PARTE IV
Por volta das 6:30min., Adam Carter despertou, trocou de roupas e foi em direção as escadas que davam acesso ao piso inferior.
Sentados nas poltronas da sala, estavam Roger e Tony, assistindo o jornal matinal na pequena televisão que Leo havia trago. Leo estava na cozinha, esquentando água para o café.
(Carter) Bom dia.
(Tony e Roger) Bom dia.
(Carter) Alguma novidade na televisão?
(Roger) Não, não falaram nada do objeto.
(Tony) Por falar em objeto, to muito afim de usar meu objeto naquela pequena. Ô escritorzinho de meia tigela, a gostosa não vai cooperar não? Ta demorando demais.
(Carter) Vocês tem que dar tempo a ela... As coisas não são assim. Ela está sobre grande choque, logo vai entender o que fizemos e irá nos recompensar por isso. Ô contador, esse café não vai sair não?
(Leo) Ta pronto. Será que ela vai gostar de sanduíche de presunto e queijo e café com leite? Ta difícil ser um chef nesta cozinha.
(Tony) Tu não tem caviar aí não contador filhote de cruz credo? Tu acha que a moça rica vai gostar de presunto? Hahahaha... tem coisas que é melhor ouvir do que ser surdo.
(Carter) Deixa que eu levo Léo.
(Tony) E vê se convence ela, porque com aquela pequena no quarto, não vou tocar punheta de jeito algum.
Carter pegou o prato e a xícara e subiu as escadas levando o desjejum de Ana Clara. Destrancou a porta, encontrando-a deitada na cama distraída num olhar.
(Carter) Trouxe algo para você comer.
(Ana Clara) Eu estou com muita fome.
(Carter) Então coma...
Carter observou enquanto Ana comia os sanduíches e tomava sua xícara com leite e café. Após terminar seu desjejum, novamente voltaram a conversar.
(Carter) Você é linda até quando acorda...
(Ana Clara) Estou confusa. Porque me seqüestraram?
(Carter) Sou um grande admirador seu. Sem dúvida o maior. Não entendo nada de moda, não entendo nada de passarelas... Você poderia ser uma anônima, e se eu te visse pela rua, me apaixonaria por você de qualquer maneira.
(Ana Clara) Mas me privar da minha liberdade? Me tirar da minha casa? Me trancar numa casa não sei onde. Afinal de contas, onde estou?
(Carter) Por enquanto não posso dizer.
(Ana Clara) Você contou aos outros o que aconteceu ontem?
(Carter) Não.
(Ana Clara) Tira essa barba e bigode falsos... Me deixa ver seu rosto?
Carter atendeu o pedido de Ana Clara, tirando os apetrechos que o disfarçavam...
(Ana Clara) Você é exatamente como eu imaginava...
(Carter) Agora você me comprometeu...
(Ana Clara) Porque?
(Carter) Você viu meu rosto. Poderá fazer um retrato falado quando sair daqui. Poderei ser preso...
(Ana Clara) Me deixe sair daqui, eu esqueço tudo...
(Carter) Não posso. Os outros nunca permitiriam.
(Ana Clara) O que os outros querem fazer comigo?
(Carter) Eles também te querem...
(Ana Clara) Como é seu nome?
(Carter) Não posso dizer. Mas pode me chamar de Escritor.
(Ana Clara) Você escreve?
(Carter) Nada que preste...
(Carter) Então, posso chamar os outros para conversarmos todos juntos?
(Ana Clara) Vou fazer o que? Chama, vai...
Carter saiu do quarto, fechou a porta e desceu as escadas, comentando com os outros que Ana Clara estava disposta a uma reunião. Todos ficaram de pé, subiram as escadas enfileirados e adentraram no quarto de Ana, ficando apoiados na parede.
(Carter) Bem, Ana... Somos homens comuns. Não somos perfeitos... mas temos verdadeira obsessão por você, e queremos partilhar com você momentos de alegria, felicidade e satisfação.
(Tony) Você não disse na revista que queria homens que fizessem loucuras por você? Ta aí mulher, fizemos a maior loucura das nossas vidas! Estamos aqui, e queremos nos divertir.
(Ana Clara) O que vocês querem exatamente comigo?
(Tony) Olha, vou te explicar. Nada do que você já não tenha visto. Quero te deitar nesta cama, te deixar nuazinha em pelo, tirar meu cacete delicioso pra fora, e te dar o melhor sexo que você já teve em toda a sua vida. Quero transar com você, a noite toda, sentir você toda suada. Não entendeu ainda vadia?
(Carter) Ei ajudante. Tenha modos com a moça.
(Tony) Ô escritor de merda! O negócio é o seguinte. Esta noite você vai dar sua bucetinha pra nós quatro! Passa um cremezinho, toca uma siririca pra relaxar, se quiser pode até enfiar o dedo no cú. Mas que você vai ter que dar, ah, isso vai ter que fazer. Por bem ou por mal.
Neste momento Tony saiu do quarto seguido por Roger. Léo também saiu e Carter o seguiu, trancando a porta do quarto.
(Carter) O que você está pensando ajudante? Temos um plano! Se ela não quiser, não iríamos forçar!
Nesse momento, Tony cerrou os punhos e deu um soco no queixo de Carter. Carter tonteou e foi novamente golpeado no estômago, caindo no chão. Enquanto no chão, levou chutes na barriga e um na cabeça, até que perdeu os sentidos.
Carter então foi arrastado por Tony para outro quarto, e trancado lá com a ajuda de uma corda, já que a porta não tinha tranca.
(Tony) Agora temos dois prisioneiros. Agora sou eu quem está no comando. Alguém é contra? Tem alguma coisa contra Roger? Quer falar alguma coisa baixinho?
Ninguém ousou desafiar Tony.
(Tony) Eu vou entrar lá dentro e vou comer a donzela.
Tony entrou no quarto, trancando a porta por dentro, e se dirigiu a Ana Clara falando:
(Tony) Eu sei que tu é uma vadia. Não faz cú doce não.
Entregou nas mãos de Ana Clara um preservativo e disse:
(Tony) Coloca no meu pau, senão vai levar uns tapões.
Logo que abaixou as calças, Ana Clara se viu obrigada a colocar o preservativo no pênis de Tony. O ajudante tinha um pênis cumprido, mas não muito grosso. Ana, envolta em nojo, vestiu a camisinha no órgão de Tony.
Tony empurrou Ana Clara para que se deitasse na cama. Naquela ocasião ela vestia uma saia comprada por Carter. Tony foi logo erguendo a saia de Ana Clara e puxando sua calcinha para baixo.
(Tony) Nossa... Que material! Escuta mocinha. Vou precisar te amarrar ou você vai colaborar? Fica calminha, você vai gostar...
Ana fez sinal com a cabeça que não causaria problemas ao ajudante.
O ajudante deitou-se por cima de Ana, e sem preliminar alguma foi penetrando-a. Ana Clara estava seca, por isso seu pênis entrou “arrastando-se” pelo canal vaginal de Ana.
(Tony) É assim que eu gosto... Uhnnnnnn... quando entra roçando, apertado.
Tony não tinha a intenção de satisfazer Ana. Ao menos, da maneira como conduzia, não pensava no prazer dela. Pensava só em seu próprio prazer.
É inegável que o ajudante tinha um fulgor fora do comum. Era insaciável. Era “entra e sai” atrás de “entra e sai”, parecia que nunca iria gozar. Gemia alto, urrava, enquanto Ana rezava para que aquele “bate-estacas” parasse.
15 minutos se passaram, Tony derramava suor por cima de Ana, e ele ainda não havia gozado. Ela parecia não estar gostando. Realmente, não estava gostando. Ele não estava sendo como Carter.
Carter era um seqüestrador assim como Tony. Mas era doce nas palavras, parecia mesmo se importar com ela ou “amar” como dizia ele. Numa situação daquelas, conseguiu fazer com que ela esquecesse, e a satisfez, mesmo sendo vítima, mesmo estando amarrada...
Mas já Tony... aquilo era um estupro.
Tony olhava para ela, com os olhos virados, só sabia dizer: “estou gozando, estou gozando”... Os movimentos foram perdendo aquela rotação, até que desmanchou seu corpo sobre o dela.
(Ana Clara) Seu porco imundo! (em lágrimas)
(Tony) Nossa... a donzela ficou tão impressionada com a comida que levou que ta até chorando de emoção...
Saiu do quarto só de calças, sem camisa, em gargalhadas.
(Tony) Caras, to me sentindo muito mais leve. Dei uma jatada na donzela que enchi ela... hahahahaha... Quem vai ser o próximo?
Carter ainda continuava desacordado e trancado no outro quarto. Roger sentiu-se encorajado pela atitude de Tony. Olhou fixamente para Léo e disse: “Eu vou”.
Roger adentrou ao quarto, e Ana Clara estava vencida sobre a cama, com a saia levantada e sua buceta à mostra. Não teve o cuidado de se cobrir porque não imaginaria que seria vítima de outra violência sexual.
Roger, ao ver o corpo de Ana sobre a cama, e suas intimidades, ficou rapidamente muito excitado. Logo foi tirando sua bermuda, e rasgando com os dentes a embalagem do preservativo, vestiu-o em seu pau duro, rosado.
Deu dois ou três passos em direção a cama, com o cacete enrijecido e envolto na proteção de látex. Ana Clara não tinha forças para se proteger daquele homem gordo.
Quando Roger deitou-se por cima dela, e preparava-se para também penetrá-la sem qualquer tipo de preliminar, Ana Clara levantou os joelhos com toda força, atingindo-o no saco. Mas o que ela não contava era que ele perderia as forças, e deixaria seu corpo cair sobre o dela, impedindo sua saída, e sufocando-a.
Alguns segundos se passaram, e Roger foi se recompondo. Quando se recompôs, segurou os dois braços de Ana, e mesmo assim a penetrou, sem dó, nem piedade. Ana Clara comparava Roger a um urso. Ele era grande, peludo, e ruivo... O “urso” não tinha tanta disposição quanto o muçulmano (Tony). Poucas estocadas e estava gemendo sem parar, todo suado... Se para Ana Clara não fosse trágico, seria engraçado... mas o urso não demorou muito para saciar seu corpo.
Levantou-se da cama, vestiu suas roupas, e saiu sorridente, sem nada dizer...
(Roger) A vagabunda me deu uma joelhada no saco... Mas, eu insisti mesmo assim e mostrei a ela que o ruivão aqui tem bala na agulha. (risos). Vamos lá Leo! Viemos aqui para o que? Mostra iniciativa, pega ela de jeito!
Roger desceu as escadas para assistir televisão e beber em companhia de Tony. Leo olhava para baixo, via os dois cumprimentando-se e brindando o que acabaram de fazer. Leo sentia-se excitado com a possibilidade de também usufruir do corpo de Ana Clara. Pensava ele: “Agora ela está sem forças. Não terei problemas em vencê-la e possuí-la”.
Leo entrou no quarto.
Ana Clara, vencida, fitou-o com os olhos... Com voz chorosa começou a falar:
(Ana Clara) Era só o que me faltava. Dois trogloditas me violentaram, agora um velho baixinho com a peruca torta em cima da cabeça também quer me comer.
Leo não se intimidou com as palavras de Ana Clara e prosseguiu firme em sua conduta. Abaixou seu shorts, um pouco trêmulo colocou a camisinha e foi em direção de Ana Clara.
Ana Clara, com as poucas forças que lhe restavam deu um chute em Leo quando este se aproximava, derrubando-o no chão. O velho se recompôs e partiu para cima dela, dando dois tapas em seu rosto e dizendo:
(Leo) Você deixou os outros, agora vai ter que dar para mim sua vagabunda!
Ana Clara sem forças foi obrigada a ceder às investidas de Leo... O contador pulou para cima dela, afastando suas pernas e introduzindo o pequeno membro, já enrugado pela idade na viçosa vagina de Ana Clara...
Se o homem dos imóveis não tinha muito fôlego, imagina o contador. Nervoso, em menos de um minuto deixou o maltratado corpo cair sobre a modelo... havia gozado...
Ana só tinha forças para falar, e tentava lutar usando suas palavras.
(Ana Clara) Velho brocha! Me seqüestra e nem me dá sexo de verdade. Velho brocha!
Leo, envergonhado, retirou-se do quarto, trancando a porta em seguida. Desceu as escadas e sentou-se junto com os outros.
(Tony) Pega um copo de uísque aí contador! Vamos comemorar ao melhor sexo das nossas vidas! Só o idiota do Carter que quis embaçar, e ta lá agora dormindo de olho roxo. Hahahahha.
(Roger) Ele vai acordar furioso.
(Tony) E daí? Quebro a cara dele com uma mão amarrada. Aquele cara só tem tamanho, por dentro é uma flor. Uma florzinha!
Mal sabiam eles que Carter já havia tido sua noite com Ana Clara. Tinha sido o primeiro, e o único que a satisfez de verdade.
Enquanto isso, Ana Clara tentava juntar forças para se levantar, tomar um banho. Ela não sabia que Carter estava desmaiado e trancado no quarto ao lado.
O dia se passou, Ana Clara foi servida de almoço e janta, mas recusou-se comer. Carter permanecia desmaiado. Por volta de 21:00min. Carter desperta com fortes dores de cabeça.
Lembra do que aconteceu. A primeira coisa que lhe vem a cabeça é Ana Clara. Olhou em seu relógio. Já era 21:00min.? O que poderia ter acontecido com Ana Clara?
Encostou-se à parede, e começou a chamar por ela silenciosamente:
(Carter) Ana? Ana? Ana? Você está aí? Responde Ana!
Ana Clara, deitada na cama, porém acordada, ouviu os chamados de Carter. Correu até a parede do banheiro que dava para o outro quarto.
(Ana Clara) Quem está me chamando?
(Carter) Sou eu, o escritor.
(Ana Clara) Porque está falando comigo assim? Porque não vem até o quarto?
(Carter) Fui surrado pelo ajudante porque queria te proteger. Desmaiei, fiquei a tarde inteira inconsciente. O que eles fizeram com você? Você está bem?
(Ana Clara) Bem, não estou bem. Eles me violaram. Abusaram de mim. Não são como você, escritor. São monstros.
(Carter) A culpa é minha. Esses caras se aproveitaram do meu grande sonho. Me usaram para fazer mal a você. Me perdoe Ana...
Ana Clara permanecia em silêncio, encostada à parede do banheiro. Carter estava desolado do outro lado, implorando pelo perdão de Ana.
(Carter) Vou tomar providências, vou tirar você daqui. Posso passar o resto de minha vida preso, mas vou ser condizente com meus sonhos. Eu sei que te fiz mal, que te atraí para isso, mas vou tentar me redimir. Sei que tudo o que eu fizer não vai reparar o trauma que te causei por intermédio destes monstros... mas vamos sair daqui. Eu prometo.
(Ana Clara) Faça isso por mim escritor... é o mínimo que você pode fazer.
Depois disso Ana recolheu-se novamente para sua cama.
Carter continuou sentado no chão onde estava, cheio de ódio dos seus “amigos” que lhe roubaram o sonho, abusando da musa de seus sonhos.
Conspirava como fazer para tirá-la daquele chalé, levá-la para cidade, livrá-la do perigo.
Pegou em um de seus bolsos seu bloco de notas, e passou a escrever:
(Bloco de Notas de Adam Carter)
“Meu sonho virou pesadelo.
Vivi momentos de imensa felicidade quando meu corpo se uniu ao corpo do objeto. Eu sabia, a todo instante que no princípio eu poderia obrigá-la, mas ela cederia ao meu amor, e teríamos uma noite de cúmplices amantes.
Nossos corpos nasceram um para o outro. Tive certeza disso.
Mas errei, sim, errei ao chamar estranhos para meu mundo, para meus sonhos. Fui enganado. Roubaram meu sonho, transformaram-no em pesadelo.
Não souberam conquistar o objeto como eu o fiz. Vilipendiaram seu corpo. Me dói a alma só de imaginar a violência que o objeto deve ter sofrido nas mãos dos bandidos que eu trouxe para a presença do objeto.
Torturaram seu corpo...
E eu nada pude fazer...
Nestas linhas, declaro que ao quebrarem todas as regras estipuladas antes da execução do plano, o ajudante, o contador e o homem dos imóveis estão sumariamente expulsos do Fã-Clube.
Pelo amor que sinto pelo objeto, é preciso saciar meu desejo de vingança.
Adam Carter – “O Escritor”.
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(Conto escrito por Adam Carter - Leiam outros contos publicados clicando no nome do autor)
(MSN: sethcohen@zipmail.com.br - apenas mulheres)