– Deliciosa! – ela disse num sussurro.
Sorri daquele gesto. Neste momento percebi que tínhamos platéia.
Tentei me recompor arrumando o vestido, mas meu rosto corado denunciava meu ato de transgressão.
– Ai meu Deus! – falei envergonhada
– O que foi? – ela estava curiosa.
– Temos platéia. – falei baixo.
Ela olhou em volta e sorriu.
– Vem! – segurou minha mão e me levou de volta para dentro da boate.
Senti-me aliviada ao entrar, a escuridão me transformava em uma mulher sem rosto e me deixava mais a vontade com o que acabara de acontecer.
Encontramos um lugar afastado no fundo da pista de dança e continuamos a nos beijar no escuro.
Não tive coragem de fazer como ela, mesmo no escuro temia que me vissem. Ficamos namorando algum tempo até que ela me sussurrou ao ouvido:
– Vamos para minha casa? Eu quero você inteira só pra mim.
– Pensei que nunca fosse me convidar. – falei sorrindo.
Saímos e ela chamou um taxi.
Logo estávamos na casa dela
Sua casa era bonita e havia arvores em sua calçada.
Ela abriu a porta para eu entrar e antes mesmo de fechar totalmente a porta já nos beijávamos loucamente.
Percebi que algumas peças da sua decoração eram idênticas as minhas e ri feliz por termos quase o mesmo gosto.
Ela colocou música ambiente e me convidou para dançar, aceitei e ao me levantar já estava com o corpo colado ao dela. Ficamos ali, abraçadas, dançando lentamente. Enquanto dançávamos nos beijávamos sem pressa, saboreando o momento.
Sem perceber chegamos ao quarto e ela me fez deitar na cama deitando-se sobre mim em seguida.
A ajudei a tirar a roupa enquanto ela tirava meu vestido e logo estávamos só de calcinha.
O corpo dela era macio e quente, nos beijamos novamente e sentir os seios dela comprimidos nos meus me deixava maluca de tesão.
Ela me beijava o pescoço, dando pequenos chupões me levando à loucura. Senti sua boca me beijando o colo e em seguida alcançando um dos meus seios.
Olhei para baixo e a vi abrir a boca sobre um dos meus mamilos tomando meu seio inteiro na boca.
Gemi alto enquanto sentia a sucção delicada e o toque suave de sua língua no bico do meu seio.
Ela ficou assim durante muito tempo e eu me contorcendo sob aquele toque.
Eu estava completamente entregue, passiva, apenas sentindo as sensações maravilhosas que ela me proporcionava.
Ela continuava sua exploração lenta em direção ao meu sexo, detendo-se na minha barriga, contornando com a língua o meu umbigo e segurando meus seios em suas mãos.
Olhei para baixo quando ela tirou minha calcinha, meus olhos cruzaram os dela e ela sorriu para mim com aquele sorriso magnífico antes de envolver meu sexo num mar de carícias úmidas.
Eu já tive vários namorados bons no sexo oral, mas aquela carícia era diferente, o toque da língua dela era diferente.
Nunca ninguém havia me chupado como ela, sentia o toque delicado da língua dela no meu clitóris, sentia sua língua me penetrar com suavidade, sentia a pressão deliciosa quando ela sugava meu clitóris.
Pedi que ela me penetrasse com os dedos e ela o fez delicadamente. Enquanto ela me chupava, movimentava os dedos cada vez mais fundo até que senti que ela alcançara um lugar desconhecido dentro de mim e o estímulo que ela aplicava naquela região fazia com que eu me contorcesse de prazer.
Senti o gozo chegando em ondas crescentes cada vez mais fortes até que me derramei inteira em sua boca num orgasmo devastador e escandaloso.
Ela ficou ali, sugando todo o meu gozo até que eu não agüentasse mais e a puxasse para mim.
A beijei com sofreguidão, sentindo todo o gosto do meu desejo.
A virei de costas e comecei a explorar seu corpo.
Afastei seu cabelo da nuca e a beijei ali, fazendo com que ela se contorcesse de prazer. Toquei sua orelha com a língua e ela gemeu abafado com o rosto entre os travesseiros.
– Você é maravilhosa. – disse. – Quero sentir o seu gosto... – minha voz era um sussurro rouco.
Chupei o lóbulo da orelha dela e a beijei enquanto roçava meus seios em suas costas.
Desci a boca por toda a extensão das costas dela até atingir sua bunda. Beijei cada lado para por fim afundar meu rosto ali, tocando o seu cuzinho com a ponta da língua.
Senti a contração no momento do toque e pude ouvir seu gemido. Toquei-lhe o sexo com a ponta do dedo e meu Deus, como era quente e úmido.
Enquanto eu me dedicava ao anilingus a penetrei com um dedo fazendo-a tremer
Conforme a intensidade da minha língua ia aumentando eu também aumentava a velocidade da penetração e os gemidos dela eram cada vez mais altos.
Ela movia as nádegas de encontro ao meu rosto, forçando minha língua cada vez mais forte naquele botãozinho.
Mudei de posição deitando de costas e colocando-a sentada no meu rosto.
Eu a olhava enquanto lhe chupava e aquilo me deixava louca de tesão. Ela subia e descia na minha língua, jogando o corpo para trás gritando de excitação.
– Isso amor, continua... Eu estou quase lá.
De repente ela começou a tremer e a gritar, se jogando para frente num espasmo longo.
Bebi todo o gozo dela com prazer, depois a beijei na boca, dividindo com ela o gosto do seu gozo.
Ela se aninhou em meus braços exausta e eu fiquei acariciando seu cabelo com cara de idiota.
Beijei-lhe a testa e disse:
– Obrigada!
– Pelo que? – ela perguntou.
– Por me fazer a mulher mais feliz do mundo. – respondi.
Ela me beijou na boca e disse:
– Nós duas somos.
A olhei nos olhos e a beijei de novo, só que agora com muito mais paixão, ela me correspondeu da mesma maneira.
Ficamos assim, apenas beijando durante muito tempo. Já era de manhã quando dormimos.
Ao acordar à tarde fiquei observando ela dormir e meu coração se encheu de alegria.
Era uma alegria única que eu queria compartilhar com ela, mas tive medo de acordá-la e fiquei ali apenas observando até que o dia se foi e ela sonolenta abriu os olhos e me sorriu dizendo:
– Pensei que tinha sonhado. Ainda bem que não foi um sonho, eu não suportaria se você não estivesse aqui.
– Não se preocupe, eu sempre estarei aqui para você.
Disse antes de beijar-lhe mais uma vez a boca.
– Promete?
– Prometo.
Selei minha promessa com um beijo.
Ficamos juntas por alguns anos, depois o desejo e a cumplicidade foram substituídos por amizade. Ainda hoje mantenho minha palavra e sempre que ela precisar de mim estarei lá como prometi.
Às vezes sinto falta do carinho dela e me pego pensando em nossos momentos, mas como tudo na vida tem um fim, nosso relacionamento amoroso também se findou, mas a vida continua e onde quer que ela esteja agora espero que esteja feliz.
Eu voltei à minha vida antes dela, sou casada e tenho um casal de filhos lindos, mas às vezes ainda me pego relembrando aquele momento único onde fomos uma única pessoa e apenas por um instante me vem um sorriso à face, a prova viva de que tudo o que vivemos ficou marcado em mim para sempre, como uma tatuagem que mesmo o tempo não pode apagar...
Espero que tenham gostado e obrigada a todos que comentaram meu primeiro conto: Ana e Juliana. Beijos a todos e até a próxima.
