Cap. 6 – Entregando se á paixão.
Havia agora uma escolha a ser feita. Deveria saber separar o passado e o lado pessoal dos novos acontecimentos. A descoberta de David me deixou perplexa e pensativa. De um lado a vilã que até o momento se mostrou pacifica roubando apenas o necessário, mas que deveria ser detida, do outro a mulher de minha vida, a qual me abandonou, mas que ainda sem duvidas resta um grande e significativo sentimento entre nós. Deter Fênix e entrega-la a policia seria como entregar meu coração e minha alma. Deixar que ela continue com seus planos estaria favorecendo uma criminosa e isto iria contra minha profissão e meus princípios.
Decidi que deveria ter uma conversa com Bárbara e deixar bem claro que sua identidade secreta foi descoberta.
Ao estacionar Nikitta do outro lado da rua fiquei observando a casa que David dizia ser a de Jonh Makingford amigo de infância de Norman Connor. Na janela do segundo andar pude ver a luz do quarto acesa e uma silhueta se fez através das cortinas. Eu conhecia aquelas formas, aos meus olhos nunca seriam irreconhecíveis.
Esperei que a luz se apagasse e me aproximei cautelosamente da casa. Escalei a parede até a janela de Bárbara e entrei silenciosamente. O quarto estava completamente escuro e silencioso até o momento em que...
- Que feio Fire! Invadindo propriedade privada... – Escutei a voz que tanto me fascinava.
Girei meu corpo para encara-la e mesmo com o ambiente escuro pude contemplar sua bela face pela luz do luar que penetravam a janela do quarto. Seu rosto sob a luz da lua era ainda mais fascinante.
- Vejo que você está bem atenta Bárbara Connor, ou seria melhor te chamar de... Fênix... – Encarei aquela figura esplendorosa que passou por mim ligando a luz do abajur ao lado de sua cama.
Com o gesto de Bárbara pude reparar melhor em seu corpo quando acendeu a luz. Estava com uma camisola de seda branca curta até a metade das coxas e alças finas, seu traje era extremamente sexy e provocante. Ela se afastou e sentou se na poltrona de frente para sua cama alguns metros de mim. Cruzou as pernas torneadas e brancas deixando pouco á minha imaginação. E em um tom provocativo me indagou:
- Vejo que descobriu meu segredinho Fire... Gostou do que teve noite passada e agora veio brincar mais? – Perguntou se aproximando.
- Bárbara, eu vim para que soubesse que seus planos já foram descobertos e é melhor que venha comigo e se entregue á policia. – Engoli a seco aquela provocação, tentando ao máximo me concentrar no meu “trabalho”, mas aquela mulher me tirava do sério.
- Vamos jogar de igual para igual Fire... – Disse se aproximando cada vez mais. - Você descobriu meu segredo... – Encostou seu corpo ao meu me prensando contra parede... - Nada mais justo do que você me mostrar seu rosto... – Levantou a mão para tirar minha máscara, e no mesmo instante levei um dos punhais á sua garganta ameaçando a.
- Não se atreva Fênix. – Em um movimento rápido e ágil troquei de lugar com Bárbara e a prensei contra a parede apoiando todo o meu corpo contra o seu. Quente, esse era o estado do corpo junto ao meu e mesmo com o couro entre nos pude senti-lo febril assim como eu. Com o punhal ainda em sua garganta quase ferindo a aproximei meus lábios dos seus... Eu sabia dos perigos que aquela loura me traria, mas meu corpo, minha alma suplicavam por um toque, um alivio.
Estávamos no mesmo estado: Ofegantes, tremulas. Meus batimentos estavam a mil e pude sentir os de Bárbara da mesma forma. Nossos corpos se colaram ainda mais como se ainda pudessem se fundir e quando achei que o beijo aconteceria, Bárbara, com um movimento surpreendente, provou mais uma vez sua agilidade tomou o punhal de minha mão e me empurrou. Recuperei o equilíbrio e procurei meu segundo punhal no cinturão e não o encontrei...
- Está procurando por isso Fire? – Perguntou me tirando a mão esquerda de trás das costas mostrando o segundo punhal.
Bárbara agora tinha nas mãos minhas únicas armas, se aproximou em posição de ataque, cerrei os punhos erguidos na altura do rosto para me defender de qualquer provável ataque.
- Você me subestima Fire... – Disse se aproximando... – Cansei de brincar com você... – Mudou os punhais de posição rapidamente colocando os de forma que ficassem apontados para baixo e correu em minha direção. – Você não vai atrapalhar meus planos.
Com os reflexos ainda bem aguçados segurei os pulsos de Bárbara forçando para que as lâminas não chegassem aos meus olhos. Era quase impossível, pois Bárbara era dona de uma força incrível. Pensei por alguns instante e constatei que se a derrubasse ao chão poderia limitar seus movimentos e recuperar minhas armas. Assim o fiz, em um golpe derrubei a ao chão e me pus sobre seu corpo segurando suas mãos acima da cabeça afastando os punhais de suas mãos.
Meus joelhos prendiam as pernas de Bárbara entre as minhas e nossos olhos ficaram á mesma altura. Estávamos ofegantes e nossos hálitos se misturavam... Quentes... deixei que o peso de meu corpo repousasse sobre o seu e beijei sua boca... a principio relutava, mas depois cedeu e seus lábios entreabriram para receber minha língua sedenta pelo toque da sua. Logo nossos corpos relaxaram e minhas mãos soltaram as suas e logo se apossou do corpo esbelto de Bárbara, percorrendo, descobrindo, relembrando as formas que no passado me trouxeram tanta paz e agora... Estranhamente meu trouxe toda aquela paz. As mãos de Bárbara abriram o zíper do meu corpete e o tirou de forma violenta. Livrei-me de minhas luvas enquanto ela descobria meus seios. Ainda ajoelhada sobre seu corpo me afastei apenas para subir o tecido leve que cobria seu magnífico corpo. Admirei aquelas curvas e seus seios médios perfeitos e durinhos. Era uma visão dos deuses. Levantei-me e a puxei pela mão violentamente levantando e prensando a contra a parede. Logo meus lábios encontraram os seus num beijo se tornou violento e despudorado, ofegante á procura de ar desviei minha boca para o pescoço perfeito e delicioso de Bárbara. Mordi e suguei com força deixando minha marca avermelhada na pele macia, desci para o colo fazendo um rastro ardente de saliva até os seios, suguei, mordisquei, me afoguei naqueles montes belos alternando entre um e outro, soltou meus cabelos e seus dedos entrelaçaram se entre os fios desalinhados. Ela gemia descontroladamente com meus carinhos audaciosos. Desci minha boca pelo ventre depositando mordidas leves naquela pele macia e alva, deixando rastros e marcas feitos pelos meus dentes e língua. Livrei a da calcinha rapidamente e comecei minha exploração em todo o seu sexo úmido e inchado. Minha língua brincava em seu clitóris e á medida que eu ia forçando minha língua contra sua carne ela se contorcia e gemia me levando á loucura. Levantei uma de suas pernas e a coloquei sobre o ombro para facilitar o meu acesso. Suguei com ainda mais força e ela gritou desesperadamente... Me levantei e beijei sua boca fazendo a provar de seu gosto que era simplesmente maravilhoso.
- Por favor... – Pediu ofegante e rouca desviando do beijo.
Eu agora beijava a pele de seu pescoço e segurava uma de suas pernas e me movimentava contra seu corpo.
- O que quer Fênix? – Perguntei sussurrando em seu ouvido.
- Quero você dentro de mim...
Não precisei ouvir duas vezes penetrei a com meus dedos e uma só vez sem aviso, ela gritou cravando as unhas em meus ombros e se movimentando de forma sensual e extremamente excitante. Me entreguei aquela loucura toda relembrando o passado. Logo senti suas pernas bambas e seu corpo trêmulo após seqüências de espasmos e gritos descontrolados. Amparei seu corpo para que não caísse e a levei até a cama. Livrei-me das botas e da calça e me afoguei naquele corpo que eu tanto desejava e ansiava todos esses anos.
Foram horas e horas de sexo e loucura, Bárbara dormia extasiada em meus braços. Aquela visão de Bárbara entregue e indefesa me doeu o coração, eu a amava e nunca a entregaria, mas deveria achar um jeito de impedir ou ajudar, não sabia ao certo o que fazer. Com cuidado para não acorda-la me desvencilhei de seu corpo e vesti minhas roupas, já era quase manhã e eu deveria sair logo dali. Me ajeitei na janela para descer e antes de saltar olhei para o semblante de Bárbara deixando ali o meu grande e eterno amor. Admiti a mim mesma que a havia perdoado.