Oi, eu sou o Alexandre. Vocês já devem me conhecer pela história do Drama.
Só quero avisar que o que vocês verão aqui não é exatamente o ponto de vista romântico do Drama. Quero somente contar meu ponto de vista sobre a história.
Era a terceira semana de aula. Eu estava jogando bola com alguns amigos meus. Não exatamente amigos, pois muitos eram apenas interesseiros e sabiam que andar comigo era um atrativo para as garotas. Eu não nego... a garota que eu queria eu tinha. Eu poderia me descrever... mas pareceria muita prepotência, então eu vou usar a descrição do Drama.
“Era alvo, olhos verdes, cabelo meio curto, preto e liso, pouco mais alto que eu, uma boca fina, bem vermelha e sensual, nariz pequeno e meio empinado, ele tinha um rosto limpo, sem espinhas, era mais malhado que eu e tinha a sobrancelha quase que perceptivelmente feita.Mas, além de tudo isso, ele tinha um olhar que matava, um sorriso branco e perfeito, um cheiro irresistível e a pele extremamente macia.”
Então, sim, eu era bonito. Continuemos com a história.
Numa cobrança de falta, um dos meus amigos jogou uma bola alto e perto de mim. Fui atrás dela com a cabeça para cima e me esbarrei em um rapaz com uma cara de estudioso. Eu fiquei um pouco assustado com a batida, mas logo me dispus a ajudá-lo. Eu o carreguei até a enfermaria e ele simplesmente se aconchegou nos meus braços... eu fiquei muito tocado com aquilo. Era a primeira vez que um cara demonstrava, ainda que inconscientemente, aquele tipo de afeto comigo. Eu fiquei, também, apavorado.
Quando eu o deixei na enfermaria, ele segurou meu braço e pediu para que eu ficasse com ele para sempre. Imaginei que ele tivesse batido a cabeça na queda e, mesmo me excitando um pouco, ignorei. Tentei assistir ao restante das aulas, mas minha cabeça estava em outro mundo. Eu senti uma vontade enorme de transar com aquele garoto. Eu senti vergonha de mim, mas ele me segurar daquele jeito me deixou muito balançado.
-Alex, tu ta com o pau duro, brother. – Miguel sussurrou para mim.
-Caralho, foi mal, velho. To pensando em uma mina muito gostosa que eu peguei semana passada, não deu para segurar.
Fui para casa e tentei dormir. Meu pau estava duro havia quatro horas e ele não parava de babar. Eu hesitei... então, bati uma no banheiro. Tentei pensar em mulheres, mas só conseguia imaginar aquele garoto segurando meu pau da mesma forma que segurou meu braço. A cada vez que o imaginava, meu pau latejava e ardia. Eu precisava tê-lo. Eu gozei bastante, me limpei e fui dormir.
Acordei com o pau duro. Eu estava lacrimejando, mas não sabia o motivo. Deitei-me e bati mais uma vez. Gozei todo o meu rosto. Meu pai bateu na porta. Assustei-me e corri para o banheiro. Forçando a voz, gritei que estava escovando os dentes. Ele saiu do corredor e foi para o quarto. Eu tomei banho e fui para o colégio.
Assisti às primeiras aulas normalmente. Entretanto, um amigo meu estava com um problema e foi até a coordenação. Pedi para acompanhá-lo, pois ele estava hospedado na minha casa, nesse dia. Eu ainda pensava naquele garoto. Eu estava chegando perto da coordenação... comecei a imaginá-lo chupando meu pau. Ele me mirava e lambia meu saco... ele tirava o pau da boca e dava um gemido gostoso. De repente, esbarro em alguma coisa. Era o menino! Ele se virou de uma vez. Então, eu enlouqueci: “será que ele me acha feio?”, “ele é gay mesmo?”. Meu rosto adquiriu uma expressão estranha, um mister entre medo e susto. Meu amigo me encarou... eu tinha que disfarçar!
- Olha, se você vai parar de andar de uma vez, pelo menos pare quando ninguém estiver atrás de você. Eu não quero ter que te levar de novo para a enfermaria. Ou você gostou de ser levado? – falei.
- N-não, eu não quero dar trabalho a ninguém.Me desculpe, eu prometo que não vou mais te incomodar. – ele falou.
Meu Deus! Como alguém podia ser tão fofo? Eu precisava dele para mim.
- Preste atenção, pirralho, você não tem idéia da vergonha que me fez passar.Você estava totalmente abraçado em mim.Que você estava pensando? – da minha boca saiam palavras que não condiziam com o que eu pensava.
- Oh, meu Deus! Mil perdões, pensei...pensei que estava sendo levado por um Anjo.Q-quer dizer, não que eu esteja te chamando de Anjo, só que-
- Adeus, pirralho.
A cara que ele fez foi muito engraçada. Eu estava com dó de falar assim com ele, mas foi muito engraçada. Eu ri e meu amigo riu junto. Na outra aula, fiquei muito mal. Pensei em sair, mas não podia dar bandeira. Eu puxei um pedaço de papel e escrevi um bilhete. Tentei várias vezes escrever, mas nada expressava o quanto eu sentia. Por fim, escrevi algo que poderia ser interessante.
Meu amigo estava do meu lado espiando. Ele viu o que tinha escrito! Quando ele puxou o bilhete para ver se tinha lido direito, eu tentei puxar, mas não deu. Ele leu e ficou perplexo.
-Alex, tu é gay, cara?
-Eu não sei. To confuso, poxa. Talvez eu seja.
-O quê?! O Alex gay? – uma menina fofoqueira ouviu atrás de nós e falou alto.
Eu me desesperei. Comecei a tremer. Minha garganta se fechou, enquanto todos olhavam para mim. Eu me levantei, subi na cadeira e falei para toda a sala.
-Eu sou gay! Eu sou gay e amo aquele garoto! – me senti aliviado e até hoje não sei como tive coragem de falar aquilo. Ao ver a cara de alguns rapazes da sala, continuei – Não se preocupem, não vou dar em cima de vocês só por ser gay. Eu continuo o mesmo, mas agora eu amo um rapaz. Eu estou tão confuso quanto vocês.
Que será que aconteceu comigo? Eu sou muito doido mesmo. Acho que não tenho o cérebro no lugar, para fazer algo assim.
[continua]