Não era uma noite como outra qualquer os barulhos na estrada me diziam isso, procurei andar por onde havia algum vestígio de luz, impossível naquele lugar horrível. Infelizmente para meu azar meu carro quebrou em uma estrada distante, a cidade mais próxima deveria ser Morumbica.
Não sei bem por quanto tempo andei, só sabia que andava por uma estradinha com muitos buracos e numa escuridão sem tamanho, fora o medo e frio que sentia, estava tudo bem. Já havia me adaptado a solidão há três meses fiquei viúva, perdi meu marido Gustavo em um acidente, foi atropelado fiquei sem meu marido, amigo e amante.
Quanta saudade das noites de sexo selvagem, nisso ele era especialista, me fazia ver estrelas....(literalmente). Andei por mais um bom tempo parei em algo que parecia ser um velho cemitério, fazer o que era o jeito ficar ali até o dia amanhecer, já que meu celular não tinha sinal.
Tateando por entre aquelas velhas lápides encontrei uma vela e um fósforo, acendi... Um vento frio percorreu minha nuca, quase que como um toque humano aquilo me assustou de fato, devia ser só impressão. Lembrou a maneira como Gustavo me tocava. Tava bem na foto, perdida, sozinha em um cemitério abandonado, com saudade de alguém que nunca mais veria.
Deitei-me em uma lápide, pensei mais uma vez no Gustavo, pensei que se fosse possível pediria apenas mais uma noite com ele, apenas mais uma. Adormeci, acordei sentindo alguém passando as mãos nos meus seios, fiquei sem ar estava tomada pelo medo. (era só o que faltava perdida e ainda ser estuprada). Aquele estranho homem embora me causasse medo, tocava meu corpo com perícia, com jeito, minha respiração de medo passou a um gemido quando ele me tocou entre as pernas.
O que estava acontecendo? Comecei a sentir tudo rodando, uma sensação de prazer, aquele toque delicado e ao mesmo tempo voraz. Quem era ele?Eu precisava saber, queria saber. Foi então que pude ver, o rosto iluminado pela vela, era o Gustavo. Mais como?Se ele havia morrido. Percebeu que estava sendo observado ainda me tocando aproximou-se de mim, e beijou-me, afastou-se dizendo:
- Eu sou real, mesmo que por apenas uma noite.
Não questionei mais nada, não sabia se estava sonhando, se era assombração, não queria nem saber. Perdi-me nos braços do meu adorado fantasma. Arrancou minha roupa com voracidade, como queria aquilo, ser possuída com vontade, com violência. Sugou meus seios violentamente, sentia dor e prazer, era uma delícia aquela sensação de medo, do inesperado. Algo sobrenatural.
O beijo era uma delícia, melhor do quando era vivo. Será que morrer era isso? Se eu havia morrido, estava no paraíso. Penetrou-me com força, aquelas estocadas me causavam delírios, eu acompanhava os movimentos antes ritmados agora ágeis, firmes. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, despertando cada parte que ansiava pelo seu toque viril.
Eu não tinha pudores me permiti tudo, queria tudo, fui possuída com volúpia com violência. Puxou meus cabelos, eu arfava de prazer, o tesão era sem limites. Era uma sensação que envolvia paixão e desejo. Eu já não tinha mais raciocínio lógico, só queria sentir prazer. Eu queria mais e mais ele me dava, parecia incansável.
Passadas muita horas, ficamos quietos sem dizer uma única palavra. Eu não queria que aquele momento acabasse. Ele me abraçou forte e disse “durma, vou estar sempre com você”. Acordei assustada, estava amanhecendo, e qual não foi o susto que levei, meu carro estava perto do cemitério, e eu me perguntando se estava ficando doida ou maluca.
Quando percebi que estava com o perfume dele no corpo, sabia que não havia sonhado. Se o veria de novo não sabia, mas de algo eu sei. Cuidado com o que desejamos, pois pode acontecer.....