mas vai passar. Mas eu amar um cara que não quer me amar eu não vou topar porque vou sofrer todos os dias, de ressentimento, de revolta, de frustração. Voce indo embora agora eu vou sofrer uma vez só.” Ele paradão, calado. Eu sentia que a cabeça dele estava num turbilhão. Ele pareceu que tinha relaxado. Esticou o braço e tentou pegar o Drew. Eu disse: “Não. O Drew é muito criança para ouvir essas coisas.” Ele deu um risinho, se lembrando dele tirando Drew do quarto para não “ver” a gente fodendo. Sentou-se no sofá, de pernas cruzadas para eu não ver os culhões dele: “Diz aí o que voce quer.” Eu respondi: “De cara quero que voce diga: Rafael, eu te amo para o resto da minha vida. Fala alto para eu ouvir direitinho.” Ele deu um tempinho, segundos apenas, e falou: “Rafael, eu te amo para o resto da minha vida. E completo. Quero voce junto de mim para sempre. Quero dividir a minha tristeza com voce.” Eu ia completar com um ‘e as alegrias também’ mas ele não deu tempo. Avançou em mim. Me beijou e me abraçou forte. Voltou a beijar. Eu só dizia: “Moleque, eu te amo. Como voce me fez sofrer. Me ama, moleque. Me ama, moleque, com toda a força do seu coração.” E ficamos assim. Ele estava inteiramente pelado porque a toalha tinha ido pro caralho. Numa hora ele abriu o meu cinto e arriou as minhas calças. Aí fez aquele gesto muito dele de tirar a minha camiseta como se despe um garotinho. Eu sentia que ele estava cheio de tesão. Eu também, mas ele não tinha feito nenhum sinal no sentido de que me amava e que aquela seria a nossa primeira foda como namorados de verdade. Assim fiquei esperando. Retribuía os beijos dele, fazia carinho nele, cheguei mesmo a segurar no pau dele e apertar, mas não fiz nenhum movimento para me levantar do sofá. Ele continuava me abraçando, cada vez mais forte, se isso era possível. Mas calado. Eu na verdade estava me deliciando de ter o Francisco nos meus braços, mas estava resolvido: ou aquela ia ser uma transa de amor ou não ia rolar transa. Era questão de sobrevivência. A minha sobrevivência. Ficamos um tempão fazendo sacanagem. Eu sentia que ele estava alucinado. Numa hora ele se afastou de mim, me pegou pelos ombros, ficou me segurando olhando para a minha cara. Eu sustentei o olhar dele. Ele começou a falar alto: “Filho da puta. Filho da puta. Não vê que eu estou alucinado de amor? Não é isso que voce queria? Por que voce está me punindo assim?” Eu respondi muito calmo, falando baixo: “Eu não estou punindo voce. Eu estou amando voce, de uma forma que voce nunca foi amado por ninguém, mas eu quero voce relaxado, me amando e tendo certeza de que me ama. Não tendo medo de me amar. Quero ver aquele sorriso lindo na sua cara. Sorriso de felicidade, de realização. Porra, Francisco. Por que voce acha que eu posso ser uma ameaça para voce? Se liga cara. Se entrega ao amor que esta dentro de voce e querendo sair.” Ele, com voz de choro, com os olhos marejados mandou: “Deixa eu te amar. Voce não pode entrar na minha cabeça, mas eu juro que eu nunca amei ninguém do jeito que eu estou te amando agora. Não interessa o futuro. Caguei se voce vai me sacanear. Mas eu quero voce agora, quero dar a minha alma para voce. Faz dela o que voce quiser. Eu sou seu e, se Deus permitir, serei seu para o resto da minha vida.” Eu tirei as mãos dele dos meus ombros, me levantei e disse: “Vamos pro quarto, meu amor.” Fui em direção ao quarto. Ele me seguiu como um cachorrinho. Chegando lá eu deitei ele na cama. E começamos a foder. Foi uma foda como nunca eu tinha dado na minha vida. Nos entregamos um ao outro. Ele meteu o meu pau na boca. Chupou como nunca, não se preocupando se eu ia gozar ou não. Chupava por ele, não por mim. Eu sentia ele tentar enfiar o meu pau na garganta. Numa hora ele tirou o meu pau da boca e começou a lamber a minha virilha. Depois virou o meu corpo e caiu de língua no meu cu. Meu Deus, como estava gostoso! Ficou assim um tempão. Lambendo. Lambendo. Tinha hora que ele ia no meu saco e metia uma bola na boca. Depois voltava para o cu. Me virou me deitando de costas na cama. Do meu pau corria tanta melação que parecia que eu estava gozando. Ele meteu os lábios na pontinha dele e sugou o meu líquido, com sofreguidão, com sede. Levantou a cabeça e disse: “Vai ter muito mais, mas esse líquido é o primeiro presente que eu recebo do meu amor.” Depois foi subindo pela minha barriga e pelo meu peito, dando pequenos beijos. Chegou nos meus peitos. Levantou a cabeça e passando o dedo no pau dele veio com a ponta molhada de melação e passou nos biquinhos. Dava pequenos beliscões, muito leves. Depois caiu de língua. Eu tremia de prazer. Depois saiu dos peitos e subiu em direção à minha boca. Nessa hora eu senti que ele encaixava o pau no meio das minhas coxas. Me beijou de uma forma que nunca tinha beijado antes. Me abraçou. Levantou a cabeça e disse: “Rafael, eu estou feliz. Vem me comer.” E deitando-se de costas levantou e abriu as pernas, bem alto, me mostrando aquele cuzinho cor de rosa. Eu me dobrei e fui pegar uma camisinha. Ele disse forte: “Não. Sem camisinha. Quem se ama não fode de camisinha. Enfia o seu pau em mim. Fundo, de uma vez só.” Eu fiz. Não estava à vontade sem a camisinha, mas enfiei assim mesmo. A minha melação foi o suficiente para a minha pica escorregar para dentro dele. Eu me senti dentro do Francisco. Comecei a fazer um vai e vem. Ele gemia de dor e de prazer. Pedia que eu enfiasse mais e mais. Eu obedecia. Ele se punhetava forte. Numa hora ele gozou. Foi porra para todo o lado, como era usual com ele. Logo depois o meu gozo veio. Ele urrava: “Estou sentindo a sua porra dentro de mim, está enchendo o meu cu! Continua, não para!” Foi assim até que o meu gozo acabou. Eu tirei o meu pau de dentro dele. Mantive ele na mesma posição, de pernas levantadas. Vi que ele estava fazendo força. Numa hora uma grossa gota de porra saiu de dentro do cu dele. Eu aproximei a cabeça e lambi a porra. Me levantei e fui na boca e com a ponta de língua depositei a gota de porra na língua dele e fiquei beijando. Numa hora afastei a cabeça e olhei para ele. Na cara do Francisco estava estampado novamente aquele sorriso lindo. A cara dele era de felicidade absoluta, de realização. Então entendi que tinha encontrado a razão de ser da minha vida. E era para sempre.
FIM