Bolina, não, tio!

Um conto erótico de Dödòi
Categoria: Heterossexual
Contém 1057 palavras
Data: 16/04/2010 12:55:54

Na sala do apartamento dele. Tensa, cheia de dúvidas, de medos e tesão. Não deveria estar ali de jeito nenhum. Se alguém chegasse, estaríamos perdidos. Sabíamos, porém, que ninguém chegaria e tínhamos tempo, muito tempo.A mulher dele estava no trabalho. A filha, minha melhor amiga, no cursinho.

“Enfim, consegui, né, tio?

Sentada em sua coxa esquerda, com o braço em torno do seu pescoço. Ele de cueca; eu, de calcinha. Dessas comuns, de algodão, confortáveis, gostosas de usar. É assim que ele prefere, imagino. Calcinhas brancas, bem juvenis, são um fetiche para a maioria dos tios.

Quero apenas que ele me queira, porque eu o desejo de um jeito que não sei nem exprimir.

Não dá para ver o membro, apenas o volume sob a cueca. Posso, porém, senti-lo na coxa, quase no joelho. Para provocá-lo, e a mim mesma, finco a ponta do pé no chão e ergo o calcanhar em movimentos lentos e ritmados, roçando nele.

Olho para ele com cara de inocente. Vejo tesão e raiva. Adoro. Sei que me deseja, mas tem medo. E sente medo e raiva de si mesmo por não conseguir resistir, se controlar.

Sou nova demais, né, tio?.

Ele reage primeiro alisando meus peitinhos. Depois os espreme. Afinal, tem que me punir.

Eu mereço. E deixo.

É de gemer gostoso.

Quanto mais raiva, mais tesão. Estou conhecendo você cada vez mais, né, tio?

Sua outra mão, um pouco duvidosa, medrosa, vem para o meio das minhas pernas e passa a me acariciar por sobre a calcinha. Parece não acreditar no que está fazendo.

Me aproveito.

Tio, num faz isso, não, sussurro em seu ouvido, enfiando minha língua nele.

É o mesmo que dizer: faz, tio, acaricia minha xoxotinha todinha, tio.

Se perde de vez. Mete a mão calcinha adentro e afoga os dedos no meu caldo.

Me bolina assim, não, tio.

Ele me olha, como quem diz, “Filha da puta!”, e fixa os olhos no meu peito e o aperta com força. Divido-me entre a dor e o prazer intenso.

Contorço-me e enterro o rosto no seu pescoço A barba por fazer arranha minha testa. Ao lambê-lo, sinto o sal do suor abundante e o discreto perfume que tanto me inebria.

Ai, tio, bolina assim, não, tio...

Ele insinua o dedo.

Ai, tio, cuidado com meu cabacinho...

Para infernizá-lo mais, forço-me contra o dedo dele.

Tá me machucando, tio, me machucando...

Ele recua.

Tira, não, tio...pode machucar, machuca gostoso, tio, machuca, eu deixo.

Coitadinho, chega dá peninha dele.

Chupa meu peitinho também tio, chupa, morde gostoso, tio, pode morder que eu gosto.

Vejo meu seio sumir em sua boca. Meu caldo inunda de vez a mão dele. Enterro de novo a língua em seu ouvido.

Dói, mas sei que a dor tem a ver com meu tesão. Ainda não compreendi isso direito, sabe, tio?

Ele faz resvalar o dedo para o meu outro buraquinho.

Tio, aí não, tio. Aí, não...é gostoso demais, mas dói, tio. Dói muito.

Não era tanta dor assim, claro.

Afastei um pouco a perna para olhar o membro dele ainda sob a cueca. A mancha de molhado, do tamanho de uma bola de tênis, mostrava o quanto estava excitado.

Me deu vontade de pedir para chupar, lamber o caldinho até o leite jorrar. Não. Ele acha que sou pura. Ou finge que acha. Ainda não sei. Mas é gostoso, me excita. Não sou nada pura, lógico. Há muito tempo.

Tio, deixa eu pegar nele um pouquinho?

Não responde. O tesão não deixa. Passo a ponta do dedo na mancha. O visgo o faz deslizar.

O dedo resvala para dentro de mim, aos pouquinhos. A dorzinha, queridíssima, me causa um delicioso arrepio.

Pergunto, ofegando: entrou tudo, tio?

Não me ouve.

Olho. Só entrou a metade.

O polegar, no meu clitóris vermelho-sangue de tesão.

Quero ele todo, todo dentro de mim, tio. Enfia mais tio, pode enfiar.

Na verdade, pedi por pedir, porque me joguei contra ele, até vê-lo sumir.

Minha mão já enfiada na cueca, está cheia com a carne dura dele. A vontade de chupar é insuportável. Mas o dedo no meu buraquinho me causa um prazer louco. Se o dedo já me deixa assim, imagina esse pau? Estremeço. Imagino o tormento. A dor, o prazer.

Tio, tio, ainda vou dar muito a minha bundinha para você.

Meu gozo se insinua.

O polegar volta a agir.

Bolina, não, tio, bolina assim, não.. não quero gozar ainda, tio, ainda não.

Ele pára, graças a deus. Mas o outro dedo, deixa dentro.

Meu seio dói de tanto que ele chupa e morde. Vai ficar marcado. Roxinho. Que se dane.

Suspiro forte, na esperança de continuar afastando o orgasmo.

Tio, meu peitinho tá ficando todo roxinho, tio.

Ele me olha, como quem diz, foda-se. E torna a chupar e a marcar-me com chupões dolorosos. E deliciosos.

Ai, tio, meu gozo está querendo explodir.

Espera, gozo, espera... só um pouquinho, peço à mim mesma.

Tenho agora que relatar o meu gozo, sabe, tio?

Mas não dá, tio, não estou conseguindo. Vou parar por aqui. Tô entesada demais...”

Paro de teclar.

Dormente de tesão, releio o texto, enquanto me masturbo. Eu não presto. Acho que já tá bom. Até demais.Preciso gozar. E decidir se o envio ou não. Nunca enviei nenhum assim, tão explícito. Tão descarado.

Ele nunca respondeu a nenhum. Mas algo me diz que a este ele responde.

Após anexar o arquivo, posicionei o cursor sobre o link de envio.

A dúvida me atormenta tanto quanto o êxtase. O gozo começa a vir, delicioso.

Aperto a tecla, foda-se.

Ofegando e cambaleante, jogo-me na cama sem querer acreditar no que tinha feito, rindo de nervoso.

Não tem como ele saber que sou eu, disse para mim mesma sem muita certeza. Já cometi alguns erros, deixando pistas. Também não sei se teria coragem. É só uma fantasia.

Uma fantasia real. Perto dele, fico toda perturbada, cheia de tesão. Minha imaginação vai aos céus e volta em forma de calda, ensopando minha calcinha, me entorpecendo.

Consegui o e-mail dele. Abri uma conta de correio com um apelido: “Gatinha do tio”.

Nada criativo, mas me deu um tesão danado.

“Quero dar para você, tio”, só escrevi isto.

Depois, as mensagens foram ficando mais picantes e minha imaginação mais elástica.

Até chegar aqui.

Espero, tio, ansiosa por sua resposta.

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Comentários

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sempre bom estilo. será que pode um pedido? um conto de mulher acima dos quarenta... esses conflitos que você descreve tão bem.

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