Meu Amigo me Amava – Capítulo 54
Quando o Jhonny pronuncia ali, no meu quarto aquelas palavras: “Eu vou morrer Breno... eu vou morrer”, de início fico sem ação, anestesiado, aquilo atinge pior do que um punhal, bem certeiro em meu coração, todos os pêlos do meu corpo, tudo em mim gela, fica paralisado, não consigo pronunciar nada, até por que aquilo ainda não tinha digerido em mim, era tudo muito surreal, fora da minha realidade, o Jhonny morrer, ter problema no coração, falência cardíaca, um jovem de 24 anos, aparentemente saudável, forte, com um corpo bonito, parecia um atleta, pernas grossas, fortes, ombros largos... não, tinha alguma coisa errada. E o Jhonny completamente transtornado, chorava de soluçar. Depois de um bom tempo ali, com cara de idiota, tomo a iniciativa, me aproximo do Jhonny, o abraço, caímos no colchão e ficamos ali, no silencio mortal daquele quarto, ouvindo os sussurros, a batida acelerada do coração do Jhonny contra meu peito. Ele chorava muito, eu não... estava firme, não sei como mas não escorreu uma só lágrima do meu rosto, pois senti naquele momento algo que não consigo explicar. Nem raiva de Deus eu senti, sim... e acho que teria o direito de ter raiva de Deus naquele momento. Por que tantas coisas ruins acontecendo na minha vida? Por que? Será que sou tão ruim assim, será? Perder o Jhonny, o Jhonny morto não... isso eu não aceitaria nunca, na verdade não queria nem imaginar isso.
Fico ali abraçado com o Jhonny, acabamos adormecendo assim, abraçados, um sentindo o calor do corpo do outro, eu sentindo as batidas daquele coração, que na verdade estava doente, com problemas, mas será?
Acordo com os braços dormentes, tento me levantar, sem acordar o Jhonny, mas seria em vão, além dele ter aquele corpo todo, dormiu me apertando, abraçando forte mesmo, e por cima de mim, estava todo dormente, com aquele 1,84 cobrindo meus 1,82 de altura.
O empurro com cuidado pro lado, pra tentar sair, ele logo acorda, estava com olheiras, havia chorado muito.
Breno - Bom dia cara.
Jhonny - Bom dia. Que cara é essa?
Breno - Você praticamente me esmagou cara, dormiu em cima de mim, por um lado foi gostoso, esse seu corpinho quente, peludo, me esquentando, mas por outro, estou todo dormente.
Jhonny - Pow foi sem querer.
Breno - Que isso... relaxa. E aí, vai trabalhar hoje?
Jhonny - Vou sim, a vida continua. Cara vou te pedir um favor, não comenta com as pessoas na boa. Deixa entre a gente.
Breno - Claro, vai ficar entre a gente sim. Mas você vai em outro médico, refazer esses exames, por que essa história está muito da complicada. Jhonny vc é muito saudável, nunca deu nenhum problema de saúde, ainda mais ter falência múltiplas dos miocárdios cara, isso é coração defeituoso, com problemas.
Jhonny - Mas cara o médico falou.
Breno - Eu não acredito, não é verdade. Ainda mas que fomos em hospital público, sabe como é.
Jhonny - E daí pow.
Breno - Você tem plano de saúde, da empresa do seu pai, vamos marcar uma consulta, você vai refazer todos esses exames e aí sim vamos ver o que vai dar.
Jhonny - Queria ter seu otimismo sabia. Mesmo com as coisas pegando fogo, você sempre recebendo porradas de todos os lados, cara você ainda consegue ter força, raciocinar.
Breno - Vamos, levanta, tomar um banho, e vamos trabalhar, pois como você mesmo disse, a vida continua, e ela é para ser vivida.
O Jhonny se levanta, vem em minha direção e me beija, por um longo instante.
Jhonny - Te amo cara, sério... te amo.
Breno - Jhonny, se o Rick entra agora aqui cara, se minha mãe abre essa porta?
Jhonny - Breno, sempre isso cara. Até quando vai ficar nesses grilos.
Breno - Esquece. Olha tu é lindo dormindo, não ronca, dorme com a boquinha fechada, o foda é que vc aperta mesmo, queria me quebrar né. Olha seus braços cara, todo troncudo.
Jhonny - Cara muito gostoso dormir com você. Sério, muito bom. Queria te sentir, se cheiro, seu coração batendo, sua respiração.
Breno - Bom... vai agora ou depois tomar banho.
Jhonny - Vamos tomar banhos juntos, seria legal, você me ensaboando, eu te esfregando.
Breno - Jhonny, acorda.
Damos uma risada e logo quem chega, o pentelho.
Rick - Breno, vamos, hoje eu acordei cedo viu.
Breno - Bom dia maninho. E como foi a noite?
Rick - Ih!... Vai começar?
Breno - Olha Jhonny, como o leke é agressivo, estou falando na boa contigo cara, pow!
Rick - Ta bom mala, minha noite foi boa.
Jhonny - Enquanto vocês discutem eu vou pro banheiro.
O Jhonny corre e vai em direção ao banheiro, logo vai correndo o Rick e eu em seguida, começa maior farra sete da manha na minha casa, minha mãe pega a vassoura para acabar com a confusão.
Zilda - Jhonny meu filho, até você vai levar hein. Depois falo pra sua mãe o motivo e ela ainda vai me apoiar. Tão ajuizado esse menino, meus filhos fazendo o Jhonny se perder meu Deus.
Rick - Mãe, não fizemos nada.
Zilda - Meu filho, eu conheço vocês.
Breno - Mãe defendendo o Jhonny não né.
Zilda - Ele eu sei que é um menino de ouro, agora quando junta você e o Rick, só Jesus meu filho... só Jesus.
Logo em seguida o Jhonny sai do banheiro enrrolado na toalha, minha mãe já estava na cozinha terminando de preparar o café. Aproveito que o Jhonny vai pro banho e vou pro quarto pra falar com o Jhonny, abro a porta e não o vejo, quando fecho a porta do quarto ele aparece, estava escondido atrás da porta e me dá um susto, estava peladão, pois havia tirado a toalha, me empurra no colchão, sobe em cima de mim, ainda com cheiro de sabonete, meio molhado, cabelos úmidos e começa a me beijar, tira minha camisa, meu short em questão de segundo, quando me dou conta estou apenas de cueca, com o pau duraço, escapando da cueca, ele começa e me beijar todo, morde meus mamilos, chega até meu pau e começa a morder por cima da cueca, eu deliro de prazer, ele tira minha cueca com a boca e começa a me mamar, nisso começo a dar pequenos sussuros, gemidos mesmo, estava com muito tesão, ele põe a mãos na minha boca, eu o viro, subo por cima dele e começo a dominar a situação, logo vejo sua pica ficando dura, não é uma pica grande, mas grossa, incorpada, maior cabeção, começo a chupá-lo, vou ate seu saco, ponho as duas bolas em minha boca, vou mais em baixo no seu anus, dou umas boas linguadas em seu cuzinho, que começa a contrair, a cada linguada que dava, me deixando ainda mais excitado. Vou subindo, volto até seu
Saco, penis, subo mais, beijo todo seu abdômen peludo, cheiroso, ainda molhado, vou subindo, chego até sua boca, lhe dou um demorado beijo de língua, ele sorri, fico a admirar aquele cara com um corpo tentador de homem feito, e aquele rosto de criança que me matava, não conseguia entender aquilo.
Jhonny - O que foi cara?
Breno - Nada pow.
Jhonny - Parou, ta me admirando é?
Breno - Cara, você é uma tentação sabia?
Jhonny - Por que?
Breno - Esse seu corpo de macho feito, e essa sua carinha de criança, isso mata qualquer um.
Jhonny - Bobo, você que me mata. Te amo e você nem me dá bolas.
Breno - Se arruma cara, antes que o Rick saia do banho.
Nos vestimos rápido e logo ouvimos as batiaas na porta. Ele abre e entra.
Rick - Breno vai, toma banho logo, sete e vinte.
Nossa sorte que já estávamos vestidos, tínhamos sido rápidos.
Breno - Ok, vou lá.
Rick - Jhonny hoje quando você vier do trabalho, me ensina passar de uma fase daquele jogo que vc me emprestou, estou quebrando a cabeça e não consigo.
Jhonny - Ta bom cara, eu ajudo sim.
Tomamos café, e logo saio correndo para ir pegar o buzão de vinte pras oito. O Jhonny vem correndo atrás de mim e grita.
Jhonny - Espera aí cabeça, te levo lah rapidinho.
Breno - Não cara, vai te atrapalhar, o buzão passa logo... logo.
Jhonny - Cara deixa de ser marrento, te levo pow.
Nisso que subo na moto, surge o Estevão, que chega de carro com Estela, a irmã do Jhonny a casa dos pais. Ele faz questão de frear bruscamente em nossa frente. Estela desce toda meiga do carro vem em nossa direção para abraçar o irmão.
Estela - Nossa meu amor, vim de Cabo Frio só pra te ver.
Jhonny - Fala mana, tudo bem?
Estela - Tudo sim meu lindo. E você, quando vai parar de dar trabalho a Zilda, a Breno e voltar pra casa.
Jhonny - Estela, tão cedo não quero ver o papai. Não quero dar de cara com o canalha do seu marido.
Estela - Jhonny, que isso, o Estevão não é um canalha, ele me explicou tudo.
O Jhonny se irrita e altera a voz, ele desce da moto e eu também, aproveito e puxo o descanso para apoiar a moto.
Jhonny - O que esse filho da puta de falou mana, inventou mais uma mentira, por que só isso ele sabe fazer.
Estela - Jhonny, para com isso. Meu Deus, voc
ê não era agressivo assim.
O Estevão começa a sorrir do descontrole do Jhonny, tira os óculos e dá aquele sorrisinho falso, irônico que tira qualquer santo da graça.
Jhonny - Fala, o que você disse pra minha irmã. Fala.
Estevão - Rapaz se acalme por favor, há essas horas da manha, você alterado desse jeito. Tudo bem que D. Zilda é muito gente boa, mas as suas convivências aqui não estão te fazendo bem, até sua irmã está observando isso.
Breno - O que você está querendo dizer Estevão? Que não sou boa companhia pro Jhonny é isso, que ele está assim por minha causa?
Estevão - Não ponha palavras na minha boca Breninho. Não foi isso que eu disse.
Breno - Olha aqui seu canalha, vai continuar a nos perseguir é isso. Quer que mostre sua esposa o que dona Nuancy e seu Henrique viram, você quer que eu mostre?
Estela - Mostre o que? O que meus pais viram, do que vocês estão falando?
O Estevão fica vermelho como tomate, sua fisionomia muda.
Jhonny - De um vídeo que o Breno mostrou para nossos pais Estela. Um vídeo do seu marido na cama com outro homem.
Estela quase cai ao chão, apóia-se no Jhonny.
Estela - Que absurdo é esse Jhonny, o que é isso.
Breno - Isso mesmo Estela, seu marido a sacaneia há anos. Ele é um canalha que sai com garotos de programas, descobrimos e filmamos um de seus encontros, temos varias copias e ele nos ameaça por isso.
Estela - Então foi por isso... Então por isso ele queria que convencesse meus pais a internar o Jhonny em uma clinica de recuperação de dgrogados.
Breno - Eu não acredito que você estava planejando isso seu canalha.
Vou pra cima do Estevão, o Jhonny me segura, ele tenta correr, o Jhonny me empurra, corre em direção ao Estevão que não consegue escapar, o Jhonny lhe dá uma gravata, o Estevão tenta bater no Jhonny que é mais rápido e lhe dá um soco certeiro na cara. O Estevão cai ao chão, o Jhonny começa a chutá-lo, nisso a rua começa a encher, a Estela começa a gritar, desesperada, a cena foi horrível, e tudo isso a poucos metros do portão da minha casa.
Estevão - Então você quer expor os podres Breno, então vamos falar, vamos jogar as verdades um na cara do outro. Bom... não é segredo pra ninguém, então que os vizinhos também saibam.
Breno - Cala a boca seu nojento, seu podre.
Estevão - Se eu sou podre você é ainda mais Breninho. Vamos aproveitar que sua mamazinha, que seu maninho estão aqui e revelar logo de uma vez.
O Jhonny pega o Estevão pelo pescoço, e tenta inforcá-lo, mas o Estevão lhe dá um soco forte na boca do estomago e o Jhonny cai.
Estevão grita, todos ouvem.
Estevão - Todos na nossa família sabem que o Jhonny, esse menino de ouro é um gay. Isso mesmo, ele curte homens, assumiu pra toda família há mais ou menos um ano.
Breno - Eu odeio você. Filha da puta.
Vou pra cima, com toda força, com toda ira, a vontade na hora que me deu foi te matar o Estevão, foi algo tão forte, tão intenso, que só de lembrar desse momento e descrever, me sinto ali, o desejo de matar, de sangue, pela primeira vez na minha vida eu senti. Dou um soco no Estevão, ele cai, sangra mais um pouco, mas estava disposto a nos destruir, por que ele sabia que naquele momento ele também estava destruído. A rua lotada, vários curiosos, e ele como uma metralhadora giratória dispara em bom e alto tom.
Estevão - Dona Zilda , o Jhonny é gay, o Breno também é gay, eles tem um caso, na verdade não um caso, por que tem mais um cara na jogada. A senhora deve conhecer o Pedro, aquele rapaz moreno, alto, casado. Isso mesmo, o Breno tem um casao já há uns meses com ele, e agora está dividido entre o Pedro e o Jhonny. Na verdade a mocinha disso tudo é o seu filho D. Zilda que não sabe que macho escolher.
Aquilo atinge mortalmente meu coração, que no momento eu acho que parou. Todos na rua ouviram essas, sem tirar nem por, essas foram as palavras do Estevão, para minha família, meus vizinhos, meus amigos que se aglomeraram por conta da confusão e ouviram tudo.
No olhar atordoado da minha mãe, e nas lágrimas do meu irmão abraçado a minha mãe.
Continua....
Galera, obrigado pelo carinho, continue enviando e-mails, espero os comentários de vocês, desculpem a demora em portas, estou em reta final de período na faculdade, semanas de provas, maior doideira, aguardo vocês e seus e-mails, pois se minha caixa de entrada ficar vazia, sem os comentários de vocês, não continuarei a escrever, e vocês que imaginaram o fim dessa novela toda que é minha vida, que se tornou esse conto, forte abço, Breno.