Meu amigo me amava - Capítulo 57

Um conto erótico de Multiplosex
Categoria: Homossexual
Contém 2114 palavras
Data: 13/07/2010 23:16:25
Assuntos: Gay, Homossexual

Meu Amigo me Amava – Capítulo 57

Estevão ao pronunciar aquelas terríveis palavras, sem dó nem piedade, na sala da casa dos pais do Jhonny, aquilo fere mortalmente a todos sem exceção, principalmente a pessoa mais inocente, a que menos merecia saber de toda uma verdade, saber da história da sua vida, de uma maneira tão cruel, tão mortal, como o Jhonny recebeu ali, naquele dia. O Estevão fala em alto e bom tom, faz questão de ser cruel, ferino, “O que está acontecendo é que a Estela é sua verdadeira mãe, Dona Nuancy e seu Henrique são seus avós, sua mãe é a Estela, você é filho bastardo de um coleguinha de escola da minha mulher, que te teve quando ela tinha apenas 15 anos de idade”.

Após pronunciar essas palavras, olho pro Jhonny ainda meio atordoado com aquilo tudo, no fundo ele não estava acreditando. A Estela estava pasma, olhava com ódio para o Estevão, nesse momento D. Nuancy já estava desmaiada nos braços da minha mãe, e seu Henrique se encostando-se à parede, se apoiando nos moveis, ou seja, um retrato triste de uma família destruída, e eu ali presenciando mais uma vez tudo aquilo, porém, sabendo que neste momento algo mudaria para sempre toda a história daquela família. Olho pro Jhonny, que nesse momento estava perdido, acho que perdido não é bem a palavra pra tentar reproduzir aqui sua expressão, acho que ele estava desesperado, isso, essa é a palavra, desesperado, pois foi assim que me senti. O Jhonny vai em direção a Estela desesperado, ansioso pela verdade.

Jhonny - Estela... Telinha, que palhaçada é essa, o que esse doente está falando, pelo amor de Deus, mãe, pai, que isso gente. Alguém fala alguma coisa pelo amor de Deus, que absurdo, que palhaçada é essa.

Estevão começa a sorrir do desespero do Jhonny, eu o olho com raiva, ele me olha, nota minha preocupação, não perde tempo e atinge mortalmente a mim e o Jhonny, de uma vez só.

Estevão - pergunta a seu amigo Jhonny. Fala Breno, diz a verdade que você omitiu pro cara que te considera, na verdade sempre te considerou seu melhor amigo, seja verdadeiro pelo menos uma vez na vida e diz a verdade pro Jhonny Breno, ou vai enganá-lo mais uma vez, como sua família vez durante toda sua vida.

Breno - Cala a boca Estevão, deixa de ser cuel.

Estevão - Eu... cruel, mas que calúnia rapazinho. Logo eu, que estou dizendo a verdade ao rapaz. Jhonnny eu não sou o vilão dessa história, os errados aqui são sua família, eles sim mentiram pra você, te enganaram durante 24 anos, vinte e quatro anos de ilusão, de mentiras. Eles sim são os canalhas aqui, e você Breninho é cúmplice, por que sabia da verdade e não teve a hombridade de falar pro seu amigo.

O Jhonny me olha com os olhos cheios d’água, com aquela cara de criança desamparada que me matou no momento, ele me olha e pergunta.

Jhonny - Diz que é mentira Breno, fala, isso tudo é invenção não é? O Estevão está inventando tudo isso, é mais uma de suas armações certo? Fala Breno, me diz a verdade, eu confio em você, para de ficar com essa cara de idiota e me diz, isso é mentira não é, isso é tudo uma mentira não é Breno.

O Jhonny começa a me sacudir, me joga no sofá, as lágrimas começam a escorrer dos meus e dos seus olhos, algo desesperador, e eu ali, sendo empurrado, e pressionado ao mesmo tempo, pelo meu amigo, que estava desesperado pela verdade, pela mortal e felina verdade.

Breno - É verdade Jhonny.

O Jhonny começa a gritar, fica transtornado, não acredita nas palavras que meio sufocadas saiam da minha boca, ele me acudiu ainda mais, foi algo desesperador.

Breno - É verdade Jhonny, eu soube hoje, a Estela... É ela que que é sua mãe, isso é tudo verdade Jhonny.

O Jhonny cai no chão desesperado, começa a chorar, soluçar, algo desesperador, eu ainda meio atordoado vou em direção ao Jhonnu, para tentar acalmá-lo, ser um ombro amigo, porém foi em vão, o Jhonny me empurra com violência contra os moveis, Estela tenta separar a confusão, ele a empurra também, e sai correndo pela sala, seu Henrique tenta agarrar o filho, na verdade o neto, os dois caem no chão, eu seguro o Jhonny e tento conversar com ele.

Breno - Calma Jhonny, eu iria te contar toda a verdade, acredita em mim cara, eu sem querer soube hoje, mas iria te contar tudo, primeiro estava tentando digerir tudo isso.

Jhonny - Eu não confio em você cara, eu não acredito numa só palavra que sai aí dessa sua boca nojenta.

Breno - Jhonny, que isso cara, me escuta pelo amor de Deus, eu te juro, soube hoje, cara que isso acredite em mim pelo amor de Deus, isso é tão absurdo pra você como pra mim cara.

Jhonny - Eu te contaria cara, você sabe, nunca iria esconder de você algo assim, algo tão podre como isso.

Breno - Jhonny, calma cara, você tem que conversar, com a Estela, com dona Nuancy.

Jhonny - Eu não quero conversar com ninguém, vocês são todos falsos, parasitas, abutres, eu odeio vocês, odeio TODOS VOCÊS.

Breno - Jhonny volta aqui, vem aqui cara.

O Jhonny me empurra, e sai correndo pelo quintal, vou até a rua, porém nada o segurava, ele liga a moto e sai de terceira, sem capacete e sem nada, nem pra trás olha. A rua ainda estava cheia de curiosos que a lotavam, logo vem o Estevão que vê meu desespero mais uma vez e não perde tempo para me espezinhar.

Estevão - Sofredor esse menino, até eu agora fiquei com pena dele sabia? Já reparou, ele sempre é o que mais leva porrada de todos nós. Até a família do rapaz joga sujo com o cara.

Breno - Que espécie de ser humano é você cara? Tu não pode ser gente sabia, você é um demônio, não é possível.

Estevão - Sou tão humano... tão humano que até sexo juntos já fizemos, e tenho certeza de que você não esqueceu, tenho certeza de que você gostou, assim como eu.

Breno - Tu não sabe o quanto eu me arrependo daquele dia.

Estevão - Será?

Breno - Você pode ter certeza disso cara, me arrependo, pena não podermos mudar nada, uma virgula do passado, mas o bom é que com nossos erros é que aprendemos, e você pode ter certeza de que aprendi, e com você eu não quero mais nada, não quero mais tocar você, não quero mais nada... nada com você.

Estevão - Vamos ver até quando Breninho, até quando você vai continuar com essa posição, com essa empáfia de querer me evitar. Cara, aqueles beijos, a maneira como você me pegou de jeito, que você gozou, me fudeu bonito, tudo aquilo foi inesquecível, e tu gostou, você gostou cara.

Breno - Cara na boa cala a boca, cala sua boca ou vou te porrar aqui na moral.

Dou um empurrão no Estevão e vou andando, na verdade queria fugir de tudo aquilo, estava afim de me encontrar com o Jhonny, conversar com ele, tentar explicar todo o mau entendido que se instaurou, e que por artimanhas do Estevão me fez cair em mais uma armadilha do destino, na verdade numa terrível armadilha que nem eu imaginava, e que de certa forma atingiu o Jhonny mortalmente.

Chego até a praia, à mesma praia de sempre, na esperança de que o encontraria ali, e que tudo se resolveria, doce ilusão, não o encontro, nesse momento meu coração aperta mais uma vez, e decido acordar para a realidade, perdi o Jhonny e pra sempre, será que o título dos contos que escrevia no site se concretizaria, será que o Jhonny, o meu amigo, na verdade o meu melhor amigo, ele me amava, e não me amaria mais? Fico com essas indagações na cabeça, querendo logo soluções, notícias do Jhonny, mas as horas passavam e nada acontecia, resolvo então sair da praia e volto pra casa a pé, triste, com o coração em cacos, ligo o computador, ouço apenas os barulhos das teclas, decido entrar no meu hotmail e começo a ver minha caixa de e-mails, inesperadamente começam a aparecer inúmeros convites de pessoas me adicionando, logo me recordo o por que disso, são os contos que escrevia no site, na verdade 5 contos, começo a ler os e-mails e fico de certa forma surpreso com a aceitação, o carinho e principalmente, o envolvimentos das pessoas com os meus relatos, que na verdade eram anotações, descrições de meus dias, na verdade dos meus terríveis dias, fico emocionado com o seguinte e-mail:

“OLÁ....

Tudo bem?

Bom, primeiramente queria lhe dizer que seus contos são incriveis....

A maneira de escrever uma história real que tu tem nos transmite a sensação de estar lendo um livro de romance e suspense sempre com aquele "Continua...", incrivel.. de verdade!

Vc deve estar vivendo em um momento bem dificil em sua vida!!!

E esse vizinho me parece ser uma ótima pessoa (quem sabe não rola algo heim!!! kkk)

Estarei esperando a continuação, e é claro que irei comentar pelo e-mail messenger.

Até mais e Boa Sorte, qualquer coisa é só entrar em contato.

Lembre-se o Amor cega as pessoas e o Pedro está cego a muito tempo por vc!!!!”

Decido então escrever mais um conto, na verdade continuar a parte onde parei, mergulho em meus pensamentos, e volto, tento descrever através de palavras cada gesto, cada emoção sentida, cada reação das pessoas as quais estava envolvido completamente, o enigmático Pedro, e o sensível Jhonny, que na verdade desde o inicio sempre foi 100% emoção.

Lembro-me que escrevi muito, acho que dois contos, ambos com 6 ou 7 páginas, quando não agüentava mais finalizava-os. Olho pro relógio e me assusto com o avançar das horas, uma da manha, desligo o PC e durmo, na verdade tentava dormir, pois só lembrava do Jhonny, olhava pro seu colchão ali, no chão do meu quarto e nada, acabo que por adormecer. No meio da madrugada ouço um barulho no quarto, abro os olhos, ainda pesados, estava nesse momento cansado completamente, não vejo nada, me viro e durmo até amanhecer, ao acordar vejo um bilhete em cima do meu travesseiro, era a letra do Jhonny que dizia:

“Você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, a pessoa que mais amei em todos os sentidos, meu melhor amigo, meu maior amor, tu me ajudou a ser o cara que sou hoje e isso eu nunca vou esquecer, tu me ensinou a enfrentar a vida de frente, não ter medo dos desafios, me ensinou que todos nós somos capazes de chegar onde quer que desejamos, obrigado Breno, adeus, estou voltando pra cidade de onde eu nunca deveria ter saído. Te amo.

Ao terminar de ler o bilhete, me levanto da cama, do jeito que estava, com uma camiseta, sandália e uma bermuda de dormir, pego a bike e vou correndo em direção a rodoviária, isso eram umas sete e meia da manha, chegando a rodoviária pergunto as pessoas qual o local onde fica o ônibus pra Cabo Frio, Região dos Lagos, até que um senhor me mostra, e saio em disparada, meu coração batia acelerado na esperança de encontrar o Jhonny, de poder explicar tudo, tentar convencê-lo e acima de tudo tentar contornar toda essa situação. Grito desesperadamente:

Breno – Jhonny... Jhonny!!!!!!!!

O ônibus é ligado, bato na porta, faço um escândalo, o motorista ignorante nem me dá confiança, as pessoas na rodoviária começam a me olhar estranhamente, também com a roupa anormal que estava, começo a chorar, meu coração aperta ainda mais, porém tudo em vão, o ônibus vai e não vejo o Jhonny, ali mesmo perco as forças das pernas e caio de joelho no chão da rodoviária, fico a olhar o ônibus partindo, até que de uma boa distancia vejo que uma pessoa abre a janela e olha pra trás, ao firmar meu olhar vejo que é o Jhonny, meu melhor amigo, partindo, sem ter se despedido de mim.

Continua...

Galera, prometo agora escrever com mais responsabilidade no site, estou de férias da faculdade, aprovado depois de todo o sofrimento e complicações como vcs acompanharam aqui, em todas as disciplinas, obrigado pela preocupação, pois estive mal, doente mesmo, mas graças a Deus estou me recuperando, esse foi o motivo da minha ausência durante esse período, estou percebendo que as pessoas não estão mais como antes afim de acompanharem esse conto, peço a todos que lêem que mandem comentários, e-mails, ou serei forçado a parar definitivamente de escrever deixando todos esses fatos, sem a real finalização, assim como aconteceu em minha vida, forte abraço, Breno.

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Comentários

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Nota 10 mano!!!! parabéns.........continue publicando!!!!

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acho q as pessoas n estao mais comentando com tanta frequencia pq vc estava demorando muito a escrever e sempre entravam no site a procura da continuacao e n encontravam e talvez ficavam com um pouco de raiva, assim como eu tbm ficava...

mais q bom espero q continue a escrever e q n demore mesmo

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Não deixe de escrever! Certamente o pessoal está comentando menos, devido a sua demora, mas não ligue! Sou uma leitora fiel! Toda segunda ou terça feira procuro para ver se você já postou mais um! A história está muito boa!

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