Meu Amigo me Amava – Capítulo 39
O Pedro não acredita no que seus olhos estavam vendo, era o Maurício bebendo chopp com o Estevão, num dos barzinhos da Lapa, na maior intimidade, sorrisos, conversas. E eu ali olhando pro Pedro, não fiquei surpreso, tinha certeza. Na hora me deixo levar pelo impulso e decido ir até a mesa deles, o Pedro agarra meu braço mais consigo me desvencilhar e começo a correr e ele atrás. Ao me ver ali, em pé, de frente a mesa o Maurício se levanta, quase derruba a mesa, fica chocado com a minha presença, com meu flagra. Me sento, o Estevão sempre naquele cinismo típico dele nem se move.
Breno - Pode sentar Maurício. Então vocês são amigos.
Estevão - Breninho.... Breninho, ainda nessa de querer dá uma de detetive cara, está começando a ficar chato isso sabia, estou começando a me irritar.
Breno - E você já me irritou há muito tempo Estevão, mas espere, você eu já tenho nas mãos.
Estevão - Como assim, quem te tem nas mãos sou eu cara.
Breno - Senta Maurício, ou começo a fazer um escândalo aqui.
Estevão - Pelo amor de Deus Breno, show aqui não, lugar público pow.
Breno - Senta Maurício.
Maurício - Breno... olha cara, não é nada disso que você está pensando.
Breno - E quem disse que estou pensando em alguma coisa. Não estou pensando em nada, estou vendo, e isso é bem pior.
Maurício - Mas Breno.../
Breno - Cala a boca seu nojento, desde ontem manjei tudo. Seu recado, a conversa tosca do seu Nestor, esse filho da puta me ligando, debochando da minha cara.
Maurício - Estevão... vc fez isso cara.
Estevão - Desculpe Maurício, não resisti cara, muito bom desafiar esse muleke, no fundo gosto dele.
Breno - Cala a boca seu desgraçado.
Maurício - Breno cara olha, eu posso falar com seu Nestor.
Breno - Isso, você vai falar com seu Nestor, vai desfazer a canalhice que vc fez, pois eu quero meu emprego de volta, não estou brincando.
Maurício - Você está me ameaçando cara?
Breno - Eu? Eu não, você que está colocando a mão na consciência e vai desfazer sua burrada, se não, você sabe, seu Nestor saberá dos desvios que vc andou fazendo na empresa, e acho que no mínimo seu cargo de gerente do escritório vc perderá, no mínimo, fora a fofoca que se espalhará no escritório a respeito do eu caráter né. Imagina a Alessandra, a Kátia, seu Nestor, sabendo que o Maurício, o grande profissional Maurício é um ladrão.
Maurício - Você está delirando Breno.
Breno - Você sabe muito bem que não estou delirando. Tenho um pen drive com os arquivos daquelas notas fiscais, do primeiro ano que trabalhei lá, mostro com a planinha do balancete mensal daquele mês, e dos seguintes, vc sabe Maurício, faço administração, balancete é fácil, só precisa de uma calculadora. Seu Nestor vai querer analisar isso, levará pra um contador da matriz e batata, descobrirá o ladrãozinho da empresa.
Maurício - Breno calma aí, vamos conversar.
Nisso me levanto, pego o chopp do Estevão e jogo na cara do Maurício, que fica perplexo, o Estevão começa a sorri.
Estevão - Breno vc chega ser hilário.
Breno - O próximo é vc, tu pode escrever, aquele DVD vai acabar com você.
O Estevão pega pelo meu braço, me faz sentar, nesse momento eu olho em volta, mas não vejo o Pedro. O Estevão começa.
Estevão - Isso... pega o DVD e manda pro jornal nacional, espalha na internet, faz o escarcéu. Depois vamos ver quem vai sair perdendo.
Breno - Você é claro.
Estevão - Breno, você sabia que há mais de 3 anos sua mãe não paga o IPTU da sua casa. Que estive indo à Prefeitura e consta um débito de quase 3 mil reais da residência, e que o município pode reivindicar a dívida, ou a casa vai a penhora.
Breno - O que você está falando seu desgraçado.
Estevão - Abaixa sua bola muleke, sua mãe, sendo funcionária do município do Rio de Janeiro tem uma dívida de mais de 3 anos com a prefeitura, não paga o IPTU, descobri que quem deixou aquela casa foi seu pai, e que sua avó paterna, a queria Margareth sempre teve o sonho de possuir aquela casa. Estive conversando com ela e a incentivei a entrar com um processo reivindicando a casa construída pelo filho, e que se encontra no nome dele. Sua mãe e sua avó nunca se entenderam muito bem não é?
Breno - Cala sua boca seu filho da puta.
Estevão - Cala a boca você muleke, seu abusado, vc acha o que? Que está se envolvendo com mulekes igual a você, acorda cara, já te avisei vc está me cansando, ou entrega aquelas benditas cópias, ou entro com tudo, abro um processo, vou a prefeitura a anexo o valor da dívida que sua mãe tem do imóvel e vc pode ter certeza que vcs serão despejados daquela casa, morarão embaixo da ponte.
Breno - Seu desgraçado, eu odeio vc.
No meu desespero ao ouvir tudo aquilo
Continua....
Pessoal, não liguem pras críticas, isso não me abala, eu quero é mais.... estou incomodando, e isso graças a vcs, que acompanham, que gostam dos meus contos, quem critica quer aparecer, e qto mais IBOPE derem mais eles querem. Diego Nogueira forte abraço, uma excelente semana. Sei que és meu fã.
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