Meu Amigo me Amava – Capítulo 52
Fico indignado com as palavras do Estevão, na verdade estava mais indignado com minha atitude, com o que eu acabara de fazer, transar com o Estevão, com o cara que tanto ódio me causou, tanta confusão me meteu, até o meu emprego o cara foi capaz de tentar tirar, iria despejar minha família por vingança, e ha minutos atrás eu estava ali, na minha cama, transando com ele. Neste momento pude comprovar por experiência própria que nós seres humanos temos muitos dos animais, às vezes agimos por instintos, por que foi isso que me fez sentir tesão, transar com aquele cara.
Comecei a me vestir não acreditando muito no que havia acontecido, meu corpo que antes estava quente, exalando tesão por ter aquele homem, aquele corpo ali, nos meus braços, e eu o dominando, fazendo tudo o que dava vontade, após ter gozado tudo aquilo passou, veio a racionalidade, que começou a me martirizar, me bateu um nojo, uma sensação de culpa, e um ódio mortal, mais de mim mesmo do que do Estevão, que veio do banheiro todo molhado, estava se enxugando com minha toalha, ele veste-se e vem pra perto de mim.
Estevão - Muleke tu transa bem pra caramba. Estou com meu cu em brasas até agora.
Breno - Sai daqui cara, tire suas mãos de mim. Escuta, isso nunca aconteceu entendeu?
Estevão - Relaxa cara, isso nunca aconteceu, agora eu esquecer é outra coisa.
Antes de sair o filho da puta vem e me dá um beijo na boca, tento avançar em cima dele, porém ele já sabendo de como sou, imaginando o que faria domina minhas duas mãos. Fico com mais ódio ainda.
Fico ali na minha casa, me sentindo isolado no mundo, parecia que estava em outro lugar, em outro estado de espírito, sei lá. Estava na minha casa, sabia que estava vivo, que estava presente ali, em matéria claro, mas meus espírito parecia estar ausente ao meu corpo. Difícil fazer com que entendam, porém foi assim que me senti naquele momento, depois daquela transa.
Peguei minhas coisas e fui pro trabalho, chegando dou de cara com o Pedro, fico com vergonha de mim mesmo ali de frente ao Pedro, abaixo a cabeça, nem sei o que ele pensou naquele instante, mais abaixo a cabeça, parecia que naquele momento em que o Pedro me olhou, estava escrito na minha testa, ou ele tinha presenciado: “O BRENO TRANSOU COM O ESTEVÃO.” Estava me sentindo o último dos homens, e isso estava me incomodando muito.
Saio do trabalho e nem falo com o Pedro, vou pra faculdade e aquela transa ainda estava ali presente na minha mente, não conseguia esquecer o corpo do Estevão, aquela bunda branca, lisinha, aqueles lábios macios, corpo definido, a sua língua em todas as partes do meu corpo, como uma droga penetrando meu corpo fiquei excitado na aula de direitos administrativos, uma aula chata pacas, um professor horroroso, estava eu lá, com o pau duro feito uma pedra, fico constrangido pelo meu estado e vou ao banheiro, lavar o rosto, beber água, respirar um pouco.
Acaba a aula e vou pra casa, chegando vou direto pro banheiro, começo a esfregar meu corpo, teto tirar na marra o cheio do corpo do Estevão que parecia estar impregnado no meu. Me esfrego bastante, ao lavar meu corpo me excito, dá uma enorme vontade de me masturbar ali debaixo do chuveiro, mas como odeio me masturbar, só faço isso em último caso, me controlei, enxugo-me e visto a cueca de pau duro, aí vejo que não tinha pego a roupa no quarto, vou enrrolado na toalha e ao tirar a toalha, com meu pênis duro, isso sento perceptível pelo volume que fazia na cueca, vejo o Jhonny que pra meu espanto estava no quarto. Fico super sem graça, ele logo nota meu estado, eu gelo de vergonha.
Jhonny - Oi.
Breno - Você em casa uma hora dessas?
Jhonny - É... decidi vir dormir hoje, um pouco mais cedo.
Breno - Conseguiu trabalhar hoje?
Jhonny - Consegui, mas depois do almoço que o sono bate com violência cara, ainda bem que fiquei no balcão hoje, aí deu pra ficar mais sossegado, pois se tivesse que enfrentar a pista, putzzz poderia até sofrer um outro acidente.
Breno - Então a festa ontem com a Alessandra estava boa mesmo.
Jhonny - Não foi uma festa cara, apenas eu a Ale e uns amigos, batendo papo, bebendo.
Breno - Pow que legal, a Ale estava meio cansada hoje também.
Jhonny - Imagino, mandei um torpedo pra ela. Esatava animadona ela ontem.
Breno - Ela sempre é assim mesmo pra cima, animada. Gosto do jeito espontâneo e alegre dele, se todos fossem assim, independente dos problemas, estar sempre sorrindo, pra cima, a vida seria bem melhor.
Jhonny - Isso que mais me fascina nela.
Me visto, nesse instante o tesão que estava sentindo havia passado por completo, estava era com um ódio do Jhonny está mentindo pra mim com a cara mais cínica do mundo. Eu tinha perguntando a Alessandra no trabalho e ela me disse que não se encontrou com o Jhonny, que passou a noite dormindo. E ele ali, na maior naturalidade mentindo pra mim, neste dia percebi que o Jhonny não era bem o cara que eu pensava que fosse, e estava começando a ficar intrigado com aquilo.
Vamos pra cozinha jantar, ele ainda não tinha comido, meu mano a essas horas já estava ali no sofá da sala dormindo e minha mãe vendo TV. Fico eu e o Jhonny sentados a mesa, um de frente pro outro, não tive coragem de olhá-lo, e nem ele a mim, ficamos os dois olhando pra comida. Nunca olhei tanto pra um prato de arroz, filé de frango e salada de alface como aquele dia. Me levanto, levo meu prato até a pia, nem o suco eu tomo, e ele fica na mesa, quando me viro pra ir em direção ao banheiro escovar os dentes reparo que ele me encara, eu finjo que não o vejo.
Vou pro quarto e começo a separar meus materiais, arrumar minha mochila para o outro dia, minutos depois ele entra. Nasce um estranho silencio no quarto e aquilo me incomoda, mais a mentira incomodava mais. Aproveito e puxo assunto.
Breno - Advinha quem eu vi hoje.
Jhonny - Quem?
Breno - O Gileno.
Jhonny - Sério... e como ele está?
Breno - Disse que está bem. Estava no Espírito Santo visitando a família, mas já está de volta ao Rio.
Jhonny - Pow legal ele. Aí Breno se não fosse ele hein? Nossa vida ainda estaria atrelada as mãos do Estevão.
Breno - Talvez sim ou talvez não cara. Vai saber.
Jhonny - Você acha que não cara?
Breno - É... eu acho. A vida é tão surpreendente cara, nos enganamos com as pessoas, nos surpreendemos com nós mesmos.
Jhonny - Por que você está dizendo isso Breno.
Breno - Por que até mentindo descaradamente você está pra mim Jhonny. Você cara que sempre confiei
Está se saindo um traidor, um falso.
Jhonny - Cara que foi agora?
Breno - Você saiu ontem com a Alessandra o caralho muleke, filho da puta mentiroso.
Jhonny - Que isso cara.
Breno - Isso mesmo. Perguntei a Ale no trabalho, ela me disse que teve uma noite ótima, na cama dela. Jhonny não quero saber com quem você estava, o que estava fazendo, isso não me interessa. O que me irrira é o fato de você mentir descaradamente pra mim cara, com a cara mais cínica desse mundo. Isso dói leke, machuca. Aê estou decepcionado contigo na boa.
Jhonny - Breno... eu posso explicar.
Breno - Não quero explicações. Esquece.
Deito na cama, tremendo de ódio, a vontade era de cair no braço literalmente com o Jhonny, porém me controlei, respiro fundo, me viro de costas pra ele. Percebo que ele se deita também, e um novo silencio mortal nasce no quarto. Não consigo fechar os olhos, não suporto está ali, até que venho pra varanda, nesse momento minha mãe já tinha dormido. Fico ali olhando pra casa dos vizinhos, os latidos dos cachorros, o frio que estava fazendo foram minhas companhias naquele instante.
Volto pro quarto e o Jhonny está no seu nootbook, como estava sem sono abro meu MSN e vejo um e-mail a respeito do conto que havia escrito no dia anterior
“Boa noite, fiquei muito feliz e estou me identificando com o seu conto que esta publicado no neste link
http://www.contoseroticos.com.br/3.0/ler.php?id=34286&autor=Multiplosex&mostrar_email=nao
mas agora, depois de ter lido a segunda parte, estou curioso para saber o que aconteceu...
Publica logo a continuação estou muito interessado em saber o que rolou...”
Fico até sem graça, publiquei o conto há um dia e logo ao abrir minha caixa de entrada vejo esse e-mail. Dou um sorriso, o Jhonny pergunta se está tudo bem, sou mal educado e não respondo. Começo a relatar o que aconteceu depois, se não me engano depois do Pedro ter chorado no carro, ter dito que me amava, aquilo foi tão surreal pra mim, que de início pensei que para os outros seriam também. Mesmo o sono agora aparecendo comecei a escrever. Depois de ter terminado, entre aspas é claro, coloquei mais um continua. Aproveitei e fui dormir, pensando naquilo tudo, pensando nesse e-mail desse rapaz que se sentou a frente do computador e leu minha história, sorri de novo e falei pra mim mesmo: “nossa já tenho um amigo que sabe do meu segredo, de algo que apenas o Pedro e o Jhonny sabe, será que eles acreditaram em tudo o que aconteceu? Acho que não, foram coisas tão surreais, tão imprevisíveis que acabará perdendo a graça. Bom... vou dormir.
Acordo e vou pro banho, tomo café e logo saio, vejo o Jhonny querendo me oferecer carona, recuso, faço sinal pro ônibus e saio, sem olhar pra trás. Ao chegar no trabalho vejo a moto do Jhonny parada, ele sentado no banco e dando altos beijos na Alessandra, entro e finjo que nem os vi, nem pra trás eu olho. Vem o Pedro falar comigo.
Pedro - Quero conversar contigo leke.
Breno - Foi o que?
Pedro - Cara fiquei sabendo que o Jhonny está freqüentando bailes funck na baixada.
Breno - Como assim cara, que história é essa?
Pedro - Tipo, a Luciana tem uma amiga de trabalho, e ela me mostrando ontem no Orkut deu pra ver o Jhonny cara, eu acho que era ele.
Breno - Jhonny... você só pode esta louco?
Pedro - Verdade, vem aqui, olha aqui cara, essa é a Vanessa, a amiga da Luciana. Olha aqui nessa foto, é ou não é o Jhonny com dois caras?
Breno - Clica, coloca pra aumentar a foto.
Pedro - Olha, é ou não é?
Vejo claramente, bem no fundo, o Jhonny com uma garrafa de ice, e dois amigos, num baile funck, no meu choque ao ver aquilo
Continua...
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