Eu mudei para Brasília.
A Fink deixou tudo muito direito em meu novo apartamento, mas a decoração precisava ser recomposta. Eu havia feito um álbum com as fotografias do ap. de minha mãe em Paris, para quando eu mudasse para o Brasil as peças estivessem, mais ou menos, nas mesmas posições, daí que era mais fácil arrumá-las agora em Brasília. Quando se mora sozinho é necessário se ter a sensação de que está em seu lar e a casa de minha mãe foi meu lar por muitos anos.
Minha nova secretaria era uma franco-brasileira, francófila até a medula, Mademoiselle Aurore Correa du Plessis, que se diz um membro da Familia do Armand Jean du Plessis de Richelieu, Cardinal-Duc de Richelieu, porem extremanente eficiente.
Vendo meu embaraço com a ‘arrumação’, resolveu me desponipilisar seu sobrinho, um jovem estudante de arquitetura, que era decorador de ambientes, segundo ela, muito competente, Jean Luc du Plessis.
“ Monsieur, ele não vai cobrar nada, basta o senhor lhe dar um presentinho, um presentinho, basta”, dizia sorrindo.
Aceitei e me apareceu um jovem tão afetado quanto a tia que para tudo ou dizia ‘ Ó mon dieu’ ou ‘Ulalá’,mas muito simpatico e bem feito de corpo. Era agradavel de ser ver, de conversar, todavia a minha ‘periquita’ não bateu por ele.
O Palais Albert Rothschild, a residencia do Barão Albert von Rothschild, em Viena da Austria, foi demolido em 1954, e algumas de suas peças foram vendidas em leilão na Dorotheum.Uns amigos de meus pais compraram algumas e deram uma estatueta desse espólio de presente a minha mãe.
Nos detestavamos esse bibelot e quando Jean Luc gritou um ‘ Ó mon dieu’ e um ‘Ulalá’ ao tira-lo de seu embrulho, imediatamente lhe dei de presente por ‘serviços pretados’. Ele ficou maravilhado.Imagino a banca que ele botou com a expertise , nas mãos, ante os seus amiguinhos.
Dei uma chave para ele ir terminando o trabalho paulatinamente.
Certo dia o telefone toca e é o porteiro anunciando que dois sobrinhos meu estavam na portaria, o senhor Ricardo e o senhor Gilberto.
Quase enfartei.
Entraram porta à dentro.
Um no mais completo estilo Hippie e o outro de Polo Ralph Lauren e um belo blazer com seis botões dourados da Saks Fifth Avenue. Um carregava uma grande sacola de pano com detalhes de artezanato inca e o outro uma Toile Monogram da Louis Vuitton. Um de sandalias e o outro de mocassim Gucci.
MAS cada um a seu genero eram lindissimo e apetitosos, como feijão com arroz.
Eu fiquei extasiado com a visão.
Beijaram-me ao mesmo tempo, cada um de um lado de meu rosto, é óbvio.
Pareciam que um não queria dar a chance de o outro se sobrepor.
“A que devo tal honra?”
“Eu descobri tudo”, falou Gilberto.
“Sim e daí?”
“Dai que você tem que resolver a situação. PORRA”, nervosinho com cara de quem ia criar o maior xabu.
Eu detesto isso, mas dize:
“Por mim fica tudo como está. Um de cada vez”.
“Por mim idem”, falou Ricardo.
“Não é bem assim”, continuou nervosinho Gilberto.
Vi que o impasse estava formado, então peguei eles pelas mãos, sentei no centro do sofá colocando-os um de cada lado, para assim beijando-los alternadamente e é obvio que as picas ficaram duras, duríssimas.
Sem a menor cerimônia Gilberto colocou o pau para fora se masturbando, enquanto eu abria a braguilha de Ricardo, à contra gosto dele, para poder mamá-lo e acalmá-lo.
Nisso ouvimos um ‘ Ó mon dieu, CARALHO, seguido de ‘Ulalá, quero entrar na festa!”, era Jean Luc que tinha a chave e que tinha combinado arrumar algumas coisas comigo.
Eu havia esquecido.
Ricardo, com força, me fez engolir sua pica, enquanto Jean Luc, abaixando a calça, abocanhava a de Gilberto.
Jean Luc agia com maestria, subia e descia, lambia e fudia, enquanto levava o dedão grosso de Gilberto no cuzão arreganhado.
Um, dois, tres a seqüência pefeita no bundão do francesinho.
Começou, então, uma foda espetacular, tão espetacular, que Ricardo e eu paramos para olhar.
Gilberto me esqueceu e fudeu com Jean Luc durante uma semana no quarto de hospedes, sem sairem da minha casa, enquanto Ricardo dormia comigo e realizava umas saidas misteriosas.
Voltaram para São Pauloe uma semana depois o porteiro avisou que o ‘seu sobrinho’ Ricardo estava na portaria do Edificio.
“ O que houve?”, perguntei admirando a vasta bagagem que trazia.
“ Voce não vai me impedir de ficar, pois vim para morar, MORAR, contigo”.
“ O que?”.
“É”.
“ Meu feeling dizia que um dia o Gilberto ia cair do galho, caiu”.
“ Voce é só meu porque ele abriu mão de voce”, andando pela sala de meu ap. fazendo gestos italianamente com as mãos.
“ Na volta ele só falava do cuzinho novo do Jean Luc e como ele fazia um boquete bom, etc., de tal forma que fiquei de olho na hora da punheta dele para ver aquem ele chamava.Chamava o Jean, me desculpe”.
Abanei a cabeça num ‘ não tem importancia’ - não tinha mesmo - já que não gosto de dramas na minha vida e Gilberto apareceu em Brasilia tentando encenar um.
Foi o fim de minha admiração por ele.
Baixaria ‘jamais de la vie’.
“Tem mais”.
“Qaundo cehagmos em SP o irmão dele de 19 anos estava hospedado na Republica, no nosso quarto. Um dia eu tinha tomado um remedio para dormir, mas acordei no meio da noite com Gil falando:
“Bota no cuzinho do irmãozinho. Mete na vaca esse seu caralho de tourão. Come essa galinha, meu galo. Vou te ensinar a comer o cu dos viadinhos de Sampa” e pulei da cama:
“ O ESTEVÃO AGORA É SÓ MEU , SEU SAFADO”.
Eles levaram um susto danado, mas não sairam da posição.
“ Se voce quer ele, pois fique com ele. Agora eu tenho meu irmazinho para fuder todos os dias” e continuaram a foda na maior.
“Arrumei minha bagagem na hora, deixei um bilhete para o encarregado avisando que ia embora, que ele ficasse com o resto do dinheiro que paguei e pegando o carro fui para Matão”.
“Em Matão reuni meus pais e meus irmãos. Contei tudo sobre nos, o porque de meu rompimento com a Maitê, e que viria para Brasilei viver com você. Ninguem falou nada e agora aqui estou”.
“Voce me quer?”.
Dizendo que sim,o abracei e beijei ternamente.
Desse dia em diante passamos a viver juntos.
Ele passou a cursar na Universidade de Brasilia a FACE – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciencia da Informação e Documentação – e possuímos uma loja de artigos esportivos franceses, já que consegui a representação deles com meus amigos em Paris.
Lá se vão anos e alem de não perdermos nosso tesão ,um para com o outro, somos o exemplo, vivo, de que o AMOR GAY, também, PODE PERDURAR.
Estevão Valente.
FIM.