-1-
-- Boa tarde, dona Ana, eu sou o Cristian.
-- Boa tarde...
-- Serei seu atendente por esses dias. Aliás, seu e do seu marido.
-- Quantos anos você tem?
-- Vinte e dois... Por quê?
-- Por nada.
Doze a menos que ela. Será que Alberto iria gostar de um atendente tão apresentável?
-- E seu marido?
-- Chegará à noite...
-- Ah, sim. Posso lhe mostrar o chalé?
-- Por favor...
Estavam na recepção e até o chalé foram num Buggy, cortando a mata por uma estrada estreita e cheia de curvas. No caminho, vários outros chalés chamavam a atenção, pareciam confortáveis e elegantes, próprios para os hóspedes que para ali iam, pessoas refinadas e exigentes. Cristian aprendera a não olhar duas vezes para elas, principalmente para as mulheres acompanhadas.
A aprovação do chalé foi imediata. Todos os cômodos tiveram um comentário favorável.
-- Maravilhoso!
-- Que bom que gostou.
-- É tudo lindo!
Ele descarregou as malas e levou-as para o quarto do casal. Na volta à sala, ficou um instante parado a observá-la que, por sua vez, reparava na vista da janela. O mar próximo enviava o barulho das ondas. Quantas lembranças causavam nela.
-- Que saudade de um banho de mar!
Cristian tossiu discretamente. Ela se virou rindo, pois achara engraçado o jeito como fizera aquilo.
-- Pois não?
-- Desculpe-me por perturbá-la, mas tenho que lhe passar mais algumas orientações.
-- Claro...
-- Este é um aparelho que se comunica com o meu e com o do gerente. Se apertar 29 eu atendo, 20 ele atende. Seu nome é Carlos. Estamos a seu dispor vinte e quatro horas por dia. Não hesite em nos ligar se precisar de alguma coisa ou se algo não estiver do seu agrado. Queremos que essas duas semanas sejam de muita paz e tranquilidade para vocês.
-- Nossa!
-- Pode parecer um discurso decorado, mas não é. É a pura expressão dos meus sentimentos.
Ela sabia que era decorado.
-- Mas eu acreditei. E agradeço muito.
-- Muito bem. Posso ajudá-la em mais alguma coisa?
Ana respirou fundo.
-- Não sei.
-- A senhora já almoçou?
-- Senhora?
-- Como?
-- Você me chamou de "senhora"?
-- Sim...
-- Como é mesmo que liga para o seu gerente? Devo apertar 20? Vou fazer minha primeira reclamação.
Cristian arqueou as sobrancelhas, ela estava com o semblante sério, parecia estar brincando ao mesmo tempo que sua expressão denotava o contrário.
-- ÉAna não conteve uma gargalhada simpática.
-- Se me chamar de "senhora" outra vez, ligarei mesmo, ouviu?
Ele riu também, e ela pode observar os dentes alinhados, que tornavam seu sorriso ainda mais encantador.
-- Devia sorrir mais, fica ainda mais simpático.
-- Obrigado, farei isso. Mas esse primeiro contato é um tanto tenso para nós, atendentes. Nunca se sabe como reagirá nosso hóspede. Temos que tomar cuidado.
-- Como me saí?
-- Como assim?
-- Você gostou de mim?
-- Ah, sim, com certeza. Você é...
Parou, fechando os lábios, claramente para reter o que ia dizer. Ana inclinou a cabeça, segurando o riso.
-- Sou o quê?
-- N-nada... Eu ia dizer...
Ela pegou o aparelho.
-- Vou ligar para o seu gerente.
-- Ia dizer que você, com todo o respeito, é muito simpática e... Bonita.
-- Só isso?
-- É muito bonita.
-- Só isso?
-- Sim, por favor, não ia dizer mais nada!
-- Está com medo de quê?
-- Não estou com medo, mas as minhas observações não têm importância nenhuma.
-- Mas fui eu quem te perguntou, portanto, para mim tem.
-- Está certo, não vou me esquecer disso se pedir minha opinião de novo.
-- Muito bem.
Ele se movimentou na direção da saída.
-- Posso ajudá-la em mais alguma coisa?
-- Você falou em almoço. Ainda estão servindo?
-- Sem dúvida, nosso restaurante funciona vinte e quatro horas.
Foi ao frigobar, apanhou sobre ele um cardápio e o estendeu para ela.
-- O que gostaria de comer? Buscarei num instante.
Ela sorriu ante a gentileza dele. Tão jovem e tão prestativo. Os gestos elegantes não eram estudados, eram automáticos, naturais. Folheou até a parte de lanches.
-- Vou escolher um lanche e uma salada. Não quero comer demasiadamente, pretendo jantar com meu marido à noite.
-- Muito bem.
-- Estou vendo que tem um número em cada prato.
-- É para facilitar o pedido.
-- Você pode me trazer o 29, o seu número?
Ele sorriu, acenando que sim.
-- E a salada?
-- De folhas, por favor, qualquer uma.
-- Certo. Estarei de volta em vinte minutos. Está bom assim?
-- Queria tomar um banho...
-- Se quiser, me ligue quando estiver pronta.
-- Isso. Farei isso.
-- Então, até logo.
-- Até...
Ele se foi e Ana ficou pensativa. Como podia encontrar alguém tão bonito trabalhando num lugar tão remoto como aquele? Sim, porque Cristian não era apenas bonito, era muito bonito! O corpo alto e másculo era bem definido e mal disfarçado no uniforme largo. A mão era grande e forte, que apertou a sua com firmeza e ao mesmo tempo delicadamente.
-- Deveria ter vindo sozinha!
Caiu na gargalhada com aquele pensamento. Seu marido não iria gostar, com certeza. E não seria esse o medo que percebera no moço? É claro que sabia de sua própria beleza e dos problemas advindo disso. Ela mesma não passara por isso? Ao mesmo tempo que as portas se abriam com o sexo oposto, elas se fechavam, por inveja, quando se tratava de pessoas do mesmo sexo. E havia aqueles homens que quando nada conseguiam passavam a odiá-la sem maiores motivos.
-- Coitado... Se tiver tempo vou conversar com ele sobre isso.
Trancou a porta e foi banhar-se. Depois ligou para Cristian e pediu-lhe o favor de trazer sua comida. Pouco tempo depois ele chegava e a cumprimentava sorrindo, demonstrando prazer de estar ali. Não seria também ensaiado?
-- Espero que esteja a seu gosto.
-- Com a fome que estou...
Levantou a cabeça de repente.
-- Não quis ser indelicada... Me desculpe.
-- Eu compreendo, não se preocupe.
-- Obrigada.
-- Vou indo, se precisar, já sabeIsso.
-- Já vai mesmo?
-- Sim, a menos que precise de mim ou queira que lhe faça companhia enquanto come.
-- Adoraria se ficasse mais um pouco...
-- Claro.
-- Não vai te atrapalhar?
-- Nem um pouco.
-- Então, sente-se, por favor...
Ela preparou-se para comer e ofereceu a ele, que recusou elegantemente.
-- É sempre estranho comer lanches, é preciso usar diretamente as mãos e dá impressão que voltamos no tempo.
-- Compreendo. Mas é delicioso, não é mesmo?
Ana sorriu, relaxada. Ele tinha a capacidade de fazê-la sentir-se à vontade e de forma tão natural que não parecia estar fazendo teatro. Comeu com vontade, aprovando o númeroÉ mesmo delicioso esse seu número.
-- Obrigado. Quer beber alguma coisa?
-- Divide um refrigerante comigo?
-- Obrigado, não posso.
-- Não pode?
-- Não devo compartilhar nada com os hóspedes. Se ficarem sabendo serei advertido.
-- E quem vai contar?
-- Não é isso. Trata-se das normas do hotel.
-- Gostaria de tratá-lo como um amigo.
-- Seria um prazer para mim, mas não quero abusar da sua boa vontade.
-- Abusar? De mim? Vou pegar o refrigerante...
-- Eu pego para você.
Ela já tinha se levantadoe se você recusar, eu vou ligar para o 20 e dizer que está me contrariando.
Ele riu.
-- Não faria isso.
-- Claro que não. Viu como está me conhecendo melhor? Tenho certeza que seremos bons amigos.
-- Com já disse, será um prazer.
Dividiu a bebida e voltou a sentar-se.
-- Você estuda?
-- Sim, faço Faculdade de Turismo.
-- Meu Deus, onde tem Faculdade de Turismo por essas bandas?
-- Na verdade, estudo na Capital. Estou fazendo um estágio aqui.
-- Ah, bom... Mas, é natural daqui?
-- Não, do interior.
-- Então, está longe de casa?
-- Sim, e por isso tenho que tomar cuidado.
-- Você já foi hóspede alguma vez?
-- Sim.
-- E foi bem tratado?
-- Na maioria das vezes não.
-- Eu também não.
-- Espero que não aconteça aqui.
-- Se continuar desse jeito, com certeza não.
Ficaram em silêncio. Cristian continuava a descobrir detalhes que a tornavam ainda mais bonita. Neste momento, admirava a beleza do colo acetinado que o vestido, suspenso por duas alças finas e um tanto decotado, deixava ver. Notara que ela não se preocupara em sem vestir de forma mais recatada para recebê-lo. Talvez fosse por causa do calor...
-- Já está escurecendo.
-- É...
-- Não vai se preparar para receber seu marido?
-- Não estou bem assim?
-- Está ótima, mas não vão ao restaurante jantar?
-- Acho que sim, mas pensava em ir desse jeito. Não está de acordo?
Ela levantou o peito e esticou o tecido e, então, as formas dos seios ficaram bastante definidas. Eram protuberantes e os bicos, que eriçaram, apontaram ainda mais. Cristian arregalou os olhos.
-- Apenas colocaria um sutiã.
-- Sutiã? Não tinha reparado...
-- Não tinha reparado?
-- Não.
-- Acha que estou indecente assim?
-- Não, por favor, não quis dizer isso. Você está linda, maravilhosa. É que pensei... -- parou e fez um gesto de desalento, -- Está vendo como não devemos nos exceder em nossos comentários? Quis dizer uma coisa e você entendeu outra!
Ana deu uma gargalhada gostosa. Estava se divertindo com o encabulamento dele.
-- Estou brincando com você. É claro que vou me vestir melhor. Além do mais, meu marido não me deixaria sair daqui assim. Mas ainda é cedo, ele só vai chegar lá pelas nove horas.
-- Ah, sim... Que alívio!
Ana estava começando a ficar preocupada com os movimentos irrequietos dele.
-- Não estou te atrapalhando, não é mesmo?
-- Não, de jeito nenhum!
-- Os amigos são sinceros um com o outro.
-- Por que insiste em falar de amizade?
-- Não quer ser meu amigo?
-- Claro que sim, mas sou apenas um empregado daqui. Existem tantas pessoas bacanas hospedadas e que poderiam ser companhias mais agradáveis.
-- Estou adorando estar aqui com você. Sua presença é muito interessante. Por isso quero que me diga a verdade sobre o fato de estar te atrapalhando.
-- Não está. Confesso que estou adorando, você é bonita e agradável.
-- Ai, que bom ouvir isso de um jeito tão cândido.
Ana, apesar de tudo, era um tanto insegura. Imaginava que todos os homens se aproximavam por causa de sua beleza e que não seria diferente com aquele rapaz, igual a tantos outros atendentes. A diferença era que esse moço era muito bonito, educado e gentil. Estava se mostrando uma ótima companhia. O olhava intensamente, que desviou o olhar e o assunto.
-- E seu marido? Já ligou?
Ela sorriu entendendo a intenção dele.
-- Ainda não. Combinamos que ligará asSão quase oito.
-- Então o telefone tocará a qualquer momento.
Ana estava acostumada com a reação dos homens ao vê-la, sabia que era bonita e que chamava a atenção. Muitas vezes era um empecilho para algumas atividades, como caminhar pelas ruas ou nos shoppings. Seu marido reclamava muito desse assédio.
Nesse momento o telefone tocou, ela atendeu.
-- Oi, querido. Onde você está?
De repente seus olhos apertaram-se.
-- Quem está aí com você?Me pareceu ter um ouvido uma vozA que horas vai chegar?Só amanhã? E o que faço?Sim, estou instalada. O local é ótimo. Você vai gostar daqui. Não dá para vir hoje?Você está bêbado? Quem está rindo aí?Está bem... Te espero amanhã... Tchau...
Estava lívida. Desligou o telefone e largou-se na poltrona mais próxima. O vestido subiu demasiadamente e grande parte de suas coxas ficaram expostas. Cristian ficou sem ação, a visão era excitante, mas o estado emocional dela também chamava a atenção.
-- O que foi?
Ela o olhou ainda em choque.
-- Ele estava com alguém. Uma mulher!
Cristian, que tinha se levantado, pegou uma almofada e foi levar-lhe. No trajeto, viu um pedaço da calcinha antes de entregar-lhe. Ana entendeu o gesto dele e agradeceu. Colocou-a sobre as pernas e manteve-se jogada para trás. Estava chocada.
-- Ele estava com uma mulher!
-- Tem certeza?
-- Tenho! Estava bêbado e ela também. Você precisava ouvir as risadinhas dela. Meu Deus, e eu aqui esperando por ele.
-- Vocês não se dão bem?
Ela respirou fundo.
-- Sim. Quer dizer, faz algum tempo que estamos tendo alguns atritos, mas nada que...
Parou um instante e o olhou tristemente.
-- Não consigo engravidar e ele tem cobrado muito isso. Essa vinda para cá é uma tentativa de melhorar as coisas. Fizemos um longo tratamento e tínhamos a esperança que uma segunda lua-de-mel fosse bom para o nosso casamento. Mas, ele está com outra! Não estou acreditando!
-- Não está sendo precipitada?
-- Não, não estou. Me passe o celular...
Assim que ele o fez, ela ligou.
-- Posso falar com o Sr. Alberto no apartamento 1036?É a secretária dele: dona TerezaSim, fui eu que fiz a reservaEle saiu com a esposa? Faz tempo?Seu semblante se enfureceu, mas manteve a calma.
-- Não precisa anotar recado, ligarei amanhã cedo. Obrigada.
Desligou o telefone e jogou-se de volta na poltrona.
-- Ele a registrou com se fosse eu!
Cristian não soube o que dizer.
-- É tão difícil de acreditar.
Ana jogou a almofada longe e pôs-se a chorar sentida. Estava novamente exposta para ele, que tentava não olhar. O choro emocionado dela o confundia, então, consternado, agachou-se ao seu lado.
-- Não sei o que fazer... Ou dizer.
-- Foi dele a ideia de vir para cá. De repente surgiu essa viagem de última hora. Meu Deus, tudo planejado!
Cristian não conteve o pensamento de que o marido dela era um idiota, poderia ter saído com a outra depois, noutro dia. Por que agiu assim? E ainda, ligar bêbado, com a amante do lado? Que falta de cuidado!
Ana parou um instante e, sem se preocupar com o seu gesto, acariciou os cabelos dele.
-- Que bom que está aqui agora.
Cristian não quis se aproveitar da situação.
-- Quer que lhe prepare um chá?
-- Não, não se preocupe... Estou bem.
Foi a vez dele retribuir o carinho, afastando uma mecha de cabelo que lhe caía no rosto. Ela fechou os olhos, pensativa.
-- Carinho, preciso de um pouco disso... Há quanto tempo não recebo um pouco de carinho?
Deram-se as mãos. Ela, então, o encarou e tentou sorrir.
-- Preciso pensar um pouco no que vou fazer.
-- Vou deixar-lhe a sós, mas estarei alerta. Basta ligar.
-- Eu sei...
Levantaram-se e foram até a porta.
-- Tem certeza que vai ficar bem?
-- Tenho.
Não era a primeira vez que passava por aquilo. E isso era uma da causas de sua insegurança: sua beleza não impedia que fosse traída. Por que, meu Deus? Era tão fiel, tão amável, tão carinhosa! O que lhe faltava?
-2-
Por volta da meia-noite o aparelho de Cristian tocou, o acordando.
-- Pode vir aqui?
-- Estou indo.
Levantou-se, lavou o rosto e pegando uma maçã no cesto foi ter com ela. Encontrou-a de camisola. Quando entrou para a claridade tentou não olhar para a transparência que mostrava o corpo esbelto e apetitoso.
-- Estou com medo de dormir sozinha.
Notou que estava alcoolizada.
-- Está bem. Posso dormir aqui no sofá.
-- Estava dormindo com a sua namorada?
Ele riu.
-- Não, estava dormindo sozinho. Não tenho nenhuma namorada.
-- Não me diga que ninguém dá em cima de você.
-- Não é isso. É que tento não misturar as coisas, preciso muito desse estágio.
-- Que preocupação boba!
-- Pode ser...
Olhou para a mesa e viu a garrafa de vinho pela metade. Ela acompanhou seu olhar.
-- Quer um pouco?
-- Não, obrigado, tenho que levantar cedo amanhã.
-- Como assim? Não está por minha conta? Então vai levantar quando eu levantar. E não se preocupe que não serei tão chata como espera que eu seja.
-- Vou preparar um chá para você.
-- Não precisa.
Mesmo assim ele foi para a cozinha e pôs-se a trabalhar. Ela o acompanhou e ficou observando. Em poucos minutos recebia dele a xícara fumegante. Experimentou. Estava bom, resolveu tomar. Insistiu para que ele fizesse o mesmo.
Pouco depois, esperou que ele se ajeitasse no sofá e foi dormir.
-3-
Mas não conseguiu pregar os olhos. Os pensamentos sobre o que o marido estava fazendo não lhe deixavam em paz. O álcool tinha liberado suas fantasias e ficava imaginando a amante sugando o sexo dele ou o contrário. Com certeza tinha feito sexo anal, ele gostava muito. Ela própria não tinha se preparado para isso, a seu pedido? E agora estava ele se deliciando com outra. Quem ele pensava era para traí-la daquela forma. Ai, meu Deus, não podia ficar assim. Ele merecia o troco. Não o fizera da outra vez, tinha perdoado e acreditado nele. Mas o safado estava de novo aprontando e dessa vez iria a forra. Sem medo, sem remorso.
A presença de Cristian começou a atormentar sua imaginação. Era tão másculo, tão bonito, tão fofo, tão discreto...
Subitamente levantou-se e foi ter com ele.
-- Cristian?
Sentou-se ao seu lado, na borda, o obrigando a acordar e afastar-se para o fundo.
-- O que foi?
-- Vem dormir comigo na cama.
-- Como?
Ela sorriu.
-- Vem comigo.
-- Não está se precipitando? Não é melhor esperar até amanhã?
-- Tenho certeza que ele está com outra mulher.
-- E quer dar o troco?
-- Quero. E com você.
-- Meu Deus...
-- Não está acreditando, não é?
-- Não.
-- Talvez seja difícil de entender, mas amanhã quando encontrar meu marido preciso estar calma, não posso me separar dele agora, ainda não. E se eu souber que fiz a mesma coisa, que dei o troco, que tenho o resquício de outro homem dentro de mim, vou encará-lo em pé de igualdade. Entende?
-- Não sei...
-- Aproveite a oportunidade. Amanhã, dependendo do que acontecer, posso ir embora... E terá perdido a oportunidade de transar comigo.
Cristian mantinha os olhos bem abertos.
-- Pensa que não vi seus olhos brilharem quando me viu? E quando viu minha calcinha?
-- Você é maravilhosa...
-- Talvez seja gostosa também...
A mão dela procurou o pênis dele sob short. Estava intumescido.
-- Oh, ele estava escutando nossa conversa!
Ajoelhou-se, livrou o membro das roupas e, sem pestanejar, o abocanhou com vontade, com volúpia, beijando-o e sugando-o sem parar. Seus gemidos se confundiam com os de Cristian. Não esperava um pau tão grosso!
-- Se continuar assim vou gozar...
Ela aumentou o ritmo. Começou a movimentar a cabeça para fazê-lo entrar e sair, enquanto apertava sua base. Sabia o que estava fazendo. Então, ele gozou e ela engoliu cada grama que era ejaculado. Depois o sugou por mais alguns minutos até sentir que nada mais restava nele.
Num gesto final, descansou o rosto sobre ele enquanto respirava ruidosamente para recuperar o fôlego. Finalmente, se acalmou.
-- Que delícia!
-- Eu que o diga...
-- E você não queria.
-- É que eu não estava acreditando no que estava acontecendo. A verdade é que achava que você era muito para mim.
Ela levantou a cabeça e o encarou.
-- Era. Não sou mais, espero que se aproveite.
Ele acariciou os cabelos sedosos dela, que se agradou e o convidou uma vez mais.
-- Vamos para minha cama?
Foram de mãos dadas. Ela tirou a camisola e a calcinha. Na penumbra, um tanto clara, Cristian podia ver como seu corpo era perfeito.
Ao deitarem-se, virou de costas para ele, que também tinha se despido, e esfregou-lhe as nádegas no pênis.
Cochilaram por algum tempo e ele acordou com Ana manipulando seu pau. Seu pau tinha reagido involuntariamente e ela acordou quando sentiu o volume pressionando suas nádegas.
Cristian beijou-lhe a nuca e acariciou-lhe os seios. Sentiam o pênis que endurecia continuamente e isso lhes excitava cada vez mais.
Sem acanhamento, Ana esfregava o pau duro no seu ânus e o líquido que saia dele permitia a lubrificação da entrada. Ela pressionava os quadris para trás e fazia com ele apontasse dentro dela, então recuava. Aquilo estava excitando Cristian em demasia que tentou penetrá-la de uma vez. Ela reclamou.
-- Assim não. Tenha calma. Deixe que eu faça.
E devagar, com cuidado, indo e vindo, fez com ele entrasse inteiro dentro dela. Satisfeita, sorriu-lhe.
-- Agora fique à vontade, pode fazer como quiser.
Ele começou a movimentar-se com furor, ela se agarrou ao travesseiro para suportar os arroubos um tanto rudes. Não reclamou, queria mesmo que ele a possuísse com força, sem delicadeza. Esperava que a dor por ser possuída daquela forma amainasse seus sentimentos. Pensou no marido que gostava de fazer aquilo e sorriu, estava se vingando.
Cristian estava bufando quando gozou. Não pensou que chegaria aquele ponto com uma mulher tão elegante, tão distinta.
Ficaram quietos e quando ele saiu dela já estavam dormindo e não perceberam. Mas aos primeiros clarões do dia ele acordou.
-- Preciso ir antes que clareie mais. É melhor para você.
-- Não estou preocupada, mas tudo bem.
Ele vestiu a roupa e se preparou para sair. Ela continuava de bruços, abraçada ao travesseiro, nua e expondo suas nádegas brancas. Consciente disso, não se virou quando o chamou.
-- Cristian...
-- Sim.
-- Amanhã, quando vir meu marido, olhe bem nos olhos dele e pense, intensamente, que gozou na minha boca e na minha bunda. Nenhum homem suportaria isso...
Ele riu e brincou.
-- Você está sendo vingativa demais!
-- Nem comecei...
-- Bem, vou indo.
-- Cristian?
-- Sim?
-- Minha bunda é bonita?
-- A mais bonita que já vi.
-- Não quer comê-la mais uma vez?
-- Está tentadora nessa posição...
-- Então venha, meu querido, aproveite...
Cristian livrou-se das roupas e num instante estava entre as pernas delas. O orifício apareceu e instigou a libido dele. Posicionou o pau completamente endurecido nele e empurrou. Apesar do resquício da vez anterior teve dificuldade para penetrá-la.
-- Passe um pouco de saliva... -- gemeu Ana.
Ele separou-lhe as nádegas e cuspiu-lhe, acertando em cheio. Ana achou nojento, mas aprovou o gesto, quanto mais fosse tratada como rameira, melhor.
Agora entrou com mais facilidade, mas ela gemeu forte e alto. Ainda se ressentia da penetração anterior quando já teve dificuldade em aguentar a invasão. Mas, apesar da dor, não refugou e deixou que Cristian se deliciasse.
Em poucos minutos ele gozou e, mais uma vez, muito. Ana sorriu aliviada quando sentiu o pênis saindo dela, deixando apenas o gozo lá dentro. Estava satisfeita.
Quando Cristian estava saindo, insistiu:
-- Não se esqueça do que pediNada aconteceu pela manhã. Ana dormiu até mais tarde e eram onze horas quando se aprontou. Não quis telefonar para o marido, esperaria que chegasse, a hora que fosse para falar com ele.
Ligou para Cristian.
-- Oi, bom dia. Tudo bem?
-- Tudo. E com você?
-- Também. Pode me trazer um café da manha? Estou faminta.
-- Em quinze minutos estarei aí.
-- Ótimo.
Ela o esperava mais bonita que no dia anterior. Trazia um sorriso faceiro e recebeu-o com um beijo.
-- Que bom te ver.
Em poucos minutos a mesa esta posta e ela devorava o que ele havia trazido.
-- Seu marido?
-- Não sei. Não quero saber.
-- Precisa se acalmar.
-- Estou calma, não dá para perceber?
-- É. De fato. Pensei que iria encontrá-la irada.
-- Você me acalmou.
Ele balançou a cabeça, ainda não tinha assimilado tudo aquilo.
-- Ainda estou viajando.
-- Por quê?
-- Porque foi inesperado. Se eu contar ninguém vai acreditar.
-- Contou para alguém?
-- Não, não se preocupe. Não contarei para ninguém sem que me autorize. Penso que poderia chegar ao máximo da vingança se todo mundo soubesse. Mas, aí sua imagem seria arranhada...
-- Não quero isso... Mas tem razão numa coisa: o que os olhos não veem o coração não sente.
-- Exatamente.
-- Porém, pelo menos por enquanto, nada farei.
Os telefones de ambos tocaram ao mesmo tempo. Para ela, era marido avisando que tinha chegado; para ele, o chefe pedindo para que fosse buscar Sr. Alberto.
Cristian decepcionou-se ao vê-lo, era bem mais velho que Ana. Apesar de manter a forma física era notável sua aparência envelhecida. Esperava encontrar um homem com a idade próxima a dela; decepcionou-se com ela também, cheirava a interesse financeiro pois, sabia, aquele senhor era muito rico.
Foi apresentado a ele e o levou ao chalé. No caminho falou sobre o resort e suas atrações. Notou que o hóspede não estava muito interessado.
O encontro do casal foi um tanto frio, Ana não conseguia se controlar com afirmara antes. Alberto sabia que ela estava desconfiada de alguma coisa e estava cheio de dedos com ela.
Cristian deixou-os o mais rápido que pode e voltou. E assim que se viram à sós começaram a discutir acaloradamente.
Ana insistia em saber quem era a mulher que estava com ele e, Alberto, em negar que estava com outra. Ela chorou copiosamente, já ele fez declarações e juras de amor. Depois de algumas horas, estavam mais calmos e foram almoçar. Ela com a certeza de que o marido mentia e ele de que tinha controlado a situação.
O almoço transcorreu em paz. Depois foram à praia aproveitar o resto do sol daquele dia.
À noite não saíram e foram dormir cedo, sentiam-se exaustos, e nem cogitaram fazer sexo. Nenhum dos dois queria mesmo que isso acontecesse, cada um com os seus motivos.
-5-
O sol já estava alto quando acordaram na manhã seguinte, parecia que tinham perdido a graça com as férias.
Assim que terminou o café, servido por Cristian, Alberto comentou que gostaria de dar um mergulho, ela recusou o convite, mas aceitou acompanhá-lo até a praia.
Em pouco tempo, Cristian tinha preparado um espaço na areia com guarda-sol e cadeiras para eles. Esperou que se acomodassem e se afastou. Ficaria por perto, era só chamá-lo.
Ao lado deles, alguns jovens riam a vontade e, um tanto embriagados, chamavam a atenção. Alberto tentava disfarçar, mas não tirava os olhos das jovens que transitavam de um lado para outro; Ana fingia não ver, mas não conseguia sufocar a bronca e reclamava do barulho. Quis mudar de lugar, mas Alberto alegou que gostava de ver a juventude em plena forma.
Quase uma hora depois, começaram uma partida de frescobol. Ana levantou-se e avisou que iria ao banheiro. Caminhou lentamente para o chalé.
Próxima dele, virou-se e viu seu marido empunhando uma raquete, balançou a cabeça desolada.
-- Não perdeu tempo...
Decidida pegou o aparelho e teclou 29. Cristian atendeu rapidamente.
-- Pode vir aqui? Estou no chalé.
-- Eu sei, eu vi.
-- Viu? Onde você está?
-- Numa tenda, à sua direita...
-- Está vendo meu marido?
-- Sim, está se divertindo.
-- Pois é. Queria me divertir também. Você vem?
-- Com o maior prazer!
Quando chegou ela estava olhando pela janela os movimentos do marido.
-- Está preocupada com ele?
Ela voltou-se, levemente assustada.
-- Acho que não. Na verdade ele sempre foi assim, eu é que me iludi achando que o mudaria, que seria a única. Mas, eu não quero desperdiçar esses dias. Já que é assim, então vou fazer o mesmo...
De repente calou-se e o encarou, estudando sua fisionomia.
-- E você? Estou te enrolando nessa teia, mas talvez não queira ficar comigo. Não gostaria que fosse assim, que ficasse comigo por qualquer outro motivo que não prazer. Eu te dei prazer?
-- Muito.
-- Não está contrariado? Juro que não gostaria de ter mais um homem que não me quisesse. Me faria muito mal.
-- Olha, cada vez que te vejo, me pergunto quando terei outra mulher igual. Sabe a resposta que surge de imediato? Nunca! Nunca mais terei outra igual. Você é a mulher mais linda que já vi, a mulher gostosa com quem já transei. Temo que daqui para frente terei dificuldade para me relacionar com outras mulheres porque tenho certeza que nenhuma delas chegará aos seus pés.
-- Que bom ouvir isso...
-- Só mesmo um garanhão inveterado como seu marido para não perceber isso. Aliás, garanhão não, burro!
Ela riu com entonação usada.
-- Ele é burro?
-- É.
Ana olhou pela janela e o viu dando risadas.
-- É mesmo!
-- Claro que é.
Voltou-se para o rapaz.
-- E... Com toda essa admiração que sente por mim, está disposto a realizar meus desejos?
-- Qualquer um.
-- E minhas taras?
-- Qualquer uma. Não estou mais preocupado com meu estágio ou minha faculdade. Vai valer o risco.
Ana já estava excitada. Levantando a saída, tirou a parte de baixo do biquíni.
-- Quero gozar na sua boca.
-- Meu Deus, como? -- Espantou-se Cristian.
-- Sente-se aqui no chão...
Apontava para o lugar embaixo da janela de onde podia ver o marido. Ele obedeceu, sentindo a excitação à flor da pele. Tudo o que dissera antes sobre ela era verdade, o receio pelo emprego tinha desaparecido, estava disposto a ir longe naquela aventura.
Ana posicionou-se de tal forma que sua vulva ficara na direção da boca dele. Cristian, apoiando sua cabeça na parede, agarrou-a pelas ancas com ambas as mãos e começou a beijar, e a sugar, e a lamber o sexo oferecido. Era isso que ela queria!
Ana pegou os óculos escuros que trazia na mão e os colocou para servir de disfarce. Via o marido ao longe jogando charme para as garotas. Tão seguro de si. Que ingênuo! Ali embaixo, uma boca ávida desvendava sua intimidade. Sentia a língua que delicadamente a invadia, que massageava seus lábios vaginais e o clitóris intumescido.
-- Que delícia, meu querido... Que gostoso... Não tenha pressa... Não se canse...
Apoiada nos cotovelos sobre a janela, abria os olhos de vez em quando para seguir os movimentos de Alberto, que continuava na brincadeira. Isso a excitava ainda mais porque sentia que a vingança era completa. Sorriu satisfeita com sua atitude e deliciada com o que lhe fazia o amante.
Sentiu que o orgasmo se aproximava. Veio do fundo de suas entranhas para explodir na boca do rapaz. Um ai, longo e abafado, escapou de seu peito. Sentiu as pernas bambearem e, tendo um segundo de sua atenção desviada para olhar o marido, escorregou para o colo do amante que a aparou com segurança.
Cristian estava com o rosto molhado pelo líquido dela. Tirando os óculos, encarou-o e, com o desejo estampado no rosto, pôs-se a beijá-lo com sofreguidão. Sentia o próprio gosto e gemia de prazer.
Apoiando os joelhos no chão, insinuou-se com gestos para que ele se preparasse para penetrá-la, a posição era perfeita. Cristian abaixou as calcas e segurou o membro em riste para que ela sentasse nele. Quando o fez, gemeu ainda mais forte. A vagina, tão pouco usada nas últimas semanas, sentiu a pressão do pênis grosso antes de acomodá-lo em sua quentura.
Ana lembrou-se do marido e teve medo que ele surgisse de repente. A contragosto levantou-se e olhou para a praia: ainda estava lá. Abaixou-se para ser novamente penetrada e riu. Começou a movimentar-se sobre o membro para fazê-lo gozar. Queria que o fizesse logo. Estava temerosa e aumentava o ritmo cada vez mais.
Cristian não aguentou muito e gozou também. Seus gemidos demonstraram que tinha sido intenso. Como se combinados, ficaram de bocas abertas encarando-se e então riram do que tinham feito.
Ela esticou a mão e pegou a pequena peça do biquíni e, com cuidado para não deixar sair o gozo dele, vestiu-a sentada no chão. Aí, levantou-se e viu que marido estava parado esperando sua vez de jogar.
-- Como estou?
-- Maravilhosa!
Ela riu.
-- Está parecendo que acabei de transar?
-- Está um pouco vermelha...
-- Só isso?
-- De resto está normal.
-- Vou indo... Saia discretamente, por favor.
-- Não se preocupe.
Deu-lhe um beijo nos lábios, pôs os óculos e saiu ao encontro do marido. Levava um sorriso que não tinha trazido. Será que ele repararia?
Quando se sentou na cadeira percebeu a presença dele e levantou o rosto.
-- Demorei?
-- Não. Estava aqui brincando com as crianças.
-- Nem sentiu a minha falta?
-- Não é isso, querida... Não quer jogar?
-- Não, estou bem aqui. Vou ficar olhando...
Ele se afastou, ela suspirou profundamente. Não precisava de mais nada, só de curtir a lassidão que o orgasmo lhe provocara. Fechou os olhos e sorriuVamos embora?
Tinha cochilado e nem se dera conta. O sol já estava fraco e a praia um tanto vazia. Seus novos amigos estavam agitados arrumando as coisas.
-- Que sono gostoso!
Espreguiçou-se graciosamente para o deleite de Alberto. Tinha se esquecido de como era bonita! Seus olhos estiveram ocupados com as moças ao lado e nem se detiveram na esposa por um minuto.
-- Você está linda...
-- Obrigada.
Foram-se a passos lentos carregando as bolsas. Alberto não conseguia tirar os olhos dos quadris que rebolavam a sua frente.
-- Vamos tomar banho? -- perguntou.
-- Vá na frente... Tenho que separar a umas roupas para essa noite...
-- Vamos ao clube?
-- Não gostaria?
-- Sim, se você quiser.
-- Eu quero, estou presa aqui desde que cheguei...
-- Está bem.
Pouco depois ele avisou que tinha terminado de banhar-se, era a vez dela. Ana olhou-se no espelho e viu-se com o biquíni, ficou satisfeita, pois estava encantadora. Quando tirou a parte de baixo do biquíni e viu a mancha provocada pelo esperma de Cristian ela percebeu o risco que estava correndo de ficar grávida, afinal fizera um tratamento e o amante tinha despejado seu sêmen antes do marido. E agora? Riu da própria sorte, mas não tinha problema nenhum, bastava seduzir o marido naquela noite. Ele precisava ejacular na sua vagina também. Só isso!
Enquanto a água caía, enfiava o dedo médio na vagina para se desfazer do máximo de vestígio de Cristian. Trazia um sorriso constante, denotando o quanto estava satisfeita com ele.
E naquela noite, depois de divertirem-se no clube, não teve dificuldade para realizar seu propósito. Assim que se deitaram, procurou sob os lençóis o pênis dele e o fez endurecer na sua boca. Depois, quando sentiu que estava no ponto, sentou-se nele. Como estava preocupada com seu objetivo e não com transa em si, sua vagina não estava completamente lubrificada então sentiu dificuldade na penetração, provocando-lhe até um pouco de dor. Mas não desistiu e recomeçando, duas, três vezes, fez com entrasse. Aí começou o vaivém como se a masturbá-lo. Alberto estava boquiaberto com a iniciativa dela e excitadíssimo com tudo aquilo. Os seios dela subiam e desciam e tremulavam de forma a provocá-lo ainda mais.
-- Se continuar assim vou gozar...
Ela sorriu candidamente para ele.
-- É o que eu quero que faça! Quero aproveitar toda essa energia acumulada nesses dias todos que ficamos sem transar.
Ele fechou os olhos para não encará-la. Ana percebeu e riu dele.
-- Goze, meu amor... Goze bastante...
-- E você?
-- Não se preocupe comigo, temos muitos dias pela frente. Pode gozar... Vou adorar...
E ele gozou. E se agarrou no espaldar para suportar os movimentos de Ana durante o orgasmo. Seu pênis tinha explodido dentro dela.
-- Isso, meu querido... Que bom, que bom!
Então, saiu de cima dele e deitou-se ao seu lado para se recuperar. Respirava aceleradamente. Alguns minutos depois, quando se acalmou, virou-se para falar com ele, mas viu que tinha dormido. Achou graça e, ajeitando-se de lado, fechou os olhos para dormir também. Tinha resolvido seu problemaAssim que o dia começou a clarear sentiu as carícias dele e o movimento para se posicionar entre suas pernas. Abriu-as e esperou a penetração. Uma, duas tentativas e pronto, conseguiu. Ana sorriu discretamente, estava contente com a iniciativa do marido, pois era um reforço para a sua tentativa de engravidar e camuflar o gozo do amante. Fechou os olhos ao se lembrar dele e, espontaneamente, imaginou que era ele quem estava ali, dentro dela.
De repente sentiu um dedo que bolinava seu ânus. Voltou-se para a realidade, seu marido adorava fazer aquilo. Tudo bem, aproveite! Pensou. Afinal isso o faz se excitar alem da conta. Agora o dedo médio estava inteiro dentro dela. O dedo e o pênis roçavam-se através do ânus e da vagina. Começou a excitar-se também...
Mas não demorou muito, ela pode perceber pelos gemidos que aumentaram, e o marido ejaculou.
Quando terminou, saiu dela e virou-se para o lado respirando ruidosamente, se recuperando. Mantiveram-se em silêncio e dormiram novamente.
-8-
Durante o almoço receberam um convite do resort para uma pescaria em alto-mar. Partiriam as quinze e voltariam às vinte e uma horas. Ele animou-se muito, ela nada. Não gostava tanto de pescar e tinha medo de ir ao mar num barco pequeno. Riram dela, mas foram compreensivos. Assim, ficou acertado que Alberto iria e ela pegaria uma praia.
Quando já tinham partido, ela foi até o cais acompanhar a partida, voltou caminhando pela areia. Estava tranquila e sentou-se na tenda próxima ao seu chalé. Em poucos minutos Cristian surgiu.
-- Quer beber alguma coisa?
Ofereceu-lhe o cardápio.
-- Oi, meu querido, que bom te ver.
-- Você está linda nesse vestido...
-- Só estou usando ele.
-- É mesmo?
-- Fique na minha frente e olhe...
Ele obedeceu, ela abriu as pernas e mostrou-lhe a delicada vulva e seus pelos alourados.
-- Meu Deus, como é linda!
-- E gostosa?
-- Muito, quase morri ontem...
-- Imagine, que exagero. Você é jovem, aguenta bem mais que uma transadinhaNossa! Está contando?
-- Foram inesquecíveis.
Ela riu, ele não tirava os olhos do sexo dela. Ana olhou em redor, estavam sozinhos.
-- Como está sua disposição?
-- Para?
-- Mais uma transadinha... Estou precisando muito, preciso melhorar o meu ego!
-- Estou sonhando com isso... Aliás, sua bunda não me sai do pensamento.
Ela riu, movimentando-se, excitada.
-- Você se esbaldou com ela...
-- Meu Deus, lembrar de você deitada de bruços...
-- Mas não pode ser nela agora, não está preparada ainda... Terá que ser na frente...
-- Claro...
-- Ou na minha boca...
-- Meu Deus!
Ela não conteve uma gargalhada ante as expressões dele. O dia estava ficando claro e belo outra vez. No horizonte via o barquinho que conduzia o marido. Aquilo que começara como vingança tomava outra conotação agora, queria se divertir já que não havia nenhuma preocupação moral em relação a Alberto. Tinha percebido que uma das garotas do dia anterior tinha ido junto na pescaria, então ele se divertia lá, ela aqui.
-- Traga-me uma Marguerita e, depois, me espere no chalé... E por favor, seja discreto, finja que vai levar alguma coisa para mim.
-- Não se preocupe, o chalé e isolado e ninguém estará observando.
-- Ótimo...
A lembrança do corpo do amante e, principalmente, do seu pênis avantajado provocou-lhe um arrepio. Olhou o mar em busca do barco que levava o marido, ia longe. Em volta ninguém, apenas algumas pessoas caminhavam pela praia, um tanto distantes. Levou a mão entre as pernas e acariciou o sexo.
-- Você vai ter o que merece...
Já estava úmida.
-- Ai, meu Deus, não quero nem saber, vou me acabar com esse menino, depois... Ora, depois vejo o que vai acontecer...
Dali a pouco o viu se aproximar trazendo a sua bebida.
-- Obrigada, querido.
-- É prazer te servir.
Ela sorriu encantadora.
-- O prazer em servir e meu, estou adorando dar para você. Fazia tempo que não transava com tanta vontade, que não gozava tão gostoso. Agora, por exemplo, não veja a hora de ter você dentro de mim. Se olhar para ela vai ver que esta pronta para te receber.
Abriu as pernas para mostrar o sexo.
-- Meu Deus, que coisa mais linda! Queria cair de boca nela!
Ana arregalou os olhos tomada pelo tesão.
-- Ai, você faria isso? Iria adorar... Não aqui, e claro! Mas, depois?
-- Claro que sim, vou adorar...
-- Ai, o que estamos esperando?
O rosto dele mostrou-se levemente desconcertado.
-- Olha, preciso voltar lá na sede por um tempinho, mas, vou em seguida.
-- Não me deixe esperando muito...
-- Não, claro que não. Nem pensar!
-9-
Depois degustar a Marguerita, ela chegava ao chalé, ansiosa pelo que ia fazer. não o encontrou, e sem perturbar, resolveu fazer um enema em si para satisfazer o amante, caso ele quisesse. Pratica como era, o fez em poucos minutos. Seu ânus estava limpo e lubrificado.
Ainda teve que esperar mais algum tempo até que ele aparecesse. Olhava o relógio de minuto em minuto. Acostumada aos atrasos do marido manteve-se tranquila. E quando estava prestes a ligar para saber o que acontecia, Cristian apareceu se desculpando.
-- Tive ficar na portaria para que o meu amigo fosse almoçar.
-- Tão tarde?
-- Pois é...
-- Desanimei...
-- Oh, não!
-- Mas você demorou demais!
Cristian foi à sua direção.
-- Puxa, mas estou aqui agora.
Conseguiu abraçá-la sem muito esforço e a beijou com sofreguidão. Ana gostou da sua atitude e correspondeu com a mesma intensidade. Aos tropeços foram para o quarto e nus, atiraram-se na cama. Aproveitando um momento em que ele estava por baixo, deslizou pelo seu corpo e foi brincar com o pênis endurecido. Sua boca quente e gulosa chupou, lambeu e mordeu o membro tão adorado. Tinha se encantado com ele desde a primeira vez. Agora podia aproveitar para saboreá-lo com tranquilidade.
Cristian puxou-a para que se virasse e permitisse que ele brincasse com o sexo dela também, como tinha prometido. Abocanhou os lábios úmidos e sentiu o gosto do líquido que saia dela. Viu que ânus estava úmido e imaginou que Ana o tinha preparado para ele. Com certeza estava limpinho e untado para recebê-lo. Intensificou os movimentos à medida que o tesão aumentava.
Não resistindo de vontade, pediu que ela ficasse de quatro, queria penetrá-la por trás. Ana entendeu que ele tinha visto seu orifício preparado e obedeceu. Estava mesmo esperando por aquele momento.
Ficando naquela posição, submissa, tornou-se ainda mais desejável. Cristian posicionou-se entre as pernas flexionadas e colocou o pênis na entrada do buraquinho minúsculo. Surpreendeu-se com sua aparente delicadeza e teve dúvida se suportaria a penetração. Depois sorriu lembrando-se das vezes anteriores.
Empurrou devagar, arrancando dela gemidos de dor. Não se deteve por causa disso. Pressionou mais e mais, até adentrá-la. Pode ver o orifício se alargando e seu pau sumir dentro dele. A visão da bunda branca e delicada se transformou com aquele membro intruso e que destoava de tamanha beleza.
Mas Ana estava gostando tanto quanto ele. Seu semblante alternava expressões de dor e de satisfação, enquanto gemia continuamente. Queria que ele resistisse o máximo naquele vaivém intenso. Sentia que seu esfíncter tinha se adaptado ao pau roliço e que dor diminuíra. Era só apreciar agora...
Seus seios tremulavam com o choque das virilhas dele com suas nádegas. Nesse momento soltava um gritinho, misto de prazer e preocupação, visto que sabia estar ele inteiro dentro dela. Que ponto de suas entranhas estava tocando?
-- Cristian?
-- Oi...
-- Quando gozar não tire, fique dentro de mim...
-- Que maravilhoso isso!
-- E se gente aguentar, vamos começar de novo sem que tenha tirado...
-- Meu Deus!
-- Sempre tive essa vontade...
-- Meu Deus!
Era só o que ele conseguia dizer. Imediatamente recomeçou o vaivém e não demorou para gozar, aquela nova expectativa tinha atingido sua libido como um raio. E gozou de forma tão intensa que urrou, arrancando dela um gemido longo alem de um largo sorriso de felicidade.
A primeira parte do seu plano tinha acontecido, Cristian tinha gozado com prazer, com muito prazer, na sua bunda. Agora era esperar para saber se conseguiriam fazer tudo aquilo de novo.
-10-
Ajeitaram-se na cama de forma a manterem-se ligados pelo membro que descansava no reto inundado. Ficaram em silêncio enquanto a respiração se acalmava. Cristian tinha agarrado um de seus seios e de vez em quando o apertava.
Ana sentia-se tranquila, sem nenhum remorso em relação ao fato de ser casada e estar ali, nos braços do amante. Seu marido tinha permitido que sua mente, sua moral, cogitasse essa possibilidade. No primeiro momento fora apenas por vingança, mas agora era por prazer puro e simples. Cristian era maravilhoso. Dono de uma simpatia encantadora e um corpo másculo, bem cuidado, igualmente encantador. Alem disso, que seria suficiente para conquistá-la, era discreto e muito atencioso. Notara que ele a desejava de verdade, como há muito não percebia nas ações do marido.
Lembrou-se dele lá em alto mar, não preocupado com a pesca, mas em divertir-se com aquela moca. Que bom tivera coragem para dar-lhe o troco!
Tentou controlar seu esfíncter e percebeu que tinha recuperado seu controle. O pênis amolecido havia cedido espaço para isso. Começou então a contristá-lo para provocar uma pressão no intruso.
Cristian acordou de sua sonolência ao sentir os movimentos. A excitação alterou sua respiração que por sua vez despertou ainda mais o desejo de Ana. Ao mesmo tempo percebia seu ânus alargando-se, perdia o controle sobre o esfíncter. Para compensar começou a movimentar-se para fazê-lo entrar e sair. O barulho provocado pela inundação anterior e que teimava em sair chegava aos seus ouvidos para excitá-la ainda mais. Levou a mão na vulva e procurou o clitóris intumescido, dessa vez queria gozar também. Não sentia nenhuma dor, nenhum incômodo, apenas uma sensação intensa de prazer que entorpecia aquela região. Então teve o primeiro orgasmo e quando enfiou dois dedos na vagina e sentiu o pênis que os pressionava através da parede do canal vaginal durante as estocadas de Cristian, gozou de novo e forma ainda mais gostosa, extenuante. Largou-se na cama, incapaz de se mexer, nem mesmo de gemer, para submeter-se aos arroubos do pau que lhe cutucava sem dó nem piedade.
Conseguiu sorrir quando os gemidos de Cristian intensificaram-se e ele despejou seu líquido mais uma vez dentro dela. Sabia que também gozara como não o fizera antes. As virilhas pressionavam suas nádegas tentando entrar mais um pouco. Estava inteiro lá dentro e queria ir mais fundo.
Finalmente se jogou ao lado e ao movimentar-se para deitar de costas saiu dela. Ana sentiu um alivio sem precedentes quando se sentiu vazia, oca. Imaginava que sua bunda estava ensopada, aberta, arregaçada! Mas esse pensamento ao invés de trazer-lhe preocupação a deixava satisfeita e excitada. Se Cristian conseguisse poderia fazer de novo e de novo até cair morto. Mas não disse nada, deixou que ele também se recuperasse.
-11-
Quando acordou já passava das sete horas. As últimas luzes do dia entravam clareavam o ambiente. Sentou-se e olhou em volta. Viu que estava sozinha e que tudo estava em ordem. Por um segundo pensou que tivesse sonhado, mas ao sentir o cheiro de sexo e a umidade em sua bunda atinou que não, tinha acontecido ali uma das melhores transas de sua vida.
Ao se levantar olhou as manchas no lençol e não conteve o riso, Cristian tinha despejado muita coisa dentro dela. Meio cambaleante dirigiu-se ao banheiro e deixou a ducha cair como uma caricia, aliviando aquela sensação de sonolência. Sentiu fome e assim que terminou o banho, ainda de roupão ligou para Cristian e, formalmente como tinham combinado, pediu comida e uma muda da roupa de cama. Em menos de vinte minutos ele chegava com os pedidos.
Ela o recebeu com um olhar carinhoso e um sorriso de felicidade.
-- Oi, tudo bem?
-- Tudo. E com você?
-- Estou morrendo de fome.
-- Imagino. Eu já jantei.
-- Não vi você sair.
-- Não quis te incomodar, estava tão tranquila...
-- Fazia tempo que não dormia assim tão pesado.
O riso safado dele chamou sua atenção.
-- Do que esta rindo?
-- Quase morri naquela hora...
Ela riu alto.
-- Você quase me matou! Perdi completamente as forcas!
Outra vez o olhou de forma carinhosa.
-- Você é muito gostoso...
-- Você também...
-- Que bom que tudo isso aconteceu.
-- Para mim está sendo ótimo.
-- Para mim também. Não me arrependo de nada, pelo contrário, quero mais! Sempre que puder e estiver disposto, também estarei.
Olhou para a comida sobre a mesa e brincou.
-- Mas para isso preciso comer, preciso recuperar as minhas forças! Se quiser me comer, tem que me alimentar bem!
-- Claro.
Após algumas garfadas, anunciou:
-- Depois vou a praia esperar o barco.
-- Eles vão chegar da pescaria bem a noite.
-- Já entraram em contato?
-- O tempo todo... Não se preocupe, estão bem. Já pegaram alguns peixes graúdos e...
-- Não estou preocupada, estou me divertindo também.
Seu olhar foi de satisfação. De fato, nada mais lhe estragaria o humor dali para frente. Aqueles dias que haviam começado de forma angustiante tinham tomado um rumo interessante. Tentou fazer as contas e não conseguiu enumerar exatamente quantas vezes tinha transado. Lembrou-se que o marido a tinha comido duas vezes, mas o amante...
-- Quantas vezes você me comeu?
Ele do riu jeito dela se expressar.
-- Eu te comi um monte de vezes.
-- Quantas?
-- Tenho que pensar... Por que quer saber?
-- Para quando encarar o safado do meu marido pensar que também o traí, que alguém gozou em mim tantas vezes que estou até mais pesada.
Parou um pouco e franziu os olhos, vingativa.
-- Nossa! Se ele imaginar que você gozou na minha bunda, vai ter um ataque do coração! Ele diz que é o tesouro dele. Até já masturbou olhando e passando a mão nela.
-- De fato, ela é maravilhosa. E gostosa!
-- E você está se aproveitando!
-- Seis vezesvezes o que?
-- Que gozei em você.
-- Meu Deus! Em três dias?
-- Exatamente.
Lembrou-se das duas do marido.
-- Nossa, bati o meu recorde. Nem na lua-de-mel!
Ficaram em silêncio, pensativos. Cristian estava admirando sua beleza enquanto ela comia. Era tão elegante a maneira que se alimentava, tão delicada. O roupão entreaberto mostrava parte dos seios opulentos. Com certeza estava sem calcinha também. Seus cabelos, quase secos, teimavam em cair pela face e ela insistia em colocá-los atrás das orelhas.
Ela surpreendeu seus olhares.
-- O que foi?
-- Estou encantado com sua beleza.
-- É mesmo? Sou bonita mesmo?
-- Você sabe que sim, não sabe?
-- Sei. Às vezes isso me atrapalha porque tem pessoas que se aproximam por causa disso. E pior, às vezes também se afastam!
Parou um instante.
-- Você deve passar por isso, não é mesmo?
-- Eu?
-- Você sabe que é bonito, não sabe?
-- Às vezes me sinto assediado sem motivo!
-- Pois é. Então sabe do que estou falando.
-- E foi por isso que permitiu que me aproximasse tanto?
-- Também. Pelo menos no princípio. Mas você é muito gentil e educado. Mais: é confiável!
-- Obrigado.
-- É verdade. Você é uma pessoa rara.
-- Nossa!
Ana riu inesperadamente.
-- Não permiti apenas que se aproximasse, mas que entrasse!
Ele riu também. Sua alegria era contagiante.
-- E você foi fundo, querido! Estou até preocupada com os estragos que pode ter feito.
-- Está brincando?
-- Estou!
E gargalhou gostosamente.
-- Que horas são?
-- Oito e quinze.
-- Vou me trocar...
Eles se levantaram e Cristian começou a limpar a mesa. Ana caminhou para o quarto.
-- Ana?
Ela parou.
-- Oi?
-- Posso te acompanhar?
-- Até à praia?
-- Não, claro que não. Até aí, no quarto.
-- Ah, quer me ver trocando de roupa?
-- Sim.
-- Claro que sim... Mas só olhar, tá bom? Não dará tempo para mais uma!
Riram.
-- Claro...
Imediatamente ela abriu o roupão e o deixou cair, expondo-se.
-- A menos que queira se masturbar...
Estava parada na porta, com a mão apoiada no umbral e uma das pernas levemente dobrada. Apesar das palavras ditas num tom suave, excitava-se com a intenção dele.
-- Meu Deus, não sei o que fazer...
Ana entrou e foi até o armário para escolher o que vestiria. Cristian ficou parado na porta, observando seus movimentos. Os seios fartos balançavam, as nádegas perfeitas tremulavam. Começou a alisar o pênis que endurecia rapidamente sob o calção. Quando o tirou estava enorme. Sem se preocupar, começou a se masturbar seguindo a sugestão dela.
Quando ela percebeu o que estava acontecendo e tornou seus movimentos mais lentos e lânguidos. Foi até a cama e pegou o travesseiro para tirar a fronha, ficando de costas a menos de um metro dele. Depois, se dobrou uns segundos. O que o confundiu, pois pensou que ela estava oferecendo sua bunda. Mas, ela voltou-se logo e estendeu-lhe a fronha. Seu semblante denotava tensão, ansiedade. Queria vê-lo gozar!
-- Deixe-me gozar no seu rosto!
-- No meu rosto?
Não esperava aquele pedido, mas sorriu para ele, concordando.
-- Está bem...
Ajoelhou-se aos seus pés e se preparou, semicerrando os olhos. Seu gesto submisso acelerou a ejaculação iminente. O primeiro jato saiu com força, obrigando-a a fechar os olhos visto que foi direto num deles. Depois vieram os outros, seguidamente. O líquido cobria várias partes da face sorridente e escorria para colo e os seios... Ao sentir os lábios pressionados pelo pênis macio, lambeu-o e o gosto do esperma trouxe-lhe a vontade de engolir um pouco, então abriu os olhos impregnados e a boca para receber o pênis que já se antecipava e adentrava os lábios entreabertos.
Cristian sentiu a boca quente envolvendo-lhe o pau e teve um último estertor, expelindo uma derradeira gota do seu sêmen na garganta da amante.
Ana continuou sugando-o até senti-lo amolecer. Então, se levantou e abriu os braços.
-- Olhe o que fez comigo... Vou precisar de outro banho!
-- Você é incrível!
-- Sete!
-- O que?
-- Com essa, você gozou sete vezes em mim!
-- É mesmo.
-- Seu fogo não acaba nunca?
-- É você a responsável.
-- Mas não sei se vou aguentar.
O esperma escorria pelo seu corpo e caía no chão.
-- Vou tomar um banho. É melhor ir embora...
-- Vou só trocar o lençol.
-13-
As horas passaram. Ana estava esperando pelo comunicado da chegada da embarcação para ir ao ancoradouro. Eram quase dez horas quando seu aparelho tocou. Da sede do resort avisavam que, infelizmente, o barco fora surpreendido por um mal tempo, quase uma tempestade, e que teria de passar a noite ao largo a espera de um momento melhor para retornar. Seu marido solicitara que fosse até lá para conversar com ele pelo rádio. Cristian estava a caminho para pegá-la.
De fato ele chegou poucos minutos depois da ligação ter encerrado. Recebeu-o com ar de preocupação pois aquilo foi inesperado.
-- O que aconteceu de fato?
-- Nada demais, não se preocupe. Às vezes o tempo vira de uma hora para outra. É normal! Eles vão ficar ao abrigo de uma das ilhas e voltarão assim que clarear.
-- Só isso mesmo?
-- Sim. Quando falar com seu marido, ficará mais tranquila.
-- Ai, meu Deus. Vamos então.
O rádio amador ficava numa sala isolada e havia várias outras pessoas para falar com seus parentes no barco. Logo percebeu que o problema não era só dela, havia ali algumas esposas e filhos ansiosos.
Esperou sua vez e falou com Alberto numa conversa curta na qual ele procurou tranquilizá-la. Estava bem. Ficara um pouco preocupado no começo, mas a tripulação experiente conseguira acalmá-lo, até porque o barco estava nesse momento em águas serenas. Iria aproveitar para pescar mais um pouco. Tinha pegado um peixe enorme, o maior de sua vida e estava muito feliz. Em nenhum momento mostrou-se preocupado com ela, com o fato de ter que passar a noite sozinha ou qualquer outra coisa. Porém, ela achou normal, afinal era comum ficar só quando ele viajava a negócios. Assim que se despediram sorriu para si mesma e pronunciou entre dentes:
-- Só me resta esperar.
Cristian a acompanhou até o chalé.
-- Precisa de alguma coisa?
-- Não, não. Acho que não. Vou me deitar e tentar dormir.
Estava taciturna desde que entraram no Buggy. Ele pensou em se oferecer para ficar, adoraria passar a noite com ela, mas esperou que partisse dela o pedido.
Ela se despediu abanando a mão fazendo um adeus e entrou. Decepcionado Cristian sentou no carro e esperou. Vendo que ela não voltava a abrir a porta, deu a partida e se foi.
Umas duas horas depois, quando já estava em pleno sono, seu aparelho tocou. Era Ana que não conseguira pregar os olhos.
-- Te acordei?
-- Sim, mas... Aconteceu alguma coisa?
-- Não consigo dormir.
-- Está preocupada com seu marido?
-- Não, estou com raiva dele. Tem certeza que essa história do barco é verdadeira?
-- Já aconteceu outras vezes.
-- Algo me diz... Intuição feminina, sabe?
-- Não leve tão a sério.
-- Está frio lá fora?
-- Acho que não. Você está sentindo frio?
-- Um pouco. Será que é porque estou nua?
-- Nua?
-- Peladinha...
-- Está precisando de um cobertor?
-- Estou precisando que você venha me cobrir...
-- Estou indo.
-- Vem mesmo?
-- Agora!
-- Ai, que bom, meu querido. Vou fazer de tudo para que não se arrependa!
-14-
Ela o esperava nua como tinha dito. Mal fechou a porta o agarrou num abraço apertado e ofereceu a boca ávida por beijo, que durou vários minutos.
-- Que bom que veio.
-- Não queria ter ido naquela hora.
-- Por que não falou?
-- Você estava com a cara de preocupada.
-- Estava apenas confusa.
-- Está mais relaxada agora?
-- Agora estou com tesão, um baita tesão. Relaxada estarei quando me fizer gozar!
Sua mão procurou o pênis dele, estava duro, pronto para o sexo. Imediatamente Ana o livrou das roupas para senti-lo melhor.
-- Meu Deus, que coisa boa!
Ajoelhou-se e o abocanhou de uma vez. Sua garganta o impediu de entrar mais. Queria engoli-lo de verdade! Começou a sugá-lo, gemendo e movimentando a cabeça. Se ele gozasse não se importaria.
Mas Cristian queria mais, queria gozar, pôr na vagina úmida e quente. Então, segurou a cabeça da amante.
-- Assim, vou gozar logo... Vamos para sofá...
Ana obedeceu. Ele sentou-se na borda e puxou-a na sua direção. Ela compreendeu a intenção dele e ajoelhou-se sobre o membro ereto. Foi baixando o corpo à medida que era invadida. Sentia a vagina alargar-se para dar passagem ao pênis intruso. De vez em quando se levantava um centímetro e baixava de novo para que a penetração acontecesse melhor. Quando sentiu seu púbis tocar o dele começou a rebolar e falar.
-- Ai, meu Deus, que coisa boa! Que pau gostoso é esse? Posso senti-lo inteiro dentro de mim!
Parou de mexer e tomou-lhe o rosto entre as mãos.
-- Não goze ainda, aguente o máximo que puder. Me deixe curtir esse pau maravilhoso!
-- Vou tentar...
Ela riu e passou a dar-lhe beijos pelo rosto.
-- Vai tentar, meu gostoso? Então vamos ver quanto tempo consegue segurar.
Começou a cavalgá-lo deslizando sua vagina pelo mastro onde estava espetada. Cristian agarrou os seios que balançavam na sua cara.
-- Isso... Brinque com eles... Tente segurá-los...
-- Como são lindos. Tão delicados!
-- Não aperte com força, por favor, seja delicado!
De repente parou o que estava fazendo e voltou a rebolar fazendo com seu clitóris se esfregasse no púbis dele. Cristian estava chupando o bico do seio mais próximo. Ela gemia concatenando a pressão da mama sugada com o clitóris esmagado.
-- Continue, querido, que vou gozar!
As mãos que o seguravam pelos ombros crisparam no momento do clímax e Cristian pôde perceber o momento exato em que ele a atingiu. Ficou satisfeito por permitir que Ana o usasse para chegar a um orgasmo tão intenso. Riu com os gemidos roucos dela. Finalmente parou de se mexer e o abraçou pelo pescoço enquanto respirava ruidosamente no seu ouvido. Esperou se acalmar um pouco antes de agradecer.
-- Obrigada, querido. Ai, que bom, que bom! Que gozada gostosa! Ai, vou sentir saudades quando for embora. Que delícia!
-- Eu também.
Voltou a remexer-se sobre ele.
-- Sabe o que acho interessante? Parece que os dois se encaixam direitinho. Acho que foram feitos um para o outro.
Cristian riu.
-- É verdade. Olhe, ele é maior que o do Alberto, mais grosso também, e nessa posição o dele estaria cutucando meu útero, me incomodando. O seu não! Já me mexi para todo o lado, já apertei, já me esfreguei de todo jeito e não senti nada, só prazer! É uma delícia estar com ele enterrado dentro de mim. Se minhas pernas aguentassem, passaria a noite inteira aqui, tendo um orgasmo atrás do outro!
-- Elas estão doendo?
-- Ainda não. Ai, que delícia!
Ela olhava para o teto, agarrada nos ombros dele e rebolando cada vez mais.
-- Posso te fazer um pedido?
-- Claro.
-- Fique assim mais um pouco... Me deixe gozar de novo!
-- Ai, minha gostosa, vou adorar!
-- Sou sua gostosa?
-- É.
-- Você já comeu alguma mulher mais gostosa que eu na sua vida?
-- Nunca, nunca...
Seus movimentos se intensificaram.
-- Acredite que eu também nunca fui comida por ninguém tão gostoso! Olha isso... Vou gozar de novo!
Dessa vez cravou as unhas na pele dele marcando o orgasmo que lhe percorria o corpo. Estava bufando agora, demonstrando que este tinha sido mais intenso.
O abraçou novamente para se acalmar.
-- Ai, que gostoso, que gostoso!
Cristian movimentou-se e após sentar-se melhor, levantou-se a carregando espetado no mastro que permanecia extremamente duro. Foi em direção a mesa de jantar que sabia ser robusta o suficiente para o seu intento. Sentou-a nela e a ajudou a se deitar na madeira fria que lhe reconfortava do aquecimento que tivera. Ao sentir-se largada sobre a mesa, com as pernas abertas e tendo ainda o pau atolado na sua vagina, deleitou-se com a iniciativa dele. Ainda estava longe de acabar o seu prazer. Agora seria usada e isso a satisfazia também.
-- Se quiser por no meu cuzinho, fique a vontade, eles também se encaixam direitinho... E eu sei que você gosta... Ele é mais apertadinho, não é?
Cristian começara a dar estocadas lentamente.
-- É. Mas, sabe o que quero fazer agora?
-- O que? Faca!
-- Quero chupar você e beber os dois gozos que acabou de ter.
-- Ai, meu Deus, vou gozar de novo!
Ana agarrou-se as bordas da mesa e preparou-se para o que ele ia fazer. Então Cristian saiu dela e ajoelhou-se, aproximando o rosto do seu objetivo. A vagina ainda estava aberta, não tinha se recomposto ainda. Deu-lhe uma ampla lambida sentido o sabor agridoce que combinava com cheiro que exala dela. Percebeu que a medida que ela ia se fechando o líquido nela contido ia escorrendo. Pôs-se a sugá-lo devagar, apreciando o gosto com prazer.
Ana estava de boca aberta e os olhos fixados no teto, não acreditando que pudesse sentir tanto prazer. E Cristian continuou o que estava fazendo até sentir a vulva quase seca. Então, quis voltar a penetrá-la. Levantou-se e com calma posicionou-se entre as pernas dela. Colocou o pênis na entrada e empurrou para adentrá-la. Não encontrou resistência porque a vagina tão usada continuava a se lubrificar. Ana esteve prestes a gozar tendo a língua dele lhe bolinando o sexo.
Agora estava outra vez alargada e recebendo as estocadas cada vez mais viris. Não sentia mais as pernas, tanto tempo paradas na mesma situação. Mas, sentiu quando ele gozou e inundou seu interior.
Mal conseguiu sorrir quando tudo se acabou. Cristian se afastou e saiu dela e a ajudou a virar-se de lado na mesa. Suas pernas estavam cansadas também. Sentou-se na cadeira ao seu lado para se recuperar e segurou-lhe a mão que ainda apertava a borda da mesa. Ana tombou a cabeça quase desfalecida e sorriu-lhe.
-- Não consigo me mexer...
Cristian ficou alerta. Sua juventude lhe permitia recobrar-se mais rapidamente. Ficou de pé e tomando-a nos braços levou-a até a cama. Fez-lhe umas massagens nos pés e quando viu o esperma que saia da vagina dela, correu até o banheiro para pegar papel higiênico. Em mais um gesto delicado, secou-lhe a vulva.
-- Onde tem uma calcinha?
-- Naquela gaveta...
Ele foi até lá, pegou uma e vestiu-lhe. Puxou o lençol para cima do corpo dela, agachou-se ao seu lado e deu-lhe um beijo nos lábios.
-- Boa noite, minha gostosa...
-- Boa noite, meu gostosoAcordou no dia seguinte com o barulho do marido chegando. Ele entrou intempestivamente no quarto.
-- Oi, cheguei!
Estava de bom humor. Ana estava sonolenta e não atinou logo o que estava acontecendo. Sua última lembrança era de estar fazendo amor com o amante. Olhou em volta.
-- Que horas são?
-- Nove horas.
-- Por que não me ligou?
-- Eu pedi que ligassem, mas como não atendeu, resolvi não te incomodar.
-- Está tudo bem?
-- Sim. E com você?
-- Também. Vai dormir um pouco?
-- Estou precisando. Vou tomar um bom banho e mergulhar na cama para me recuperar. Mas foi ótimo! Valeu a pena!
-- Que bom...
Sorriu para ele, recordando de cada detalhe da transa que tivera e pensou que foi ótimo para ela também.
-- Enquanto isso, vou pegar um pouco de sol...
Já passava da uma hora quando veio chamá-lo para almoçar. Ele levantou, tomou outro banho e foram ao restaurante. Lá encontrou alguns amigos que estiveram na pescaria e o assunto atravessou o resto da tarde.
Ana não se incomodou, pois Cristian esteve presente o tempo todo ajudando a servi-los. Seus olhares poucas vezes se encontraram e ela apreciou sua discrição. Era um dos atributos que gostava nele.
Voltaram para o chalé quando a noite tinha caído e decidiram jantar por lá mesmo e não sair mais.
No dia seguinte, ele acordou cedo, foi dar uma breve caminhada e voltou para acordá-la. O café da manhã que havia pedido tinha chegado, Ana gostou da gentileza. Pouco depois estava na praia tomando um banho de sol. Alberto procurava, impaciente, os vizinhos da ocasião em que jogaram frescobol. Pouco conversava com a esposa, que já tinha se acostumado e nem se queixava mais.
Quase uma hora depois, Cristian apareceu para servi-los. Ela quis uma Marguerita, ele uma cerveja. Depois de mais uma hora, Alberto tinha tomado quatro e Ana duas. O calor tinha aumentado, o álcool subido.
-- Vamos entrar no mar?
O convite partira dela, ele concordou. Ela saiu na frente e, pela primeira vez naquele dia, Alberto reparou na bunda que se destacava sob a pequena pela do biquíni. Sentiu tesão ao vê-la daquela forma. Quando a alcançou tomou-lhe a mão e a arrastou para o fundo. Abraçaram-se e finalmente um beijo. Ana retribuiu, como era seu costume. E quando a mão dele pegou a sua e a levou ao membro duro, apertou-o com força, sem deixar de sorrir. Inevitavelmente, fez uma comparação com o de Cristian.
-- Nossa, o que aconteceu?
-- Estou com um tesão danado.
-- Deve ter sido a cerveja.
-- Foi a sua bunda.
-- Ah, é?
-- Deixe-me pôr nela.
-- Aqui?
-- Aqui, agora.
Ana olhou em volta, estavam quase sozinhos. Havia algumas pessoas um tanto distantes o que lhe permitia satisfazer o marido. Lançou as pernas em volta de sua cintura e o abraçou. A água a mantinha leve e ele pode afastar o biquíni para penetrá-la. Pelo menos tentou, mas como Ana não estava completamente relaxada e, menos ainda, lubrificada, não conseguiu o seu intento.
-- Põe na frente... Só para descarregar...
Falava ao pé do ouvido, sensualmente. Alberto concordou e penetrou-a na vagina, não sem dificuldade, afinal não estava umedecida o suficiente.
-- Ai, que dor!
-- Muita dor?
-- Não... É que ele parece estar maior.
-- É tesão recolhido!
-- Aproveite...
Em poucos minutos ele gozava, para alívio dela. Então, voltaram para as cadeiras na praia. Ana chamou Cristian pelo aparelho e pediu mais uma cerveja e outra Marguerita. Desligou e ficou olhando o aparelho, foi bom ouvir a voz do amante.
Recostou-se e respirou fundo, sentindo uma leve ardência na vagina recém usada. Olhando em volta, alisou-a discretamente na tentativa de diminuir o incômodo.
-- Onze...
-- O que?
-- Nada...
Estava se referindo as vezes em que gozaram nela. Um recorde!
-- Estou adorando!
-- Eu também.
Quando voltaram para o chalé, ela entrou para tomar banho e, como sabia que seria usada, fez um enema rápido. Quando entrou no quarto, só de roupão, Alberto estava nu sobre a cama, segurando o pau ereto. Um sorriso quase infantil emoldurava seu rosto.
-- Vem cá... Sente-se nele...
-- Não acredito, você acabou de gozar!
-- É essa sua bunda, preciso gozar nela!
Rindo, Ana aceitou a brincadeira. Deixou o roupão cair e, subindo na cama, montou-o. Calmamente, direcionou o membro duro para a entrada do seu ânus. Baixou o quadril para pressioná-lo e assim fazê-lo entrar. Movimentando o corpo fez com que entrasse até o fim. Depois num vaivém ritmado, masturbou o marido para que gozasse. Ele se agarrava nos lençóis para suportar os espasmos do orgasmo que estava tendo. No final, deixou escapar:
-- Igual a você não existe!
Falou com se fosse um elogio, mas para ela foi uma confissão dos seus adultérios. Mesmo assim, continuou os movimentos até que saísse murcho da sua bunda. Ficou parada sobre ele esperando que o sêmen, resultado do gozo, caísse um pouco e ela pudesse sair de cima dele sem correr o risco de manchar o lençol.
Quando Alberto levantou-se para se limpar e tomar banho, ela virou-se de lado e pensou, sorrindo:
-- DozeNos três dias seguintes Alberto não se apartou dela. Os passeios oferecidos foram praticados juntos e assim o amante ficou a distância, apenas na troca de olhares; esses, cada vez mais intensos.
Até que surgiu uma oportunidade. Um hóspede que caminhava pela praia reconheceu Alberto e, depois das apresentações das esposas, convidou-os para um passeio de lancha, para ver umas encostas na próxima curva do continente. Ficariam fora uma hora no máximo e voltariam antes do almoço, com certeza. Ana declinou, pois se enjoava com muita facilidade e pediu que o marido confirmasse.
-- Que pena, mas Alberto deve ir. Com certeza ira gostar.
Assim ficou acertado que dali a meia hora se encontrariam no cais. Ana ficou ali, na cadeira, sob o guarda-sol espiando as lanchas que passavam. Não demorou muito e eles passaram acenando. Ela olhou o relógio e marcou o tempo. Quando ia pegar o aparelho para ligar para Cristian, espantou-se com sombra que lhe ofuscou o sol.
-- Precisa de alguma coisa?
-- Preciso de um cara gostoso que faca amor comigo nos próximos minutos!
-- Aqui?
-- Seria melhor ainda, com certeza... Mas tem que ser lá dentro...
-- Daqui a dez minutos?
-- Vamos fazer assim: me traga um refrigerante e depois me espere lá... Vou dar um tempo para disfarçar.
-- Ninguém nos observa.
-- Sim, mas vamos fazer desse jeito.
Ele obedeceu, e depois de buscar e entregar-lhe a bebida deu uma volta e sem que notassem entrou no chalé. Pela janela ficou observando os movimentos dela. Continuava com a mesma impressão da primeira vez: era bonita demais! E gostosa! Meu Deus, como era gostosa!
Viu quando ela se levantou e vestindo a saída de praia veio ao seu encontro. Os passos dela eram meio ligeiros, queria chegar logo.
Abraçaram-se forte assim que entrou.
-- Ai, que saudade desse abraço...
Depois se beijaram longamente. As mãos dela buscaram o pênis dele, enquanto ele livrava os seios para poder boliná-los melhor.
Ana não esperou muito para ajoelhar-se e abocanhar o falo enorme, estava com saudade dele também. Seus gemidos ansiosos demonstravam isso.
Ficou nisso algum tempo, depois com medo de ele gozasse, implorou que fosse para o sofá. Queria fazer como da outra vez!
Assim que o montou e que sentiu todo o mastro dentro da sua vagina, começou a se movimentar. Tinha achado a posição ideal.
-- Ai, querido, desse jeito eu não resisto. É gostoso demais!
O que a encantava era que, apesar do volume, pois era grande e grosso, ela o mantinha todo dentro de si e ainda conseguia esfregar o clitóris no púbis dele. Por isso rebolava sem parar com esse objetivo. E gemia, e falava, e gritava! Era puro prazer o que sentia.
Gozou como esperava. Seu coração estava disparado e sua respiração entrecortada quando agarrou a cabeça do amante e a apertou contra seu colo.
-- Que delícia!
Ficaram um longo tempo abraçados até conseguirem respirar melhor, principalmente ela.
-- É a sua vez, como quer gozar?
-- Não sei...
-- Quer que eu faca alguma coisa, que fique em alguma posição? Mande e eu obedeço!
Ele riu com suas palavras de entrega, de submissão total.
-- Não quero ainda, quero ficar assim.
-- Mas não temos muito tempo... Daqui a pouco vai precisar ir embora...
-- Eu sei.
Em ato contínuo pegou e segurou rosto dela entre as mãos e começou a beijar-lhe com volúpia, sendo imediatamente correspondido. E quando ele baixou as mãos para massagear-lhe os seios, repetiu o gesto dele e segurando-lhe o rosto passou a brincar com sua boca. Usando a língua para isso, levou-o ao delírio e quase ao orgasmo.
Satisfeita com o resultado de suas carícias, animou-se e voltou a rebolar. Sentiu a excitação crescer, o orgasmo surgir e se aproximar. Não acreditava que pudesse gozar outra vez. Então gemia e resfolegava sentindo o clímax cada vez mais perto. Gritou quando gozou e outra vez apertou-o contra si.
-- Não acredito que consegue fazer isso comigo!
Mesmo que mais nada acontecesse Cristian já estaria satisfeito, mas ele lembrou-se da bunda macia e quis comê-la.
-- Fique de quatro no sofá...
-- Fico.
Saiu de cima dela com dificuldade, pois suas pernas estavam cansadas do exercício que acabara de fazer. Devagar, apoiou os cotovelos no espaldar e, sentindo-se confortável naquela posição, esperou por ele.
O sofá ficava no meio da sala, de costas para a mesa de jantar e a janela que dava para a praia. Olhou o tempo lá fora e viu que dia continuava ensolarado, combinando com o sentimento que havia invadido sua alma.
Também meio cansado, Cristian levantou-se e ficando atrás dela, entre suas pernas, viu a vulva molhada e o orifício alvo do seu desejo. Mas não colocou nele ainda, o fez na vagina ainda aberta e úmida. Brincou um instante com ela, pondo e tirando três ou quatro vezes. Aí se afastou e dando a volta no móvel parou em frente a Ana e ofereceu o pênis molhado. Sem titubear ela abocanhou o falo e o fez com uma vontade tão grande que quase o engoliu todo. Seu rosto delicado congestionou-se.
-- Por falar em desejo, quero guardar para sempre essa lembrança: você me chupando assim.
Ela interrompeu o que estava fazendo e o encarou. Olharam-se com carinho.
-- Quer na gozar na minha boca?
-- Não, quero gozar na sua bunda!
-- Tudo bem, faca o que quiser comigo.
Voltou a abocanhar o pênis que, manipulando-o, mantivera duro.
-- É extremamente excitante ver você fazendo isso!
De repente, ele se afastou e o pênis saindo da boca dela fez um barulho característico. Ela respirou fundo e riu, agora ele iria por na sua bunda. Uma certa preocupação passou pela sua cabeça: não a tinha preparado naquele dia, não devia estar lubrificada como gostaria. Mas tudo bem, tinha aceitado, agora iria até o fim.
Num primeiro momento, Cristian colocou o pênis na vagina e, aproveitando o líquido dela, esfregou-o no ânus. Então forçou um pouco e sentiu a resistência. Ana ajeitou-se, abrindo as pernas e arrebitando os quadris para abrir-se mais. Ele posicionou-se melhor também e, após apoiá-lo na entrada, empurrou sem parar até seu púbis chocar-se com as nádegas.
Assustada com a invasão, Ana arregalou os olhos desmesuradamente e gritou. Tentou afastar-se dele que, antecipando aquele gesto, agarrou-lhe pelas ancas e reteve-a junto a si.
-- Ai, meu Deus, assim você acaba comigo! Vou ficar arrombada!
-- Fique calma que já vai passar.
-- Ai, saiu até lágrimas nos olhos. Assim eu não gosto. Tira, por favor.
Ele obedeceu, constrangido. Um alívio enorme invadiu Ana pois estava sentindo-se arregaçada, toda aberta. Apesar de tudo, gostou da atitude dele em obedecê-la sem insistir nem reclamar.
-- Vou ao banheiro e já volto...
-- Tudo bem.
Cristian ficou na sala parado, esperando. Enquanto isso, ela tateava seu ânus em busca de sangue. Passou o papel higiênico e nada viu. Não tinha acontecido nada de mais grave, apenas a dor pelo rompante da penetração. Riu sozinha, aliviada e feliz por ter resistido tão bem.
Quando voltou a sala, vinha limpa e lubrificada, pronta para recomeçar de onde havia parado.
-- Tudo bem? -- Perguntou-lhe o jovem com cara de preocupado.
-- Tudo, me assustei à toa.
-- Me desculpe, fui muito rude. Você não merece isso, não pode ser tratada assim, de forma tão grosseira.
-- Oh, que gentil da sua parte. Mas é verdade que não gosto mesmo de fazer assim. Prefiro que seja com carinho, com delicadeza.
-- Eu sei... O que não sei é porque agi assim...
-- Me prometa que não fará de novo.
-- Está prometido!
Eles continuavam nus, frente a frente. Ela tomou as mãos dele.
-- Não quer terminar?
-- Nela?
-- Claro, devagar eu deixo...
Beijaram-se ali mesmo, enquanto as mãos dela procurava o pau amolecido e tratava de endurecê-lo manipulando-o com cuidado.
Quando o sentiu no ponto, ficou de quatro sobre o sofá, exatamente com estivera antes. Cristian, outra vez excitado, posicionou-se entre as pernas dela e foi empurrando devagarzinho, pondo e tirando conforme os gemidos provocados.
Assim, com calma, sentiu seu púbis chocar-se com as nádegas macias, como da outra vez. Só que agora, ela rebolava de prazer, provocando-o ainda mais.
Começou um vaivém lento, cadenciado, apreciando não só o próprio prazer, mas as expressões de satisfação no semblante de Ana. Notava que ela estava adorando ser enrabada daquele jeito.
Então gozou! E teve a impressão que ela também, tal foi a intensidade do gemido gutural que ouviu dela.
-17-
Ficaram alguns instantes parados. Então, puxou-a para fora do sofá e, colados, sentou-se, obrigando-a sentar-se também. Manteve-se dentro dela até que, amolecido, o pênis saiu provocando uma torrente de esperma sobre as coxas dele.
Rindo, ela imediatamente levantou-se e foi ao banheiro limpar-se, chamando-o para fazer o mesmo.
-- Precisa ir embora, meu querido.
-- Que pena...
-- Pois é, mas não podemos bobear e estragar tudo.
-- Eu sei...
Ana vestiu o robe e esperou que ele também se vestisse para acompanhá-lo até a porta. Beijou-o nos lábios.
-- Queria te fazer uma pergunta.
-- Faça.
-- Acredita mesmo que é a primeira vez que traio o meu marido e que só fiz isso porque ele fez primeiro?
-- Acredito.
-- Estamos casados há seis anos.
-- Acha que para ele foi a primeira vez também?
-- Nunca tinha desconfiado, mas agora...
-- O que?
-- Tenho certeza que deve ter sido a décima!
-- A décima vez ou décima mulher?
-- A décima mulher, claro! Imagine! A julgar pelas vezes que me procura multiplique isso por trinta!
-- É mesmo?
-- E sabe, se parar para pensar um pouco, acho que posso até saber quando foi que aconteceu cada uma...
-- Nossa, não tem mesmo do que se arrepender.
-- De jeito nenhum! E é por isso que tem que ir embora logo. Não vamos estragar tudo o que aconteceu...
-- Claro.
Dando-lhe um último beijo, partiu. Ela fechou a porta e recostou nela, pensativa, tendo um sorriso maroto no semblante.
-- Treze. Gozaram em mim treze vezes... Um recorde com certeza... E as férias ainda não terminaram!
-18-
Até o dia da partida chegou ao número dezoito. Por várias vezes repetiu para si mesma que aquele recorde jamais seria batido. Ao contar sua aventura para uma amiga íntima provocou nela a inveja e a vontade de conhecer o jovem e vigoroso amante.
Motivo de riso e de saudade Cristian suspirava no seu canto, torcendo para que um dia ela voltasse. E quem sabe, sozinha!
Não passava pela cabeça de Ana o menor arrependimento, pois tinha a certeza de que fizera a coisa certa: olho por olho, dente por dente.
Apenas quando soube que estava grávida uma nesga de preocupação atravessou seu espírito e uma dúvida lhe aflorou no pensamento: de quem era?
Depois algum tempo, deu de ombros e riu.
-- O que me importa?