Meu Amigo me Amava – Reviravolta
Qdo vejo o Jhonny aos beijos no quarto dele com o Estevão eu quase desmaio, veio uma ânsia de vômito, uma coisa nojenta, que me apoio na porta, acabo trancando-a com o peso do meu corpo, em que faz um barulho, eles se assustam ao me ver, pois estavam tão distraídos naquele beijo tão intenso, cheio de paixão, algo que eu jamais poderia imaginar que o Jhonny, o cara que eu conheci, que admirava que estava começando a gostar, estava se prestando à aquele papel. Eu fico ali, inerte, pasmo e eles no choque da minha reação, até que reajo e saio correndo dali, não falo nenhuma palavra, apenas o Jhonny.
Jhonny - Breno... Breno, volta aqui.
Saio pela casa do Jhonny em disparada, meu peito apertado, eu não chorei, não derramei uma lágrima, estava anestesiado com o que vi, aquilo não podia estar acontecendo, começo a correr, nem percebo passo pelo ponto, até que o Pedro freia bruscamente na minha frente, desce do carro, eu nem tinha o visto, na verdade não estava vendo ninguém nem nda, somente aquela cena nojenta vinha a minha cabeça, o Pedro me puxa, me coloca no carro todo preocupado e me leva pra perto da praia, do jeito em que eu estava não podia ir direto pro trabalho, o Pedro dirigia mais a todo o instante ficava olhando pra mim, não me perguntou nada, não fez nenhum interrogatório. Até que ele estaciona em frente à praia , abaixa os vidros do carro e sai, me deixa ali dentro do carro sozinho, eu estava aéreo, nem consigo descrever a sensação que estava sentindo naquele momento. O Pedro aparece com uma garrafa de água mineral e um copo, e me serve.
Pedro - Leke qual foi, o que ta pegando cara, correndo igual um maluco, buzinei nem ouviu. Vc ta trêmulo cara, o que foi diz ae, to ficando preocupado?
Breno - Nada Pedro, não foi nada cara, me leva pro escritório por favor.
Pedro - Para de show leke, te conheço, fala logo, o que está pegando?
Breno - Nada Pedro, nada, juro. Olha vamos, liga esse carro por favor, vamos pro trabalho, tudo já está dando errado na minha vida, perder o emprego agora seria o fim cara.
Pedro - Breno, cara vc está trêmulo, tu não consegue nem segurar o copo direito cara. Olha, calma, me diz o que está havendo, fala comigo pow.
Eu tomo o copo de água, o Pedro pega a garrafa e o copo das minhas mãos e me abraça, nesse momento eu não agüento, começo a chorar, choro forte, doeu muito, a cena do beijo não saía da minha cabeça, fiquei imensamente triste, não esperava, não esperava mesmo, não do Jhonny, levar mais essa porrada da vida, do cara que mais confiava no mundo, foi duro. E novamente o destino me colocou ali, nos braços do Pedro, parecia que a nossa história era como uma gangorra, sempre com altos e baixos, por que novamente estava no carro do Pedro, nos braços dele, chorando.
Pedro - Calma... calma leke, que isso, estou aqui. Vai, me conta, o que foi dessa vez.
Breno - Pedro, vc não vai acreditar cara, flagrei o Jhonny, eu peguei o Jhonny cara.
Pedro - O que tem o Jhonny cara, o que houve com ele?
Breno - Peguei ele aos beijos. Hoje ele saiu da minha casa, acho que de madrugada por que acordei às sete horas e ele já não estava, nem minha mãe nem o Rick o viram sair.
Pedro - E aí cara, o que tem?
Breno - Fui pra casa dele, saber neh o que estava acontecendo. Qdo entro no quarto dele cara, vejo uma coisa nojenta.
Pedro - O que leke, ta me deixando nervoso, o que vc viu?
Breno - Vi o Jhonny cara... o Jhonny aos beijos, beijo mesmo na boca, na boca do Estevão cara.
Pedro - O que? Fala sério cara, que merda nojenta é essa?
Breno - Isso mesmo cara, uma merda nojenta, cara, vc o Jhonny, todo mundo me sacaneia, me faz de otário.
Pedro - Calma aí cara, não vira a história agora pra mim não, por que eu não fiz nada.
Breno - Sim cara, vc eu pego comendo aquele cara na boate.
Pedro - Cara esquece isso, já te expliquei, passado.
Breno - Agora pego o Jhonny aos beijos com o cara que disse na minha cara que odiava, que queria destruir. Chega, sempre me preocupo com vcs, sempre estou ali pronto pra ajudar, e o que sempre recebo em troca, traições, porradas, ninguém pensa em mim. Chega, basta. Uma vez vc me disse, na boate mesmo, vc me falou, eu não esqueço, vc disse que eu ainda iria sofrer muito na vida, que sou um idiota que todo mundo me leva no bico.
Pedro - Não foi assim que eu falei leke, não coloque palavras na minha boca.
Breno - Traduzindo cara foi praticamente isso, que sou inocente, um trouxa mesmo. Agora, hoje, nesse momento vejo que realmente vc tem razão. Eu sou um idiota, um trouxa, que todo mundo leva fácil no bico.
Pedro - Leke, não fica assim, para com isso. Breno, vem aqui cara.
Desço ali perto da praia, com minha mochila nas costas, saio do carro do Pedro, que fica ali, estacionado, me olhando, parado. Começo a caminhar, acho que deveria ser umas quinze pras oito da manha, pego um táxi e vou em direção ao trabalho, chego atrasado dez minutos, ainda bem que o chefe ainda não havia chegado, e a tolerância de atraso são de dez minutos, ficou tudo normal, logo em seguida chega o Pedro, vai pra mesa dele e eu fico ali, olhando pra tela do computador ainda desligado, totalmente desnorteado. Busco forças, vou empurrando meu dia como deve ser, o trabalho não quer saber dos seus problemas pessoais, tenho que ser profissional acima de tudo, aprendi isso, aprendo na faculdade e assim as duras penas tentei fazer.
Termino meu dia de trabalho já com uma enorme dor de cabeça, qdo faltam dez minutos pra ir embora eu vou pro banheiro, lavo o rosto, qdo me olho no espelho as lágrimas caiam sobre meu rosto, estava triste, qdo olho pra porta vejo o Pedro, vem preocupado, meio receoso, com medo de eu dar mais um ataque, não falei nda, não tinha forças pra falar, pra fazer o que quer que fosse, ele me dá um abraço, me pede pra não ficar assim, eu nem correspondo, troco de roupas e vou pra faculdade. O Pedro me oferece uma carona, mas não aceito. Vou a pé pro ponto, o buzão vem, vou nesse, estava lotado, cheio mesmo, fui em pé até a faculdade, espreme pra lá, aperta de cá, consegui chegar. Qdo estou chegando próximo à faculdade nem acredito no que eu vejo. Era o Estevão vindo em minha direção, nesse dia ele estava sem o terno, estava comum, bermuda, sandália, camiseta, é realmente um cara que vendo assim a primeira vista, sem o conhecer chama atenção pelo seu charme, e aqueles cabelos loiros, lisos, aqueles olhos azuis era seu charme.
Estevão - Foi ideia sua não foi muleke?
Breno - Saí daqui cara, me deixa em paz.
Estevão - Quanto vc ver pelas cópias, qto vc quer pelo dvd.
Breno - Não quero nada cara, é só vc sair da minha vida, me deixar em paz, e tudo vai ficar como está, agora se vc continuar a me cercar, a me pressionar, vc pode ter certeza que eu não responderei por mim, que seu Henrique, sua esposa, até seus amigos do escritório, receberão uma cópia do dvd, do grande advogado criminalista Estevão Barreto Novais fudendo com um garoto de programa, levando uma bela gozada na cara.
Estevão - É jogo baixo, neh, é isso mesmo?
Breno - Sim, é isso mesmo. Me diz, como vc sabe que são cópias, o Jhonny te contou?
Estevão - Sim, meu cunhadinho me contou, por que a pergunta?
Breno - Por nada, vcs dois se merecem, foram feitos um pro outro, sabe de quem tenho pena no fundo, tenho pena da Estela, uma mulher tão boa, não merece ter o irmão e o marido que tem. É muita injustiça.
Estevão - E a Luciana, a Luana, merece ter o pai que tem, um cara casado, pai de família, que tem um caso com o seu colega de trabalho. Um viadão.
Breno - Não mete o Pedro nisso cara, ele não tem nada haver com nossa conversa e mais, quem é vc pra chamar alguém de viado, logo vc que ontem além de dar a bunda, levou maior leitada na cara, e pelo visto se amarrou, vc não tem moral cara.
Estevão - E vc Breninho, vc tem alguma moral? Ahn? Me diz cara, que moral vc tem. Saindo com um cara casado, pai de família, se fingindo de bom moço, quem é vc cara, seja homem, vc fala que a Estela não merece, me responde uma coisa, e sua mãe, D. Zilda, ela merece o filho gay que ela tem? E o pequeno Rick, um garoto tão esperto, tão divertido, merece na escola ser debochado pelos coleguinhas, por que o mano mais velho dele é maior viadão, que até namoradinho tem.
Breno - Cala a boca seu verme.
Neste momento ameaço dar um soco na cara do Estevão, várias pessoas começavam a chegar na faculdade, ele sabendo do meu temperamento, me agarra pelo braço e me leva até seu carro, trava as portas. Ficamos eu e ele dentro do carro e a conversa continua.
Estevão - Eu sei por que vc está assim tão nervosinho, as olheiras, eu sei. Foi o beijo que vc flagrou hj na casa do Jhonny neh? Isso está te matando.
Breno - Eu quero mais que vcs se fodam, essa é a verdade, não estou nem aí pra vcs seus nojentos.
Estevão - Breno sabe seu problema cara, vc é um cara legal, gente boa, admiro vc sério mesmo.
Breno - Dane-se.
Estevão - Mas vc tem um grande defeito cara, tu é muito inocente, falta malícia em vc, sagacidade, vc se entrega muito, confia muito nas pessoas, é louvável seu jeito de ser, mais no final sabe quem dança? O bobo, aquele que pensa que a vida é um mar de rosas, mas vc não tem culpa, faltou um pulso firme na sua educação, talvez seja por isso que vc é assim tão impulsivo, faltou uma presença masculina na sua vida cara, talvez seja esse o motivo de vc hj ser gay, é milagre vc não ser afeminado sabia?
Qdo o Estevão fala isso, vou na sua cara e dou maior soco, foi tão repentinamente que ele bate com a cara do volante, aquilo, aquelas palavras, ele ter falado do meu pai, nossa fiquei cego.
Breno - Desgraçado, infeliz, filho da puta.
Começo a me alterar, o Estevão me segura firme pelos meus braços, me machuca, ele me domina de uma maneira que se mexesse, se tentasse tirar meus braços eles quebrariam.
Estevão - Olha aqui muleke, eu sempre amei o Jhonny e ele sempre me amou, tu que nunca enxergou isso. Mais vc não tem culpa, mais uma coisa eu te alerto, tanto vc quanto o Pedro não pensem que um dvd vai me intimidar não blz, vai ter troco, não vão pensando que são os vitoriosos.
Breno - Isso aqui não é nenhuma guerra cara, e quem começou com as chantagens foi vc, morre com o lance da foto que morremos com o lance do dvd e a vida continua normalmente pra todo mundo.
Estevão - Vc pensa que sou idiota?
Breno - Vc que se acha o espertão, e pensa que todo mundo é otário. Admite cara, vc caiu, caiu feito um patinho e agora o jogo virou.
Estevão - Breno tenho pena e vc, na boa tenho pena.
Breno - Enfia sua pena no cu, ahhh esqueci, vc gosta é de outra coisa no seu cu, e vamos combinar, que bela bunda vc tem.
Estevão - Olha o respeito seu muleke, que num estalo de dedos meus eu desapareço com vc.
Breno - Então faz isso cara, é eu sumir por 24 horas e cai na rede, em blogs, no escambal a 4 vc e o Oliver fudendo feito dois animais, é o seu fim Estevão, seu escritório em Cabo Frio vai perder clientes, sua reputação vai pra lama, Estevão Barreto Novais vai virar pó. Vc sabe que isso é possível, vc é inteligente. E agora me dê licença, abra esse carro que preciso estudar, não tenho a vida ganha como vc não cara.
Neste momento ele destrava o carro, coloco minha mochila nas costas e vou estudar. Mais uma aula que não presto atenção em nda, peço o caderno de um amigo meu e levo pra casa, pra passar as anotações feitas por ele.
Chego em casa, está minha mãe como sempre vendo tv, qdo me vê chegar, se levanta e vai pra cozinha esquentar o jantar. Vou direto pro quarto, chegando lah mais um aborrecimento, é o Jhonny, sentado em frente ao meu computador, e o Rick jogando no seu nootbook.
Jhonny - Rick, vai lah pra sala rapidinho, preciso levar um papo com seu mano.
Na minha reação de não estar acreditando no que estava vendo e ouvindo
Continua....
Galera obrigado pelos e-mails, como vcs perceberam, sempre respondo a todos, às criticas sinceramente não me abalam, percebo que estou incomodando, nesse site apenas publicarei os contos, rebater críticas, perguntas, é só entrar em contato.
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Forte abço, Breno.