Eu sou o Mar e o relato abaixo foi escrito junto com o marido da Andressa, que é meu amigo e assumidamente corno, como eu.
Boa leitura a todosContinuando o relato exatamente de onde paramos o anterior:
A Andressa começou, então, a contar tudo o que já tinha feito. Eu senti ciúmes, claro, mas também fiquei cada vez mais excitado e cada vez mais apaixonado por aquela mulher que eu não sabia que vivia ao meu lado.
Muitos homens naquela situação ficariam putos da vida e deixariam de amar suas esposas, dizendo que não conheciam a mulher com quem tinham vivido tantos anos. Eu, por outro lado, descobri que a esposa era exatamente a mesma. A mulher cuidadosa, a esposa carinhosa, a mãe amorosa continuavam ali, ao meu lado. Ela apenas cresceu para abrigar a puta safada que qualquer homem gostaria de ter.
E ao crescer ela fez crescer, também, o amor que eu sinto por ela. Uma grande mulher merece um grande amor. E meu amor, que era grande, ficou enorme. E continua crescendo, à medida que nossa cumplicidade se amplia.
Naquelas quatro horas de conversa permeada de trepadas, a Andressa foi descrevendo com detalhes tudo o que aconteceu em sua vida nos últimos meses. E o tesão que ela me proporcionou, com suas revelações e suas performances comigo, foi simplesmente FANTÁSTICO.
Ela falou que a Val (amiga dela) foi a pessoa mais presente em sua vida, após a morte do seu pai. Envolvido nos problemas do inventário e nos acertos dos negócios do pai dela, junto com os irmãos, eu vivia em viagens ao interior e correrias aqui em São Paulo, para recuperar o tempo perdido nos negócios. Ela também queria se recuperar dos dois anos desgastantes da doença que levaram o pai dela à morte.
A Val a apoiou integralmente. Levou-a a cabeleireiros, esteticistas, um SPA… Tudo isso ouvindo os desabafos dela e conduzindo-a, habilmente, para um novo universo.
A Val era a pessoa ideal para animá-la e trazê-la de volta à vida. Sempre feliz e satisfeita consigo mesma, ela é uma mulher que olha para a frente; não fica apegada às coisas tristes que, como qualquer pessoa, devem ter acontecido na vida dela. É uma daquelas pessoas que descobriram que somos nós que fazemos a nossa vida ser boa, ou ruim.
Ela contava suas inúmeras aventuras e casos de maneira divertida, enquanto a Andressa, que inicialmente a ouvia com um certo espanto, mas foi descobrindo que existe, sim, moralidade na liberdade sexual.
Um dia minha mulher foi fazer um determinado tratamento de beleza, na casa da Val. Ela até me explicou o que tinha sido, mas eu juro que não entendi muito bem. Hidratação ou algo assim, de alguma coisa.
O que eu sei é que ela tomou um banho e deitou-se na cama da amiga, totalmente nua, sobre toalhas, para deixar que a pele secasse naturalmente, sem a fricção das toalhas. Acabou dormindo.
Ao acordar ela ouviu vozes na sala e foi olhar enrolada na toalha, tomando cuidado para não ser vista. Acabou assistindo a um sexo meio selvagem entre a amiga e um de seus casos.
Primeiro viu a mulher fazendo sexo oral no cara e ficou encantada. Claro que já tínhamos assistido filmes pornôs juntos. Qual o casal que nunca o fez? Mas os filmes pornôs profissionais acabam se tornando idiotas, depois de algum tempo.
Quem é que trepa naquelas posições? Quem é que sente tesão com aquelas situações patéticas que são criadas apenas para ligar uma cena de atletismo sexual à outra? Isso sem contar aquela mania idiota de tirar o pinto para fora, na última hora, apenas para mostrar a gozada (e tem trouxas que acham que as mulheres reais sentem tesão com isso e escrevem contos em que elas pedem para fazerem isso com elas).
A verdade é que o sexo oral que ela via nos filmes não a excitava. O que ela assistiu naquele dia, no entanto, a deixou louca de tesão.
Foi neste dia que ela percebeu (não viu, pois o ângulo impedia) que a amiga dedicava muita atenção à bunda do cara, enquanto fazia sexo oral nele. Uma das mãos dela estava na bunda do cara, enquanto a outra manipulava habilmente o seu saco. E o cara delirava e acabou gozando na boca da Val. Ela não deixou cair nenhuma gota e deu um delicioso beijo no cara, ainda com um pouco de porra na boca. A Andressa soube disso porque o cara falou:
- Você põe qualquer homem de quatro, Val. Faz com os homens o que quer. Eu nunca me imaginei beijando a boca da garota cheia de porra; com você eu faço isso e me dá um tesão muito grande.
Eles se beijaram de novo e a Val falou para o cara:
- Vamos para o quarto de hóspedes. Minha amiga está dormindo na minha cama e vai tomar um enorme susto se entrar aqui na sala e pegar a gente assim.
Os dois levantaram-se e ela ajudava a pegar as roupas do cara, enquanto a Andressa corria para o quarto da Val e voltava a se deitar na cama, fingindo que estava dormindo.
Para não dar na vista que tinha levantado e assistido a tudo, minha mulher controlou o desejo de fechar a porta do quarto em que estava. Deixou-a escancarada, acreditando que a amiga ia fechar a porta antes que o cara a visse deitada ali, nua.
Deitou-se de costas para a porta, tentando dificultar que a amiga percebesse que ela estava acordada, e ficou totalmente espantada, quando percebeu que a Val a exibia para o cara, escutando-o dizer:
- Caralho, Val! Sua amiga é um tesão. Que bunda linda! Não quer acordá-la e convidá-la a se juntar a nós?
Sem falar nada a amiga o empurrou para o outro quarto e foram continuar o que estavam fazendo. Dividida entre a mágoa (este foi o sentimento inicial em relação à amiga) e o tesão que aquilo lhe proporcionara, minha mulher aproveitou a trepada dos dois para se vestir, sem fazer barulho e sair do apartamento. Ela disse que, apesar de muito magoada, ela teve que resistir ao tesão de ficar assistindo escondida a trepada da amiga com o cara, já que a Val tinha deixado a porta do quarto de hóspedes meio aberta.
Eu estava no interior, naqueles dias. A Andressa contou que não atendeu os telefonemas da Val, desligando o celular toda vez que via que era ela quem estava chamando. Esta mágoa durou três dias e a Andressa confessa que chegava a chorar pela ausência da Val.
Como sentisse muita falta da amiga, ela resolveu ter uma conversa séria com ela e expor tudo o que tinha acontecido, naquele dia, deixando claras as mágoas que a impediam de atender o telefone e evitar conversas. Ligou para a amiga e convidou-a para irem a um Shopping para tomarem um lanche e terem uma conversa séria.
- Vamos tomar este lanche aqui em casa, Drê. - Disse a Val. - Certas conversas exigem o espaço discreto e reservado da casa da gente. Eu sei do que é que vamos falar, e os corredores de um Shopping Center não nos garantem a privacidade de que precisamos.
Meio contrariada por ter permitido que a amiga invertesse o comando da conversa, minha mulher concordou e foi para a casa da amiga logo depois do almoço. Ao chegar foi calorosamente recebida pela Val, que estava enrolada em uma toalha.
A Andressa me contou que as duas tinham desenvolvido o hábito de tomarem banho juntas, quase todos os dias. Não rolava nada entre elas; apenas tomavam banho juntas e isso lhes proporcionava a intimidade necessária para criarem uma aproximação e abordarem assuntos que não teriam abordado de outra forma. Era comum uma passar creme no corpo da outra, uma depilar a outra… Aquilo foi criando uma intimidade gostosa entre elas. Chegaram a passar uma tarde toda juntas, totalmente nuas, entre conversas, chás, abraços…
Minha mulher foi entrando e a Val já foi arrancando a toalha, enquanto a conduzia para o quarto e falava:
- Eu acabei de sair do banho. Senti tanto a sua falta, nestes dias! Ter que voltar a tomar banho sozinha não foi legal. Você me deixou mal acostumada, amiga!
Ver a amiga caminhando nua, na sua frente, derrubou todas as defesas e imediatamente apagou as mágoas da minha mulher. Ao entrar no quarto ela puxou a amiga pelo ombro e a abraçou com força, enquanto começava a chorar. A Andressa não sabe dizer quanto tempo elas ficaram ali abraçadas, sem dizerem nada.
A Andressa confessou que se assustou com o que estava sentindo, naquele momento, abraçada à amiga nua. AMOR!
Ela me pediu desculpas ao confessar que estava se sentindo apaixonada pela amiga, naquele momento, e não sabia como lidar com aquilo. Estava trêmula e permaneceu agarrada à outra com medo do que estava sentindo.
Foi a Val quem quebrou o silêncio depois de um longo tempo. Afastando-a um pouco, mas ainda abraçadas, ela começou a desabotoar a blusa da minha mulher, enquanto dizia:
- Vamos tomar um banho.
- Mas você acabou de sair do banho agora! - Minha mulher disse entre lágrimas.
- Mas ninguém esfregou as minhas costas. Não sei mais tomar banho sozinha.
Ao falar isso ela deu um selinho na minha mulher, que tremeu dos pés à cabeça. A Andressa disse que não era o primeiro selinho que trocavam. De uns tempos para cá era assim que se cumprimentavam, ou se despediam, quando estavam sozinhas; quando não tinha realmente ninguém vendo. Mas este selinho, agora, fez com que a Andressa experimentasse um turbilhão de emoções.
Virando a Andressa de costas, para desabotoar o sutiã e, a Val deixou minha mulher apenas de calcinha, abraçou-a por trás beijando o pescoço dela, enquanto acariciava os seus seios.
- Pare de chorar! Estamos aqui, não estamos?
- Você me deixou mal acostumada. Não sei viver mais sem a nossa amizade. - Minha mulher falou.
- Não vamos nos enganar. Não é mais só amizade, Drê.
Virou-a novamente de frente e as duas se olharam nos olhos. A Val lambeu as lágrimas da minha mulher e a puxou novamente contra o seu corpo. O tremor da Andressa ao sentir seus seios tocando os seios da Val delataram o que ela estava sentindo. Sabendo que estava irremediavelmente entregue, a Val a puxou para o primeiro beijo que foi longo, quente, molhado, apaixonado.
Foi a primeira vez que minha mulher beijou outra mulher. E a Val foi a única mulher que a Andressa beijou, até hoje.
As duas foram para o chuveiro e entraram nele. Caíram na gargalhada, quando perceberam que minha mulher entrou no banho sem ter tirado a calcinha. As duas não pararam de se abraçar e se beijar durante toda aquela tarde. Deitaram juntas, nuas e úmidas pela água do banho e pelo tesão; mas não fizeram amor. Apenas namoraram sem roupa e deitadas.
Quando falaram sobre o problema que as tinha afastado, nos últimos dias, a Val, que apenas a chamava de “Amor”, naquele momento, disse:
- Minha intenção não foi magoar você, Amor. Me desculpe. - Beijaram-se delicadamente, neste momento. - Você sabe o que eu penso do corpo humano e da nudez. Você sabe como é que eu vejo o sexo. Eu tenho tanto orgulho de você que… O que posso dizer? Quando vi você deitada ali, de costas, quis que meu amigo a visse, também. Desculpe, mais uma vez, se isso a ofendeu.
- Não vou dizer que me ofendeu. Acho que a palavra não é bem essa. Eu nem sei direito o que foi que eu senti, para ser sincera. - Minha mulher pensou um pouco. - Vamos esquecer isso tudo, tá? Não quero mais pensar no assunto.
- Tudo bem. Mas antes temos que deixar uma coisa bem clara. - A Val sorria com cara de safada, quando se preparava para soltar a bomba, e beijou deliciosamente a minha mulher, antes de continuar: - Se você não queria que a gente visse você, por que deixou a porta aberta, quando voltou para o quarto?
Pega de surpresa, minha mulher tentou se esquivar da pergunta.
- Como assim? - A vermelhidão no seu rosto, no entanto, denunciava a verdade.
- Você viu a gente, lá na sala, e voltou para o quarto quando eu falei para o meu amigo para irmos para o quarto de hóspedes. Aliás: eu só disse aquilo a ele para dar um tempo para você decidir o que queria fazer. E você decidiu: voltou para o quarto e deitou-se de costas para a porta escancarada mostrando esta bunda maravilhosa.
Minha mulher até gaguejou uma resposta, mas não sabia realmente o que dizer. A Val beijou-a, novamente, completando:
- Não fale nada, Amor. Eu vi você pelo reflexo daquele espelho, atrás da mesa de jantar. Você ficou um tempão, ali, vendo tudo o que estávamos fazendo. Foi por isso que falei aquilo para o meu amigo. Era uma chance para você resolver o que faria: poderia se juntar a nós, ou se esconder. Você não fez nem uma coisa, nem outra. Foi para o quarto e ficou ali, como se quisesse que víssemos você. Interpretei mal o seu gesto. Desculpe-me.
Sem saber como reagir àquilo, minha mulher calou-se. Depois de um longo silêncio, entre carícias e beijos apaixonados, a Val cutucou minha mulher:
- Se eu te fizer uma pergunta sobre aquele dia, Amor, você responderia com absoluta sinceridade? - Ante a afirmação tácita da minha mulher, com um aceno de cabeça, ela continuou: - Você não sentiu nem um pouco de tesão de saber que meu amigo viu você, naquele dia? - Antes que a Andressa respondesse, ela ainda completou. - Não vou nem perguntar sobre o que você viu na sala, porque sei que você estava com muito tesão. Se não tivesse teria saído dali rapidinho; mas ficou lá o tempo todo. Estou falando pelo fato de ter sido admirada pelo meu amigo.
Como minha mulher demorasse para responder, ela perguntou se teria que repetir o que queria saber. Minha mulher respondeu:
- Não precisa repetir a pergunta. Eu entendi muito bem. - Beijou-a de novo e virou-se para esconder o rosto para não ser observada, enquanto completava: - Senti tesão, sim. Muito. Aquilo não saía da minha cabeça, nestes últimos dias.
Outro período de silêncio, entre beijos e carícias. Antes que minha mulher alertasse:
- Precisamos ir buscar as crianças na escola, Val.
- Infelizmente! - A amiga respondeu com cara de safada. - Por mim eu não saía mais daqui. Há séculos não me sinto tão bem, assim, com alguém.
- Você já tinha feito isso, antes? - Minha mulher perguntou.
- Com outra mulher? - A Val sorria bem safada. - Já, Amor. Eu descobri o sexo, aliás, com uma amiga minha. Sempre me senti tão atraída por homens quanto por mulheres. Mas é mais fácil, para mim, me apaixonar por mulheres do que por homens. E acredite: estou amando demais, você.
As duas levantaram-se para se prepararem para ir ao colégio das crianças. Antes de saírem, a Val e minha mulher se beijaram prolongadamente.
- Se eu te der um presente, Amor, você aceitaria?
- Não me venha com nada caro, Val. Por favor. O que eu sinto por você não pode ser definido por bens materiais, nem representado por valores financeiros.
- Não estou nem falando de “coisa”. Estou falando de gente. Posso te dar um presente?
- Uma pessoa, de presente? Não entendi nada! Não é aquele seu amigo, é? Não quero nem olhar para a cara dele. Eu morreria de vergonha. Sabia que meu marido tinha sido o único homem a me ver sem roupa, até aquele dia? Eu sou do interior, Val…
Sem deixar minha mulher continuar, a amiga dela disse:
- Esqueça, por enquanto. É um homem, sim; mas vamos ter que preparar o terreno, antes. Hoje começamos uma nova etapa nas nossas vidas. E temos muitas coisas para acertar, antes de darmos o próximo passo. Esqueça disso, por enquanto. Mas amanhã venha preparada. Vou te ensinar uma massagem para você fazer no seu marido. Quer?
- Uma massagem sensual? Claro que quero. É bom saber que você não vai ficar com ciúmes do meu marido.
- Ciúmes, eu? Nunca, Amor! Amar de verdade é um exercício que liberta; não aprisiona. Se eu fizesse alguma restrição ao seu casamento estaria estragando o que sentimos uma pela outra. Você tem, mesmo, muito o que aprender.
Lá foram as duas para pegarem as crianças. Minha mulher era uma pessoa totalmente nova, a partir daquele dia. Vocês vão ver.
Uma pessoa que eu amo, cada vez maisRelatado pelo marido da Andressa e escrito pelo Mar. Quem quiser contatar o autor é só escrever para: mar000002@gmail.com.