Enquanto se vestiam, Marcos desculpou-se pela impetuosidade: - É que você ali agachado, eu perdi a cabeça...
- Dessa vez eu achei que você me comia. –lamentou-se Julinho.
-Querer eu queria, mas não posso. –Lamentou ainda mais o rapaz.
-E porque? Perguntou o menino
-Tenho medo de te machucar uai! Riu-se Marcos.
-Não precisa colocar tudo uai! Riu Julinho
-Ué e não é que você tem razão. Concordou fingindo que tirava as roupas enquanto examinava a reação de Julinho.
Como ele também fez menção de se despir, Marcos interrompeu:
-Mas hoje não!
-Quando...?
-Só depois que o Corinthians for campeão mundial. Respondeu o rapaz.
-Putz, isso é nunca...
Todos achavam que ia dar Vasco.
Inclusive eu.
À noite, durante o jogo, Julinho torceu como nunca, o que ficou totalmente estranho, porque depois do episodio dos murros, dois anos atrás, ele pouco voltou a se interressar pelos jogos. Por outro lado, Marcos parecia ficar temeroso a medida que o tempo passava o zero a zero permanecia no placar. Era gritante o desgaste do time paulista. Quis o destino que o improvável acontecesse, contra tudo e contra todos, o todo poderoso timão conseguiu sua estrela maior.
Marcos chorou de alegria e Julinho também. Obviamente não pelos mesmos motivos.
Passaram-se duas semanas, e Julinho estava afiado no volante agora, era só dar uma garibada- no visual e ele poderia começar as aulas na cidade. Pela primeira vez, Marcos viu Julinho lambuzar-se de graxa com gosto, sujou o rosto, as mãos e colocou um boné surrado, de relance, qualquer um o tomaria por um mecânico. As aulas na cidade eram mais divertidas, porém, muito mais perigosas. Janeiro foi-se com suas enxurradas, as vésperas do carnaval, como o rapaz fazia se de morto a respeito da promessa, Julinho resolveu enquadra-lo.
Marcos, tentou-se justificar, dizendo que só disse aquilo porque acreditava que não fosse acontecer.
Julinho um tanto transtornado, argumentou que afinal, já conhecia o dedo dentro, a língua dentro, por que não o cacete dentro? -Você prometeu! Se exaltou ele.
-Não foi bem uma promessa.
-Foi promessa sim! Julinho saiu chorando no exato momento em que seu Donato chegava sem sobreaviso.
-Que está havendo? Perguntou ele.
Julinho passou sem dizer nada e trancou- se no banheiro.
Com o olhar seu Donato interrogou Marcos, que sem saber como, foi explicando com tamanha naturalidade que até a si mesmo acabou surpreendendo:
- Fiz uma promessa que não devia... pelo menos, não tinha a intenção de... era só uma brincadeira que ele levou a sério...
- E dá pra explicar? perguntou Seu Donato com seu jeito sempre calmo.
- Sim é que como a gente tem passado bastante tempo junto, acabei contando umas passagens de quando eu era mais jovem lá pras bandas da vila risonha... pra ser exato, de quando eu tinha a mesma idade dele, e meu pai me levou pra conhecer as bolinhas chiques.
Seu Donato bem que tentou, mas não conteve a gargalhada.
-E eu como não acreditava, prometi que se o Corinthians fosse campeão mundial eu o levaria lá no seu aniversário... mas claro, achei que o Vasco ganhava...
Seu Donato esfregava as mãos de contentamento e foi logo dando um tapaço nas costas de Marcos aprovando.
Julinho que escutava sem entender nada, saiu ressabiado e recebeu um abraço caloroso do pai.
-Tem o meu consentimento. Disse seu Donato, mas me promete que vai escolher uma de fora, pra não dar bandeira depois... e pensando bem, vou pedir o rancho do sindicato emprestado, muito melhor... mais seguro... essas sirigaitas não saem de lá mesmo!
se despediu com um sorriso radiante.
Enquanto Marcos esclarecia Julinho, que as bolinhas chiques eram as mulheres do bordel da vila risonha... e que acabava de conseguir uma pra ele de presente de aniversário...
Julinho fez uma careta e ameaçou zangar-se de novo. Mas Marcos tratou logo de apaziguar:
- Então, agora está feito, não tem mais volta, ouça, eu te prometo que se você experimentar da iguaria que vou te apresentar, e depois disso ainda quiser jogar noutro time, então... não tem jeito. Eu te... você sabe... te inauguro...
- Feito. Mas tem uma coisa, disse o menino. Se você não cumprir dessa vez, juro que vou atrás de outro maior que você, nem que eu tenha que entrar debaixo de um cavalo.
Um onda de ternura percorreu Marcos, que não teve como se conter:
- Você fala assim porque sabe que eu nunca deixaria isso acontecer. E deu- lhe um beijo na testa.
Julinho devolveu-lhe o beijo na boca.
Suspeito que tenham sido os meses mais felizes dos três.
Seu Donato conseguiu o rancho, e organizou a maior festa.
Quando faltavam dez dias, Marcos convidou Julinho para um passeio pela vila risonha, afim de escolher seu presente.
Contrariado, Julinho foi, e provou que apesar dos pesares, tinha mesmo bom gosto.
Na volta, resmungou: - vou ter mesmo que...
- Claro, pode ir preparando os ovos de codorna, se a Telminha não te transformar num garanhão, você vai passar o resto da noite de calcinha.
Enfim, chegou o grande dia, Seu Donato não se cansava de perguntar:
-E ai filhão, tudo em cima, animado? Olha lá heim, tua mãe não pode saber heim! Esse Marcos me apronta cada uma...
E lá voltava ele com um conselho... e uma receita pra segurar mais tempo... -E como é que ela é mesmo? Bonitinha ? hum... que inveja!
-Olha, se ela se animar e ficar pra dormir, pode deixar que eu pago a diferença viu!
-Pode deixar seu Donato... eu dou um dedinho de conhaque pra ele..., não! Sem camisinha nem pensar!
Dava até dó a alegria dele.
Julinho olhava o relógio de dez em dez minutos, já tinha alisado o lençol mais de cinco mil vezes.
Telminha estava esperando, com a roupa mais discreta possível, no caminho, Marcos pediu a ela o máximo de empenho. E ele a conhecia o suficientemente bem pra saber que Julinho não podia estar em melhores cuidados.
Marcos provavelmente não se lembraria a que horas chegaram de volta ao rancho, mas Julinho sabia que exatamente as 14:56:17 a moça desceu da pickup, e depois de tomar duas cervejas, e meia dose de conhaque: 22min03seg, ela tomou uma ducha de 7min42seg, quando o barulho da água parou, Marcos empurrou Julinho para o quarto e ordenou que ele tirasse a roupa, a moça saiu do banheiro, e devorou o menino com os olhos, antes de sorrir para Marcos com o canto dos lábios. Este, avisou que ia remar um pouco, e que não queria atrapalhar, chegando antes da hora e por isso, deixou um foguete, assim que ouvisse as bombas, voltaria de prontidão.
Julinho nunca disse o que aconteceu durante uma hora e vinte em que ficaram entre as quatro paredes.
Marcos subiu o Rio Pardo, e não parou de remar até que estourou o foguete, deu meia volta, e a cada remo que batia na agua, entrevia o bumbum nú agachado na beira da cachoeira e a certeza da vontade que ele tinha foi embora, de repente já não queria o que pensava que queira e o que pensava que não, estava querendo, advinha! Pôxa, como tinha remado! Certamente Marcos não saberia dizer quanto tempo levou para trazer a canoa de volta tendo a correnteza a seu favor, mas Julinho cravou exatos 35min05seg uma eternidade.
Era então 16:42:07 o rapaz fez um lanche e tomaram mais 4 cervejas, a moça pegou suas roupas e pediu o boné de lembrança, Julinho entrou e voltou com o boné vinho bordado dos Los Angeles Lakers a moça pegou, deu um beijinho e colocou na cabeça.
A porta da pickup bateu, era 17:31:52 Julinho olhou a poeira do veiculo atravessando o canavial recém cortado, e depois, encobrir e desaparecer a oeste de onde o sol começava a se por. Banhou-se não deixando escapar nada, absolutamente nada lembrou-se ainda de tomar um golinho de conhaque, apenas dois dedos, mas o suficiente para aquecer suas juntas e amenizar o suor da palma das mãos, olhou o relógio e não acreditou no que viu, ainda eram 17:55:31 acendeu as luzes, mesmo sem ainda ser necessário e sentou-se na varanda, que era voltada pro rio, ficou olhando o brilho da correnteza e o barulho molhado das águas nas folhas de capim da margem. Adormeceu.
Acordou com o barulho do motor sendo desligado depois de acelerar, tremia dos pés à cabeça, mas depois que viu Marcos descendo sozinho do veiculo acalmou-se e voltou a sentar-se sorrindo. O rapaz, encolheu os ombros e sentou-se junto dele, e juntos acompanharam o primeiro reflexo da lua bebendo no rio, Marcos quebrou o silêncio:
-Sabe... passei agora na sua casa e seu pai disse que se quiser, a gente vai na cidade, ou num baile ou onde você desejar, e voltamos pra cá, ou vamos pra lá, ele e os demais chegarão amanhã.
-Acho que quero ficar por aqui... Respondeu
-Achei que seria esta a sua escolha... disse Marcos. –desculpe, não quero ser indiscreto, mas correu tubo bem?
O garoto acenou que sim.
-E... gostou?
Julinho levantou se, e tirou a camiseta, depois, a bermuda dizendo:
-Adorei... a calcinha dela, veja.
Era vermelha e era fio dental.
-você tinha razão, vou passar esta noite toda de calcinha. Sorriu Julinho
-Uma noite longa , Feliz aniversario! completou Marcos e levou o nos braços para o lençol cinqüenta mil vezes alisado.
Aqui a historia se acaba.
Não posso inventar o que aconteceu lá dentro.
POR QUE?
Ora, como disse no começo do conto não tenho experiência homossexual consumada e não posso duvidar da palavra de Julinho, que sentiu o tamanho da coisa, segundo ele então, certa hora da noite, ainda com a tal maquina fotográfica digital, foi á cozinha, e voltou com uma garrafa e um maço de fósforos na mão, estava fechado e continha dez caixas, ele fez questão de enfileirar, e equilibrar; couberam seis caixa no pênis duro de Marcos, sim, uma, duas, três... seis! O que me pareceu impossível, porque chega muito perto de 30 cm, rsrsr me falou que mandava a dita foto, mas eu recusei, sou o oposto de Tomé, nesses casos, prefiro crer sem ver. Então eu disse que o achava um louco, por ter coragem de ficar de quatro na frente duma tromba dessas, ele riu do outro lado e justificou-se dizendo que: - O Marcos é muito carinhoso! Mas que ele não tinha ficado de quatro, pois não podia imaginar-se privado de ver a cara do amante durante o gozo e que tirar mudar de posição e depois cravar tudo de novo, isso sim seria loucura. Ai, vem a parte que apesar do afeto que eu sinto por ele, a principio me custou um pouquinho a acreditar, é que do alto da minha ignorância, disse a ele que cheguei cogitar, quando eu ainda tentava inventar uma forma possível de encaixa-los sem que ninguém acabasse como uma borboleta espetada na cortiça, de que eles fossem aos poucos... cada um num cômodo... pelo vão de uma porta entreaberta ou algo assim... e, sei lá bem devagar, devagarinho...ai, ele riu mais uma vez, e disse:- Você nunca vai entender... é que o Marcos é mesmo muito carinhoso... ele faz de um jeito que me deixa tranqüilo, e fala no meu ouvido, e cospe gostoso direto no meu cú, e depois, passa bastante no pau, sem dó, sem economia, sem pressa e esfrega na porta, na bunda, na boca e quando eu tento me assustar, já ta tudo dentro, então, o prazer fica maior que a dor.
Eu não vou duvidar.
Quem quiser duvidar que experimente.
. fim