Tenho 22 anos e me chamo Eduardo, trabalho como free-lancer em artigos publicitários, criando e desenvolvendo slogans e folders para empresas, não tenho um salário fixo, mas consigo me manter bem. Moro sozinho no centro de Curitiba, próximo ao campus do Politécnico.
Nas horas vagas, alimento minha necessidade de cultura inútil lendo blogs, notícias, me distraindo pela internet. Volta e meia saio com amigos pelos bares da cidade, nada muito elegante, prefiro um lugar simples e aconchegante, com música ambiente. Não tenho namorada a alguns meses, talvez pelo fato de meus relacionamentos nunca terem dado certo, a praticamente 1 ano não sei o que é tocar uma mulher, no máximo sentir o cheiro do perfume de uma quando cruzo por elas.
Não sou atlético, não tenho paciência para manter a forma, ainda mais numa cidade movida pelo relógio. Possuo cabelos negros como a noite, no qual os mantenho sempre curtos e semi-espetados com gel, mantém um ar de elegância para os clientes na hora de apresentar meu trabalho. Gosto de usar roupas de número maior que o meu convencional, dizem que tenho um olhar penetrante, com meus olhos verdes, não sei o porque de dizerem isto.
O que irei contar parece um conto de fadas, pelo menos para mim.
Em um final de semana, após passar longos dias em claro terminando um catálogo para uma rede de hotéis que montam pacotes turísticos para qualquer lugar do mundo. Recebi o suficiente para me manter o restante do ano, então poderia relaxar. Para comemorar, convidei uns amigos e fomos para um bar onde iria ter um show ao vivo de uma banda estrangeira, no Largo da Ordem.
Meu grupo de amizade se resume a 4 amigos, sendo 2 deles casados. Incrível como as pessoas estão se casando em um piscar de olhos.
Chegamos lá em torno das 22:00, assim poderíamos achar um lugar para sentar e relaxar um pouco. Conversamos por alguns minutos, e as “esposas” resolveram ir ao banheiro, como a maioria das mulheres o fazem.
- Pronto, lá vão elas fofocar longe de nós. – Disse Cristiano, marido de Silvia.
- Que isso, não é sempre que fofocamos no banheiro, é apenas bom ter uma companhia. – Respondeu Mônica, esposa de Lucas.
Eu apenas esboçava um sorriso meio envergonhado, não estou acostumado a conversar com as esposas de meus amigos. Na ida ao banheiro, notei que elas cruzaram por uma mulher de beleza exótica.
Cabelos lisos e ruivos que iam até os ombros, usava um vestido negro que ia a um palmo abaixo do joelho, mas era aberto na lateral da perna esquerda, deveria ter em torno de 1.70m, e não estava de salto, usava uma sandália rasteira. O decote daquele vestido era imenso, na verdade, não havia decote, era como se fosse um V, começando do umbigo e tampando seus seios apenas pelas alças do vestido. Nunca a havia visto, mas o que poderia esperar? Curitiba é uma cidade imensa.
- Olha o Eduardo babando, limpa essa baba rapaz, chega a ser vergonhoso olhar para você. – Todos caíram na risada quando Cristiano falou.
E esta foi minha reação, passar a mão na boca, achei que era sério. Algo naquela mulher me encantou, e não soube responder o porquê. As esposas voltaram do banheiro, e Cristiano contou sobre minha reação.
- Mas ela é bonita mesmo, não deixamos de notá-la. Por que não a chama até aqui? – Silvia piscou para mim.
- Chama-la até aqui? Não, não. Ela é demais para mim, e acredito que ela esteja acompanhada. – Senti o pescoço se incendiar, provavelmente estava com o rosto vermelho, dei uma longa golada no meu copo de cerveja para ajudar a aliviar.
- É mesmo? E pode nos dizer o que ela faz sozinha sentada na mesa do canto? – Lucas olhou firmemente por cima de meu ombro.
Olhei para a direção que Lucas estava olhando, ela estava sozinha, com uma garrafa de vinho a sua frente, com apenas uma única taça na mesa, olhando para o palco. A banda estava prestes a começar a tocar.
A iluminação do bar era fraca, com um toque rústico e gótico, havia velas aromatizadas em algumas mesas dando um toque de romance na noite, e dando ainda mais detalhes as feições da mulher. Algo nela me fez perder o inicio da banda, podia notar seus olhos escuros, e a pele clara sob a luz das velas.
Quando recobrei a noção, meus amigos estavam se despedindo:
- Bem, temos de ir, amanhã é dia de almoço em família. – Silvia disse, se levantando da mesa, junto de Mônica.
- Pois é, nós também temos de ir, tenho uns relatórios da empresa para terminar. – André e Pedro se levantaram juntos.
- Sério? Eu vou ficar mais um pouco, gostei da banda. – A banda lembrava Marilyn Manson, com um toque feminino no vocal.
Todos se foram, e fiquei sozinho na mesa. Olhei no relógio e nem era uma da manhã. E só havia tomado umas 2 cervejas. Pensei em ficar até o final da banda, eu realmente havia gostado, e volta e meia olhava aquela mulher magnífica.
Antes da última música da banda, fui ao banheiro, estava na minha 5ª garrafa de cerveja sozinho, seria bom dar uma aliviada antes de voltar dirigindo para casa. Ao sair do banheiro, meio distraído, esbarrei em alguém, olhei e vi que era aquela deusa.
- Me desculpe, não a vi. Estou um pouco distraído.
- Tudo bem, eu não deveria ter parado aqui, mas não precisa mentir. Você me viu antes. – Ao ouvir suas palavras, fiquei vermelho mais uma vez. Ela notou que eu a havia observado por um tempo, e sua voz era como o canto de uma sereia, em um tom suave, mas ao mesmo tempo, imponente.
- Bem, é que nunca a vi por aqui antes, me desculpe se a constrangi. – Tentei ser o mais educado possível, quase ficando sem voz de tanta vergonha. E ela esticou a mão direita em minha direção.
- Inna, muito prazer...
- A sim, Eduardo, o prazer é todo meu.
Apertei a mão dela levemente, e a cumprimentei com 3 beijos no rosto. Ela tinha uma pele fria, mas muito macia. E seu perfume, minha nossa! O perfume era como se a própria pele exalasse aquele cheiro suave de mel com pétalas de rosa.
- Gostaria de se sentar comigo? Notei que seus amigos foram embora. – Na hora, fiquei receoso de aceitar o convite, e no mesmo momento, a banda começou a tocar In Memoria Di, o que pareceu me dar coragem de aceitar.
Me sentei na mesa na qual ela estava sentada, ela ergueu a mão direita para um dos garçons, que trouxe uma taça a mais.
- Perdão, não perguntei se você gosta de vinho. Adoro vinhos tintos importados.
- Gosto sim, obrigado.
Ficamos conversando por um tempo, ela parecia interessada em saber de mim, perguntou de meu emprego, minha família, planos para o futuro. Eu aproveitei para saber um pouco mais dela, no qual ela disse que a família dela era européia, e por isso o nome diferente, e que a pouco tempo havia se mudado para Curitiba para resolver questões administrativas da família.
Ela retirou da bolsa um relógio de bolso prateado, com um brasão que nunca havia visto, era pouco mais de 4 da manhã, como o tempo havia passado rápido.
- Tenho de me retirar, Eduardo. Agradeço a companhia, e gostaria de saber se poderíamos nos ver em uma outra noite?
- Quem sabe um almoço? – Ela sorriu.
- Durante a tarde tenho muitos compromissos, mas a noite para mim é mais tranqüila, e gosto do clima que ela proporciona.
- Neste ponto, sou obrigado a concordar. – Nós dois rimos.
- Então combinado, sem querer ser rude, irei lhe ligar e sairemos em uma noite.
Ela anotou o número de meu celular, nós dois nos levantamos e fomos até a saída. Tentei pagar a conta dela, mas ela se negou. Beijou meu rosto e seguiu até o estacionamento. Mesmo com a pele fria, pude sentir o calor de sua boca em minha face. Para mim, a noite já estava completa.
Inna, que nome mais místico. Cheguei em casa no meu Gol 2001, entrei no meu apartamento no 5º andar e fiquei pensando naquela mulher. Estou acostumado a ver mulheres lindas no meu emprego, mas nenhuma jamais me encantou tanto como esta. Ela tinha um ar de misteriosa, e ao mesmo tempo sedutora. Incrível como o destino conspira contra as pessoas, ou seria a favor desta vez?
Deitei na cama e dormi. Não lembro de ter sonhado, mas sinto que foi agradável, pois fui acordado meio dia pelo telefone, e não estava de mal humor, como normalmente ficaria. Atendi e era André:
- Hora de acordar, princesa. Isso são horas de estar dormindo?
- Hoje é domingo, não poderia dar uma sussegada?
- Hmmmm, não? E então, como foi ontem? Tomou vergonha na cara e falou com a mulher?
- Para ser sincero, terminamos sentando juntos e conversamos.
- Conversaram? Não, não. Você tem que ter umas aulas com o Lucas, você é muito devagar.
- Há-Há. Engraçado.
- Brincadeira, e então, vamos na casa do Pedro? Ele quer assisti jogo.
- Jogo? Valeu, mas passo. Vou aproveitar que fui acordado e terminar alguns trabalhos.
- Como sempre, fugindo da gente. Mas tudo bem.
E ele desligou o telefone. Esfreguei os olhos com as mãos, me sentei na cama e me espreguicei. Fui até a sala e notei meu celular indicando que havia uma mensagem. Abri o flip e vi que era uma mensagem de Inna, e nela dizia “adorei te conhecer, espero ter outra noite agradável com você.”.
Senti um vazio no estômago, só poderia ser um sonho. Finalmente agradei alguém. Aproveitei o resto do dia para organizar meus serviços, e praticar o ócio, afinal, domingo é um dia de descanso.
Durante a semana, a mesma rotina, mas sem pressa. Apenas não deixar serviço acumular, andar pelos shoppings, e até no cinema eu fui, sozinho. Algo me dizia que iria encontrar Inna, mas meu 6º sentido se enganou. Até encontrei o Cristiano em um desses dias, conversamos um pouco, mas ele estava com pressa.
Na sexta não sai de casa, acordei de mal humor, fiquei o dia inteiro olhando para a televisão, sem prestar atenção em nada. E para completar, o clima resolveu ajudar com uma chuva que parecia o fim do mundo. Sair para espairecer seria quase impossível.
Em torno das 21:00 horas, resolvi ir tomar um banho e tentar dormir cedo, quando meu celular tocou. Pensei em não atender, mas uma voz no fundo da alma me disse para atender.
- Pois não? – Disse.
- Ola, Eduardo, estava ocupado? – Era Inna, com sua voz hipnotizante.
- Não, não, estava indo tomar um banho.
- Que ótimo, estou ligando para te convidar para jantar, o que acha?
- Seria perfeito, mas com essa chuva?
- Adoro o tempo assim, da um clima a mais para a noite. Na minha casa, o que acha?
- Se não for incomodar, eu aceito.
- Você acabou de realizar um desejo meu, vou mandar uma mensagem com meu endereço. Até daqui a pouco.
Ela desligou, e eu corri para o banheiro. Fiz a barba, que estava precisando de cuidados, tomei um bom banho, e fui até meu quarto me arrumar. Tentei por uma roupa elegante, mas nunca fui bom nesses detalhes.
Olhei a mensagem no celular para saber o endereço e vi que ficava um pouco afastado de Curitiba, seguindo para Pinhais. Fui até o estacionamento do prédio e segui para a casa de Inna.
Levei uns 30 minutos para chegar até Pinhais, o transito estava movimentado, e até encontrar a casa, levaria mais um tempo. Parei em um posto de gasolina para perguntar a direção exata da casa. O frentista me indicou o caminho, no qual não estava muito longe.
A casa era imensa, realmente bem afastada, era a única das redondezas. Havia um portão imenso na entrada, no qual a uns 200 metros a frente chegava a casa. Parei na frente do portão e toquei o interfone.
- Mansão dos Senhores Dukov, quem fala? – Uma voz ríspida atendeu o interfone.
- Eduardo, a senhorita Inna me convidou.
- Sr. Eduardo, sua chegada já era prevista.
O portão se abriu, e várias luminárias se acenderam, indicando um caminho para a casa. Fui lentamente com o carro, olhando a paisagem. A mansão possuía grandes jardins, com animais esculpidos nos arbustos, canteiros com rosas vermelhas e brancas em vários pontos do jardim.
Parei de frente para uma porta dupla de madeira maciça, no qual havia o mesmo brasão que vi no relógio de Inna no dia do bar. A porta se abriu, e um senhor de cabelos curtos e calvos saiu, vestindo trajes de um mordomo. Ele se dirigiu até meu carro, sem se importar com a chuva, abaixei o vidro:
- Irei estaciona-lo para o senhor. Madame Inna irá recebe-lo em instantes. Se o senhor se apressar, não irá se molhar.
Desci do carro e corri até a porta, como a chuva estava forte, me molhei bastante. Tentei me secar batendo as mãos pelo corpo, mas em vão.
- Você fica bem molhado. – Ouvi uma risada, olhei para a porta, e Inna estava lá, me olhando.
- Me desculpe, tentei fugir da chuva, mas não consegui pelo visto.
- Tenho roupas que deve servir em você, entre, não fique ai fora.
Fiz o que ela pediu, Inna estava magnífica, usando um vestido vermelho completamente justo, de tecidos leves que pareciam dançar com os movimentos dela. O vestido seguia até um pouco acima dos joelhos, completamente aberto nas costas. Seus cabelos estavam presos em uma única trança e preso na ponta com um tipo de fivela com o mesmo símbolo do brasão.
O salão de entrada era imenso, iluminado por um único candelabro de cristal, onde cada cristal parecia emitir luz própria. Ela seguiu para o 2º andar, e a acompanhei. Inna seguiu por um corredor longo, com várias portas, se eu estivesse sozinho estaria perdido. Havia vários retratos de várias pessoas, no lado direito do corredor, quadros masculinos, e no lado esquerdo, femininos.
- A linhagem de minha família no decorrer dos séculos.
- Nossa, família longa a sua.
- Você se espantaria de saber o quão longa ela é. – E ela sorriu, estava usando um batom escuro, mas não completamente preto, realçando seus olhos escuros.
Ela parou de frente a um quarto, e abriu a porta pra mim.
- Escolha o que quiser, há toalhas no banheiro, se precisar. Estarei esperando na sala de jantar, logo à frente o salão de entrada.
O quarto era como nos filmes que retratam o século XVII, cama de casal grande com vários tecidos, várias decorações, e um imenso armário. Segui para o banheiro em e espantei, eu poderia morar naquele cômodo a vida inteira. Banheira onde caberia cinco pessoas sem muito esforço, espelho onde eu poderia ver cada parte do meu corpo sem muito esforço. Retirei toda minha roupa, ficando apenas de cueca, e me sequei completamente, fui até o armário do quarto e escolhi uma roupa que ficasse bem em mim. Mas tudo que havia eram ternos e camisas sociais. Usei uma camisa preta com calças e terno de cetim. Voltei ao banheiro para arrumar o cabelo e fui até a sala de jantar.
A sala de jantar possuía uma única mesa, que a ocupava inteira, estava farta de comida de vários gêneros, desde arroz convencional a lagostas devidamente preparadas. Inna estava na ponta final da mesa, sentada.
- Você ficou bem de terno, deveria usar mais vezes.
- Obrigado, espero que não se incomode de usar esta roupa.
- Que isso, querido, me alegra saber que você esteja confortável, sente-se próximo de mim, vamos jantar.
Disfarçadamente, olhei para o relógio, incrível como ainda era 23:00 horas. Me sentei próximo de Inna, comi pouco, era muita comida, mas o que mais me chamava a atenção era o perfume dela, nem fome eu sentia.
- Não esta gostando, Eduardo?
- Claro que estou, por que?
- Mal esta comendo.
- Desculpe dizer isso, é que seu perfume esta mais agradável. – Senti o sangue ir até a cabeça, as palavras saíram contra minha vontade.
- Obrigada, assim irei corar. – Ambos riram.
Terminada a refeição, ela segurou minha mão.
- Gostaria de conhecer a casa?
- Sou visita, irei aonde for levado.
Ela deu um sorriso que pareceu sedutor, e, ao mesmo tempo, tenebroso. Andamos pela casa, ela me mostrou cada cômodo da casa, quartos, salas, cozinhas, jardins, até mesmo havia uma adega com milhares de vinhos, no qual ela pegou uma garrafa, tirou o pó e continuou me mostrando a casa.
- Bem, por final, este é meu quarto, onde passo maior parte do meu tempo.
O quarto era imenso, maior que o que ela havia me mostrado para trocar de roupa. O quarto estava impecável, como se não fosse usado a dias, tudo no seu devido lugar. Estantes com livros, escrivaninhas com várias gavetas e um grande espelho frontal, e uma cama tão grande quanto um ônibus, completamente forrada com tecidos que eram presos a um suporte acima da cama. O quarto possuía várias janelas, no qual podíamos ver a chuva, que não havia diminuído. De frente a cama, havia uma televisão tão grande quanto meu carro.
- Venha, o que acha de vermos um filme? A noite é longa. – Mais uma vez, ela sorriu.
- Tudo bem.
Ela segurou minha mão, estava gelada, talvez pelo clima frio que a chuva proporcionava. Nos sentamos na cama, e ela ligou a televisão, começamos a assistir a um filme de comédia. A um certo momento ela se ergueu da cama, achei que ela iria se espreguiçar, mas ela segurou meu braço e ficou me olhando.
Seus olhos ficaram olhando os meus fixamente, que olhos magníficos ela tinha, senti meu coração se acelerar.
- Não fique nervoso, não há motivo para isto.
E ela me beijou, um beijo lento e caloroso. Nunca havia beijado nenhuma mulher daquela maneira, parecia que a língua dela acariciava meus sentimentos mais profundos. Senti o sangue percorrer todo meu corpo, não apenas minha cabeça, o beijo era viciante. Toquei seus cabelos, eram macios como seda, e tirei a fivela de seus cabelos, que se soltaram voluntariamente. Parei de beija-la e a olhei nos olhos. Parte de seu cabelo ruivo estava em seu rosto, no qual o retirei delicadamente com a mão esquerda, e a voltei a beijar.
Ela desabotoou o terno que estava usando e o retirou, sem parar de me beijar, ela segurou minha mão direita, e a levou em seu corpo, me fazendo tocar cada parte. Primeiro o rosto, e fui descendo, lentamente, sentindo seu pescoço, depois passando para as costas, onde a senti se arrepiar, a tocava apenas com a ponta dos dedos. Voltei a tocar seu pescoço, e desci para os seios, ela estava sem sutiã, e o tecido do vestido era tão fino que eu podia senti-los como se estivesse sem roupa. Ela parou de me beijar, respirando um pouco mais acelerado, e me abraçou, me beijando mais intensamente.
Continuei a tocando nas costas, e fui descendo, agora com as duas mãos, e a segurei pela cintura, com um pouco de força. Ela segurou meus braços e se sentou em meu colo, e colocou minhas mãos em suas pernas, aonde o vestido não pegava. Por um breve momento, abri os olhos, assim como ela, e seus olhos pareciam brilhar, e tornei a fechar os olhos.
Passei as mãos em suas pernas, e fui subindo, erguendo o vestido a medida que ia subindo as mãos, até poder tocar suas nádegas, e apertei, sem usar força. Ela suspirou.
Ela me empurrou, mordendo os lábios, e começou a desabotoar minha camisa, no 3º botão de cima para baixo ela disse:
- Isso vai demorar!
E ela puxou a camisa com força, arrebentando o restante dos botões, e passando as unhas pelo meu peito, voltou a me beijar. Não havia mais como esconder, eu estava excitado, e ela havia notado.
Ela me tocou com a mão esquerda enquanto me beijava, e apertava-o por cima da calça, delicadamente, e isso me deixava ainda mais excitado, e em certo ponto eu a virei e a deitei na cama.
Seu vestido não possuía alças, deitei ao lado dela e voltei a beijar, passando a mão por dentro do vestido dela, tocando seus seios, como eram magníficos. Eu os acariciava com a ponta dos dedos, e ela mesma ia abaixando o vestido. Ela ficou com o vestido pela cintura, e se sentou, e ficou me olhando.
- Gosta do que vê?
- Mais do que poderia imaginar.
Ela ficou em pé na cama, e terminou de tirar o vestido, ficando apenas de calcinha. Eu conseguia ver através da calcinha, era praticamente transparente, mesmo sendo preta. Com o pé, ela me fez ir mais para trás, encostando as costas na cabeceira da cama. E ela se aproximou de mim, ficando com a calcinha rente ao meu rosto.
O cheiro de mel com pétalas de rosa era intenso, e estava me deixando louco. A vontade era de arrancar aquela calcinha com os dentes, mas não o fiz. Fiquei tocando suas pernas, e beijando-as. Ela se apoiou com as mãos na cabeceira da cama, e com e fui passando a língua em suas coxas. Sentia-a tremer.
Com as mãos, puxei a calcinha para o lado, ficando frente a frente com sua vagina, achei que naquele ponto iria enlouquecer.
Passei a língua nela, lentamente. Inna suspirava fundo. Comecei a toca-la com os dedos e a lambe-la ao mesmo tempo, como se o tempo estivesse parado naquele momento.
Ela se afastou, tentei continuar, mas ela me segurou com as mãos, e indicou o dedo de forma negativa. Achei que teria terminado. Inna se ajoelhou entre minhas pernas, e me beijou.
- Como é bom sentir meu próprio sabor vindo de sua boca. – E Inna sorriu.
Ela começou a beijar meu pescoço, e foi descendo, beijou meu peito, seguiu para o umbigo, e ficou encarando minha calça. Senti a vergonha voltando, ela ergueu a cabeça, e me encarou.
- Não sinta vergonha, não agora.
Ela segurou meu falo por cima da calça, e foi desabotoando aos poucos as calças.
- Fique de pé.
Levantei, ela de joelhos a minha frente, foi abaixando minha calça, retirou junto minha cueca, e o segurou com as mãos. Ela encarava-o, analisava-o, eu estava cada vez mais com vergonha. Ela se ergueu um pouco e beijou minha barriga, ela se abaixou mais uma vez e fez com que iria morde-lo, me afastei e ela sorriu.
- Não vou arranca-lo, quero brincar um pouco com você.
Antes que pudesse dizer algo, ela o beijou. Senti um arrepio percorrendo toda a coluna, e ela o lambeu. Fechei os olhos e apreciei a sensação, mas não por muito tempo. Me afastei e fiquei de joelhos, de frente a ela, a segurei pelos ombros, mas ela foi mais rápida, e me empurrou, me fazendo deitar.
Ela veio por cima, ela o segurava, parecia brincar, passava-o por sua vagina, provocando ainda mais. Ela sorria, e ao mesmo tempo, suspirava.
Tornamos a nos beijar, e ela se sentou de uma só vez em meu colo, soltando um gemido leve, e me beijando mais intensamente. Inna e eu nos abraçamos e começamos a movimentar a cintura.
A cada movimento, ambos suspiravam. Ela se afastou, e ficou me olhando nos olhos, e apoiou as mãos em meu ombro, e ela sozinha começou a movimentar seu corpo. Eu a sentia fervendo, e quando tentava me movimentar, ela não deixava. E sorria quando me segurava.
Em um certo ponto, eu me ergui.
- Pensando em fugir?
- Isso nem me passou pela cabeça. – Respondi.
Ela se deitou, e eu deitei ao lado dela, fazendo-a ficar de costas para mim. Com a mão esquerda, ergui sua perna esquerda, e lentamente, a penetrei, apreciando cada segundo. Com a mão direita, passei por baixo de seu corpo, e acariciava seus seios ao mesmo tempo. Agora quem controlava os movimentos era eu, quando ela tentava se movimentar, eu a segurava com a mão esquerda, fazendo-a parar.
Ela então desistiu de se movimentar, e ela mesma começou a se acariciar. Passando as mãos pelo próprio corpo. Pescoço, os seios, barriga, pernas, e até mesmo sua própria vagina.
Ambos ofegavam, as vezes gemiam, mas não diziam nada, não havia motivo para isto. O próprio corpo já o fazia.
Ela se ergueu, ficando de costas para mim, olhou para trás, e piscou para mim. Apoiou as mãos na cama e ficou ali, parada.
- Não demore, ein?
Não pensei duas vezes, me ajoelhei atrás dela, segurei-a pela cintura e a penetrei novamente. Podia notar que ela fechava os olhos, eu movimentava a cintura, primeiro lentamente, depois aumentando o ritmo, depois parando e acariciando suas costas com as mãos. Eu me encurvei um pouco a frente, e a ergui mais para perto, ficando ambos de joelhos, ela a minha frente. Ela estava respirando intensamente, ela segurou minha mão esquerda, que estava em sua cintura, e a ergueu, até seus seios.
- Não pare, não ouse em parar!
- Você manda!
E eu movimentava intensamente meu corpo contra o dela, e apertava seus seios, agora com as duas mãos. Ela conseguiu segurar minha cintura com as mãos, e agora ela controlava meu ritmo, variando de lento a rápido. Os dois estavam gemendo de prazer, não havia mais como conter.
Ela caiu para a frente, se virou para mim, ficando de costas na cama, abriu as pernas, e nem precisou dizer, fui em cima dela, e voltamos a nos beijar.
Inna sussurrou:
- Quero que você continue até não agüentar mais.
Nos beijamos violentamente, e ambos moviam a cintura em um ritmo acelerado, sem diminuir em nenhum momento. Não queria parar, não iria parar.
Senti que estava quase chegando ao clímax, tentei sair, mas ela não permitiu, cruzou as pernas em minhas costas.
- Negativo, primeiro eu, depois eu.
E ela se movimentava ainda mais rápido, não poderia chegar ao clímax, não naquele momento, não dentro dela. Ela então virou o rosto e mordeu o lençol, soltando as pernas de minhas costas, no qual retirei-o dela, e ela o segurou com as mãos. E repetindo os movimentos que ela fazia com a cintura, me fez chegar ao clímax, fazendo meus fluidos se espalharem por sua barriga e pela cama.
Estávamos ambos suados, ofegantes, ela me fez deitar ao seu lado e me beijou. Em seguida sorriu. Passei as mãos em seu rosto, e ela se aproximou de mim, encostando o rosto em meu ombro.
- Acho que agora podemos descansar um pouco, o filme estava bom não? – Ela gargalhou.
- Concordo, o filme estava muito bom. – E ri junto.
Ela adormeceu em meu ombro, observei-a por alguns minutos, não conseguia acreditar no que havia acontecido. E adormeci olhando aquela deusa em meus braços.
Acordei com um trovão, estava de roupa, em minha sala. Peguei meu celular e olhei as horas, era 23:00 de sexta feira. Como isso seria possível? Não havia nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Corri até o estacionamento, entrei no carro e fui até o endereço que lembrava.
Chegando lá, era apenas um vasto campo, não havia nada. Seria tudo um sonho então? E que sonho vivido, me sentia ofegante ainda.
Voltei para casa, chateado, e resolvi tomar um banho. Tirei a roupa de frente ao espelho, e vi o brasão em meu peito, e em meu pescoço, dois furos, levemente cicatrizados. Ouvi meu celular dar sinal de mensagem, ainda de calça, fui ver o que era.
Era um número desconhecido, e nela dizia “uma lembrança de uma noite que você nunca irá esquecer”. Sorri e fui tomar meu banho.