Isto é não é um conto e se quiseres algum estimulo cerebral para uma boa punheta, é melhor abrir outro conto. Isto é uma reflexão crítica sobre os contos que são pura falta de respeito a nossa capacidade intelectual, aquela pessoas que julgam que os espermatozóides substituem completamente os neurónios quando o cérebro procura excitação e andam por aqui a escrever asneiras. Eu sei que escolhi o pior sítio para fazer uma reflexão pseudo-intelectual, pois quem aqui vem, vem por imagens sexuais e nada mais, no entanto, acredito que alguém ainda vai ler isto e concordar ou discordar de mim.
Quem lê contos eróticos para punhetar quer um conto bem delineado e excitante, caso contrário ia ver um filme porno, onde o sexo acontece só por acontecer, sem mais motivo. Quem os lê pelo prazer da leitura erótica apenas (se é que existe essa pessoa) exige ainda mais um conto bem contado. E quem lê contos quer dizer que tem alguma cultura acima da média, porque o povão, tal como os americanos, não leem, esperam para ver no cinema ou que o dvd seja lançado.
Estou farto de ler contos bestas e estúpidos que resolvi escrever isto a perguntar: Onde falham a maior parte dos contos aqui?
1. O rapaz virgem e inexperiente, logo da primeira vez, dá três de rajada. Quando na realidade dar mesmo dois exige alguma prática. E principalmente por que os rapazes inexperientes, e muitos experientes, quando acabam de ejacular sentem uma espécie de nojo da menina que lhe fez o favor e querem que ela desapareça logo.
2. O rapaz tem sempre o pénis maior que o do pai, ou do marido, ou do padre, ou do burro, ou o maior que ela já viu.
3. As mulheres quando fazem anal, mesmo a que nos contos que envolvam a Mônica Mattos, dizem sempre: “o meu marido não gosta”; Ou “há muito que não faço anal”, ou ainda: “sempre quis fazer anal, esta é a minha primeira vez”.
4. O rapaz é sempre linear no desenlace sexual: começar por oral… ejacula; vai para vaginal… ejacula; vai para anal… ejacula. E são felizes para sempre. Não acontece nenhuma variação. Por motivos de higiene, sim, essa é a hierarquia correcta, mas quem não se marimba para a higiene quando o sexo aquece? Parece até que leram isso na catequese dos filmes pornos.
5. Os casos de incesto, nos maus contos, acontecem com tanta ridicularidade. A mãe vê o pénis do filho e quer logo chupá-lo e ele corresponde imediatamente. Ou seja, as mulheres pensam sempre “pénis é pénis, seja do meu filho, do Dalai Lama ou do Papa”.
6. O marido vê a mulher com outro, seja com o próprio filho, com o melhor amigo, com o Bin Laden ou a fazer oral a Bill Clinton, e não se esquenta, fica na janela apenas a bater uma, ou a fazer fotos (convenientemente têm sempre uma câmara na mão).
7. As mulheres são simplesmente “buracos” para preencher com pénis e qualquer um lhes serve, como já disse mais acima, não pensam, só fazem sexo. É certo que ninguém pensa durante o sexo, mas as mulheres que eu conheço, mesmo aquelas mais loucas por sexo planejam, seduzem e decidem com quem foder, não são simplesmente hipnotizados por um pénis em exposiçãoPara chamar atenção, jura que o seu conto é verdadeiro. Bem, é certo que o verdadeiro excita mais por o ser, pois dá-nos a convicção de que algures no planeta tem um “tarado”, digamos assim, como nós; ou, se a ele/a pode acontecer estas aventuras, a mim também é possível. Mas quem aparece à frente de outra pessoa e diz desesperadamente: "olha, eu sou verdadeiro"? Acredito que se isso acontecer a alguém a primeira coisa que vai pensar é: "devo estar a sonhar, pois já estou a ver fantasmas". Eu gosto de contos verdadeiros, mas não aqueles verdadeiro que dizem que Alexandre Frota fez anal a Leonardo diCaprio no quintal do meu vizinho, enquanto Michael Moore filmava para vender a Al Gore como prova de aquecimento global. Isto é ridículo, mas consegue ser menos ridículos que muitos contos pseudo-verdadeiros que andam por cá.
Eu vou acabar aqui, alguma outra pessoa, acho eu, pensou em alguns outros pontos que eu não listei aqui.
Vou escrever as minhas experiências, experiências de outras pessoas, as minhas imaginações, fundi-las num conto, não fundi-las, e por mais vezes que o ridículo e o real se confundam, espero transmitir apenas o verosímil. E por ter feito um crítica a 90% de contos eróticos, merdas que encontramos por net fora (ou dentro), não espero condescendência, critiquem forte e feio se eu fizer a mesma coisa.
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